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Influencer que não acreditava na Covid-19 morreu vítima da doença

19 de outubro de 2020, 10:38

Foto: Reprodução

Dmitry Stuzhuk, um influencer ucraniano de 34 anos, morreu na última sexta-feira (16), vítima da Covid-19.

O homem, que chegou a afirmar nas redes sociais que não acreditava na existência desta doença, foi infectado após uma viagem à Turquia.

“Como todos já sabem, tenho Covid-19. Quero avisar de uma forma convincente: pensei que a Covid-19 não existia e que tudo era relativo … Até que adoeci “, escreveu Stuzhuk.

influencer, que havia informado que já se encontrava melhor, estava em casa a se recuperar. Mas acabou não resistindo.

O seu estado de saúde piorou e Dmitry foi novamente internado. O homem sofria de problemas cardíacos e teria sido o coração a falhar na luta contra o novo coronavírus mortal. A esposa do influencer foi quem compartilhou nas redes sociais a notícia de sua morte.

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Vírus que causa a Covid-19 pode resistir até 28 dias em cédulas, vidro e aço

12 de outubro de 2020, 12:27

Foto: Reprodução

O vírus que causa o COVID-19 pode sobreviver em cédulas, vidro e aço inoxidável por até 28 dias, muito mais que o vírus da gripe, disseram pesquisadores australianos na segunda-feira, destacando a necessidade de limpeza e lavagem das mãos para combater o vírus.

Os resultados do estudo feito pela agência científica nacional da Austrália, CSIRO, parecem mostrar que em um ambiente muito controlado o vírus permaneceu infeccioso por mais tempo do que outros estudos descobriram.

Os pesquisadores do CSIRO descobriram que a 20 graus Celsius (68 graus Fahrenheit) o ​​vírus SARS-COV-2 permaneceu infeccioso por 28 dias em superfícies lisas, como notas de plástico e vidros encontrados em telas de telefones celulares. O estudo foi publicado no Virology Journal.

Em comparação, o vírus Influenza A sobrevive em superfícies por 17 dias.

“Isso realmente reforça a importância de lavar as mãos e higienizar sempre que possível e, certamente, limpar as superfícies que podem estar em contato com o vírus”, disse o pesquisador principal do estudo, Shane Riddell.

O estudo envolveu a secagem do vírus em um muco artificial em uma variedade de superfícies em concentrações semelhantes às amostras de pacientes com COVID-19 e a recuperação do vírus por um mês.

Experimentos feitos a 20, 30 e 40 graus C mostraram que o vírus sobreviveu mais em temperaturas mais frias, mais em superfícies lisas do que em superfícies complexas como o algodão e mais tempo em notas de papel do que em notas de plástico.

“Então, entrar no verão certamente será um fator importante para que o vírus não dure tanto nas temperaturas mais altas”, disse Riddell, referindo-se ao próximo verão no hemisfério sul.

Todos os experimentos foram feitos no escuro para remover o impacto da luz ultravioleta, já que as pesquisas mostraram que a luz solar direta pode matar o vírus.

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Nota de Esclarecimento da Ágora Pesquisa e Consultoria Política

08 de outubro de 2020, 10:57

Nossa pesquisa eleitoral realizada no Município de Pintadas/BA teve a sua divulgação suspensão em caráter liminar.

Essa é a primeira vez que isso ocorre em 8 anos de pesquisas eleitorais e dezenas de registros feitos.

Sempre primamos pela seriedade, honestidade e transparência dos nossos serviços e não foi diferente nessa pesquisa realizada em Pintadas.

A justiça fez a suspensão mesmo declarando que não se verificou “falha na metodologia e no sistema de controle adotados”, mas levantou um aspecto técnico que motivou a suspensão da divulgação. Esse aspecto técnico será prontamente sanado e recorremos da decisão, visto que a pesquisa retratou fielmente a realidade eleitoral do município.

Obrigado a todos pela compreensão.

Ágora Pesquisa e Consultoria Política 

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Covid-19 causa danos nos testículos e pode deixar homens inférteis

08 de outubro de 2020, 10:49

Foto: Reprodução

Pesquisadores em Israel detectaram que a contagem de espermatozoides em homens infectados sofreu uma diminuição nos 30 dias seguintes após terem testado positivo para a Covid-19. 

Descobriram ainda que a mobilidade do esperma havia sido prejudicada – ou seja, que os espermatozoides não estavam  ‘nadando’ como deveriam. 

Os especialistas acrescentaram também que os ditos danos haviam sido identificados em homens que tinham tido apenas casos ligeiros de Covid-19. 

A pesquisa publicada no periódico Fertility and Sterility, ainda tem de ser revista pelos seus pares.

O médico e pesquisador Dan Aderka of Sheba Medical Center, líder do estudo, disse em declarações ao jornal israelita Jerusalem Post que o novo coronavírus SARS-CoV-2 pode ter efeitos nefastos nos testículos através da sua ligação às células receptoras ACE2. 

Foi analisado que esses receptores – presentes igualmente no coração, pulmões e intestinos – atuam como porta de entrada para a Covid-19, ajudando a doença a propagar-se pelo corpo. 

Aderka mencionou ter examinado 12 pacientes que haviam morrido após contraírem Covid-19, sendo que 13% do vírus SARS-CoV-2 havia sido detectado no esperma dos indivíduos. 

O médico afirmou ainda que se registrou um decréscimo de 50% na contagem de espermatozoides, concentração e mobilidade inclusive em pacientes que apresentavam casos ligeiros da doença – mesmo após um mês do diagnóstico. 

 

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Jacobina: Programa de desenvolvimento de lideranças da JMC Yamana Gold forma 97 profissionais em 2020

05 de outubro de 2020, 16:02

(Da assessoria) – Desenvolver pessoas é uma das premissas da JMC Yamana Gold. Pensando nisso foi criado, em 2018, o LEAD – Leadership, Excellence and Development ou Programa de Desenvolvimento de Lideranças, voltado para líderes operacionais e emergentes. Em 2020, até o primeiro trimestre, as aulas puderam acontecer de maneira presencial mas devido a pandemia do novo coronavírus a empresa não poupou esforços e recursos para a continuidade do projeto e o resultado disso foi a formatura virtual da 1ª etapa nos últimos dias 28, 29 e 30 de setembro.

Executado pelo departamento de Recursos Humanos local e apoiado pelo RH corporativo, a iniciativa tem como objetivo trabalhar os pontos de melhoria para o desenvolvimento dos profissionais por meio de atividades teóricas e práticas. O LEAD contou com parcerias com grandes instituições como a USP e com a DDI Brasil, consultoria internacional especializada em desenvolver lideranças, além de especialistas locais e funcionários da JMC. Motivação, Comunicação Eficiente de Equipe, Liderança e Administração do Tempo foram alguns dos assuntos abordados nas mais de 100 horas de treinamento.

Mesmo no cenário atual, que ainda exige distanciamento social, a empresa inovou e realizou a primeira cerimônia de formatura online com os 97 líderes, momento que marcou o fechamento deste ciclo. Participaram Liz Silva, diretora de RH corporativa, Belinda Gonzalez, gerente corporativa de Pessoas e Cultura de RH, Leila Praxedes, gerente de Recursos Humanos & Comunicação e Edvaldo Amaral, Gerente Geral.

“Para nós o bem mais valioso é cada funcionário que faz parte do nosso dia a dia, que se dedica junto com a gente, nos apoiando, trabalhando de forma colaborativa”, comemora Edvaldo Amaral, Gerente Geral da JMC.

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Em meio à pandemia, múmias emergem no deserto

20 de setembro de 2020, 19:01

Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters

Descoberta inusitada foi celebrada por aqueólogos. Sarcófagos estavam em um poço em meio às areias do Egito

Depois de olhar mais atentamente para um poço profundo no deserto do Egito, a 32 quilômetros do Cairo, os arqueólogos mal puderam acreditar no que viram. Normalmente cheio de turistas, o lugar está praticamente vazio desde o início da pandemia, o que pode ter facilitado o trabalho dos especialistas.

Os arqueólogos descobriram 13 múmias empilhadas dentro do poço, que tem 12 metros de profundidade, em excelente condição. Os sarcófagos, lacrados, estavam empilhados — não se sabe como eles foram parar lá.

As múmias, que estão muito bem preservadas, tem mais de 2.500 anos. Segundo o Ministério do Turismo e Antiguidades, os sarcófagos também estão em ótimo estado. As cores originais dos desenhos podem ser identificadas facilmente, por exemplo, o que é raro em múmias tão antigas.

Agora, os arqueólogos vão tentar desvendar a origem dos corpos mumificados. Os processos mais soficitados de mumificação geralmente eram reservados aos faraós e seus familiares. Animais de estimação também eram enterrados junto com seus donos.

As condições do poço, que estava seco, contribuíram para a preservação das múmias, protegendo-as de fatores climáticos.

Saqqara, onde foi feita a descoberta, é considerado um dos mais antigos locais escolhidos para sepultamentos do mundo. Por muito tempo, Saqqara foi a necrópole da antiga capital do Egito, Memphis. A pirâmide mais antiga do Egito, com mais de 4.700 anos, foi constrúida no local a pedido de um faraó. Pelo menos outras 16 pirâmides abrigam os restos mortais de reis do Egito em Saqqara.

O país reabriu há dez dias para o turismo.  Os visitantes, no entanto, ainda não voltaram, com medo do coronavírus. O Egito, um dos países mais visitados do mundoi, recebeu mais de 13,6 milhões de pessoas em 2019, a maioria interessada em conhecer seus tesouros arqueológicos. A expectativa era que esse ano os visitantes chegassem a pelo menos 15 milhões— isso, antes da covid-19.

Khaled el-Anany, ministro do Turismo e das Antiguidades, disse que está em uma missão para trazer de volta os negócios ligados à atividade e reaquecer a economia. O turismo responde por 12% do PIB do país. Ele também comemorou a inusitada descoberta das 13 múmias. “Senti algo indescritível quando soube dessa nova e importante descoberta arqueológica”, afirmou.

 

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Avião de Bolsonaro arremete em MT por causa da fumaça de queimadas

18 de setembro de 2020, 12:35

Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje (18) que o avião em que ele estava teve de arremeter ao chegar a Sinop, em Mato Grosso, pois a visibilidade “não estava muito boa”. De acordo com a administradora do aeroporto, havia fumaça no momento do pouso e o piloto não tinha 100% de visibilidade da pista.

O Pantanal enfrenta uma onda recorde de incêndios e a fumaça das queimadas já chegou a outras regiões do país.

“Hoje quando o avião foi aterrissar, ele arremeteu. Foi a 2ª vez na minha vida que acontece isso, uma vez foi no Rio de Janeiro, e obviamente, algo anormal está acontecendo, no caso é que a visibilidade não estava muito boa”, disse Bolsonaro.

Na segunda tentativa, a aterrissagem da comitiva ocorreu normalmente. Além de Bolsonaro, a aeronave levava o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas e o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

O presidente foi a Sinop para participar de um evento em homenagem ao agronegócio. Em seguida, a agenda prevê uma ida para Sorriso, também na região norte do estado, para assinatura da ordem de serviço de recapeamento da pista de Taxiway do aeroporto e para a entrega de títulos de propriedades rurais a pequenos agricultores de Nova Ubiratã (MT).

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Sabe mesmo usar máscara? Qual a frequência de troca? Médica explica

14 de setembro de 2020, 08:46

Foto: Reprodução

As máscaras de tecido reutilizáveis devem ser trocadas de duas em duas horas, por exemplo, revela um artigo publicado pela CNN Brasil. 

De acordo com a infectologista Rosana Richtmann, o tempo de uso de determinada máscara é diferente segundo o material de confecção do acessório.

Adicionalmente, a médica conta à CCN que quanto mais a pessoa falar, mais rapidamente o acessório ficará repleto de partículas salivares e consequentemente de umidade, o que incita a sua troca. 

“Não sabemos exatamente quanto tempo é que o vírus sobrevive no tecido. Por ser um material mais poroso, eu diria que no mínimo permanece por umas quatro horas. Mas deve ser mais do que isso”, afirma Richtmann. 

O momento crítico da troca

Ao trocar a máscara é de extrema importância não por as mãos no tecido, já que este pode estar infectado com o novo coronavírus SARS-CoV-2. É fundamental que puxe apenas pelos elásticos presos atrás das orelhas. 

Se não tiver um caixote do lixo à disposição ou não puder lavá-la no momento, deve segundo a CNN colocar a máscara num envelope de papel e guardá-lo no bolso, mala ou mochila.

Entretanto, pode lavá-la com água e sabão ou detergente. Pode, como medida adicional, passar a máscara a ferro, isto porque as temperaturas elevadas podem matar o vírus.

E se espirrar, Richtmann alerta que depois deve também trocar a peça de proteção.

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Covid-19: falta de coordenação entre municípios expande casos no país

09 de setembro de 2020, 12:44

Foto: Reprodução

Afalta de coordenação entre os municípios para relaxar as medidas de distanciamento pode ter desempenhado um papel importante na disseminação do novo coronavírus no Brasil. A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e teve como base em um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A entidade realizou pesquisa nacional com 4.061 municípios – 73% das cidades brasileiras – para entender como o poder público local atuou na prevenção e no controle da covid-19. O levantamento ocorreu entre março e agosto de 2020 por meio de questionário respondido por prefeito ou por responsáveis pela secretaria à frente das ações emergenciais.

Segundo pesquisadores do programa de estudos brasileiros da Universidade de Oxford, embora as medidas de distanciamento tenham sido adotadas em todo o país nos estágios iniciais do pandemia, a flexibilização delas, iniciada no final de março, desconsiderou frequentemente as decisões dos municípios vizinhos.

Outra constatação do grupo é que o fechamento precoce e coeso de atividades não essenciais durou pouco tempo e, desde o final de março, os municípios estão suspendendo as medidas de distanciamento de forma não sincronizada.

“A flexibilização das medidas nem sempre esteve relacionada à redução de casos confirmados, nem coordenada entre as cidades vizinhas. As fronteiras das cidades estão porosas e as que mantêm políticas estritas de distanciamento social podem enfrentar um número crescente de casos por causa de decisões externas.

A observação é importante, pois uma avaliação política da gestão da pandemia no Brasil deve levar em conta a duração desigual do distanciamento social no país”, concluíram.

Dos 3958 prefeitos que responderam à pergunta sobre a implementação do isolamento social – fechamento de todos os serviços não essenciais – 2738 (69,2%) O fizeram  antes do primeiro caso relatado em seu município. “Isso levanta a questão de como a Sars-cov-2 passou de 296 municípios (7,5%), em 31 de março de 2020, para 4.196 municípios (75%) em 31 de maio de 2020.

Os dados sugerem que a falta de coordenação entre os municípios para relaxar as medidas de distanciamento pode ter desempenhado um papel importante”, avaliam os pesquisadores.

O consultor da área de estudos técnicos da Confederação Nacional dos Municípios , Eduardo Stranz, atribui o aumento do número de casos – após flexibilização das medidas – ao desconhecimento sobre os impactos do novo coronavírus.

Segundo Stranz, a partir da aprovação pelo Congresso do estado de calamidade nacional por causa da pandemia, em 10 ou 15 dias todos os estados fizeram seus decretos e municípios tomaram suas medidas de isolamento social.

“A administração pública tomou uma decisão muito rápida,e  isso aconteceu quase de forma universal no Brasil. Quando o prefeitos fecharam os serviços não essenciais, a população entendeu que era necessário, mas 15 dias depois, começou a pressionar pela reabertura. O abre e fecha ocorre porque ninguém tem muita noção de nada, já que não há paralelo e nem uma receita que possa ser adotada.”

Ainda segundo Stranz, entre abril e maio, muita gente perdeu emprego, saiu das capitais e voltou para o interior. Esse movimento também contribuiu para o aumento do número de casos em municípios menores.

No período analisado, 96,5% dos municípios tiveram medidas restritivas para diminuição da circulação ou aglomeração de pessoas; menos 52,4% adotaram barreiras sanitárias, com postos de monitoramento de entrada e saída de pessoas no município; menos 75,7% estabeleceram “isolamento social” e abertura ou funcionamento apenas dos serviços essenciais; menos 94,2% dos municípios publicaram norma local para uso obrigatório de máscaras faciais; e menos 54,4% reduziram oferta de transporte público; menos 61,9% reconheceram que houve flexibilização das medidas restritivas durante o período pesquisado.

O levantamento da CNM revela que 79,3% dos consultados afirmam ter editado decretos municipais de emergência e que 18,8% deles não editaram. A situação de emergência ocorre quando há o reconhecimento pelo poder público de situação anormal, provocada por um ou mais desastres causando danos superáveis pela comunidade afetada.

Quando o assunto é decretação de estado de calamidade pública, 59,7% responderam que editaram decretos neste sentido, e 37,4% não publicaram. A norma dá celeridade a determinados processos administrativos e habilita o município a receber repasses federais no âmbito de outros ministérios que não o da Saúde.

Entre as ações para diagnosticar o novo coronavírus, 3.414 fizeram a testagem de sintomáticos; 2.808 testaram grupos prioritários – profissionais de saúde, segurança e assistência social; e 1.210 o fizeram com assintomáticos.

Na atenção primária básica, que é a porta de entrada para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), 3.869 gestores afirmaram que distribuíram equipamentos de proteção individual (EPIs) para todos os membros das equipes; 3.650 entregaram máscaras; 3.577 mantiveram as visitas domiciliares de agentes comunitários de saúde; e 3.472 estabeleceram fluxos de encaminhamento de casos suspeitos para unidades de saúde.

O levantamento é a segunda etapa da pesquisa da CNM para identificar e acompanhar medidas adotadas por municípios para o enfrentamento e controle do novo coronavírus. Na próxima fase, que deve ser divulgada no mês que vem, serão levantados os recursos que chegaram aos municípios e como foram utilizados.

Com informações da Agência Brasil.

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Há 156 barragens em situação crítica no País

08 de setembro de 2020, 08:18

Foto: Reuters

Com 259 mortos e 11 desaparecidos até agora, a tragédia de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019, continua responsável pela revelação de dados alarmantes sobre a segurança das represas no País. O aumento da fiscalização nas estruturas, ocorrido após o rompimento e considerando reservatórios de geração de energia e de água, acusou a existência de 156 estruturas em condições críticas em 22 Estados em 2019, ante 68 no ano anterior, alta de 129,5%.

O levantamento indica presença de problemas estruturais. Não há risco só em Sergipe, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Distrito Federal. Do total, 49 são de mineração e parte tem grande poder de destruição no caso de ruptura. Os dados sobre as barragens constam do relatório de Segurança de Barragens do ano passado da Agência Nacional de Águas (ANA).

A tragédia em Brumadinho foi a segunda de grandes proporções em três anos. Em 5 de novembro de 2015, a barragem da Samarco se rompeu em Mariana, matando 19. O distrito de Bento Rodrigues foi destruído. A lama que desceu chegou ao Rio Doce e ao Espírito Santo.

O relatório da ANA, feito no ano de Brumadinho, acusa aumento de 135%, na comparação com 2018, nas fiscalizações. O número de inspeções no local cresceu de 920 para 2.168. O relatório mostra também que, das 156 barragens em estado crítico, mais da metade, 80, está em Minas Gerais. Houve ainda recorde no número de registros de acidentes e incidentes envolvendo barragens, 12 e 58, respectivamente, em 15 Estados.

O Brasil tem 19.388 estruturas de mineração, geração de energia e armazenamento de água. O relatório da ANA afirma não haver informações completas de 11.826, ou 61%. Não houve avanço: em 2018, a quantidade nessa situação era de 11.767. A ausência de informações, como dimensões das barragens e volume do que guardam, têm como consequência a impossibilidade de se prever os impactos contra a vida humana e o meio ambiente e o enquadramento na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB).

A própria ANA classifica a situação como fundamental para a segurança da população. “Isso mostra que ainda há um enorme passivo de informações básicas, o que se torna um desafio que deve ser enfrentado pela maioria dos órgãos fiscalizadores, notadamente os de barragens de acumulação de água”, informa seu relatório. A PNSB determina as regras para administração da segurança. Segundo a agência, “a definição se a barragem se submete ou não à PNSB é fundamental (…) para que a sociedade conheça qual o universo de barragens que geram algum tipo de preocupação em caso de eventual rompimento, permitindo a cobrança e a fiscalização de seus empreendedores”. Essa política completou dez anos na sexta-feira.

A coordenadora de Regulação de Serviços Públicos e de Segurança de Barragens da ANA, Fernanda Laus, afirma que nem todas as barragens em condições críticas correm risco de ruir. A técnica diz que o relatório pode não significar uma piora. “O que aconteceu é que as informações passaram a chegar. As pessoas foram mais a campo”, diz. Os dados são repassados à agência por um conjunto de 33 entidades fiscalizadoras. “O que desenvolvemos é um trabalho de conscientização. Ajudamos com ferramentas para que os responsáveis pela fiscalização atuem”, comenta. A ANA oferece, por exemplo, cursos pela internet com orientações nesse sentido.

Mineração

O diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Eduardo Leão, afirma que a tragédia de Brumadinho foi responsável pela impulsão no número de fiscalizações. “Passamos o ano inteiro correndo atrás”, afirma. Conforme o diretor, algumas estruturas chegaram a passar por sete inspeções em 2019. Leão diz ainda que o fato de o órgão, que era antes Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), ter virado agência, em 2018, contribuiu para mais fiscalizações.

Na área da mineração, segundo dados da ANM, há 441 barragens, de um total de 841, inseridas na PNSB. Ou seja, não existem informações completas sobre 400. Leão afirma que as estruturas provavelmente não oferecem risco, mas que não há garantia de que problemas não venham a ocorrer. “Toda barragem é um ser vivo.

Pode haver o impacto de uma chuva, por exemplo”, avalia. “Quanto mais informações, melhor para se fazer a gestão.” Segundo o diretor, a agência ainda passa por dificuldades como número reduzido de fiscais, são 30 para todo o País, e uso de sistema de computadores ultrapassados.

O professor do Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Roberto Galéry, diz que a tendência continua a ser a extinção de reservatórios de rejeitos, como os que ruíram em Mariana e Brumadinho. “Ficou provado que essas barragens não são seguras.” O especialista defende ainda maior atenção à desativação dessas estruturas. “É preciso tomar atitudes para que acidentes não ocorram mais. As barragens que estão em estado crítico têm de ter as atividades suspensas”, defende. “Depois de Brumadinho, que foi uma reincidência no Brasil, foi atingido um nível de gravidade maior.”

Galéry aponta que o sistema de segurança de barragens no Brasil, que prevê a responsabilidade para o dono da estrutura, e a fiscalização ao poder público, é o ideal, mas pode apresentar falhas. “Não há pessoal suficiente para fiscalizar. Por outro lado, empresas grandes costumam se preocupar mais com a operação, que gera receita, e descuidar da parte da segurança, que apenas cria despesa.”

O presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Wilson Brumer, afirma que as rupturas de barragens já provocaram mudanças no comportamento das empresas dentro e fora do País. “O que aconteceu em Brumadinho e Mariana serviu de grande alerta para o setor como um todo, até no exterior. Empresas que não sentiam que podiam ter problemas pararam para pensar: ‘Aconteceu lá, poderia acontecer aqui também’.” Serviu de alerta, então.

Conforme Brumer, as companhias do setor passaram a buscar mais transparência e segurança. “Há mais comunicação e empenho para que a ANM seja fortalecida. O clima dentro do setor é de mudança”, afirma. O presidente do Ibram indica, no entanto, que o setor poderá encontrar dificuldades exatamente no descomissionamento das barragens.

“Não é algo simples de se fazer. Cada uma tem de ser avaliada dentro de seu perfil. Se fechar de forma inadequada, pode acontecer um acidente.”

Pandemia

Os números deste ano talvez sejam diferentes. O diretor da ANM adiantou que a pandemia do novo coronavírus atrapalhou as fiscalizações ao longo de 2020, sobretudo em relação à contração de serviços e equipamentos para o trabalho. “Não paramos, mas tivemos problemas, por exemplo, para locação de veículos para o deslocamento das equipes.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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