8 em cada 10 professores não se sentem aptos a aulas online

17 de maio de 2020, 10:12

É o que mostra pesquisa do Instituto Península, à qual o 'Estadão' teve acesso com exclusividade. Quase 90% deles informaram nunca ter tido experiência com ensino a distância e 55% não ter recebido treinamento para atuar (Foto: Reprodução)

Quase dois meses depois de as escolas fecharem no País todo por causa da pandemia do coronavírus, 83% dos professores não estão preparados para ensinar online. E são eles que dizem isso, em pesquisa realizada pelo Instituto Península, à qual o Estadão teve acesso. Os docentes de redes públicas e particulares ainda se declaram ansiosos e nada realizados com o trabalho no momento atual. Estudos internacionais e experiências em países que são considerados exemplos de educação mostram que o professor é fator determinante para o ganho de aprendizagem do aluno, principalmente para os mais vulneráveis. Em tempos de isolamento, a importância aumenta, já que muitas vezes o profissional é o único vínculo com a escola. Quase 90% dos docentes informaram na pesquisa que nunca tinham tido qualquer experiência com um ensino a distância e 55% que não receberam, até agora, suporte ou treinamento para atuar de maneira não presencial. Sem orientação clara, os profissionais têm criado as próprias atividades. Não é à toa que 83% afirmaram se comunicar pelo WhatsApp com as famílias, em vez de usar ferramentas pedagógicas das escolas ou redes. "Enquanto uma série de profissionais no meio de uma pandemia está fazendo seu trabalho de casa e já é difícil, o professor ainda está tendo de se reinventar completamente", diz a diretora executiva do Instituto Península, Heloisa Morel. "Imagine a sobrecarga e o estresse." Desde meados de março, quando as aulas foram paralisadas, as secretarias de Educação têm oferecido programas a distância, alguns pela TV, e feito parcerias para usar ferramentas online. "Mas é preciso uma organização maior para que o professor entenda o que ele tem de fazer." A professora Márcia Cristina Amorim Chagas, de 50 anos, decidiu gravar vídeos com o celular no sítio onde mora em Itapecerica da Serra. É a filha de 17 anos que faz as filmagens, "quando está de bom humor", brinca. Em um deles, Márcia teve a ideia de mostrar aos alunos como as cinzas das queimadas podem ajudar a adubar a terra para plantar cebolinha. Depois, o material vai sempre por WhatsApp para os pais das crianças. Márcia ainda pede que os alunos escrevam ou gravem em áudio o que aprenderam. "Uso o meu celular, com a minha internet, que às vezes não funciona, e meu computador que paguei durante dois anos", diz ela, que dá aulas para 4º e 5º ano em uma escola estadual na Vila Madalena, zona oeste. "Eu trabalho numa escola integral e tive alguma formação em tecnologia, mas para o que estamos precisando agora, o que aprendi foi mínimo." "Mesmo eu que trabalho numa escola integral e tive alguma formação em tecnologia, para o que estamos precisando agora, o que aprendi foi mínimo." A professora diz que ainda não conseguiu usar o Centro de Mídias com suas turmas, plataforma criada pelo governo do Estado para o ensino remoto durante a pandemia. Na rede particular, o WhatsApp é menos comum e 56% disseram usar o aplicativo de mensagens para se comunicar com o aluno. Mais frequente é a comunicação por meio de plataformas da escola. Mesmo assim, o sentimento de despreparo diante do desafio de ensinar online é o mesmo. "As coisas foram impostas de um dia para o outro, com o isolamento. Ninguém teve tempo de se preparar", diz a professora de ensino fundamental de uma escola particular de elite da capital, que pediu para seu nome não ser divulgado. Ela dá aulas para a fase de alfabetização e passou a criar jogos em aplicativos, com quebra-cabeça e localização de palavras, para seus alunos. "Estamos fazendo o melhor possível, mas não é nem de longe o que a gente entende por educação. Isso é bastante angustiante." A presidente executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, diz que poucas secretarias de Educação ou mesmo escolas particulares no País deram formação ou infraestrutura para professores em aulas não presenciais. A maioria dos profissionais tem usado seus próprios computadores, Wi-Fi ou celulares. "Não há preparação para aulas a distância e que são muito diferentes das presenciais. Não é intuitivo saber o que fazer online para assegurar a aprendizagem dos alunos", diz. Saúde mental prejudicada A pesquisa ainda mostra que o cenário inclui uma saúde mental já prejudicada do professor. Quase 70% deles se disseram ansiosos e só 3%, realizados. E a maioria (75,2%) relatou que não recebeu até agora nenhum apoio emocional da escola em que trabalha. Mesmo em redes particulares, as equipes costumam se reunir online para discutir as abordagens pedagógicas durante a pandemia, mas raramente há grupos com psicólogos para que os professores possam expor o que sentem. Em documento divulgado pelo Todos pela Educação na semana passada, o impacto emocional em professores foi um dos pontos principais apontados para que as escolas se preocupem na volta às aulas. O grupo de especialistas que analisou 43 pesquisas sobre momentos semelhantes ao atual, como desastres e guerras, diz que o suporte psicológico para professores é crucial porque, além de serem diretamente impactados pela crise, precisarão atuar na minimização dos efeitos sentidos pelos alunos. A pesquisa "Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil", do Instituto Península, está ouvindo os profissionais da Educação desde março e continuará até o fim da crise. Participaram nesta etapa 7.734 professores de escolas públicas e particulares do País, entre os dias 13 de abril e 14 de maio. 'Pais estão dando mais valor à nossa profissão', conta professora A professora Fabiane Bandeira Viana, que dá aulas em uma escola municipal de Manaus, no Amazonas, descobriu um jeito de seus alunos, de 5 anos, conseguirem fazer atividades remotas. Como eles não têm impressoras, ela escreve em um caderno a lição, fotografa e manda pelo WhatsApp para os pais, que copiam para os cadernos dos filhos. Depois que as crianças realizam a tarefa, a família tira outra foto e manda de volta. "Nem todos respondem todo dia, às vezes um liga e avisa que não mandou porque ficou sem crédito no celular", conta. A professora nunca tinha dado aulas online e agora já sabe editar vídeos para mandar aos alunos. "Aprendi com umas blogueiras, coloco carinhas, música." Ela diz que sofre de ansiedade e medo de se contaminar com a covid-19, mas vê um lado bom. "Os pais estão dando mais valor à nossa profissão, estão vendo que não é fácil educar."

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17 de maio: Dia Internacional contra a Homofobia

17 de maio de 2020, 10:03

No Brasil, esta data está incluída no calendário oficial do país desde 2010 (Foto: Reprodução)

O Dia Internacional Contra a Homofobia é celebrado anualmente em 17 de maio. Também conhecido como “Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia”, esta data visa conscientizar a população em geral sobre a luta contra a discriminação dos homossexuais, transexuais e transgêneros. A homofobia consiste no ódio e repulsa por homossexuais, atitude esta que deve ser combatida para que possamos formar uma sociedade que esteja baseada na tolerância e respeito ao próximo, independente da sua orientação sexual. Ainda existe um grande preconceito contra os homossexuais na maioria das sociedades que, infelizmente, se reflete em atos desumanos de violência extrema contra esses indivíduos. Nesta data, são organizadas diversas atividades que promovem e apoiam a igualdade de direitos dos homossexuais e demais pessoas que se encaixam na comunidade LGBT. Vale ressaltar que o objetivo desta data é debater os mais variados tipos de preconceitos contra as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, além de gerar o desenvolvimento de uma conscientização civil sobre a importância da criminalização da homofobia. Origem do Dia Internacional Contra a Homofobia Dia Internacional Contra a Homofobia (International Day Against Homophobia, em inglês) é comemorado em 17 de maio em memória à data em que o termo “homossexualismo” passou a ser desconsiderado, e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990. No Brasil, esta data está incluída no calendário oficial do país desde 2010, de acordo com o Decreto de 4 de junho desse ano.

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Cães farejadores começam a ser testados para detectar pessoas com coronavírus pelo cheiro

17 de maio de 2020, 09:53

Cães farejadores já são capazes de detectar odores de pessoas com algumas doenças, como certos tipos de câncer, malária e doença de Parkinson (Foto: Reprodução)

Cães farejadores já são capazes de detectar odores de pessoas com algumas doenças, como certos tipos de câncer, malária e doença de Parkinson. Agora, eles foram treinados para detectar pessoas com covid-19 pela instituição de caridade Medical Detection Dogs (Cães de Detecção Médica, em inglês) e começaram a ser testados contra o coronavírus.   A primeira fase dos testes, que estão sendo feitos no Reino Unido, também tem a participação da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e da Universidade de Durham. O projeto também recebe financiamento do governo britânico. O ministro da Inovação, Lord Bethell, disse esperar que os cães possam fornecer "resultados rápidos" como parte da estratégia mais ampla de testes do governo. O teste vai verificar se os cães farejadores — labradores e cocker spaniels — podem detectar o vírus em humanos a partir de amostras de odor antes que os sintomas apareçam. Ele estabelecerá se os chamados cães de bio-detecção, que podem rastrear até 250 pessoas por hora, podem ser usados ​​como uma nova medida de alerta precoce para detectar a covid-19 no futuro. A primeira fase envolverá a equipe do NHS (o sistema público de saúde do Reino Unido) nos hospitais de Londres coletando amostras de odores dos infectados com coronavírus e dos que não foram infectados. As amostras de hálito e odor corporal podem vir de várias fontes, incluindo máscaras faciais usadas. Seis cães - Norman, Digby, Storm, Star, Jasper e Asher - passarão por treinamento para identificar o vírus a partir das amostras. A instituição disse que o treinamento pode levar de seis a oito semanas. Estrada e aeroportos Após uma fase inicial de teste de três meses, o governo decidirá onde acredita que os cães serão mais úteis. Uma possibilidade é que eles possam ser usados ​​em pontos de entrada no país, como aeroportos, para detectar pessoas possivelmente contaminadas com o coronavírus. Os cães também poderiam ser usados ​​em centros de testes, como outra forma de triagem. Mais de 10 anos de pesquisa coletada pela Medical Detection Dogs mostraram que os cães podem ser treinados para cheirar o odor de doenças com a diluição equivalente a uma colher de chá de açúcar em duas piscinas olímpicas. Claire Guest, co-fundadora e diretora executiva da instituição, disse que "tem certeza de que nossos cães serão capazes de encontrar o odor da covid-19". Se tudo der certo, os cães passarão para uma segunda fase. "O segundo teste será prático, com pessoas. Depois esperamos trabalhar com outras agências para treinar mais cães para o mesmo trabalho", diz ela. Os cães foram treinados anteriormente para detectar a malária a partir de "amostras de odores nos pés" — meias de nylon usadas por crianças aparentemente saudáveis ​​na Gâmbia.  Os cães sendo testados são labradores e cocker spaniels "Nosso trabalho anterior mostrou que a malária tem um odor característico e treinamos com sucesso os cães farejadores médicos para reconhecer pessoas doentes com precisão", diz James Logan, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. "Isso, combinado com o conhecimento de que doenças respiratórias podem alterar o odor corporal, nos deixa esperançosos de que os cães também possam detectar a covid-19".

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Bahia: Perfis oficiais do Governo recebem denúncias de fake news durante pandemia e fortalecem transparência

16 de maio de 2020, 18:53

André Curvello (Foto: Elói Corrêa/GOVBA)

O enfrentamento ao flagelo das fake news ganhou um reforço na Bahia. O Governo do Estado colocou à disposição da população todos os seus canais de comunicação, a fim de que as pessoas possam tirar dúvidas sobre informações ou mesmo denunciar notícias falsas disseminadas nas redes sociais e até na imprensa. As fake news também podem ser denunciadas através do Whatsapp (71) 9 9646-4095 ou pelo site www.bahiacontraofake.com.br. A medida é parte do esforço do Governo de garantir à população o acesso à informação, com qualidade e segurança. De acordo com o secretário estadual de Comunicação, André Curvello, a medida foi adotada após reunião com os demais secretários de Comunicação do Nordeste, uma vez que a região tem sido alvo constante de falseadores da verdade. Diversas iniciativas semelhantes estão sendo adotadas, inclusive com edição de leis e normas para punição dos propagadores de materiais do tipo. Na Bahia, outra ação foi o encaminhamento à Assembleia Legislativa de um projeto de lei visando tipificar a conduta criminosa, a fim de coibir esse fenômeno. O projeto foi elaborado pela Secretaria de Comunicação do Estado (Secom). As denúncias vão refletir em um relatório, que será encaminhado à CPI das Fake News e ao Supremo Tribunal Federal, que já instaurou inquérito sobre o tema. André Curvello lembra que até ministros do STF já foram vítimas de notícias falsas com objetivo de atingir a honra dos membros da mais alta Corte da Justiça. O secretário citou um estudo que aponta que entre 30% e 40% do tempo dos órgãos oficiais de comunicação são destinados a desmentir notícias falsas. Outros dados revelam um valor estimado em R$ 5 milhões mensais que são injetados para abastecer a milícia digital que produz e dissemina fake news no país. Transparência Curvello alerta ainda para o terreno fértil que as fake news encontra na sociedade, que não desenvolveu o hábito de apenas compartilhar informação que saiba ser verdadeira. “Peço que as pessoas pensem antes de compartilhar qualquer informação no Whatsapp, porque há vidas em jogo, reputações e instituições que são prejudicadas apenas pela disseminação de informações falsas”. Ele destacou que a Secretaria de Comunicação tem feito um grande esforço para manter todos os veículos de comunicação abastecidos com o máximo de informações seguras, mas tudo baseado na transparência. “Nossa equipe está em campo, no dia a dia, garantindo que a informação chegue a todos os locais, com qualidade. Trabalhamos no sentido de levar a melhor informação, com responsabilidade e transparência, a todos os baianos, sob orientação do governador Rui Costa”, disse Curvello. Foto: Elói Corrêa/GOVBA

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Médico se cura e afirma que a Covid-19 é devastadora

16 de maio de 2020, 12:06

No dia 12 de março, Morais foi a uma cerimônia de posse de uma comissão de ética hospitalar em uma maternidade de João Pessoa (Foto: Reprodução)

Quando a Covid-19 já atacava grande parte do mundo, mas ainda era novidade no Brasil, o presidente do CRM-PB (Conselho Regional de Medicina da Paraíba), Roberto Magliano de Morais, 56, tornou-se um dos primeiros infectados com o novo coronavírus no país. No dia 12 de março, Morais foi a uma cerimônia de posse de uma comissão de ética hospitalar em uma maternidade de João Pessoa. Quatro dias depois, uma das pessoas presentes no evento morreu de Covid-19 e ele passou a apresentar os sintomas da doença, com dores de cabeça e no corpo, febre recorrente de 38ºC, falta de apetite, moleza e ausência de paladar. "No sábado seguinte, fiz uma tomografia que mostrou uma lesão bem característica no pulmão direito. Aí fiquei mais preocupado, enquanto paciente e enquanto médico, com as implicações dessa doença", diz. "É uma doença devastadora, perigosíssima, e não temos conhecimento para lidar com ela. Estamos aprendendo e só teremos daqui a alguns anos." Após procurar orientações de infectologistas, ele fez novos exames que comprovaram a doença viral e mostraram comprometimento na coagulação sanguínea e problemas em outros órgãos. "Meio que desesperadamente, mesmo sem evidências, eles receitaram cloroquina e azitromicina, e eu melhorei dos sintomas. Hoje posso dizer que não precisei ser internado, mas a doença serviu para eu refletir sobre muitas coisas que estão ocorrendo no mundo. Vamos ter de nos reinventar como médicos, cidadãos e pessoas, sermos mais solidários", comenta. O médico ginecologista diz ter ficado preocupado porque no início de seus sintomas ele havia mantido contato com a esposa, Ana Karla, e os filhos Roberto Filho e Giulia. Mas os exames realizados por eles deram negativo. "A maior fase de transmissão é a pré-sintomática, antes de manifestar os sintomas, quando a pessoa não sabe que está com a doença. Minha mulher e meus filhos deram negativo, mas tenho desconfiança desses testes rápidos. Não sei se são suficientes." Já recuperado, Morais pede que os governos não deixem os médicos e enfermeiros da linha de frente da briga contra o novo coronavírus sem equipamentos de proteção. E aproveita para deixar uma mensagem otimista para a população. "Embora não se saiba o que vai acontecer, devemos acreditar na ciência. E devemos ter otimismo, porque a Covid-19 é uma doença que pode ser enfrentada."

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CEO da Xiaomi é pego usando iPhone em rede social

16 de maio de 2020, 08:00

CEO da Xiaomi é pego usando iPhone em rede social (Foto: Reprodução)

O CEO da multinacional chinesa de tecnologia Xiaomi, Lei Jun, foi recentemente flagrado usando um iPhone. Os internautas teriam capturado o descuido do executivo por meio de uma publicação feita na plataforma de mídia social chinesa Weibo, conforme relatou o site local GizmoChina. Jun, que também é co-fundador da Xiaomi, deu algumas recomendações de livros no post. Como o Weibo detecta o dispositivo do qual a postagem é feita, ficou nítido que o dispositivo usado era um iPhone. A publicação foi posteriormente excluída, no entanto, vários usuários da plataforma já haviam capturado imagens e, alguns usuários dos produtos da empresa, conhecido como Mi Fãs, já lotavam o post com comentários negativos. Pouco tempo depois, Pan Jiutang, diretor de Investimentos da Xiaomi, saiu em defesa do CEO alegando que o executivo ou gerente de produto de uma empresa de telefonia móvel que afirmar nunca ter experimentado Apple, Samsung e outros produtos concorrentes é hipócrita, incompetente ou não se importa com o produto. O uso do iPhone ou outros aparelhos da concorrência não é proibido para os executivos da Xiaomi, nem para outros funcionários, algo que o próprio CEO já teria declarado no passado.

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Ensaios agroecológicos forrageiros possibilitam autonomia e renda para agricultores familiares do Semiárido baiano

15 de maio de 2020, 18:22

A área de experimentação é coletiva e foi implantada em dezenas de comunidades acompanhadas pelo Projeto (Foto: SDR)

Milho, sorgo, moringa, leucena, mandioca e palma são algumas das plantas forrageiras que são cultivadas nos Ensaios Forrageiros Agroecológicos. A tecnologia implantada pelo Pró-Semiárido, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), tem assegurado alimentos para os animais e renda para agricultores e agricultoras que vivem na região semiárida da Bahia. “O ensaio é um espaço de produção de alimentos para o rebanho. Ele tem a característica de ser um espaço pedagógico de aprendizado, que estabelece uma relação em que técnico e agricultor experimentam formas de manejo de culturas. Além de ser um espaço de aprendizado e de produção de forragens, é um espaço que gera uma renda não econômica ao ajudar na redução do custo de produção de alimento para os animais”, explica o técnico do projeto da área produtiva, Victor Leonam. A área de experimentação é coletiva e foi implantada em dezenas de comunidades acompanhadas pelo Projeto. O ensaio tem o objetivo de mostrar a viabilidade da produção agroecológica utilizando diversas técnicas como o uso de defensivos naturais, alelopatia, plantas companheiras, adubação orgânica, caldas bordaleiras e manejo ecológico de solo. A ideia é que os agricultores possam experimentar nessa área e implantar as culturas que deram certo nas suas áreas de produção individuais. Rilza Maria Ferreira é presidente do grupo de mulheres da comunidade Lagoa do Boi, em Juazeiro, e tem sido uma grande incentivadora da produção no ensaio. Ela afirma que a adoção da tecnologia mudou a forma de produção na sua comunidade e tem garantido novas possibilidades de conviver com a seca e de assegurar renda para as famílias da região. “Nossos hábitos estavam totalmente errados a gente mora no Semiárido e não sabia conviver com isso. Então, nossos técnicos da CAR nos ajudaram muito neste sentido de ver que a gente estava trabalhando de uma forma errada porque as famílias quase não tinham renda e a renda que tinham estava sendo gasta praticamente com insumos. Foi uma coisa tão boa que cerca de 20 a 25 criadores, que fazem parte do Projeto, resolveram fazer os cultivos num quintal no muro de casa. O ensaio é um dos elementos mais importantes do Projeto porque, quando eles viram que tava dando certo, todo mundo quis fazer em casa”, destacou Rilza. Isso garante que, ao invés da dependência do mercado para a compra de alimentos para os animais, como farelo de milho, silagem e feno, essas famílias tenham renda, a partir da economia deste gasto, e soberania para produzir sua própria forragem. “O Pró-Semiárido mudou nossas vidas de todas as formas, mudou a compreensão dos agricultores sobre a criação de animais, hoje se for na nossa comunidade vai ver tudo muito diferente e até a união da nossa comunidade é outra”, ratificou Rilza. A área em que foi implantado o ensaio na comunidade já rendeu uma colheita de material para ser armazenada em forma de silagem (técnica que permite o armazenamento de alimentos em sacos, túneis ou em valas, para ser fornecido aos animais em períodos de seca). Neste domingo, 17, a comunidade vai fazer um segundo mutirão para colheita, que garantirá mais insumos para a criação.

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JMC promove vacinação contra a H1N1 em Jacobina e nas comunidades vizinhas

15 de maio de 2020, 10:23

Cerca de 200 pessoas da comunidade foram imunizadas através da vacina contra H1N1 (Foto: JMC)

(Da assessoria) - Cerca de 200 pessoas receberam uma dose da vacina; essa é uma forma de prevenir contra doenças respiratórias que podem impactar o sistema imunológico e colaborar com o aparecimento de outras doenças_ A Jacobina Mineração e Comércio (JMC) promoveu a vacinação contra a H1N1 (um tipo de gripe), nas comunidades de Itapicuru, Jaboticaba, Canavieiras e Pontilhão de Canavieiras. A JMC promoveu a imunização de seus colaboradores diretos e terceirizados (aproximadamente 1.500 pessoas) no mês de abril e decidiu ampliar para as comunidades do entorno. “Buscamos atingir um público que não é atendido pelo SUS. A ideia foi imunizar o máximo de pessoas possíveis para que elas não desenvolvam síndromes gripais e precisem ir a unidades de saúde nesse momento de Covid-19”, comenta Edvaldo Amaral, gerente-geral da JMC. Cerca de 200 pessoas da comunidade foram imunizadas através da vacina contra H1N1. O líder comunitário Ednaldo de Jesus Farias, morador da comunidade de Pontilhão de Canavieiras, ressalta a importância da ação. “Em nosso povoado muitas pessoas são de baixa renda, várias inclusive não possuem poder aquisitivo nem para se deslocarem para uma comunidade vizinha para receber a vacina. Por isso essa vacinação foi de grande ajuda para nós que só temos a agradecer por essa boa ação”, completa. A vacina contra a gripe não protege contra o coronavírus, mas é uma maneira de evitar que as pessoas mais vulneráveis contraiam doenças respiratórias, que podem impactar o sistema imunológico e colaborar com o surgimento de outras doenças. Edileusa Santana de Jesus, moradora da comunidade de Jaboticaba conta que levou seus filhos para vacinar por dois motivos: “pela prevenção que ela traz e pela oportunidade que eles não tiveram no SUS. Em meio a esse momento crítico que estamos vivendo, essa vacina veio em boa hora”, declara.

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Governo publica calendário da 2ª parcela do Auxílio Emergencial

15 de maio de 2020, 09:16

Inicialmente, os recursos estarão disponíveis apenas em na poupança social digital para movimentações digitais: (Foto: Reprodução)

O calendário do pagamento da 2ª parcela do Auxílio Emergencial foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (15). O cronograma começa a partir de segunda-feira (18) e seguirá até 13 de junho.   São 3 calendários:   - um para recebimento em poupança social - um para saque em espécie para beneficiários do Bolsa Família - um para saque em espécie para poupança social e demais públicos   Segundo portaria sobre o calendário (veja mais abaixo), assinada pelo ministro Onyx Lorenzoni, quem recebeu a 1ª parcela até 30 de abril receberá o crédito da segunda parcela em poupança social digital a partir de quarta-feira (20), de acordo com a data de nascimento.   Inicialmente, os recursos estarão disponíveis apenas em na poupança social digital para movimentações digitais: pagamento de contas, de boletos e realização de compras por meio de cartão de débito virtual. Os saques em espécie para esse público poderão ser feitos só a partir de 30 de maio, também de acordo com a data de nascimento.   Para quem recebe o Bolsa Família, o calendário é diferente. Os beneficiários vão receber nas mesmas datas e da mesma forma em que recebem esse benefício, nos últimos 10 dias de maio. Já os saques em espécie começam na segunda-feira (18) para beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) 1.   Veja os calendários:            

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Descoberta inesperada: enxaguantes bucais poderiam ser capazes de eliminar coronavírus?

15 de maio de 2020, 08:59

Pesquisa urgente deve ser realizada para se definir se enxaguantes bucais podem ser eficazes em reduzir a propagação do coronavírus, sugerem cientistas (Foto: Sputnik / Nikolai Khizhnyak)

Enxaguantes bucais podem ser capazes de danificar a membrana ou cápsula que envolve o vírus e dessa forma reduzir as possibilidades de infecção, segundo um artigo científico publicado em 14 de maio pela Universidade de Oxford. Cápsula viral lipídica O artigo, da autoria de um grupo de cientistas liderado por Valerie O'Donnell, do Instituto de Pesquisa de Imunidade de Sistemas da Universidade de Cardiff (Reino Unido), revela dados que demonstram a importância da garganta e das glândulas salivares na replicação e transmissão do novo coronavírus. O artigo científico foi sintetizado em uma notícia do jornal britânico The Independent, e refere que o SARS-Cov-2, que causa a doença COVID-19, é um vírus cercado por uma membrana gordurosa ou lipídica, sensível a agentes químicos. Os autores do artigo escreveram que enxaguantes bucais são uma "área subpesquisada", alertando para a "grande necessidade clínica" de se saber se a lesão dessa membrana poderia ter um papel na parada do vírus na garganta. Pesquisas anteriores mostraram que enxaguantes bucais poderiam danificar a membrana em outros vírus. No novo artigo, pesquisadores destacaram que ainda não se sabe se isso seria o caso do novo coronavírus, lamentando que o seu uso ainda não tenha sido levado em conta pelos órgãos de saúde pública no Reino Unido. Enxaguantes bucais são eficazes em certos vírus "Em experiências com tubos de ensaio e estudos clínicos limitados, constatamos que alguns enxaguantes bucais contêm ingredientes viricidas em quantidade suficiente para atacar eficazmente os lípidos das cápsulas virais de vírus semelhantes", afirmou Valerie O'Donnell, citada pelo The Independent. Contudo, "ainda não sabemos se enxaguantes bucais existentes são ativos contra a membrana lipídica do SARS-CoV-2", precisou, não deixando de salientar a importância de se "pesquisar com urgência seu potencial de uso contra este novo vírus" de molde a "avaliar mais a fundo esta questão", rematou a autora principal do artigo científico. Reconhecendo que os colutórios ainda não foram testados contra este novo coronavírus, a líder da equipe adianta, no entanto, que "outros estudos clínicos poderiam valer a pena com base nas evidências teóricas". Fonte: Sputinik Brasil

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Polícia Federal conclui que Adélio agiu sozinho em facada contra Bolsonaro

14 de maio de 2020, 19:13

De acordo com o delegado Rodrigo Morais, que presidiu o inquérito, Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) concluiu, em 2º inquérito, que o ataque contra o presidente Jair Bolsonaro, quando ainda era candidato à Presidência da República, em 2018, não houve mandantes. De acordo com o delegado Rodrigo Morais, que presidiu o inquérito, Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho e não contou com ajuda de terceiros para planejar e executar a ação criminosa. "O que a investigação comprovou foi que o perpetrador, de modo inédito, atentou contra a vida de um então candidato à Presidência da República, com o claro propósito de tirar-lhe a vida", afirmou o delegado no inquérito, citado pelo G1. De acordo com as investigações da Polícia Federal, não houve nenhuma comprovação de que quaisquer grupos partidários, facções criminosas ou grupos terroristas tenham participado em alguma das fases do atentado. O inquérito investigou todo o material apreendido de Adélio Bispo, incluindo celulares, um computador e documentos, além de terem sido realizadas as quebras de sigilos bancários, fiscais e telefônicos. A investigação ainda chegou a apurar teorias e vídeos disseminados nas redes sociais sobre suposta ajuda que Adélio teria recebido no crime, sem que qualquer relevância tenha sido encontrada. PT se manifesta A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, se manifestou sobre a conclusão, pela Polícia Federal, das investigações sobre o ataque a faca contra Jair Bolsonaro. A dirigente petista anunciou que ingressará na Justiça contra o advogado de Bolsonaro, Frederico Wassef, Frederick Wassef, que disse ao vivo em um programa na Band na segunda (11) que uma suposta testemunha teria afirmado a ele que o “PT pagou Adélio Bispo para esfaquear Jair Bolsonaro”.

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PM que defendia o fim do isolamento pela web morre de coronavírus em SP

14 de maio de 2020, 18:08

O cabo Ricardo Valentim da Silva, de 47 anos, atuava no 21° Batalhão da Polícia Militar, em Guarujá. (Foto: Reprodução)

Um policial militar de Guarujá, no litoral de São Paulo, morreu devido a complicações causadas pelo novo coronavírus nesta quinta-feira (14/05). De acordo com informações apuradas pelo G1 com pessoas próximas, a vítima era contra o isolamento social e às medidas adotadas em prevenção à pandemia causada pela Covid-19. O cabo Ricardo Valentim da Silva, de 47 anos, atuava no 21° Batalhão da Polícia Militar, em Guarujá. Ele faleceu após passar mal e ser internado no Hospital Santo Expedito, em Santos, onde foi diagnosticado com Covid-19 poucos dias depois. As informações foram confirmadas pela assessoria de imprensa da PM. Nas redes sociais, Ricardo se posicionava com frequência contra as medidas de isolamento social adotadas pelas autoridades públicas. Um vídeo compartilhado de forma pública em seu perfil criticava a decisão do infectologista David Uip de não revelar os medicamentos usados em sua recuperação ao contrair a doença, em abril. "Fica em casa que a Sabesp e a CPFL vem te lembrar com servidores da empresa cortando os mesmos", disse, ironizando uma publicação que pedia pelo isolamento social. O policial chegou a chamar as medidas de isolamento social de 'jogo político' em algumas publicações. Nas redes sociais, familiares, amigos e a comunidade de Guarujá repercutiram e lamentaram a morte do policial, que deixou esposa e um filho. "Estamos sem chão, vivendo um pesadelo", lamentou uma familiar em uma das homenagens. "Não consigo nem pensar como ficaremos sem você, a diversão da nossa família", completou. Em outra publicação, uma amiga da família diz que faltam palavras para descrever o luto. "Palavras me faltam nesta hora, mas queremos lembrar [de você] assim, como uma pessoa incrível", diz. "Aonde nos encontrávamos era uma festa. Ainda estou sem acreditar", lamenta.

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