CULTURA

Monalisa Perrone sai da Globo depois de 20 anos

03 de setembro de 2019, 12:34

Foto: Instagram/Reprodução

Ela deve ser titular de um jornal no horário nobre da CNN Brasil – 

Monalisa Perrone, apresentadora do “Hora 1”, da Globo, pediu demissão na manhã desta terça-feira (3), de acordo com informações do “Notícias da TV”. Segundo o site, a jornalista recebeu uma proposta irrecusável para ficar à frente de um jornal no horário nobre da CNN Brasil, recém-chegada ao país.

O “Hora 1” vai ao ar das 4h às 6h diariamente, o que obriga a jornalista a chegar à TV Globo à 1h e dormir às 17h. Essa rotina também teria pesado na decisão de Monalisa em deixar o jornalismo da Globo, onde estava havia 20 anos.

 

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Quase quarentão, Barão Vermelho rompe o silêncio com disco inédito

23 de agosto de 2019, 08:53

Foto: Reprodução/Facebook

O lançamento do disco Viva é o primeiro registro da formação atual, que tem no vocal Rodrigo Suricato – 

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O novo disco do Barão Vermelho, “VIVA”, parece usar as letras maiúsculas do nome para destacar um verdadeiro renascimento da banda. O último disco de inéditas do grupo saiu há 15 anos. “Foi quase como quebrar uma maldição”, diz o baterista Guto Goffi, um dos fundadores do quarteto, que daqui a dois anos fará 40 anos de estrada.

O lançamento também é o primeiro registro da formação atual, que tem outro fundador, o tecladista Maurício Barros. Completam a escalação o guitarrista Fernando Magalhães e, no vocal, Rodrigo Suricato. Este cumpre animado a missão de ocupar o lugar que foi de Cazuza, no início dos anos 1980, e de Frejat, até 2004.

Há dois anos, o quarteto roda a turnê “Barão pra Sempre”. Segundo eles, o momento é de “uma banda feliz no palco, com um repertório consagrado”.

Suricato parece duplamente feliz. Multi-instrumentista, ele está lançando seu terceiro álbum, “Na Mão as Flores”. Neste sábado (24), o Barão apresenta em São Paulo o novo repertório, na Casa Natura.

No dia 29, Suricato mostra seu show solo, no Theatro Net.Os dois discos contam só com composições recentes. “Letras e músicas resolvidas nessa panela, com os quatro integrantes”, diz Goffi. “Para deixar claro que não é uma volta oportunista. Queremos seguir.”

Na reorganização da banda, foi essencial o retorno integral de Maurício Barros. “Fundamos isso. Um é o pai do Barão. O outro é a mãe”, brinca Goffi. Foi Barros o responsável pelo convite ao novo vocalista. “Não conhecia pessoalmente o Suricato, mas o considerava a maior revelação do rock brasileiro dos últimos tempos. Ouvia e pensava: ‘Esse cara tem um borogodó a mais'”, conta Goffi.

O álbum “VIVA” tem o DNA inegável das raízes do grupo. “Tudo por Nós 2” é rock acelerado e empolgante, enquanto “Eu Nunca Estou Só” é verdadeiro blues estradeiro. Esses dois pilares que sustentam o som do Barão se cruzam em “A Solidão te Engole Vivo”, talvez a mais poderosa do repertório.

Em sua jornada dupla, Suricato levou ao pé da letra a proposta de carreira solo. No novo álbum, ele fez tudo: escreveu, tocou, cantou, produziu. Diz que não foi intencional. Pretendia gravar esse terceiro álbum ainda acompanhado de outros músicos, mas ficou tão mergulhado no estúdio que não conseguiu evitar. “Escrevi 30 músicas, dessas saíram as dez do álbum. Tinha inveja da maneira como eu tocava nos discos dos outros. Gravei com Fito Paz, Moska, Ana Carolina. Quis contratar esse Rodrigo instrumentista para trabalhar para mim”, brinca.

“Na Mão as Flores” tem rock, mas surge mais forte um lado folk, baladeiro, com letras celebrando coisas boas. “Acho que devo ser posto na prateleira das ‘good vibes’. Tenho um direcionamento positivo. O Barão tem uma potência sonora ligada ao rock, e a linguagem no meu trabalho me dá liberdade de ser mais pop. O Barão flerta com o pop. “Na turnê solo, Suricato entra sozinho no palco.

Ele se diz apaixonado pela estética dos músicos de rua – aqueles que tocam vários instrumentos ao mesmo tempo. “Violão nas mãos, gaita na boca, pedal de bumbo no pé, isso tem uma linguagem meio circense, né? “Nos últimos quatro anos, ele pesquisou para passar dessa estética rudimentar a uma performance apurada. “Subo no palco sozinho, toco quase tudo na hora, só me permito algumas programações digitais”, diz o artista “fominha”.

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‘Bacurau’ é uma ode à força do povo nordestino

22 de agosto de 2019, 11:47

Foto: Reprodução

Bacurau começa com um funeral. Por mais triste que o momento seja, não há nada mais aglutinador para uma família, e, no caso do filme, para uma comunidade, do que a despedida de alguém. A passagem é o primeiro indicador do que o filme de Kleber Mendonça Filho Juliano Dornelles se trata: identidade e pertencimento, a sua importância e a consequência da falta deles.

Funeral de Carmelita, cena de ‘Bacurau’

Foto: Victor Jucá / Divulgação

E não se trata da morte de qualquer pessoa. É Carmelita, uma senhora de 94, uma espécie de guardiã de Bacurau, uma cidade do interior do sertão de Pernambuco. Ela representa as lutas, as conquistas e as carências da cidade, de um povo sofrido. É evidente a falta de cuidado que a cidade tem, assim como a existência de suas próprias leis. 

Existe o professor, filho de Carmelita (Lia de Itamaracá), Plínio (Wilson Rabelo), pai de Teresa (Bárbara Colen), protagonista que nos guia a Bacurau. Uma cidade fictícia, mas que existe de verdade — para as filmagens do filme, Barra, no sertão de Pernambuco, foi usada como cenário. Não se sabe a data exata que a história se passa, somente que é um futuro recente. 

Ao lado de Teresa está Pacote, personagem de Thomás Aquino, ou Acácio, como prefere ser chamado agora, já que preferiu deixar a vida de bandidagem para trás. Em Bacurau tem também a médica Domingas, interpretada por Sônia Braga, que, como era de se esperar, entrega grandes cenas. PlínioTeresa Acácio cuidam da cidade e dos moradores, à sua maneira. Bacurau ocupa uma rua e funciona dentro de sua própria lógica e lei.

Sônia Braga como Domingas em 'Bacurau'
 
Sônia Braga como Domingas em ‘Bacurau’
Foto: Cinemascópio / Divulgação
 

Até a chegada dos forasteiros. A cidade vira alvo. O caminhão pipa que a abastece chega cheio de furo de balas, o sinal de internet é bloqueado, drones fazem a vigilância da região e pessoas são assassinadas. Não se sabe quem está atacando a cidade, mas os moradores fazem o que sempre souberam fazer: se unem e chamam, inclusive, Lunga, papel de Silvero Pereira, o bandido procurado. Em terra de prefeito corrupto e negligente, “bandido” que luta pelo bem dos moradores é herói. 

Por um bom período do filme não se sabe quem está por trás dos ataques. E é indiferente. O poder de Bacurau está na força dos moradores dessa cidade fictícia, que muito bem representa o nordestino. Ao mesmo tempo, é escancarado uma deficiência brasileira em conseguir criar raízes com a sua própria identidade. Perceba, leitor, quando for assistir ao filme, a síndrome do vira-lata na cena em que interagem os forasteiros brasileiros e os demais. E quando eles não se encontram como brasileiros, eles não só se voltam para os seus, como viram alvos fáceis para os outros. 

Na ponta contrária, por mais carente que seja a comunidade de Bacurau, foi a certeza de quem eram, de sua história, que os mantiveram a salvo. Foi no museu da cidade que eles encontraram como se proteger. Quer mensagem mais forte do que essa? Encontrar na nossa história como continuar e ter chances no futuro. 

Mesmo que Kleber Mendonça Filho faça questão de salientar que não planejou Bacurau para passar uma mensagem, como disse durante a coletiva do filme, é muito difícil vivenciar o longa sem passar por uma explosão de sensações. E o grande sentimento de que se sai é de que ser brasileiro, por fim, é o que vai nos manter vivos. 

 

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Paula Toller conta segredo sobre aparência jovem aos 57 anos

22 de agosto de 2019, 06:48

Foto: Reprodução

Segundo a cantora, a receita é “só alegria de viver’ – 

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Podem se passar anos, mas quando a cantora Paula Toller, 57, aparece na TV os comentários na internet são os mesmos: ‘Ela dorme no formol, não é possível’, escreveu uma internauta que acompanhava o Encontro com Fátima Bernardes desta terça-feira (20).

Prestes a completar 57 anos no dia 23 de agosto, a cantora foi questionada pelo site Gshow, da Globo, sobre sua beleza eterna, e a diva respondeu que não faz muito esforço. “Não tem segredo, é só alegria de viver, o profissionalismo, a dedicação, é fazer o que gosta.”

A última vez que cantora apareceu na TV foi em 2016, quando fez uma participação na novela “Rock Story” (Globo) e também se apresentou no matinal Encontro para falar sobre a sua participação.

“Recebi o convite do Dennis Carvalho [diretor artístico do folhetim] e adorei. É uma novela sobre rock, considerei uma homenagem.” Para a cantora, gravar como ela mesma foi difícil “porque você tem que descobrir quem você é”. Naquele Encontro, aos 54 anos, Paula cantava os hits que marcaram sua carreira, o público da web tentava descobrir o seu “pacto” para a eterna juventude. 

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Câmara de Juazeiro rejaita título de cidadaniaao poeta cantador Flávio Leandro

20 de agosto de 2019, 08:41

Foto: Reprodução

Na sessão ordinária desta segunda-feira (19) a Câmara de Vereadores de Juazeiro rejeitou o título de cidadania ao poeta-cantador Flávio Leandro, que é natural de Bodocó em Pernambuco. Por 11 votos favoráveis e 05 contrários, a maioria recusou a proposição do vereador Inaldo Loiola. Segundo o Wikipédia, Francisco Flávio Leandro Furtado é um cantor e compositor brasileiro, Filho primogênito de Teté e Izinha, e que prestou serviços no Banco do Brasil e no IBGE.

Carreira

Começou a compor desde cedo, ao 13 anos, com fortes influências dos amigos. Participou no primeiro festival em 1985, o “Sementes da Terra”, com o qual se apresentou cantando canções de sua autoria. Integrou-se como vocalista na Banda Raio de Laser, em 1992. Mas seu primeiro CD Travessuras, foi lançado em 1997. Lançou em 2000 o CD Brasilidade, que mescla forró pé-de-serra. No ano seguinte, lançou mais um disco, dessa vez de forma acústica e posteriormente o CD Forró Iluminado. Emplacou várias músicas de diversos artistas como, Elba Ramalho, Flávio José, Jorge de Altinho, entre outros.

Com informações do site: www.geraldojose.com.br

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Cinemas têm até janeiro para garantir acessibilidade a cegos e surdos

19 de agosto de 2019, 10:39

Foto: Reuters

Apartir do dia 1º de janeiro de 2020, todas as salas de cinema do país serão obrigadas, sob pena de multa, a oferecer aparelhos de acessibilidade para deficientes visuais e auditivos. A determinação está na Instrução Normativa 128/2016, da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Até o dia 16 de setembro deste ano, os exibidores precisam ter atingido a meta de 35% das salas dos grandes complexos e 30% das salas dos grupos menores.

Segundo o secretário-executivo da Ancine, João Pinho, o dia 16 de junho foi o primeiro prazo para o cumprimento das metas, com a exigência de 15% das salas de grandes complexos oferecendo os recursos de legendagem, legendagem descritiva, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras) para quem solicitar.

“Agora a gente entrou efetivamente na segunda fase, que é monitoramento do cumprimento em si. Ainda tem um pouco de orientação, mas já começa com a fiscalização pelos complexos. Estamos acompanhando semanalmente pelos sistemas internos da agência e de acordo com o plano de fiscalização, que envolve visitas técnicas quando necessário. Estamos divulgando a lista dos cinemas que se declaram acessíveis”.

Conforme o último levantamento feito pela agência, divulgado no fim de junho, a meta de 15% havia sido cumprida. A lista das salas com os recursos pode ser consultada na internet e o próximo levantamento deve ser divulgado no início de setembro.

Pinho explica que as exigências de acessibilidade para o setor de cinema no Brasil começaram em 2014, com a obrigatoriedade de todos os filmes produzidos com recursos públicos oferecerem os recursos para audiência de cegos e surdos. E desde 16 de junho todos os filmes, inclusive estrangeiros, já estavam adaptados.

“Se a gente colocasse a obrigatoriedade logo, o exibidor não ia ter conteúdo acessível para oferecer ao público alvo. Isso era para criar um estoque de filmes e também de séries, porque vamos começar isso depois para a TV. Então a gente já teve 100% dos filmes nacionais, agora 100% dos filmes de qualquer nacionalidade e em 1º de janeiro 100% dos cinemas”.

O secretário explica que não há dados sobre a utilização dos recursos de acessibilidade nas salas, mas para o ano que vem o sistema da Ancine que contabiliza a bilheteria dos cinemas do país vai trazer essa informação. Além disso, ele destaca que duas câmaras técnicas montadas dentro da agência, uma sobre acessibilidade e outra com os exibidores, acompanha a implementação das medidas para avaliar a eficácia e qualidade dos serviços oferecidos.

“Tem as duas câmaras técnicas para dar o feedback, como melhorar o equipamento, aumentar o número de equipamentos disponíveis se tiver muita demanda, legenda em libras malfeita, por exemplo. Daí teremos que fazer campanhas para melhorar essas coisas”.

Segundo Pinho, o Brasil é pioneiro na área, sendo o único país que exige exibição cinematográfica com língua de sinais. “Temos recebidos feedbacks qualitativos, muito emocionantes, de pessoas com deficiência que nunca tinham ido ao cinema na vida, pessoas que nunca viram ou asistiam filme sem entender. A gente vê que está impactando positivamente a vida dessas pessoas”, explicou.

Com informações da Agência Brasil

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‘Tenho a maior honra de ser chamada de paraíba’, diz Maria Bethânia

01 de agosto de 2019, 10:16

Foto: Reprodução

‘Tenho a maior honra de ser chamada de paraíba’, diz Maria Bethânia

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A primeira música que Maria Bethânia interpreta no show “Claros Breus” –que tem apresentações nesta sexta (1º) e neste sábado (2) no Credicard Hall, em São Paulo– é “Pronta pra Cantar”. Escrita por Caetano Veloso, tem um título autoexplicativo. A última, já no bis, é “Encanteria”, de Paulo César Pinheiro, dos versos “moço, apague essa candeia/ deixa tudo aqui no breu/ quero nada que clareia/ quem clareia aqui sou eu”.

Em cerca de 30 músicas, ela faz um percurso no qual há zonas claras e escuras e que termina com uma aposta na luz.”Sinto o mesmo tesão de cantar, a mesma alegria, a mesma necessidade”, assegura, aos 73 anos, num estúdio em São Conrado, na zona sul carioca. “Gosto de desafiar minha coragem. Naturalmente, a vida traz situações em que a gente pode não estar cantarolando. Mas pode estar cantando. E denunciando. O palco é um palanque como outro qualquer, uma tribuna.”

Bethânia não costuma falar abertamente de política. Mas não deixa de se manifestar em muito do que canta. “Claros Breus” –que não marca lançamento de disco, pois este será gravado até o fim do ano– foi preparado em quatro shows realizados no Manouche, uma casa de cem lugares, no Rio de Janeiro. No show da quinta passada, ela inseriu “Caipira de Fato”, do repertório de Inezita Barroso, antes de “Águia Nordestina”, inédita de Chico César.

Dias antes, o presidente Jair Bolsonaro usara o termo “paraíba” para se referir aos nordestinos, além de vetar recursos para o Maranhão. “Como nordestina, me dói, não gosto que falem mal de minha terra e das minhas pessoas. Um austríaco não vai gostar se falarem que o Tirol é uma merda”, diz. “O Brasil é um país. Se você o preside, preside o país inteiro. Mas eu tenho a maior honra de ser chamada de ‘paraíba’.”

Na última segunda, Bolsonaro disse que poderia contar ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, como o pai dele morrera em 1974. E, embora documentos provem que Fernando Santa Cruz desapareceu depois de ser preso por militares, o presidente afirmou que o assassinato foi cometido por militantes de esquerda.

“Eu tive irmão exilado [Caetano Veloso], amigos meus foram embora, alguns desapareceram. É difícil ouvir isso como uma coisa simples, como se não fosse nada. Muito duro. Fico preocupada. Estou preocupada”, afirma.

A preocupação vem de outros acontecimentos recentes, como a morte de um cacique waiãpi, no Amapá –cujo assassinato foi desacreditado por Bolsonaro–, e os conflitos em penitenciária no Pará, que resultaram em ao menos 58 detentos mortos, sendo 16 decapitados. “A crueldade está muito grande. É preciso jogar água fria. Não sei como fazer isso. Vou cantando, me expressando, reagindo. As coisas têm que acontecer. É isso ou morrer.” Ela volta a falar de coragem. “A vida exige coragem sempre. É preciso coragem para chegar a uma situação que traga alegria.” 

A expressão “claros breus” deriva do verso “eu e meus breus”, de “A Flor Encarnada”, inédita de Adriana Calcanhotto. A canção é de uma “desolação total”, nas palavras de Bethânia. “Mas é uma canção. Tem claridade porque é canção. A música clareia.”

Como sempre, há uma dramaturgia no repertório. O parceiro de roteiro já foi Fauzi Arap. Nos últimos tempos, vem sendo Bia Lessa. 

Depois de um início mais sombrio, vêm “De Todas as Maneiras”, de Chico Buarque, e um clima de boemia, com, por exemplo, “Sábado em Copabacana”, de Dorival Caymmi e Carlos Guinle, e “Gota de Sangue”, de Angela Ro Ro. “É um tipo de noite que tem a ver com o claro, não com o breu”, ressalta. “Quando cheguei ao Rio, nos anos 1960, a noite era pura luz. Era uma cidade luminosa. Hoje o Rio é escuro à noite.”

A temporada no Manouche serviu para matar saudade de quando cantava em boates, no Rio de Janeiro e em São Paulo, entre elas Cave, João Sebastião Bar e Blow-Up. No Credicard Hall, ela incluirá “Ronda”, de Paulo Vanzolini.

Mesmo com um palco grande, a ideia é fazer um show tão íntimo quanto possível, com cantora e banda atuando próximas. Os músicos são Jorge Helder, no contrabaixo, Carlinhos 7 Cordas, nos violões, Marcelo Galter, ao piano, Pretinho da Serrinha e Luisinho do Jêje, ambos nas percussões. A direção musical é do baiano Letieres Leite, da Orkestra Rumpilezz.

Faz sentido que “Luminosidade”, também inédita de Chico César, tenha sido um dos pontos de partida de “Claros Breus”. Outro foi “Sinhá”, de João Bosco e Chico Buarque, que a cantora exalta como “um acontecimento”. “Ela diz ‘choro em iorubá, mas oro por Jesus’. É um retrato de todos nós, brasileiros, inquietos, que precisamos de fé.”

O bloco que remete à escravidão e, também, a coragem e ao brilho de negros conhecidos e anônimos ainda tem o samba-enredo com que a Mangueira venceu o último Carnaval. Antes do fim do ano, Bethânia lançará um álbum em homenagem à verde-e-rosa.

Pode ser estranho ver Betânia cantando “Evidências”, sucesso do sertanejo pop, lançado há três décadas por Chitãozinho & Xororó. Ela repete assim o que fizera com “É o Amor”, em 2005, quando foi alvo de críticas.

“Acho que já me patrulhavam antes de eu nascer. É assim a vida. O que não pode é deixar de se fazer o que se quer. Nem eu de cantar nem os outros de patrulhar.”

De João Gilberto, morto no mês passado, Bethânia recorda as longas conversas por telefone, nas quais ele cantava para ela. “Acho que morreu como viveu. Foi um suspiro. É como ele cantava. Deitado, disse: ‘Acho que eu tive uma tontura’. E morreu.”

Depois de São Paulo, a cantora viaja para a cidade natal, Santo Amaro da Purificação, na Bahia, aonde diz ir sempre que pode. Em setembro faz shows em Portugal. Já teve um apartamento em Lisboa, mas se desfez. “Quero Santo Amaro, quero Brasil. Minha terra está precisando mais de mim do que eles.”

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‘O Rei Leão’ já é maior estreia do cinema na história

19 de julho de 2019, 16:49

Foto: Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Já em cartaz no Brasil, a nova versão de “O Rei Leão” chega aos cinemas americanos nesta sexta-feira (19) com uma arrecadação de US$ 94,5 milhões (mais de R$ 350 milhões). O longa já é sucesso na China e abre como o maior lançamento da história.

“O Rei Leão” estará em 4.725 salas ao redor do mundo. Um recorde, segundo a revista americana Mojo. Esse número supera a estreia de “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2” (2011), que abriu em pouco mais de 4.300 salas e rendeu US$ 169 milhões (mais de R$ 630 milhões) no primeiro fim de semana, e, ainda, outro título da Disney, o live-action “A Bela e a Fera” (2017), que abriu em 4.210 salas.

Já em cartaz na China, onde já rendeu US$ 54 milhões (mais de R$ 200 milhões), o filme também já estava em cartaz na França, Alemanha, Holanda, Austrália, Nova Zelândia e outros, como o Brasil, fazendo a arrecadação chegar aos US$ 94,5 milhões nesta quinta-feira (18).

Até o final deste fim de semana, todos os outros mercados já terão recebido o longa em seus cinemas. A expectativa é que a arrecadação só do primeiro fim de semana chegue próximo aos US$ 200 milhões (mais de R$ 750 milhões). 

ÁLBUM DE BEYONCE FOI DIVULGADO

Junto da estreia oficial, sai também o álbum que Beyoncé preparou em homenagem à animação.  “The Lion King: The Gift”. Além da já divulgada “Spirit”, o disco tem músicas inéditas com participações de Jay-Z, Kendrick Lamar, Pharrell Williams, Salatiel, Childish Gambino (Donald Glover), Wiz Kid e até Blue Ivy, a filha de 7 anos da cantora. 

Em entrevista ao programa Good Morning America, a cantora falou sobre o álbum: “Essa trilha sonora é uma carta de amor para a África. Quis ter a certeza de que encontramos os melhores talentos dali e não apenas usar uns sons, fazendo a minha interpretação deles. Nós meio que criamos o nosso próprio gênero”, afirmou a cantora.

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Produção de licores gera aumento de renda para agricultores familiares baianos no período junino

18 de junho de 2019, 12:42

Foto: Divulgação

A diversidade de sabores dos licores da agricultura familiar, produzidos na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, contribui para que o município seja destaque na produção de licor, a bebida mais tradicional dos festejos juninos no estado da Bahia. Aipim, capim santo, limão rosa, jaca, castanha de caju e carambola, estão entre os sabores exóticos produzidos pela Associação de Mulheres do Quilombo Tabuleiro da Vitória, que fazem sucesso nas mesas de dezenas de consumidores da Bahia.

Durante todo o ano, as associadas comercializam o licor e produzem a matéria-prima em suas propriedades. Mas é durante o período junino que as vendas crescem e geram lucro de cerca de 200% para os agricultores. Os licores possuem o Selo Quilombos do Brasil e o Selo da Agricultura Familiar, entregue durante a 9ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, maior evento da agricultura familiar do Brasil, que acontece em paralelo à Fenagro, pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

O Selo da Agricultura Familiar identifica os produtos deste segmento, que vem crescendo e se organizando para produzir mais e com mais qualidade. A certificação comprova que esses produtos contribuem para a promoção da sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental.

Para a presidente da associação, Maria das Graças Brito, conhecida como Maria de Totó, com o selo, a qualidade dos produtos é reconhecida e a venda de licor, nesse período, representa a esperança para as famílias que, principalmente, na época de chuva não conseguem mariscar e nem plantar nada em suas roças: “Os licores possibilitam às famílias sonharem e realizarem seus sonhos”.

Sonhos como o da agricultura Valdecy Gomes, que vê na comercialização de licores desse ano, a possibilidade de grandes mudanças na sua vida: “Moro em uma casa de taipa e com a produção do licor pretendo dar início à construção da minha casa”.

O Governo do Estado está realizando investimentos na associação para alavancar ainda mais a produção, por meio do Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR/SDR), com recursos do Banco Mundial. A associação foi contemplada com a distribuição de mudas frutíferas e de mandioca pelo edital Quilombolas Socioambiental. A ação está em fase de construção do plano de investimento e devem chegar à R$200 mil.
Os licores da Associação de Mulheres do Quilombo Tabuleiro da Vitória podem ser encontrados no Coisas da Fazenda, em Cosme de Farias, no Mercado Casa de Frutas, no IAPI, e na A Garagem, na Cardeal da Silva.

*Do Recôncavo ao sertão*

De maneira tradicional, gourmet, caseira ou artesanal, os licores produzidos por agricultores familiares baianos agradam o paladar do público e garantem o aumento da renda daqueles que vivem da produção rural do Recôncavo ao Sertão baiano.

No município de Capim Grosso, o licor é feito com um fruto da Caatinga pela Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes). O licor de licuri é apreciado em todas as épocas do ano. Em Salvador, o licor da Coopes pode ser encontrado na Rede Moinho, nas lojas Viva o Grão (Vitória) e Grão Vivo (Pituba).

As frutas da Caatinga, como umbu e maracujá do mato, também dão sabor a deliciosos licores. O azedo peculiar atribuído aos dois frutos, tem sido o diferencial na degustação da bebida produzida pela Cooperativa Agropecuária Familiar de Curaçá, Uauá e Canudos (Coopercuc), do município de Uauá, na região Norte do estado. Os licores da Coopercuc podem ser encontrados em Salvador, no Mercado do Rio Vermelho, Casa do Bolo e Prosa (Vila Laura), Machado Comércio de Especiarias (Pituba); Tarantino Gourmet (Nazaré); DTF Cereais (Brotas) e Rede Moinho (Corredor da Vitória).

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Preguiça baiana dá doutorado a uma paulista!!!

26 de novembro de 2018, 07:52

Por Girimias Dourado  –  

“Preguiça baiana” é faceta do racismo. A famosa “malemolência” ou preguiça baiana, na verdade, não passa de racismo, segundo concluiu uma tese de doutorado defendida na USP. A pesquisa que resultou nessa tese durou quatro anos.

A tese, defendida no início de setembro pela professora de antropologia Elisete Zanlorenzi, da PUC-Campinas, sustenta que o baiano é muitas vezes mais eficiente que o trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a visão de que o morador da Bahia vive em clima de “festa eterna”.

Pelo contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais trabalha. Como 51% da mão-de-obra da população atua no mercado informal, as festas são uma oportunidade de trabalho. “Quem se diverte é o turista”, diz a antropóloga.

O objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e se consolidou. Elisete concluiu, após quatro anos de pesquisas históricas,que a imagem da preguiça derivou do discurso discriminatório contra os negros e mestiços, que são cerca de 79% da população da Bahia.

O estudo mostra que a elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma coincidência. A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista.

A imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado, por meio da elite portuguesa, que consideravam os escravos indolentes e preguiçosos, devido às suas expressões faciais de desgosto e a lentidão na execução do serviço (como trabalhar bem-humorado em regime de escravidão????).

Depois, se espalhou de forma acentuada no Sul e Sudeste a partir das migrações da década de 40. Todos os que chegavam do Nordeste viraram baianos. Chamá-los de preguiçosos foi a forma de defesa encontrada para denegrir a imagem dos trabalhadores nordestinos (muito mais paraibanos do que propriamente baianos), taxando- os como desqualificados, estabelecendo fronteiras simbólicas entre dois mundos como forma de “proteção” dos seus empregos.

Elisete afirma que os próprios artistas da Bahia, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Gilberto Gil, têm responsabilidade na popularização da imagem. “Eles desenvolveram esse discurso para marcar um diferencial nas cidades industrializadas e urbanas. A preguiça, aí, aparece como uma especiaria que a Bahia oferece para o Brasil”, diz Elisete. Até Caetano se contradiz quando vende uma imagem e diz: “A fama não corresponde à realidade. Eu trabalho muito e vejo pessoas trabalhando na Bahia como em qualquer lugar do mundo”.

Segundo a tese, a preguiça foi apropriada por outro segmento: a indústria do turismo, que incorporou a imagem para vender uma idéia de lazer permanente “Só que Salvador é uma das principais capitais industriais do país, com um ritmo tão urbano quanto o das demais cidades.”

O maior pólo petroquímico do país está na Bahia, assim como o maior pólo industrial do norte e nordeste, crescendo de forma tão acelerada que, em cerca de 10 anos será o maior pólo industrial na américa latina.

Para tirar as conclusões acerca da origem do termo “preguiça baiana”, a antropóloga pesquisou em jornais de 1949 até 1985 e estudou o comportamento dos trabalhadores em empresas. O estudo comprovou que o calendário das festas não interfere no comparecimento ao trabalho. O feriado de carnavaal na Bahia coincide com o do resto do país. Os recessos de final de ano também.

A única diferença é no São João (dia 24 /06), que é feriado em todo o norte e nordeste (e não só na Bahia).

Em fevereiro (Carnaval), uma empresa, com sede no Pólo Petroquímico da Bahia, teve mais faltas na filial de São Paulo que na matriz baiana (sendo que o n° de funcionários na matriz é 50% maior do que na filial citada). Outro exemplo: a Xerox do Nordeste, que fica na Bahia, ganhou os dois prêmios de qualidade no trabalho dados pela Câmara Americana de Comércio (e foi a única do Brasil).

Pesquisas demonstram que é no Rio de Janeiro que existem mais dos chamados “desocupados” (pessoas em faixa etária superior a 21 anos que transitam por shoppings, praias, ambientes de lazer e principalmente bares de bairros durante os dias da semana entre 9 e 18h), considerando levantamento feito em todos os estados brasileiros. A Bahia aparece em 13° lugar.

Acredita-se hoje (e ainda por mais uns 5 a 7 anos) que a Bahia é o melhor lugar para investimento industrial e turístico da América Latina, devido a fatores como incentivos fiscais, recursos naturais e campo para o mercado ainda não saturado. O investimento industrial e turístico tem atraído muitos recursos para o estado e inflado a economia, sobretudo de Salvador, o que tem feito inflar também o mercado financeiro (bancos, financeiras e empresas prestadoras de serviços como escritórios de advocacia, empresas de auditoria, administradoras e lojas do terceiro setor).

Faça o favor de encaminhar este artigo ao maior número possível de pessoas. Para que, desta forma, possamos acabar com este estereótipo de que o baiano é preguiçoso. Muito pelo contrário, somos dinâmicos e criativos. A diferença consiste na alegria de viver, e por isso, sempre encontramos animação para sair, depois do expediente ou da aula, para nos divertir com os amigos.

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