Pele cultivada em laboratório salva menino sírio de doença rara

09 de novembro de 2017, 14:07

© Revista Nature/Reprodução

Uma pele "cultivada" em laboratório por cientistas da Universidade de Modena e Reggio Emilia, na Itália, salvou a vida de um menino sírio de nove anos que sofre de epidermólise bolhosa, doença que faz a epiderme se descolar com um simples toque. A patologia deixa a pele do ser humano tão frágil como as asas de uma borboleta, inseto que passou a ser associado a todos aqueles que carregam essa condição. No entanto, pesquisadores italianos conseguiram transplantar uma pele geneticamente modificada em 80% do corpo de um paciente que estava à beira morte. As cirurgias - duas no total - ocorreram em outubro e novembro de 2015, em Bochum, dois anos depois de Hassan, hoje com nove, chegar à Alemanha com seus pais e os irmãos. O menino sofre de epidermólise bolhosa juncional, a forma mais grave da doença, que se agravou após ele deixar seu país. "O menino tinha perdido 80% da pele, estava em fim de vida e em coma induzido", conta, em entrevista à ANSA, o pesquisador Michele De Luca, pioneiro em estudos sobre regeneração. Acionado pelos médicos de Hassan, os cientistas italianos começaram a trabalhar em uma pele de laboratório que pudesse ser transplantada na criança. Eles usaram células-tronco e terapia gênica para desenvolver uma nova epiderme com a forma sem mutação do gene "Lamb3", cuja alteração desencadeia a epidermólise bolhosa. A partir de células saudáveis da pele do menino, foram cultivados pedaços de 50 e 150 centímetros quadrados, colocados em Hassan em duas cirurgias sucessivas. Ao longo dos 21 meses seguintes, a pele regenerada aderiu à camada subjacente, a derme, sem dar origem a novas bolhas e renovando-se regularmente. "Agora o menino está bem, vai para a escola, joga futebol. Sua pele está estável e já teve pequenos ciclos de renovação", acrescenta De Luca. + Bento XVI 'obrigou' Francisco a aceitar cargo de papa A pesquisa permitiu que os cientistas identificassem a "fonte" de células-tronco que faz com que a epiderme se renove continuamente. O estudo ainda forneceu a primeira prova direta de que a pele humana é sustentada por uma base de células longevas, das quais derivam as células progenitoras, de vida breve e que são renovadas continuamente. "Era um tema muito debatido e agora foi finalmente resolvido", diz o pesquisador italiano. A nova pele de Hassan é elástica e resistente, apenas ligeiramente manchada e com pequenas asperezas. "Parece um sonho. Sabíamos que se tratava de um tratamento experimental, mas tínhamos de tentar de tudo", declarou o pai do menino ao jornal "la Repubblica". Com informações da Ansa.

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Projeto Fruticultura de Sequeiro é apresentado no SemiáridoShow 2017

09 de novembro de 2017, 13:52

Como parte da programação do SemiáridoShow 2017, maior evento nacional de tecnologias de convivência com o semiárido, que acontece em Petrolina (PE), foi realizado, na tarde desta terça-feira (7), o Seminário Regional de Fruticultura de Sequeiro, com foco no Umbuzeiro e no Maracujá da Caatinga, junto às Escolas Famílias Agrícolas (EFA) da Bahia. O evento, que aconteceu no Auditório da Embrapa Semiárido, teve o objetivo de apresentar os principais resultados do projeto Fruticultura de Sequeiro no Semiárido Baiano, ‘alternativa para inclusão produtiva da juventude rural’. Mais de 200 pessoas participaram, entre professores, monitores e estudantes, pesquisadores, agentes de assistência técnica e extensão (ATER), gestores/as públicos e agricultores/as familiares. Durante o seminário, foi realizado o ato de assinatura do Contrato de Validação Agronômica e Mercadológica de Genótipos de Umbuzeiro, celebrado entre Embrapa Semiárido e a Rede de Escolas Famílias Agrícolas da Bahia (REFAISA). Também foi feita a apresentação de linhas de crédito voltadas para a juventude rural, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Jovem, e as considerações para a implantação e manejo das áreas de fruticultura de sequeiro. Financiado pelo Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o Projeto Fruticultura de Sequeiro conta com um investimento de mais de R$ 1 milhão e beneficiará 1.400 jovens, estudantes e ex-estudantes da Escolas Famílias Agrícolas do semiárido baiano. Foram implantados 14 viveiros, em número igual de EFA de diversas regiões da Bahia. No total, serão distribuídas 44,8 mil mudas de umbu gigante e 476 mil mudas de maracujá da caatinga. Cada jovem receberá 32 mudas de umbu e 340 de maracujá. O período máximo para as plantas já produzirem em escala comercial é de quatro anos para o umbu, e menos de um ano para o maracujá. Se acordo com Marcelo Matos, gestor da Superintendência de Agricultura Familiar (Suaf/SDR), um dos palestrantes do Semiárido Temático, “o projeto apoia a educação do campo, a convivência com o semiárido e fomenta o plantio do umbuzeiro e do maracujazeiro, que, por serem plantas nativas da caatinga, são resistentes à seca, além de apoiar a juventude rural, priorizando a entrega de mudas a jovens rurais. Marcelo destacou ainda que após a entrega das mudas “várias EFAs, a partir do próximo ano, utilizarão os viveiros implantados para produzir mudas para comercialização, gerando assim receitas que contribuirão com a manutenção do ensino”. O Seminário Regional de Fruticultura de Sequeiro foi uma realização da Embrapa Semiárido, Projeto Bem Diverso, Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Rede de Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semiárido (Refaisa) e Associação das Escolas das Comunidades e Famílias Agrícolas da Bahia (Aecofaba).

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Desacelerar e cuidar da alimentação são as dicas a poucos dias da última prova do Enem

09 de novembro de 2017, 11:53

Jamile Khaled orienta estudantes a desacelerar e cuidar da alimentação (Foto: Divulgação)

Precauções nunca são demais quando se trata da realização de uma prova que só acontece uma vez ao ano, já que perdê-la significa ter de esperar mais 364 dias até uma nova chance, por isso, cuidar da alimentação e desacelerar, são orientações essenciais para um bom desempenho na última prova do Enem de 2017. Então, evitar exercícios físicos desgastantes, permanecer acordado até muito tarde da noite, se expor a alterações bruscas de temperaturas e se resguardar para que possa estar 100% para a hora da prova é primordial. Quem dá as dicas, é a nutricionista Jamile Khaled, para ela, além de uma boa alimentação, descanso é essencial. “Respeitar as horas de sono necessárias para ter um bom nível de descanso e atenção na hora da prova. Fazer uma higiene mental na véspera, ocupando-se de atividades que proporcionem relaxamento e tranquilidade como assistir filme, ouvir uma boa música, bater papo com amigos, são algumas boas ideias”, orienta. Já em relação à alimentação, é preciso evitar alimentos "pesados", muito gordurosos e que exijam demais de nossa digestão, pois consequentemente, podem nos deixar "mais lentos", cuidado que deve existir desde a véspera da prova e se prolongar no decorrer do dia do Exame. Organizando a alimentação No café da manhã utilizar carboidratos integrais como fontes de energia, como pão ou torradas integrais, proteína de alto valor biológico como queijos, ovos, iogurtes e leite e gorduras de boa qualidade como azeite de oliva, abacate e castanhas é o ideal. Já no almoço, a dica é optar por uma proteína grelhada, salada verde ou cozida, carboidrato também integral como macarrão ou arroz integral e quinoa. Outra coisa que não deve ser deixada de lado é a hidratação, que precisa ser pensada durante todo o dia. Sucos de frutas naturais, água de coco, sucos detox, chás e bastante água. Para a hora da prova Como o Pará não participa do horário brasileiro de verão e os portões das escolas fecham pontualmente ao meio dia, muitas vezes o aluno precisa sair de casa bem cedo e não tem como almoçar, o que nem é indicado. A dica então para a alimentação para a hora da prova é esquecer as calorias vazias e ricas em açúcar, que vão roubar concentração. “Nada de batata frita, pipoca, balas açucaradas, coxinhas e afins , o correto é investir em barras de castanhas ou amêndoas, água de coco, chocolate amargo (a partir de 70% cacau), frutas, barrinhas de amendoim, chás (sendo hibisco com morango uma boa pedida), iogurte zero gordura ou aveia. Todas essas opções são muito leves, de boa qualidade e irão fornecer energia para o candidato e mantê-lo saciado”, complementou a nutricionista.

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Compras pela internet devem superar as feitas em lojas físicas neste Natal

08 de novembro de 2017, 16:56

As vendas pela internet devem crescer neste ano, tornando o comércio virtual o principal meio de compras do Natal de 2017, segundo pesquisa divulgada nesta quarta (8) pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil. O levantamento, feito nas 27 capitais brasileiras, indicou que 40% dos consumidores pretendem adquirir presentes pela rede. Desses, 54% disseram que pretendem comprar mais da metade das lembranças de fim de ano dessa forma. As informações são da Agência Brasil. O número indica que as compras pela internet devem superar as feitas em centros comerciais, estimadas para este ano em 37%. Em 2016, os centros comerciais, como os shoppings centers, responderam por 41% das vendas de Natal, enquanto o comércio eletrônico correspondeu a 32%. Em 2017, 37% dos consumidores ainda que pretendem ir a lojas de departamento, 26% a lojas de bairro e 13% a shoppings populares. Sobre a escolha dos locais de compra, 58% dos consumidores disseram que escolhem o local pelo preço, 50% pelas ofertas e promoções, 27% pela diversidade de produtos e 20% pelo atendimento. Para a economista-chefe do SPC, Marcela Kwauti, o crescimento do comércio eletrônico é uma tendência que deve, inclusive, pressionar as lojas físicas a disputar a preferência dos consumidores. "Isso em algum momento ia acontecer, por conta da crise ou mesmo que a gente não tivesse tido a crise. A internet vem ganhando espaço e isso não tem volta", enfatizou. Dentro do comércio virtual, as páginas de grandes empresas são a opção de 68% dos compradores, seguida pelos sites de classificados de compra e venda (42%) e os especializados em roupas, calçados e acessórios (34%). ESTABILIDADE De forma global, o levantamento do SPC estima vendas de Natal em um patamar semelhante ao do ano passado. Em 2016, a projeção apontou para um movimento de cerca de R$ 50 bilhões, enquanto em 2017, o montante deve chegar a R$ 51,2 bilhões. Segundo o estudo, 110 milhões de consumidores têm a intenção de dar presentes neste fim de ano. Os dados mostram ainda que 26% dos que vão comprar presentes querem gastar menos do que em 2016 -32% apontam a situação financeira ruim como razão-, enquanto 33% pretendem gastar o mesmo valor que no ano passado e 19% têm a disposição de gastar mais. A média de gastos deve ficar em R$ 461,91, distribuídos em quatro ou cinco itens. Cerca de um terço dos consumidores (34%) pretende comprar à vista no dinheiro, 19% com o cartão de débito e 31% parcelar no cartão de crédito.

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O pai Augusto e o filho Felipe Marques – O cuidar e o criar vivendo harmoniosamente

08 de novembro de 2017, 14:04

Cuidar de quem ama é algo prazeroso, mesmo que sendo, às vezes, uma tarefa árdua. Faz bem para o coração, para a alma... para a vida. Amar e sentir que é amado (a) proporciona um sentimento inexplicável, capaz de adoçar a mais amarga das sensações, transformar o ruim em contentamento e felicidade. É ótimo para quem sente e melhor para quem vive. Amar e ser amado é viver em paz e harmonia com o eterno; é uma virtude dos sapientes que fazem do amor o combustível responsável pelo funcionamento de suas virtudes. Já criar aquele (a) que tanto cuidou, deu carinho, amou... Talvez por não depender apenas do recíproco amor da família, criar, do ponto de vista de acompanhar todo o tempo, envolve fatores mais complexos e exige inúmeros cuidados. Nem sempre o mundo ensina somente aquilo que gostaríamos que fosse absorvido pelos amados. Maçãs e cobras são encontradas com mais facilidade do que bons conselhos. Partindo deste ponto de vista é possível afirmar que, apesar de semelhante, em se tratando de vida (de pessoas), cuidar é diferente de criar. Aquele que foi bem cuidado poderá ser um mal criado, não necessariamente como uma regra. Todo mal gostaria em ser do bem, mas por ter sido vítima da falta do conjunto ‘cuidar/criar’ tenha se transformado no abominável. Orientação e controle podem evitar preocupações e decepções, pois quem ama cuida. A relação de amizade e carinho socializada constantemente entre Augusto Jacobina e seu filho Felipe Marques tem levado muitos pais a refletir sobre o conceito de amor e a importância de suas presenças na vida dos seus filhos. Quem já teve o prazer em estar próximo e conviver com estas duas figuras que já fazem parte do ‘patrimônio’ cultural da cidade, sabe o que é viver em harmonia e alegria. O pai como músico (cantor e tecladista) e comunicador (através do site que leva o seu nome e do rádio) e o filho, criança carismática e inteligente já demonstra o que pensa e o que quer para seu futuro. O pequeno artista Felipe Marques tem levado alegria para as crianças e adultos em seus shows infantis e sua participação em grandes eventos como festejos de São João e comemorações de aniversários de cidades da região. A história de vida de Augusto e Felipe é um exemplo que deve ser seguido e compartilhado com todos que acreditam que ainda existe o bem cuidado e o bem criado. Para o pai e para o filho: Parabéns!

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Produtores de leite da Bahia discutem situação do setor durante encontro

31 de outubro de 2017, 12:22

Produtores de leite de diversos municípios baianos se reuniram no último sábado (28), em Feira de Santana , para discutir os problemas enfrentados e delinear ações no sentido de resolver gargalos que têm prejudicado toda a cadeia, desde a produção à comercialização de um dos principais produtos para a economia baiana. O encontro, realizado pela Associação dos Produtores de Leite do Estado da Bahia (Bahia Leite), teve como um objetivos, traçar estratégias para de forma organizada para que em um período não muito distante apareçam resultados positivos na recuperação do mercado que vem sendo prejudicado pela diminuição das chuvas, da taxa tributária e, principalmente o baixo valor pago ao litro do leite; o que torna disparate o custo/benefício o que consequentemente inviabiliza os negócios. Ficou decidido durante o evento que será encaminhada uma ‘carta’ ao Governo do Estado, criticando a situação vivida pela cadeia do leite e a concorrência ‘desleal’ por conta da taxa tributária com fornecedores de outros estados. Conforme o presidente da Bahia Leite, Danilo de Souza Reis, o documento é uma forma de sensibilizar o governo do Estado e chamar atenção para o problema que afeta desde o pequeno ao grande produtor. “Leite é um produto estratégico e importante para a segurança alimentar. Na Bahia existem cerca de 120 mil produtores de leite, sendo cerca de 60 por cento de pequenos produtores, responsáveis pela geração de mais de 600 mil empregos. Não queremos muletas e sim condições, principalmente fiscais para trabalharmos”, salientou Danilo, pregando a união do setor. “Precisamos ser representativos e unidos para fortalecer nossos objetivos e com a organização associativa teremos um produtor mais eficiente e influente” A convite da Associação dos Produtores de Leite da Bahia (Bahia Leite), o superintendente da Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf), órgão vinculado à SDR, Marcelo Matos, esteve na manhã deste sábado (28), em Feira de Santana, proferindo a palestra: “Agricultura Familiar e Produção de Leite na Bahia – Ações do Governo do Estado para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite”, onde apresentou algumas ações desenvolvidas para o setor.

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Casal de pastores é indiciado por estupros de fiéis

25 de outubro de 2017, 13:41

A Polícia Civil indiciou na quarta-feira (18) os pastores Antônio Carlos de Jesus e Jéssica Teles da Cruz por estupros de fiéis, inclusive adolescentes, em Edeia, na região sul de Goiás. Segundo a investigação, eles diziam às vítimas que elas deveriam ter relações sexuais com o homem para quebrar maldições. O casal está preso e negou à polícia ter cometido os crimes. “Com as maiores de idade, Antônio falava que tinha uma maldição para quebrar e dava duas opções, uma opção era ter relação sexual com o cunhado ou o sogro e a outra, com ele. Se não fizesse, dizia que a vítima ou parentes iam morrer, ameaçava. Nas menores ele não dava a opção esdrúxula, dizia que tinha de quebrar a maldição com ele”, disse ao G1 o delegado responsável pelo caso, Quéops Barreto. O G1 não conseguiu localizar a defesa do casal até a última atualização desta reportagem. Antônio Carlos foi indiciado pelo estupro de cinco fiéis da Igreja Falando com Deus, sendo uma de 13 e outra de 14 anos. Já a mulher dele deve responder apenas pelos abusos cometidos contra as duas adolescentes. “Constatamos que ela teve participação e deve responder pelos crimes porque ajudava a amedrontar as vitimas, instigava o medo e ajudava a convencê-las de fazer o sacrifício”, explicou o delegado. FONTE: http://www.jornaldanoticia.com.br/

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Advogado do Acre é condenado por apropriação indevida de carro e dinheiro de cliente preso

25 de outubro de 2017, 13:31

Posts de Agência TJ Acre (Foto: Agência TJ Acre)

A 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco julgou procedentes os pedidos formulados por João Jezierski Junior para condenar o advogado Mario Wesley Garcia pagar R$ 6 mil por danos morais, R$ 1.761 por danos emergentes, e à devolução de mais de 17 mil dólares, que foram apropriados indevidamente pelo réu. A decisão foi publicada na edição n° 5.990 do Diário da Justiça Eletrônico (fl. 34), desta terça-feira (24). A juíza de Direito Thaís Khalil, titular da unidade judiciária, afirmou que “as condutas ilícitas evidentemente tiveram o condão de causar danos de ordem moral ao autor, que estava privado de liberdade no período em que ocorreram e depositava no réu, seu advogado, confiança incompatível com as ações praticadas”. Entenda o caso O autor do processo contratou os serviços do réu como advogado, contudo foi condenado e teve decretada sua prisão. Então, o reclamante alegou que o advogado tomou para si a posse de seu veículo, diversos eletrodomésticos e mais de 17 mil dólares, tudo sem sua anuência. Quando foi posto em liberdade procurou o réu para recuperar os bens, mas não obteve êxito e, dessa forma, ingressou com uma representação contra o mesmo junto à Ordem dos Advogados do Brasil – Acre. Durante a tramitação do processo administrativo, o advogado afirmou que os honorários advocatícios contratados totalizaram R$11 mil, contudo admitiu que esteve com a posse do automóvel, como garantia de pagamento de seus honorários, mas que depositou judicialmente em virtude de bem ser objeto de uma ação de busca e apreensão pela falta de pagamento do financiamento em 2010. Em contestação, o profissional reforçou que a parte autora tentava se isentar do pagamento dos honorários que lhe são devidos, por isso afirmou má-fé do demandante. Sobre o veículo, afirmou que este foi entregue pela esposa do autor, como garantia. Já quanto aos eletrodomésticos, relatou que a residência do autor foi objeto de crime de furto e que as chaves do imóvel ficaram em poder da Polícia Militar. Ainda, o réu rechaçou a alegação de apropriação indevida dos dólares, pois o autor anuiu que o réu, na qualidade de procurador, recebesse tais valores, que eram sempre repassados, após a compra de comida, remédios, produtos de higiene, quando ambos se encontravam encarcerados. Por isso, concluiu sua defesa com pedido de reconvenção pleiteando condenação da parte autora em danos materiais e honorários no montante de R$ 167.856 mil. Decisão Ao analisar o mérito, a juíza de direito iniciou apontando que restou prejudicado o pedido de reintegração de posse do veículo, porque o mesmo não está atualmente em posse do réu e é incontroversa a alienação fiduciária junto à instituição financeira. Mas na decisão Khalil ponderou acerca da posse clandestina do veículo. Apesar de o réu ter arguido que a posse não era indevida, pois foi autorizada pela esposa do autor, este não logrou êxito em provar que recebeu o veículo das mãos da esposa do autor, com pleno conhecimento que o objetivo era servir como garantia de serviços prestados e não pagos. O valor da condenação para reparação dos danos emergentes foi estipulado em R$ 1.761,28. “A conclusão é que, realmente, a posse do réu sobre o veículo foi indevida, bem como sua conduta foi ilícita”. A apropriação indevida de dinheiro foi qualificada como a segunda conduta ilícita e culposa do réu. “Se o advogado estava a gerir recursos de pessoa presa, e em se tratando o réu de um advogado, conhecia as cautelas que deveria adotar no sentido de comprovar a integral destinação dos recursos”. Portanto, o valor de R$ 17.315 mil dólares deve ser convertido para o equivalente na moeda brasileira. Há destaque para o depoimento de testemunha apresentada pelo autor que afirmou ter assistido a uma conversa entre a esposa e o réu, em que essa postulava a devolução do veículo e dos valores, quando o autor ainda estava preso. No entendimento da magistrada, o pedido da esposa revelou que a ação do réu gerou inquietações e dificuldades financeiras para autor, “que vão muito além de meros aborrecimentos, especialmente considerando que a privação de liberdade do autor naquela ocasião limitaram ainda mais suas possibilidades de reversão da situação danos”. Por fim, não foi acolhida da pretensão do réu em reconvenção, devido a falta de provas acerca dos termos do contrato firmado com o autor e da inadimplência deste último.Da decisão cabe recurso. Por:  Agência TJ Acre 

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Em entrevista o jornalista Gervásio Lima fala da carreira e dos novos desafios da profissão

25 de outubro de 2017, 12:49

ENTREVISTA CONCEDIDA AO JORNAL NOTÍCIA LIVRE, EM FEVEREIRO DE 2007 O jacobinense Gervásio Lima é historiador, formado pela Universidade do Estado da Bahia, e jornalista profissional. Sua carreira na área de comunicação iniciou em 1989, quando trabalhou como repórter no extinto jornal A Gazeta do Ouro, do saudoso Flory Azevedo., De lá pra cá já atuou e colaborou em várias empresas de comunicação do município e do estado da Bahia. Foi editor dos jornais Primeira Página, Tribuna Regional, A Voz da Chapada (Jacobina) e Cultura e Realidade (Irecê), editou também informativos para as empresas Telebahia (regional noroeste) e Jacobina Mineração e Comércio. Em seu currículo consta ainda passagens pelos jornais Feira Hoje, de Feira de Santana e Diário do Sudoeste, de Vitória da Conquista. Na área política, foi assessor de comunicação da Prefeitura de Jacobina, no segundo mandato de Carlito Daltro, secretário de Comunicação da Prefeitura de Morpará e secretário parlamentar nos mandatos dos deputados estaduais Zé das Virgens e Professor Valdeci. Atualmente o jornalista é um dos colaboradores da revista paulista Com Ciência Ambiental, publicação mensal voltada para temas relacionados ao meio ambiente e de circulação nacional. A Notícia – Como o senhor vê a imprensa jacobinense? Gervásio Lima – Vejo de duas formas, a primeira com orgulho de saber que meus conterrâneos são realmente lutadores e destemidos por superar todas as dificuldades e fazer imprensa longe dos grandes centros. A segunda com tristeza, em ver o essencial e importante instrumento de informação e formação de opinião não ser tratado com respeito e ética profissional, por algumas pessoas que na verdade brincam de ser jornalista e de fazer jornalismo. A imprensa é de suma importância para a democracia, informando, denunciando, abrindo os olhos da população; isso quando é tratada com seriedade e responsabilidade. A Notícia – Quais os trabalhos que desenvolve atualmente? Gervásio – Faço assessoria para o Prefeitura da cidade de Morpará na área de comunicação e política e colaboro com a revista Com Ciência Ambiental, com textos relacionados às questões ambientais, em todo o estado da Bahia. Tenho colaborado também com alguns sites jornalísticos de diversas cidades, como o www.oestebaiano.com (Barreiras), www.diariodabahia.com (Ibotirama), www.folhadabahia.com.br (Irecê) e o http://xiquesampa.blogspot.com (Xique-Xique). A Notícia – Os sites de informação estão conquistando espaço a cada dia. No entanto, algumas pessoas reclamam que pela facilidade de criação, estes veículos se multiplicam e muitos deles não têm compromisso com a verdade. Qual a sua opinião? Gervásio – A essência da comunicação é justamente esta, o grande número de informação encontrada em jornais, revistas e na internet. Do ponto de vista da liberdade de expressão eu acho fantástico. Na questão da falta de compromisso com a verdade vai de quem ler ou acessar fazer seu próprio juízo, aplicar o que chamo de auto-censura, ou seja, eu, particularmente, evito acessar páginas da internet, com notícias sensacionalistas, tendenciosas e fatos esdrúxulos. Da mesma forma com as informações impressas. Dificilmente chego ao segundo parágrafo de um texto que o título não me agrada ou início do mesmo é mal escrito. O país tem avançado muito na aplicação das leis que protegem o cidadão de todos os tipos de abusos cometidos através da internet. A Notícia – O senhor acredita que o jornalismo online sucumbirá o jornal impresso? Gérvásio – Tem se discutido muito se a Internet vai ou não vai tomar o lugar do jornal impresso como meio de informação rápida e eficiente. O online e o impresso são distintos, ainda com públicos diferentes. Não acredito que o jornal impresso será suplantado. O prazer de folhear, seja uma revista, um livro ou jornal, é uma espécie de prazer ainda insubstituível. O que será preciso e a maioria dos especialistas aconselham, é que os jornalistas se tornem “multimídias”, isto é, profissionais habilitados a escrever bem e rápido sobre qualquer assunto e para qualquer público, seja do impresso, do rádio, da TV, da Internet. A Notícia – Como vê a obrigatoriedade do registro profissional para o exercício da profissão de jornalista? Gervásio – Existem profissões que a formação meramente teórica não é, necessariamente, sinônimo de aprendizado ou de bom profissional. Costumo dizer que além de dedicação, o que se deve ter em qualquer atividade a ser exercida, é preciso ter vontade, gostar do que decidiu ser e, principalmente, ter humildade para aprender e em reconhecer os erros. Seguindo esses preceitos, não será difícil se tornar um escrevedor. A arte de escrever é uma espécie de dom, mas para ser inserido nesse mundo em permanente estado de transformação não pode deixar de levar em conta a necessidade da formação teórica e o aprendizado ético e moral, próprios da academia. A Notícia – Além de jornalista, o senhor é formado em história. Quais as similaridades e diferenças destas duas profissões, ou não existe? Gervásio – Existe mais similaridade do que diferença. O historiador pesquisa, estuda e interpreta os fatos de acordo com suas causas, significados e conseqüências. Interpreta os acontecimentos da vida de um povo e os acontecimentos passados e presentes, assim como as condições econômicas, culturais e sociais que os originaram; esse papel é muito parecido com o de um profissional da imprensa, que para escrever seu texto precisa conhecer e interpretar o que será relatado. A Notícia – Como vê a conjuntura política do estado, em especial, de Jacobina? Gervásio – Nos últimos oito anos o Brasil saiu do ostracismo para o reconhecimento mundial como uma grande potência emergente, o que só foi possível a partir de um projeto político que priorizou o fim da exclusão social, reconhecendo o povo como agente principal, sem distinção de cor, raça ou naturalidade. Esses avanços podem ser percebidos também no Estado, com o acesso da população a serviços essenciais como a educação e saúde e ampliação de programas como o Luz para Todos e o Água para Todos. Saímos literalmente das trevas. Estamos vivendo a democracia de fato e de direito, sem perseguições, com liberdade e oportunidades. Em Jacobina, infelizmente, nos últimos 14 anos os modelos de administração têm levado o município à falência. A Notícia – Suas considerações finais. Gervásio – Agradeço a oportunidade e aproveito para parabenizar a equipe do jornal A Notícia pelo excelente trabalho que vem desenvolvendo. Chamo a atenção da classe empresarial para o valor do meio de comunicação impresso, onde, assim como todo o conteúdo, as publicidades se imortalizam, podendo ser vistas em qualquer época e em qualquer lugar.

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Jacobina possui apenas 135 anos?

25 de outubro de 2017, 12:36

Quando se busca sobre a história de Jacobina, encontra inevitavelmente a informação que “Jacobina é um município brasileiro do Estado da Bahia criado em 1722". Conforme consta em sítios oficiais como o do IBGE, em 1677, foi criado o Distrito com a denominação de Jacobina, que em 1722 foi elevado à categoria de vila com a denominação de Jacobina e elevado à condição de cidade com a denominação de Jacobina, pela lei provincial nº 2049, de 28 de julho de 1880. No sistema português as vilas já eram municípios independentes. O “status” de cidade decorria de uma série de requisitos que, durante mais de três séculos, apenas a capital Salvador possuía. Entre eles, o título de “Cidade” só se encaixava, oficialmente, numa população que tivesse 5 mil ou mais habitantes. Já a Wikipédia, um projeto de enciclopédia multilíngue de licença livre da internet e escrito de maneira colaborativa, diz que o distrito de Jacobina foi criado em 1720, o município no dia 24 de junho de 1722 e que a criação da freguesia somente se verificou em 1752. A sede municipal foi elevada à categoria de cidade pela Lei provincial nº 2.049, de 28 de julho de 1880, com o título de "Agrícola Cidade de Santo Antônio de Jacobina". Outras informações dão conta DE que Jacobina foi no século XVII um dos maiores municípios da província (do Estado da Bahia) e que seu primeiro desmembramento ocorreu em 1746, quando se emancipou a Freguesia do Urubu de Cima, hoje o município de Paratinga, na região de Bom Jesus da Lapa. Já no Século XIX três novos municípios se emanciparam de Jacobina: Monte Alegre (1857), hoje Mairi; Morro do Chapéu (1864) e Riachão do Jacuípe, em 1878. Mas, esses próprios dados históricos sobre a fundação de Jacobina e de outros relatados nas mais diversos estudos e pesquisas, são questionáveis. Para corroborar com a dúvida sobre a verdadeira idade da cidade, nos deparamos com a história de Caetité, situado no sudoeste da Bahia. O município de Caetité reivindicou a mudança da data de sua emancipação. Depois que a Câmara de Vereadores corrigiu, a cidade que antes era dada como de 1867, teve a correção para o ano de 1810, tornando assim, bicentenária. Para justificar o erro, foi citado, entre outras coisas, no documento que pediu a correção do ano de criação do município, que “Caetité foi emancipado de Jacobina em 1724, com sede inicialmente onde hoje é Livramento de Nossa Senhora”. Caetité, até 1833 pertenceu à Comarca de Jacobina, quando Rio de Contas passou a sediar o juízo, até que 1855 virou ela própria sede de comarca e ter o primeiro juiz titular nomeado em 1859. Daí vem à tona novamente a interrogação, se Caetité foi emancipada de Jacobina e possui mais de duzentos anos, porque Jacobina completa em 2015 somente 135 anos? Para estimular mais a discussão, na história da cidade de Xique-Xique, localizado no Vale do são Francisco, consta que, “através de Normas Regenciais, o Conselho Provincial da Bahia achou por bem criar o município de Xique-Xique, em6 de julho de 1832, há 182 anos, desmembrando-o de Jacobina, com o nome do Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique”. Dados históricos indicam ainda que tudo que estava fora da jurisdição da Comarca da Bahia e de Sergipe, era Comarca de Jacobina. A missão de Juazeiro, atual cidade de Juazeiro, foi elevada à categoria de julgado, sob a jurisdição da Comarca de Jacobina no ano de 1766, quando já contava com 156 casas. Outras citações dão conta também que no início do ano de 1800, Vitória da Conquista pertencia à comarca de Jacobina.

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Seminário discute Mercados Institucionais PAA e PNAE com entidades públicas e civis da Bahia

25 de outubro de 2017, 12:09

Seminário discute Mercados Institucionais PAA e PNAE com entidades públicas e civis da Bahia (Foto: NixOnline)

Como parte da estratégia programada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), na disponibilização da 'Cesta de Serviços' aos municípios e Consórcios Públicos, foi realizado nesta nesta terça-feira (24) e segue até esta quarta-feira (25), no Auditório do Hotel Cajueiro de Ouro, em Feira de Santana, o 1º Seminário Estadual de Mercados Institucionais com foco nos programas nacionais de Aquisição de Alimentos (PAA) e Alimentação Escolar (PNAE). A ação tem a finalidade de fortalecer a comercialização da agricultura familiar nos municípios baianos. O encontro é coordenado pelas superintendências da Agricultura Familiar (Suaf) e de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater). O evento acontece após a realização de atividades como a Oficina Estadual de Mercados Institucionais PAA e PNAE, com a participação de representantes de conselhos e gestores municipais, movimentos sociais e lideranças das organizações da agricultura familiar, visando a ampliação e qualificação da execução das políticas de comercialização nos municípios. Os oficinas envolveram 1.260 pessoas de 270 municípios baianos, e das oficinas territoriais, que tiveram como objetivo capacitar as equipes dos Serviços Territoriais de Apoio à Agricultura Familiar (SETAFs), entidades de assistência técnica e extensão rural (ATER), gestores e equipes técnicas municipais. O Seminário, que está sendo realizado de forma integrada ao Plano Estadual de Formação dos Agentes de ATER (Formater), é resultado de uma necessidade apontada pela Câmara Técnica de Comercialização do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS), em função dos baixos volumes de compras institucionais em diversos municípios baianos. Entre os objetivos do evento está o fortalecimento da política de comercialização nos mercados institucionais para a agricultura familiar no Estado. O secretário da SDR, Jerônimo Rodrigues, ao ressaltar a importância do debate no espaço democrático, destacou que é preciso envolver, em todas as agendas que dizem respeito à agricultura familiar e ao desenvolvimento rural, além dos órgãos públicos, entidades representativas da agricultura familiar, organizações da sociedade civil, gestores dos municípios e representantes de universidades, para uma discussão mais ampliada e qualificada: "Nós ainda encontramos problemas como dificuldade nas condições de mobilidades dos produtos e da falta de equipamentos, a exemplo de câmaras frias, para armazenar os produtos. Precisamos ter uma logística de distribuição e buscar soluções para a questão da gestão. Esses são desafios grandiosos de gerar produtos e negócios. Este encontro é uma oportunidade de discutir este tema de uma forma mais qualificada”. Já Célia Watanabe, superintendente da Bahiater, destacou o papel da ATER nos mercados institucionais, enfatizando o Plano Estadual de Formação para Agentes de Ater (Formater), que será uma espécie de um programa que irá articular diversas áreas e linhas de formação, discutindo temas, como o da comercialização e da economia solidária, além da articulação da transição agroecológica e metodologias de ATER, entre outros temas. “Na preparação dessa ação, a comissão organizadora está contando com nossas equipes da Bahiater e Suaf, dialogando com outros parceiros, a exemplo da Secretaria de Justiça, Desenvolvimento Humano e Movimento Social, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), como também outras organizações públicas e da sociedade civil que participaram e partilharam da construção desse evento de hoje”, salientou. Marcelo Matos, superintendente da Suaf, apresentou o Panorama da Comercialização na Bahia, no âmbito da agricultura familiar, mostrando potenciais, avanços e conquistas do setor, a partir da execução de políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado nos últimos anos: “Sabemos do potencial, dos resultados e avanços que já aparecem nas boas práticas e nas políticas públicas oferecidas por um governo comprometido com a potencialização e o desenvolvimento da agricultura familiar, mas, para avançar ainda mais, é preciso também tomar como base os bons exemplos, na organização e gestão coletiva das associações, cooperativas e outras entidades e instituições”, aconselhou. Entre os temas debatidos no 1º Seminário Estadual de Mercados Institucionais, estão: Agricultura Familiar – Panorama da Comercialização na Bahia, Oferta e Demanda no Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE na Bahia - Projeto Mais Mercado/CECANE, o Papel da Assistência Técnica nos Mercados Institucionais e Legislação - Normativas Sanitárias e Regularização da Produção.

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Setor da construção critica redução de crédito para imóveis usados

02 de outubro de 2017, 12:17

A entrada em vigor, na última segunda-feira, 25, da redução do financiamento de imóveis usados pela Caixa Econômica Federal (CEF) para o máximo de 50% do valor deve agravar ainda mais a crise na construção civil, segundo avaliam as lideranças do setor imobiliário. A mudança aconteceu uma semana após a divulgação de um relatório do Banco Central do Brasil que aponta retração de 5,2% no ramo, mais do dobro do que era previsto. A medida foi anunciada como uma forma de incentivar a venda de imóveis novos, mas foi recebida com ceticismo pelos agentes do mercado porque reduz o poder de compra da classe média. "Muita gente que pensa em comprar um imóvel novo precisa vender o que tem", afirma o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon), Carlos Henrique Passos. O economista Edísio Freire destaca que alterações nos limites de financiamento são usuais, a depender do contexto econômico. "Era 70%, depois subiu para 90%, voltou a 70% e agora caiu de novo. desta vez há o componente da limitação de crédito", explica o economista, ressaltando que a Caixa Econômica Federal reduziu bastante os recursos disponíveis para crédito imobiliário nos últimos meses. Freire destaca que, com menos recursos, o banco adota claramente uma estratégia de diminuição dos riscos. "Há diferentes formas de diminuir o crédito, inclusive a elevação dos juros, que seria inapropriada neste momento. O banco optou por diminuir o teto de financiamento, o que aponta para uma minimização dos riscos", afirma. Somente com o pagamento das contas inativas do FGTS, a Caixa abriu mão de mais de R$ 43 bilhões. Quantia equivalente ao financiamento de 286 mil apartamentos de R$ 300 mil (preço de um dois quartos no Stiep), levando em conta que a Caixa financia apenas a metade do valor do imóvel. Para se ter uma ideia, o orçamento da CEF previsto para este ano, para toda a carteira imobiliária, é de R$ 84 bilhões, segundo informações fornecidas pela assessoria de imprensa do banco. "Depois da queda, o coice" A sequência de notícias ruins para o setor imobiliário e de construção civil foi um balde de água fria nas expectativas de quem contava com o começo de uma recuperação, após uma crise iniciada em 2014. "Depois da queda, o coice", reclama Passos, referindo-se à nova medida de restrição ao crédito. Se a mudança nas regras do crédito imobiliário já haviam sido anunciadas, o relatório do Banco Central pegou o setor de surpresa. E o economista Luiz Fernando Mendes, da Câmara Brasileira da Indústria Construção (Cbic), foi um dos que se assustaram com os números. "A previsão era de uma retração de 2,1%, mas acabou sendo de 5,2%. Quase o triplo", queixa-se Mendes. O economista concorda que a ideia do governo deve ter sido a de se priorizar a comercialização de imóveis novos, mas declara-se incrédulo de que isso vá acontecer de fato. "A maioria das pessoas vende um imóvel para comprar outro", afirma. A visão dos líderes do setor é que a construção civil caminha num sentido oposto aos outros setores da economia, como agronegócio e exportações, que têm sustentado o pouco crescimento do PIB. "Vivemos um momento de profunda fragilidade, nossas empresas estão no limite da sobrevivência e é preciso reverter isso", declarou em nota à imprensa o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). Passos, do Sinduscon, destaca que o país está passando por um cenário de forte restrição de recursos e cortes de gastos. "Os investimentos do governo em obras públicas, como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e os projetos do Programação de Aceleração do Crescimento (PAC), sofreram reduções drásticas, e as obras privadas que ainda restam estão em fase final, ou seja, sem obras não temos empregos nem desenvolvimento. O setor da construção civil precisa de estímulo e investimento para sobreviver", afirma. Fonte: A tarde

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