Garrafa rara de whisky é vendida por cerca de R$ 7 milhões e bate recorde

25 de outubro de 2019, 12:40

The Macallan 1926 (Foto: Divulgação)

Os apaixonados pelo tradicional scotch já têm uma nova garrafa para cobiçar. A garrafa do The Macallan 1926 single-malt 60 anos proveniente do icônico lote 263 foi vendida a 1,5 milhão de libras (cerca de R$ 7 milhões) em um leilão da Sotheby's de Londres na noite desta quinta (24). A estimativa do leilão do que é considerado o "santo graal" do whisky era de valores entre 350 mil e 450 mil libras - R$ 1,8 milhão e R$ 2,3 milhões, respectivamente -, e a identidade do comprador que desembolsou a surpreendente quantia não foi revelada. Com isso, foi batido o recorde de novembro de 2018 da venda de outra garrafa do mesmo barril por 1,2 milhões de libras (cerca de R$ 6,1 milhões). Rara e cara O whisky em questão foi destilado em 1926 e engarrafado em 1986 em somente 40 embalagens. A garrafa-recorde faz parte de uma coleção raríssima de bebidas da casa de leilões, que conta com 467 garrafas.

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Menino coberto de óleo traduz em imagem a tragédia do litoral nordestino

25 de outubro de 2019, 12:01

Um menino sai do mar sujo de petróleo na praia de Itapuama, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, 21 de outubro de 2019 (Foto: Leo Malafaia)

A imagem deu a volta ao mundo: um menino sai da água do mar com os olhos fechados e os braços abertos, em um gesto de impotência, com o corpo coberto por um saco de lixo, empapado do óleo que há quase dois meses se espalha pelo litoral nordestino. Foi registrada por um fotógrafo colaborador da AFP em 21 de outubro por volta das 11h da manhã, na praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco). Naquele dia, Everton Miguel dos Anjos, de 13 anos, junto com os quatro irmãos e vários primos se somaram às centenas de voluntários que retiravam os resíduos de petróleo cru espalhados na areia ou incrustados nas pedras. Entrou no mar com uma camiseta, mas a tirou quando viu o corpo enegrecido. Improvisou uma túnica com um saco de lixo e voltou para a água. O jovem contou ao fotógrafo que sua mãe, que administra um bar na praia, brigou com ele quando viu as fotos, publicadas por muitos dos principais veículos de comunicação ao redor do mundo. "Eu tinha pedido permissão para ajudar a limpar a praia e ela me deu, mas com a condição de que eu não me sujasse!", disse Everton. O ministério da Saúde lembrou na semana passada que a inalação de vapores de petróleo ou o contato físico com suas substâncias tóxicas é perigoso. Nesta quinta-feira, 25 de outubro, quatro dias depois da foto, apenas alguns fragmentos de petróleo eram vistos na praia. O Exército tinha se encarregado da operação de limpeza, proibindo a participação de crianças. Desde o início da catástrofe, foram recolhidas mil toneladas de petróleo, segundo dados da Marinha. O vazamento foi avistado pela primeira vez na Paraíba em 30 de agosto e desde então foi detectado ao longo de 2.250 quilômetros, chegando a praias paradisíacas em uma região pobre e fortemente dependente do turismo. Cerca de 200 localidades foram afetadas. Várias ONGs têm denunciado a lentidão das autoridades em reagir e a falta de recursos para combater o que muitos especialistas consideram a pior catástrofe ambiental do nordeste brasileiro.

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Um dos maiores vazamentos de óleo da Europa mostra como é difícil punir culpados

25 de outubro de 2019, 08:47

Grandes porções da costa da Galícia foram afetadas pelo vazamento. (Foto: Reprodução)

Uma das maiores catástrofes ambientais que a Europa já sofreu, 17 anos atrás, foi provocada por um velho petroleiro carregado com 70.000 toneladas de um combustível muito viscoso. O navio, chamado Prestige, navegava em 13 de novembro de 2002 pelo Atlântico em plena tempestade, a 50 quilômetros da costa da Galícia, no canto noroeste da Espanha. Sofreu uma rachadura em seu casco, e o piche que cuspiu chegou até a França, poluindo 2.000 quilômetros de litoral à sua passagem. As imagens da época, com voluntários atuando para limpar as praias, lembram cenas que se repetem nos últimos dias ao longo do litoral do Nordeste brasileiro, devido a um misterioso vazamento de óleo. A magnitude daquela maré negra provocou uma crise política na Espanha e uma onda internacional de solidariedade para limpar as zonas afetadas. As características do óleo combustível expelido pelo Prestige, muito denso, mas nada volátil nem solúvel, facilitou sua expansão. A demora das autoridades em reagir e a ausência de barreiras suficientes contra a contaminação marinha levou, nos primeiros dias, os marinheiros galegos a se lançarem ao mar para recolherem o hidrocarboneto com suas próprias mãos, na tentativa de salvarem os ricos bancos pesqueiros e marisqueiros dos quais vivem. Milhares de voluntários se deslocaram durante meses à Galícia para ajudar a separar e recolher a camada de piche que grudou nas falésias e envenenou a areia de 745 praias. A tendência do hidrocarboneto do Prestige a se emulsionar multiplicou os resíduos. Voluntários, militares, barcos pesqueiros e embarcações de despoluição recolheram em terra e mar um total de 80.000 toneladas de piche, quando a carga vertida pelo petroleiro rondou as 60.000. Tamanha foi a mobilização que durante os primeiros três meses uma média diária de 2.500 pessoas foram de forma altruísta limpar manualmente a costa. Primeiro sem a devida proteção, mas depois providos de máscaras e macacões brancos, para evitar problemas cutâneos e respiratórios. O descaso das autoridades nos primeiros momentos, insistindo em negar a gravidade ambiental do naufrágio, fez eclodir um movimento de indignação batizado como Nunca Máis (assim se grafa no idioma galego), e cujo lema continua sendo utilizado ainda hoje em protestos populares na Espanha. A fatura definitiva daquele desastre por danos “patrimoniais, ambientais e morais” foi estipulada há apenas dois anos em 1,57 bilhão de euros (sete bilhões de reais), após um longo processo judicial. Entretanto, o cipoal de empresas relacionadas com o barco ainda não pagou nada. A maré negra terminou em 2018 nos tribunais espanhóis com uma condenação definitiva por crime ambiental contra o capitão do navio, o grego Apostolos Mangouras. A Justiça absolveu o único responsável do Governo espanhol — presidido em 2002 por José María Aznar, do conservador Partido Popular — a ser levado ao banco dos réus. O caso, entretanto, não está encerrado. O pagamento das milionárias indenizações reivindicadas por 1.900 afetados deve ser assumido pela seguradora da embarcação, uma firma britânica chamada London P&I Club, cuja apólice só cobre 900 milhões de euros. Para obter esse dinheiro, a Espanha prepara uma batalha judicial que deverá travar no Reino Unido. A catástrofe revelou o complexo cipoal corporativo que rodeia a navegação marítima e que complica muito a apuração de responsabilidades. O Prestige tinha armador liberiano, bandeira das Bahamas e capitão grego, e transportava óleo combustível de propriedade suíça. O dano ambiental, contudo, foi revertido mais rápido que o previsto, graças, segundo os cientistas, à enorme eficácia regeneradora da natureza. O petroleiro afundou a 250 quilômetros da costa galega, e seus destroços continuam lá, com milhares de toneladas de piche ainda dentro. As autoridades acreditam que ele nunca sairá de lá.

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Treinar em jejum é bom ou não?

25 de outubro de 2019, 08:02

Ciência diz que sim, mas e para você? (Foto: Reprodução)

O jejum pode ser benéfico para quem pratica atividade física. Estes são os resultados de um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, no qual investigadores das universidades de Bath e Birmingham, Inglaterra, acompanharam, durante seis semanas, trinta homens considerados obesos ou com excesso de peso. A amostra foi dividida em três grupos: aqueles que tomaram o café da manhã antes de fazer exercício físico, os que só comeram depois do treino e um grupo que não alterou o estilo de vida. No final do período de análise, verificou-se que aqueles que treinavam sem comer,  queimavam o dobro da quantidade de gordura em comparação com o grupo que se exercitava após o desjejum. De acordo com a investigação, a razão remete para os níveis de insulina, que regula  a quantidade de glicose no sangue. Esses níveis encontram-se mais baixos após uma noite inteira sem comer. Como alternativa, o organismo usa gordura e músculos como combustível.  Isto não significa necessariamente perda de peso. Mas a prática pode ser benéfica para a saúde em outros aspectos – os voluntários que treinavam em jejum respondiam melhor à insulina, mantendo os níveis de açúcar no sangue sob controle. A longo prazo, é importante para prevenir diabetes e doenças cardiovasculares, por exemplo.  

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Gilmar Mendes libera para julgamento ação contra restrições à doação de sangue por homens gays

25 de outubro de 2019, 07:22

(Foto: Reprodução)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta quinta-feira, 24, para julgamento uma ação do PSB que contesta restrições impostas pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) à doação de sangue por homens gays. O julgamento foi interrompido no plenário do STF em outubro de 2017, quando Gilmar pediu vista (mais tempo para análise). Agora, o caso está pronto para ser retomado pelo plenário da Corte. Ainda não há previsão de quando o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, vai pautar a retomada do julgamento. Uma portaria do Ministério da Saúde e uma resolução da Anvisa estabelecem que serão considerados inaptos para doação de sangue - pelo período de 12 meses - os homens que tenham feito relações sexuais com outros homens.  Ao recorrer ao STF, o PSB alegou que as normas representam "absurdo tratamento discriminatório por parte do Poder Público em função da orientação sexual". Até agora, quatro ministros do STF já votaram para declarar inconstitucional a restrição à doação de sangue por homossexuais: Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux. "A queixa é legítima, há uma norma que trata de maneira discriminatória um determinado grupo. O resultado foi discriminatório, mas acho que a intenção era legítima de proteção da saúde pública”, disse em outubro de 2017 o ministro Barroso, que considerou “desproporcional” o critério adotado pelo ministério. “Pelos atos normativos impugnados, o período de inaptidão é 12 meses, portanto, um homossexual masculino não poderá doar sangue se tiver uma relação nos últimos 12 meses. Esse critério não se sustenta e ele é claramente excessivo”, criticou Barroso na época. O ministro Alexandre de Moraes, por sua vez, abriu divergência parcial dos colegas, ao defender a retirada do trecho da resolução da Anvisa que considerava "inaptos" por 12 meses para a doação de sangue os homens que tenham tido relação sexual com outros homens. Pela proposta de Moraes, os homens que se enquadram nessa situação podem, sim, doar sangue, desde que o material coletado seja armazenado pelo laboratório, aguardando a janela imunológica a ser definida pelo ministério para a realização dos testes. Só depois disso a doação poderia ser efetivada.

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Ex-delegado do Dops vira réu por ‘ocultação e destruição de 12 cadáveres’ na repressão

25 de outubro de 2019, 06:55

(Foto: Reprodução)

A Justiça Federal  recebeu denúncia do Ministério Público Federal no Rio contra o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Cláudio Antônio Guerra, de 79 anos, pelo crime previsto no artigo 211 do Código Penal, por 'ocultação e  destruição de 12 cadáveres' - entre os anos de 1973 e 1975, supostamente por meio de incineração em fornos da antiga usina de açúcar Cambahyba, em Campos , norte fluminense. O militar se torna réu por crimes cometidos durante a ditadura, informou a Procuradoria. "Isso é importante, pois, de acordo com dados do Relatório de Crimes da Ditadura (2017), apenas seis de 26 pessoas acusadas por crimes cometidos durante a ditadura se tornaram réus em ação penal", disse o procurador da República Guilherme Virgílio, autor da denúncia.   Uma guerra suja Sob a forma de confissão espontânea, depoimentos reunidos no livro 'Uma Guerra Suja',  Cláudio Antônio Guerra relata que de 1973 a 1975 recolheu no imóvel conhecido como 'Casa da Morte', em Petrópolis (RJ), e no Destacamento de Operação de Informação e Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), na Tijuca, os corpos de 12 pessoas, levando-os para o município de Campos dos Goytacazes (RJ), 'onde foram incinerados, por sua determinação livre e consciente, nos fornos da Usina Cambahyba'. Além da condenação de Cláudio Guerra, a Procuradoria pede o cancelamento de eventual aposentadoria ou qualquer provento de que disponha o ex-delegados do Dops em razão de sua atuação como agente público, 'dado que seu comportamento se desviou da legalidade, afastando princípios que devem nortear o exercício da função pública'. Em seu depoimento, Guerra relatou que havia 'preocupação nos órgãos de informação, por parte dos coronéis Perdigão e Malhães, de que os corpos daqueles que eram eliminados pelo regime acabassem descobertos, movimentando a imprensa nacional e internacional'. Ele narrou que uma das estratégias de sumir com os corpos consistia em arrancar parte do abdômen das vítimas, evitando, com isso, a formação de gases que poderia fazer com que o corpo emergisse. Ainda segundo Guerra, 'os rios constituíam a preferência para afundamento dos corpos, dado que no mar a onda traz de volta'. Ele informou que 'sugeriu o forno da Usina Cambahyba, como forma de eliminação sem deixar rastros, dado que já utilizava a usina e seus canaviais para desova de criminosos comuns, do Espírito Santo, em razão de sua amizade com o proprietário da usina'. Para retirar os corpos na 'Casa da Morte', o ex-delegado relatou. "Que encostava o carro no portão e recebia, em seguida, de dois ou três militares, os corpos ensacados em sacos plásticos." "Ao chegar na Usina, passavam os corpos para outro veículo, que ia até próximo dos fornos, sendo então colocados na boca do forno e empurrados com um instrumento que lembrava uma pá, e, ainda, que o cheiro dos corpos não chamava atenção por causa do forte cheiro do vinhoto." Em 19 de agosto de 2014 foi feita reconstituição no local, com a presença de Cláudio Antônio Guerra, 'com a confirmação de que a abertura dos fornos era suficientemente grande para entrada de corpos humanos'.

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Entenda por que a cafeína ajuda a acabar com a celulite

24 de outubro de 2019, 11:52

(Foto: Reprodução)

Segundo o periódico científico American Journal of Clinical Dermatology, estudos apontam que 90% das mulheres têm celulite. Na busca incessante – e tantas vezes inglória – por uma pele mais lisa e livre de imperfeições, muitas mulheres têm recorrido a produtos com cafeína para diminuir a celulite instalada. Mas sabe por que essa propriedade é indicada para amenizar a textura da pele ‘casca de laranja’? De acordo com a cirurgiã plástica Karina Gilio, em declarações à revista Women’s Health, a cafeína contém um efeito lipolítico, que promove a quebra da gordura e ajuda a minimizar os furos visíveis na derme. Outra dica da profissional é apostar na esfoliação, que aumenta a circulação sanguínea e o movimento linfático, ajudando a eliminar a acumulação de gordura. Adicionalmente, as partículas do esfoliante retiram as células mortas na superfície, o que contribui para a aparência de uma pele mais uniforme. “Aposte nesta dica a cada 15 dias, aplicando sempre e em conjunto cremes específicos”, orienta Karina.  

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Transferência de óleo entre navios pode ter causado desastre no Nordeste

24 de outubro de 2019, 09:09

Voluntários participam de mutirão de limpeza para retirada de óleo na Praia de Janga, na cidade de Paulista, no Grande Recife (Foto: Tiago Queiroz/Estadão)

Uma operação mal sucedida de transferência de óleo  de um navio em movimento para outro, conhecida como " ship to ship underway", transformou-se em uma das hipóteses para explicar o vazamento em alto-mar que provocou o desastre ambiental na costa do Nordeste brasileiro. Relativamente comum, a manobra é segura quando feita oficialmente. Mas, longe da costa e da fiscalização, pode ter sido executada de forma irregular e causado o acidente. Quando o óleo é extraído em plataformas em alto-mar e precisa ser transportado para terra, é necessário o uso de um navio especial, com posicionamento dinâmico. Trata-se de um equipamento que oferece estabilidade à embarcação, para que ela fique parada e possa receber o petróleo em seus tanques. O uso dessa aparelhagem, porém, encarece o frete do navio. Por isso, a tendência dos transportadores é, o quanto antes, transferir esse óleo para uma embarcação comum, mais barata. A operação pode ser feita no porto mais próximo, com os dois navios parados em um ambiente seguro, ou em mar aberto, com os dois navios em movimento. Nesse caso, a manobra é um pouco mais arriscada. Dados da Marinha do Brasil e das empresas petrolíferas mostram que em 2018 o equivalente a 77 milhões de barris de óleo foram exportados por meio de operações "ship to ship". Este ano, somente até setembro, o volume já chega a 69 milhões de barris. Os números são referentes apenas a operações realizadas na costa de São Paulo, onde são autorizadas. No Brasil, os procedimentos técnicos e administrativos para obtenção de uma autorização ambiental para esse tipo de operação foram regulamentados pelo Ibama em 2013. Também é necessário o aval da Marinha, que define a área onde as atividades podem ser realizadas. Quando ocorrem nos portos, as transferências são consideradas mais seguras. Mesmo em caso de acidente, há mais condições de correção imediata. Em mar aberto, há alguns fatores de risco adicionais, como condições climáticas adversas, rompimento das mangueiras de conexão entre os navios e limitação da capacidade de resposta a eventuais acidentes. E há ainda a hipótese mais provável no caso do acidente de operações irregulares, feitas por navios fantasmas – que estão fora dos radares. “A operação "ship to ship" é comum, normalmente feita em áreas específicas, com as devidas autorizações”, explicou o engenheiro naval Floriano Pires, da engenharia oceânica da Coppe/UFRJ. “Pode haver um vazamento? Pode. Mas o sistema tem redundâncias e controles. Seria incomum numa operação "ship to ship" normal um vazamento de óleo tão grande. Teria que ser uma operação irregular, clandestina, sem o mínimo de cuidado.” A engenheira naval Gabriela Timmerman, especialista em "ship to ship", dona da consultoria Iskra, concorda com a avaliação. “A operação tem diversos mecanismos de segurança e se houver um vazamento, ela é automaticamente interrompida”, explicou. “Para um vazamento desse volume, o mais provável é que tenha havido algum outro problema, como uma avaria grave de casco ou uma explosão  dentro do navio". Boias de contenção do óleo na Foz do Rio Jabotão. Vazamento já atingiu grande parte do Nordeste. (Foto: Tiago Queiroz/Estadão)

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Biografia de Raul Seixas levanta polêmica com Paulo Coelho

24 de outubro de 2019, 07:54

No ano em que se completam três décadas da morte de Raul Seixas, a obra de Medeiros é uma entre muitas que se propõem a celebrar a memória do roqueiro (Foto: Reprodução)

Quando conheceu Raul Seixas, Paulo Coelho via com desconfiança o aspirante a roqueiro interessado em ETs. Juntos, eles desenvolveram o interesse pela magia, criaram uma sociedade famosa e compuseram músicas até hoje eternas no rock brasileiro. Também enfrentaram a ditadura. Uma história dos dois com a polícia política, aliás, estava oculta até agora – a de que Raul pode ter entregado Coelho aos militares. A sugestão aparece no livro "Raul Seixas: Não Diga que a Canção Está Perdida", do jornalista Jotabê Medeiros, com lançamento previsto para o próximo dia 1º. O caso, segundo a obra, aconteceu em maio de 1974, quando Raul e Coelho desfrutavam do sucesso de "Krig-ha, Bandolo!", disco lançado no ano anterior e que já tinha mais de 100 mil cópias vendidas. Paulo Coelho não quis participar da reportagem e elucidar o episódio. "Não sou o tipo de pessoa que gosta de ficar olhando para chagas que já cicatrizaram", diz por email. Segundo Medeiros, Raul havia sido chamado para dar um depoimento no Dops, o Departamento de Ordem Política e Social da ditadura militar, e ligou para o amigo para acompanhá-lo e ajudá-lo a dar os esclarecimentos sobre as músicas que haviam feito em parceria. Paulo Coelho não sabia, mas essa não era primeira vez naqueles dias que Raul ia ao prédio. "Comparei as datas e vi que, entre o primeiro depoimento de Raul ao Dops e o segundo depoimento, no qual ele levou Paulo Coelho, demorou pouquíssimo tempo", diz Medeiros. De acordo com o que o jornalista conta no livro, Raul entrou na sede do órgão, ficou lá por meia hora e retornou tentando dar algum recado cifrado ao amigo, que o esperava. Coelho não entendeu e foi chamado para o interrogatório, que incluiu perguntas sobre o livreto que acompanha o disco "Krig-ha, Bandolo!" e a Sociedade Alternativa cantada por Raul. A polícia foi até o apartamento do escritor e prendeu sua namorada, Adalgisa Rios. No dia seguinte, quando liberado, Coelho pegou um táxi com Raul, mas foi capturado novamente e levado para um lugar desconhecido, onde sofreu torturas por duas semanas. "Raul evitou Paulo durante um ano depois do acontecido", conta Medeiros. "Paulo não tinha convicção das coisas, não pensava nisso, estava amedrontado, como talvez esteja até hoje." A relação entre os fatos vem a partir de um documento obtido pelo jornalista no Arquivo Público do Rio de Janeiro. "Acredito que, na maioria das vezes, as pessoas foram atrás da questão da censura às letras e não prestaram atenção aos motivos das audiências." Fernando Morais, autor de "O Mago", biografia de Paulo Coelho, também teve acesso ao mesmo documento. "Vi pela primeira vez alguns dias atrás", diz. "O que me chamou a atenção foi saber que o temido e superinformado Doi-Codi [Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna] imaginava que o Paulo fosse militante do PCBR [Partido Comunista Brasileiro"Revolucionário], sendo que ele nunca foi filiado a nenhum grupo armado que lutava contra a ditadura. É possível que ele nem sequer soubesse o que era o PCBR." O próprio Paulo Coelho teve acesso ao documento recentemente, por meio de Medeiros. Mas mesmo os papéis oficiais não são conclusivos. O texto diz que, "por intermédio do referido cantor", no caso, Raul, seria possível chegar até Paulo e Adalgisa. Morais acredita que alguém delatou os artistas à polícia, mas não tem certeza de que o informante foi Raul. "Entre a data da produção do documento e a prisão de Paulo e Gisa, decorrem 36 dias", diz. "Por que o Doi-Codi, com todo o poder de que dispunha, levaria tanto tempo para localizar e prender um 'militante do PCBR' e 'uma militante do PC do B' [Partido Comunista do Brasil] – duas organizações armadas – que não estavam na clandestinidade, tinham endereço certo, trabalhavam e frequentavam a universidade normalmente?" Medeiros, por sua vez, crê que Coelho "não tem a menor dúvida, hoje, após ver o documento, de que Raul o entregou". A relação de Raul Seixas e Paulo Coelho começou a azedar a partir daquele ano. Depois de um tempo sem se falar, voltaram a colaborar no período que foi o auge da carreira do cantor. Nos anos seguintes, Raul lançou "Gita" (1975), "Novo Aeon" (1976) e "Há 10 Mil Anos Atrás" (1978), alguns de seus discos mais importantes. As colaborações entre os dois foram rareando, e Paulo começou a trabalhar com diferentes cantores, como Rita Lee. Mas o que os afastou de vez foi a entrada de ambos para a seita do sacerdote Marcelo Motta, inspirada nas ideias do ocultista britânico Aleister Crowley. Juntos, compuseram, por exemplo, a muito conhecida "Tente Outra Vez". "O conflito começou quando Paulo abandonou a seita à qual aderiram juntos", diz Medeiros. "Paulo crê que Raul mergulhou fundo demais naquele ideário e passaram a se estranhar. Paulo não tinha mais paciência para os jogos de doutrinação da seita. Raul, como era mais hábil e maleável, adequava-se a ela."  O último encontro deles, após um pedido feito pelo produtor e amigo Roberto Menescal a Paulo Coelho, teria acontecido num hotel na divisa de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Coelho não queria encontrar Raul em São Paulo, e Raul não queria ir ao Rio. A ideia é que eles fariam novas músicas juntos, mas depois de cinco dias esperando o cantor – que estava trancado dentro de um quarto do hotel –, Coelho acabou desistindo da ideia. "Convivi cerca de quatro anos com Paulo Coelho para escrever sua biografia", diz Fernando Morais. "Em nenhum momento percebi que ele alimentasse a mais remota suspeita de que Raul tenha sido o responsável por sua prisão." Para Jotabê Medeiros, Paulo Coelho tentou falar do caso em diversas ocasiões. "No filme sobre a vida dele, ele se ressente de Raul não tê-lo procurado no tempo em que ficou cativo e mesmo depois de ser solto." O jornalista também cita um artigo do escritor sobre o abuso que sofreu na ditadura, publicado neste ano pelo jornal The Washington Post. Ele lembra um trecho em que Coelho diz que "procura o cantor", falando de quando foi liberado pela polícia. No ano em que se completam três décadas da morte de Raul Seixas, a obra de Medeiros é uma entre muitas que se propõem a celebrar a memória do roqueiro. O livro "Raul Seixas: Por Trás das Canções", do jornalista Carlos Minuano, acaba de ser lançado, e se concentra mais nas histórias das músicas do baiano. Ainda que o legado de Raulzito seja inquestionável, a relação tão celebrada dele com Paulo Coelho ganha novas nuances. O escritor diz que as chagas já foram cicatrizadas, sinal de que pode já ter perdoado o antigo parceiro. De certa forma, as revelações também deixam dúvida sobre os caminhos que a dupla poderia ter seguido, caso a relação com a ditadura tivesse sido outra. "Paulo e Raul produziram algumas das canções mais poderosas, do ponto de vista da ressonância cultural, do nosso tempo", afirma Medeiros. "Separados, somente Raul mantinha a fleuma. Paulo não tinha a credibilidade do cantor, a voz, a autoridade. Foi ganhando outro tipo de autoridade ao longo da vida. Juntos, eram uma força da natureza." (Folhapress)  

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Empresa diz ter criado material para um ‘manto de invisibilidade’

24 de outubro de 2019, 07:37

A Hyperstealth diz que o material em questão pode ser usado para esconder pessoas, veículos e até edifícios (Foto: Reprodução)

Um grupo de investigadores da empresa Hyperstealth Biotechnology Corporation diz ter criado um material que pode ser usado como um ‘manto de invisibilidade’ e esconder não só pessoas como também veículos, navios e edifícios. Segundo o 'Mirror', o material em questão – de nome Quantum Sheath – é fino como papel, leve e não exige energia. “O Quantum Sheath pode funcionar em qualquer ambiente, estação e a qualquer momento do dia, algo que mais nenhuma camuflagem consegue”, explicou em comunicado o CEO da Hyperstealth Biotechnology Corporation, Guy Cramer. Até o momento não foi divulgado quando é que a empresa pretende começar a comercializar este material ou sequer se o fará. “Não demorei a antecipar os cenários de pesadelo que este material poderia criar em nações hostis, células terroristas ou mesmo em elementos criminais”, aponta Cramer, indicando que esta inovação poderá ter outros planos.  

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BNDES aprova financiamento de R$1,26 bi para complexo eólico da Engie em Umburanas, na Bahia

24 de outubro de 2019, 07:26

Parte do Conjunto Eólico Umburanas já está em operação na Bahia (Foto: Divulgação)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 1,26 bilhão ao grupo Engie Brasil para implantação de  18 parques eólicos, com potência instalada total de 360 MW, e seus respectivos sistemas de transmissão de energia do complexo eólico Umburanas, localizados nos municípios baianos de Sento Sé e Umburanas. Os recursos do BNDES representam 78,8% do investimento total do projeto, que é de R$ 1,6 bilhão. O projeto envolve sobretudo a aquisição de aerogeradores, obras civis e sistema de conexão. Toda a energia produzida será escoada por uma linha de transmissão por cerca de 50 quilômetros até a subestação de Ourolândia II, também na Bahia, e ali haverá a integração ao Sistema Interligado Nacional. Aspectos como contratos de comercialização de energia, implantação dos parques, estudos dos ventos, análise de impactos socioambientais, aquisição de licenças ambientais e conformidade arqueológica junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foram levados em consideração pelo BNDES para concessão do financiamento. De acordo com a empresa, foram gerados cerca de 2.400 empregos durante as obras, e outras 120 vagas após a conclusão do projeto, com a entrada em operação dos parques eólicos. Engie Brasil Pertencente ao grupo francês Engie, a Engie Brasil Energia (EBE) possui 61 usinas com capacidade instalada total de 10,4 GW, dos quais cerca de 90% proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de gases do efeito estufa, como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e biomassa.  

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JMC e Defesa Civil instalam placas informativas nas comunidades próximas a empresa, conforme estabelece a lei

23 de outubro de 2019, 17:42

(Foto: Ascom/Yamana Gold)

Iniciativa reforça cultura de prevenção da empresa, que em dezembro realizará teste inédito com sirenes de emergênciaDepois da realização bem-sucedida do Primeiro Simulado de Barragens, a Jacobina Mineração e Comércio (JMC) e a Defesa Civil de Jacobina continuam implementando medidas de combate a emergências em Jacobina. A etapa atual é a reinstalação de placas de sinalização em bairros da cidade e promoverão, ainda este ano, um teste inédito na região Nordeste para simular o uso das novas sirenes. O teste, será realizado com os quatro alarmes dispostos no entorno da barragem da JMC, alcançando o perímetro que se estende de Canavieiras até o bairro do Nazaré. O investimento nos equipamentos chegou a R$ 1,5 milhões. Conforme recomendações do Ministério Público e da Defesa Civil do Estado, as placas instaladas para o primeiro simulado, que ocorreu em fevereiro, foram substituídas por um modelo mais moderno e com informações mais claras para a população. “As placas estão sendo substituídas, algumas realocadas e outras estão sendo afixadas em comunidades que não tinham sido envolvidas na primeira etapa do simulado, sempre seguindo orientações da legislação e buscando garantir o acesso adequado dos moradores”, afirma o Gerente de Serviços Técnicos, Edvaldo Amaral. As sinalizações indicam rotas de fuga e pontos de encontro. “Esses locais foram definidos conforme a Portaria nº 70.389/2017 da Agência Nacional de Mineração (ANM) que orienta a instalação de placas e a realização de treinamento com as comunidades no perímetro de 10 km do empreendimento. São locais seguros e de fácil acesso a pé”, complementa o Engenheiro de Barragem, Lucas Vidal. Em um ano, a empresa promoveu mais de dez reuniões comunitárias nos bairros do Pontilhão, Pontilhão de Canavieiras, Canavieiras, Novo Amanhecer, Jacobina IV, Morada do Sol, Jacobina III, Lagoa Dourada I e II, Cidade do Ouro, Anadissor e Nazaré, no intuito de informar a população sobre o comportamento seguro em situações de emergência , planejamento do simulado e a instalação das placas de sinalização. A JMC reforça que suas duas barragens estão completamente seguras, com pleno atendimento aos requisitos técnicos e legais. O simulado, a instalação dos equipamentos e placas de sinalização fazem parte da cultura de prevenção da JMC e do compromisso em atender as exigências legais, que inclui ainda o monitoramento constante da segurança da barragem e os controles ambientais necessários para uma atuação responsável e transparente. “Estamos sempre abertos para ouvir, esclarecer dúvidas e apresentar as medidas de segurança de nossas operações através do programa Portas Abertas”, comenta a analista de comunicação da JMC, Elisangela Lopes. As instituições e/ou grupos que tenham interesse em agendar uma visita podem entrar em contato com a equipe de comunidades e comunicação por meio do telefone (74) 3621- 8110.

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