Paraninfo deixa formatura de jornalismo escoltado após criticar governo

10 de março de 2020, 08:06

Um professor teve que deixar a formatura de seus alunos de jornalismo escoltado após falar de ataques de Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Após fazer um discurso crítico aos ataques do presidente Jair Bolsonaro à imprensa, o professor da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) Felipe Boff, 40, deixou escoltado o auditório onde ocorria uma formatura do curso de jornalismo, da qual ele era paraninfo, em São Leopoldo (RS). A fala de Boff, na última sexta-feira (6), havia sido abafada por vaias e agressões verbais da plateia, composta por cerca de 700 pessoas, convidados dos 34 formandos da área de comunicação, sendo 21 de jornalismo. Enquanto Boff falava, parte da plateia começou a vaiar e gritavam "chega". "Professor metendo o pau no presidente, estragando a formatura dos formandos. Que vergonha, olha o que esse cara está fazendo!", disse um homem. Quando as vaias ficaram mais fortes, professores e alunos que estavam no palco se levantaram e aplaudiram a fala. Em apoio a Boff, colegas que o acompanhavam na mesa oficial da cerimônia também se posicionaram atrás dele. Professor de jornalismo na Unisinos, Boff explicou que a escolta por seguranças da instituição foi oferecida pela própria organização do evento, para evitar ataques após o ocorrido durante a fala dele na formatura. Ele afirmou que, apesar da medida, não houve agressões posteriores e que, já na recepção, foi cumprimentado por grande parte de alunos e familiares presentes na cerimônia. No discurso, o professor afirmou que "a imprensa brasileira vive seus dias mais difíceis desde a ditadura militar". Ele elencou alguns dos ataques de Bolsonaro contra profissionais, como à repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, contra a qual dirigiu ofensas de cunho sexual. Ela apresentou à Justiça uma ação com pedido de indenização por danos morais contra o presidente. Boff também citou o levantamento da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), que apontou que quase dez ataques por mês foram desferidos pelo presidente a jornalistas, veículos de comunicação e à imprensa, em geral em suas redes sociais, no primeiro ano de governo. "Esta é a mensagem a ser destacada nesta noite: quando tenta calar e desacreditar a imprensa, o atual presidente da República ameaça não só o jornalismo e os jornalistas. Ameaça a democracia, a arte, a ciência, a educação, a natureza, a liberdade, o pensamento. Ameaça a todos, até aqueles que hoje apenas o aplaudem -estes que experimentem deixar de bater palma para ver o que acontece", completou o professor aos presentes. A repercussão negativa de parte da plateia sobre o discurso, para Boff, mostra a dimensão do ataque à liberdade de imprensa no Brasil. "Principalmente porque o presidente incita esse tipo de atitude, de censurar, de tentar calar jornalistas na marra. Se a maior autoridade da nação se sente à vontade para xingar jornalistas, por que o seu apoiador não se sentiria?", disse à reportagem. Para o professor, o episódio, apesar de lamentável, ajudou a propagar a mensagem que gostaria de passar com o discurso de formatura. "É para despertar as pessoas a também defenderem a imprensa, já que amanhã podem ser as novas vítimas", afirmou. Em nota, a Unisinos afirmou que respeita as diversas posições e que preserva e estimula a pluralidade de ideias e, por isso, os professores escolhidos pelos alunos como paraninfos "têm o direito de fazer uso da palavra e liberdade para se expressarem conforme suas convicções pessoais". O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e a Federação Nacional dos Jornalistas manifestaram solidariedade ao professor, afirmando que "repudiam toda e qualquer forma de ataque à liberdade de expressão e de pensamento". As entidades afirmam que a ação contra o discurso "representa uma intimidação à atividade profissional e é condenável".  

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Dona de farmácia é presa por tentar vender remédio ‘anticoronavírus’

10 de março de 2020, 07:42

Proprietária de farmácia em João Pessoa foi presa após anunciar venda de medicamento “anticoronavírus” (Foto: Divulgação/Ministério Público)

Uma mulher, proprietária de uma farmácia de manipulação em João Pessoa (PB), foi presa em flagrante na tarde de hoje após denúncias apontarem que o estabelecimento estava anunciando a comercialização de um medicamento que prometia prevenir o coronavírus. Após a propaganda ser publicada em um perfil do estabelecimento no Instagram, o local foi interditado após passar por vistoria do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público (MP-Procon), das Vigilâncias Sanitárias do Estado (Agevisa), da Polícia Civil e da Receita Estadual. “A melhor solução para o tão temido coronavírus é se prevenir aumentando sua imunidade. Por isso, trouxemos para vocês um poderoso complexo para dá aquele UP na sua imunidade e não deixar esses vírus nem passar perto de você”, prometia o anúncio feito pela farmácia. A propaganda ainda mostrava os compostos do medicamento, dentre os quais estão extrato de semente de uva, vitamina A e resveratrol. Segundo o Ministério Público, não foram encontrados frascos do medicamento, que estava sendo vendido pela internet. O órgão não informou quantas pessoas teriam comprado o medicamento. A dona da farmácia, que também é perita da Polícia Civil, foi presa em flagrante. Já o estabelecimento foi interditado porque a licença sanitária estava vencida. Durante a operação, as autoridades também identificaram várias substâncias com prazo de validade expirado. Ainda de acordo com o Ministério Público, a farmácia utilizava matéria-prima vencida para fazer as fórmulas. A dona do estabelecimento alegou aos policiais que tudo não passou de um mal-entendido e que a postagem que anunciava o produto teria sido feita erroneamente por uma empresa de marketing contratada para fazer a propaganda do estabelecimento. A reportagem tentou entrar em contato com a acusada por três números de telefone vinculados à farmácia, mas as ligações não foram atendidas. Segundo as autoridades em saúde, ainda não existem medicamentos capazes de combater ou evitar o coronavírus. Até esta segunda-feira, a Paraíba contabiliza quatro casos suspeitos de coronavírus.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Cavalgada Ecológica de Itaitu: um marco no esporte equestre de Jacobina

09 de março de 2020, 21:21

Milhares de pessoas prestigiaram o show da Banda Brega e Vinho após a cavalgada (Foto: Divulgação)

(Da assessoria) - Foi simplesmente uma tarde e noite memoráveis, em comemoração ao dia internacional da mulher, mas também um evento que fortalece o esporte de montaria em Jacobina e região. Itaitu por natureza propicia a prática de diversos esportes e eventos esportivos, a exemplo de corridas, práticas de esportes radicais e anualmente as cavalgadas realizadas na comunidade. A 18ª Cavalgada Ecológica de Itaitu reuniu cerca de 20 grupos de cavaleiros e amazonas, além de reunir na festa embalada por Aprígio, Leandro Romano e a banda Brega e Vinho. Mais de 3 mil pessoas estiveram na praça da comunidade prestigiando o evento.  “É motivo de alegria este dia, um evento que reúne amigos, e que temos a oportunidade de andar a cavalo por trilhas neste lugar que é simplesmente lindo, uma grande festa que realizamos a dezoito anos e que já é sinônimo de sucesso”, disse o vereador e morador da comunidade, Rone de Itaitu.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Uma apresentação sem plateia, mas com muito o que mostrar para a vida (Vídeo)

09 de março de 2020, 17:37

O trio, sem nenhuma cerimônia, esbanja alegria e talento (Foto: Notícia Limpa)

Início da tarde de domingo, três adolescentes dançam ao som de rapper e pop, de forma harmoniosa, cadenciada e com movimentos equilibrados; até aí tudo bem, já que a dança é uma das principais diversões do jovem. Mas quando isso acontece ao ar livre, tendo como palco os degraus de uma escadaria pública a história muda. Lara Miranda, Natália Nascimento e Yasmin Jesus, esses são os nomes das três dançarinas que protagonizaram uma verdadeira demonstração artística ao se apresentarem, mesmo sem plateia, em uma das partes da escadaria da Rua Deocleciano da Rocha Passos, entre os bairros Conceição e Caixa D´água, em Jacobina, local escolhido como cenário para mais um ensaio que aconteceu neste domingo, dia 8, quando se comemorou justamente o Dia Internacional da Mulher. Uma caixa amplificada portátil e um tripé com um aparelho celular fixado eram os instrumentos utilizados pelo trio de dançarinas que sem nenhuma cerimônia esbanjava saúde, alegria e talento, com passos e gestos, muitas vezes improvisados, e outros visivelmente ensaiados. Além da dança, outro detalhe que chamou a atenção da reportagem do Notícia Limpa, foram os depoimentos do grupo, denominado de Mast Dance, em relação à arte e a vida. Segundo as talentosas jovens, o objetivo principal da formação do grupo, que na verdade é formado por quatro adolescentes, é mostrar para as pessoas, principalmente os jovens, que a dança pode ser utilizada como uma forma de diversão saudável. As meninas também revelaram que gostariam muito de conseguir apoios para levar alegria para os jovens dos bairros mais carentes através da música, da dança e com distribuição de mantimentos para as famílias e brinquedos para as crianças. Em um mundo onde as drogas têm acabado com a vida de jovens e seus familiares, atitudes como as das meninas do Mast Dance são dignas de elogios e incentivos. Para que os jovens sejam indivíduos corretos, dignos e respeitadores das leis, sem vícios morais ou físicos, se faz necessário as presenças dos pais e a colaboração da sociedade. [video width="1920" height="1080" mp4="https://noticialimpa.com.br/wp-content/uploads/2020/03/20200308_153817.mp4"][/video] O Mast Dance está nas redes sociais. Para conhecer um pouco mais do trabalho das meninas, o instagram do grupo é: @mast.dance.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Torcedores do Bahia reclamam do serviço na Fonte Nova em rodada dupla; clube se pronuncia

09 de março de 2020, 09:21

Não foi apenas o resultado de empate por 0 a 0 entre Bahia e Doce Mel pelo Campeonato Baiano que deixou o torcedor do Esquadrão insatisfeito na Arena Fonte Nova (Foto: Divulgação/Bahia)

Entrada da torcida pelo Portão Norte além da oferta de comes e bebes nos bares do estádio tiveram qualidade bastante questionada pelos presentes Isso porque, em meio a rodada dupla de partidas do Tricolor onde o time abriu o dia batendo o Confiança pela Copa do Nordeste, houveram muitas reclamações de torcedores tanto sobre o acesso ao estádio pelo Portão Norte como também a qualidade e velocidade do serviço de comidas e bebidas nos bares do estádio.   Em meio a essa onda de apontamentos, o Bahia emitiu uma nota oficial fazendo o agradecimento da ampla presença de público para os dois jogos da equipe e se posicionando sobre as reclamações citadas. Confira abaixo a nota oficial O Esporte Clube Bahia vem a público agradecer o apoio sempre fiel da Nação Tricolor, que colocou quase 30 mil pessoas para os jogos contra Confiança e Doce Mel neste sábado (7), e também cobrar providências em relação ao tratamento oferecido a esses torcedores no estádio. Recebemos uma série de reclamações tanto sobre o acesso pelo Portão Norte (Ladeira da Fonte), quanto em relação ao serviço promovido pelos bares após a realização da primeira partida. É inadmissível que ainda hoje parte dos tricolores precise passar por situações de aperto e empurra-empurra para entrar na Fonte, inclusive muitas crianças e idosos, assim como alimentos em desconformidade, fim de itens do cardápio, bebidas quentes e demora excessiva nas filas. Embora tenha se tratado de uma rodada dupla, com tempo de permanência bem maior dentro da praça esportiva, já havia expectativa de casa cheia e ótimo público. O Esporte Clube Bahia e a Arena Fonte Nova sempre trabalham em parceria para aprimorar a operação e a experiência dos jogos e buscarão soluções junto ao Comando da Polícia Militar e à empresa terceirizada que opera os bares, de acordo com as circunstâncias específicas de cada responsável.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Sabia que água de batata pode ajudar seu cabelo crescer?

09 de março de 2020, 09:03

O seu cabelo está sem vida? Não desespere, há solução! (Foto: Reprodução)

Se o seu sonho é ter um cabelo longo e saudável, então o melhor que tem a fazer é recorrer a esta receitinha caseira. Curioso? O jornal britânico Metro revelou uma como a água de batata pode deixar os seus fios brilhantes, macios e acelerar o crescimento do cabelo.  Ingredientes - ½ xícara (chá) de água; - 2 batatas.  Preparação Descasque as batatas. Num liquidificador, bata todos os ingredientes até obter uma mistura consistente e homogênea. Passe o líquido por uma peneira. Como usar Aplique a água de batata no couro cabeludo e faça uma massagem com movimentos circulares. Deixe agir por 30 minutos e remova com água fria. Pode repetir o processo uma vez por semana. A dica promete ser infalível e pode deixar seu cabelo bem hidratado e o faz crescer mais.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Prefeitura homenageia as mulheres jacobinenses

08 de março de 2020, 16:34

(Foto: Divulgação)

(Da assessoria) - Desde as primeiras horas deste domingo (08), data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura de Jacobina tem realizado ações que homenageiam as mulheres jacobinenses. “Uma lembrancinha, que remota uma bolsa e batom, acessórios que toda mulher usa, e realizamos esta ação na missa da Igreja da Matriz, na UPA, no Hospital Regional, no Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, no campeonato de boleado, e daremos continuidade nesta segunda-feira. O Dia da Mulher são todos os dias, afinal nossas mães, esposas, filhas, sobrinhas, sogras, tias, primas, todas as mulheres são mais que especiais”, ressalta o prefeito Luciano da Locar. Direção do Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho prestou grande homenagem às funcionárias no dia Internacional da mulher  Na manhã deste domingo a direção do Hospital Municipal Antonio Teixeira Sobrinho (HMATS), representada pelo médico Heverson Matt esteve presenteando as funcionárias da unidade hospitalar pela passagem do seu dia. Todas as colaboradoras receberam uma rosa, demonstrando todo carinho e reconhecimento por essas profissionais.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Jacobina: DM do PT ratifica pré-candidatura de Amauri Teixeira para prefeito

08 de março de 2020, 11:54

Petistas estiveram reunidos no Auditório dos Bancários de Jacobina (Foto: Notícia Limpa)

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Jacobina esteve reunido na manhã deste sábado (7), no Sindicato dos Bancários de Jacobina para discutir candidaturas e conjunturas para a eleição deste ano. No encontro os petistas ratificaram a pré-candidatura do ex-deputado Amauri Teixeira para prefeito de Jacobina, mas não descartaram a possibilidade de compor com outra chapa eleitoral. Com relação à pré-candidatura do vereador Tiago Dias (PC do B), um membro do DM do PT informou que o tema não fez parte da pauta das discussões, no entanto não deixa de ser um fato que merece atenção, pois a divisão da esquerda poderá comprometer negativamente o resultado da eleição.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Ex-prefeito de Jacobina, Leopoldo Passos comemora nova idade ao lado de Luciano da Locar

07 de março de 2020, 15:02

Leopoldo recebe as felicitações do prefeito de Jacobina, Luciano da Locar (Foto: Divulgação)

Hoje, 7 de março,  é dia de cantar parabéns para o médico e ex-prefeito Leopoldo Passos. As comemorações tiveram início logo pela manhã ao lado do prefeito de Jacobina, Luciano da Locar. “Leopoldo é nosso grande exemplo de gestor e de cidadão jacobinense, mas hoje é um dia mais que especial, dia de agradecermos a Deus por conceder a ele mais um ano de vida, e que venham mais 69 anos”, parabenizou Luciano da Locar.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Jacobina: Luciano da Locar reúne grupo político com pré-candidatos a vereador

07 de março de 2020, 09:12

(Foto: Divulgação)

(Da Assessoria) - Na noite da última sexta-feira (6), o pré-candidato à prefeito de Jacobina, Luciano da Locar, reuniu amigos e correligionários para discutir as estratégias para a eleição com seu grupo de pré-candidatos à vereador. Inicialmente com três blocos montados por Democratas, Cidadania e PTC, o atual gestor do município já reuniu 60 nomes que deverão disputar a eleição para vereador este ano. “Iniciamos hoje nosso processo político reunindo lideranças, amigos, correligionários e os pré-candidatos a vereador, mostrando mais uma vez a força do nosso grupo político, onde já temos 60 nomes que deverão participar do pleito de outubro deste ano concorrendo as vagas no Legislativo. Em breve juntamente com Leopoldo Passos, ele como importante liderança neste processo de arrumação dos partidos, e que será o responsável pela indicação do nome de vice em nossa chapa, seguiremos fortes”, disse Luciano da Locar. Segundo o vice prefeito Clériston Alves (coordenador das pré-candidaturas de vereadores), o grupo terá mais candidatos do que em 2016, seguindo cada vez mais forte e unido. “Nosso grupo continuará marchando por uma Jacobina cada vez melhor, está comprovado que as gestões de Leopoldo, Valdice e Luciano transformaram para melhor nosso município. Teremos cerca de 78 candidatos a vereador com a possibilidade de ultrapassarmos a marca de 100. A noite de hoje demonstrou para Jacobina a força do nosso grupo e a convicção de quem vencerá as eleições de outubro”, enfatzou Clériston Alves. Os pré-candidatos à vereador, prefeito e vice-prefeito tem até o dia 4 de abril para realizar desfiliação, nova filiação, desincompatibilização de cargos comissionados, bem como afastamento de associações e afins.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

STF libera venda de cerveja em estádios de futebol

06 de março de 2020, 16:49

O STF decidiu que são constitucionais as leis estaduais que autorizam a venda de bebida de baixo teor alcoólico em recintos esportivos (Foto: Reprodução)

O plenário do STF (Superior Tribunal Federal) decidiu, em julgamento virtual encerrado na quinta-feira (5), que são constitucionais as leis estaduais que autorizam a venda de bebida de baixo teor alcoólico em recintos esportivos. Na prática, isso significa que novos estados poderão autorizar a venda de cerveja em estádios de futebol sem argumentar que isso é inconstitucional, como fez o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O STF, porém, ainda pode discutir o tema no plenário físico. A íntegra da decisão ainda não foi publicada. O julgamento aconteceu sobre três ADI's (Ações Direta de Constitucionalidade) protocoladas em 2015 pela PGR (Procuradoria Geral da República ), órgão federal, contra leis estaduais de Mato Grosso, Espírito Santo e Paraná que autorizam a venda de bebidas em recintos esportivos. A PGR argumentava que tais legislações eram inconstitucionais porque vão de encontro com o Estatuto do Torcedor, lei federal, que prevê, dentre as condições para acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo, "não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência". Para a PGR, se a lei federal veda o acesso e permanência no estádio portando bebida, então não se pode adquirir a bebida dentro do estádio. Apesar disso, outros estados também autorizaram a venda de bebidas alcoólicas, como Minas Gerais, Ceará e Bahia. Apensadas, essas ADI foram colocadas na pauta de julgamento virtual do STF nesta semana. Logo na abertura do julgamento, a ministra Carmen Lúcia, relatora da primeira ADI, do Espírito Santo, apresentou um pedido de destaque. Ou seja: para que a votação ocorra em sessão física. Esse julgamento e da ADI do Paraná foram suspensos virtualmente e transferidos para o plenário, ainda sem data para acontecer. Mas na ADI relativa ao estado de Mato Grosso foi julgada. Seu relator, o ministro Alexandre de Moraes, votou pela improcedência do pedido da PGR -ou seja, pela constitucionalidade da lei estadual. Ele foi acompanhado por outros oito ministros que também votaram. O resultado desse julgamento deve ter impacto em todo o país. Em São Paulo, por exemplo, o governador João Doria (PSDB) vetou no ano passado um projeto de lei aprovado na Alesp (Assembleia Legislativa de SP) autorizando a venda de bebidas em estádios. Na ocasião, ele alegou que o projeto era inconstitucional. No estado de São Paulo, a venda é proibida desde 1996, por Lei Estadual. Por conta dela, leis municipais que iam na direção contrária, como em Ribeirão Preto, deixaram de valer em janeiro, após decisão do STF.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Testemunhas de Jeová são investigadas sob suspeita de ocultar crimes sexuais

06 de março de 2020, 16:31

Mãos de mulheres que denunciaram abusos e assédios (Foto: Rubens Cavallari/Folhapress)

Seis vítimas relataram à Promotoria esquema de proteção a agressores; associação diz que vai ajudar autoridades O Ministério Público de São Paulo investiga a associação religiosa Testemunhas de Jeová por suspeita de ter acobertado casos de abuso sexual, inclusive de crianças e de adolescentes, em suas congregações. De acordo com a apuração da Promotoria, a organização teria constrangido vítimas a não denunciar os crimes. Por conta disso, afirma, muitos dos delitos já estariam prescritos. Iniciado em setembro de 2019, o inquérito, que corre sob segredo judicial, tem como base o relato de seis pessoas que afirmam terem sofrido diversos abusos de natureza sexual e psicológica. Um dos casos é o de E.G.L.B, de 37 anos. Aos 12 anos, ela era candidata ao batismo quando foi entrevistada por um ancião (nome dado aos membros experientes, que têm a função de supervisionar as congregações). “O ancião começou falando sobre sexo”, disse. Logo depois, segundo o relato feito à Promotora, levantou-se e passou a apalpar os seios da garota. “Ele me disse, não precisa ficar com medo de mim, sou como um pai para você. Na sequência, abriu a calça e tirou o pênis." Meses depois, E.G.L.B e sua mãe decidiram relatar o caso a outros dois anciões. “Eles ficaram transtornados, mas acabaram por pedir que não falássemos nada para ninguém”, lembra. “Disseram que deveríamos deixar nas mãos de Jeová, que ele resolve tudo.” Em documento enviado à Justiça, a promotora Celeste Leite dos Santos diz que a associação, sempre que sabia de alguma situação de abuso, afirmava que só poderia tomar providência caso houvesse confissão do autor ou se existissem duas testemunhas presenciais do crime. Ela afirma também que as vítimas poderiam ser afastadas da organização se fizessem denúncias. Quando alguém é desassociado das Testemunhas de Jeová, diz a promotora na petição, “perde-se também o elo com os parentes” que integram a igreja. A promotora diz que a investigação começou após ela ter sido procurada por uma das vítimas. “Precisava de ajuda porque foi ameaçada por estar denunciando”, diz. “Estava sendo intimidada, nos escreveu pedindo socorro.”  Celeste é coordenadora de um projeto do Ministério Público paulista, o Avarc (Acolhimento de Vítimas, Análise e Resolução de Conflitos), que procura ter um olhar mais atento e humanizado às vítimas de crimes ocorridos no estado de São Paulo. Religião criada no final do século 19 nos Estados Unidos, as Testemunhas de Jeová têm cerca de 1,4 milhão de adeptos no Brasil, de acordo com o IBGE de 2010. Seus fiéis acreditam que sua religião é a restauração do verdadeiro cristianismo. Segundo o pesquisador Eduardo Góes de Castro, as Testemunhas de Jeová encaram a sua religião como um modo de vida, “sendo que todos os outros interesses, incluindo o emprego e a família, giram em torno de suas crenças”. A associação defende uma vida moderada e a submissão das mulheres aos homens. Não aceita a transfusão de sangue e o serviço militar. As Testemunhas de Jeová dizem basear todo seu sistema de crenças e práticas na Bíblia. Além do relato das vítimas, o Ministério Público colheu o depoimento de nove testemunhas, entre as quais alguns ex-anciões. Segundo essas testemunhas, a igreja registra todos os relatos de abuso e os arquiva nas congregações. Posteriormente, esses dados seriam repassados à sede da entidade, nos Estados Unidos. Em razão de uma série de casos de abusos investigados no exterior, o comando mundial da organização teria ordenado, de acordo com o relato feito à Justiça, a destruição de todos os registros confidenciais de crimes. Com base nesse receio, a Justiça determinou a realização de operações de busca e apreensão de documentos em 15 endereços da entidade, incluindo a sede, localizada no município de Cesário Lange, no interior de São Paulo. No Salão do Reino [nome dado aos templos] do bairro da Liberdade, por exemplo, a polícia colheu cinco envelopes com supostas provas. Num deles, haveria informações sobre um ancião que teria molestado sexualmente suas filhas de 12 e 14 anos. Em outro documento, haveria o relato de um fiel com “conduta desenfreada no serviço secular com várias mulheres”. De acordo com o Ministério Público, os dirigentes da associação podem ser denunciados se ficar provado que tiveram ciência de casos de crimes sexuais, que não informaram as autoridades e que permitiram seu prosseguimento. À Justiça, a entidade afirmou que não há nenhuma prova de ilegalidade ou omissão de sua parte. “Pelo contrário, as provas juntadas nos autos pelo próprio Ministério Público indicam que a associação preocupa-se em proteger os menores em seu meio”, afirma. Em petição apresentada ao Tribunal de Justiça, a entidade pediu a suspensão do inquérito. Declarou que nunca “houve qualquer orientação para encobrir tais casos ou tratá-los apenas internamente, como se houvesse um tribunal eclesial próprio”. Disse também que nenhum documento apreendido pelos policiais tem relação com as supostas vítimas que procuraram o Ministério Público. “A busca serviu apenas para violar o sigilo eclesiástico, expor dados sensíveis de pessoas alheias às investigações e violar garantias constitucionais de uma entidade religiosa e de seus fiéis.” O Tribunal de Justiça não aceitou o pedido. Em decisão no final de janeiro, afirmou que a investigação contém indícios bastante relevantes quanto à prática de crimes sexuais. “Não há motivo para suspender o procedimento.” Assim como as Testemunhas de Jeová, a Igreja Católica é alvo de acusações de abuso sexual de crianças e de jovens por padres e religiosos nos últimos 20 anos, em diversos países do mundo. O papa Francisco ordenou no mês de dezembro mudanças na forma como a igreja lida com os episódios, eliminando a regra do sigilo pontifício, usada até então para manter casos em segredo. Com a alteração, a igreja pode passar a enviar para autoridades civis documentos e provas relacionados a suspeitas de abusos sexuais. No Brasil, outro caso de crimes sexuais envolvendo religiosos ocorreu em Goiás, com o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, condenado a mais de 40 anos de prisão por estupros. OUTRO LADO Procurada pela Folha, a Associação Torre de Vigia de Bíblias, nome da corporação jurídica usada pelas Testemunhas de Jeová, disse não ser apropriado comentar assuntos sob segredo judicial, mas disse que colaborará com qualquer procedimento jurídico que envolva a proteção de menores. Em nota enviada à reportagem, afirma que “as Testemunhas de Jeová abominam qualquer tipo de violência, inclusive a sexual, e a consideram como um crime”. Segundo o texto, a política da associação para a proteção de menores requer que os anciãos, ao tomarem conhecimento de alguma alegação de abuso, relatem o fato às autoridades. A associação diz que, quando não há confissão, “a Bíblia requer que duas testemunhas estabeleçam o que ocorreu” para que os anciãos possam tomar medidas eclesiásticas. Ressalva, no entanto, que esse procedimento religioso não deve ser confundido com o encaminhamento dos casos às autoridades ou não. “Uma denúncia pode ser feita às autoridades mesmo que haja um único denunciante e nenhuma prova adicional.” A entidade diz manter, de fato, um arquivo confidencial na congregação local para certificar que seja protegida de uma pessoa conhecida como abusador. “Essa medida é importante para proteger menores”, afirma.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Boas Festas!

VÍDEOS