CULTURA

Opinião: O cangaço tem de ser mais estudado!

17 de janeiro de 2021, 11:42

* Josias Gomes – 

Baiana, natural da brava Paulo Afonso

Ela nasceu Maria Gomes de Oliveira, ficou conhecida como Maria de Dea acréscimo que veio do nome de sua mãe, como é costume no nordeste. No entanto, depois de seu assassinato, passou a ser Maria Bonita. É verdade, só depois de sua morte é que ela recebeu esse nome. Incrível, não?

Se estivesse viva, Maria Bonita completaria hoje 111 anos. No mesmo dia do seu nascimento, 55 anos depois nos Estados Unidos, nascia Michelle Obama que veio a ser anos depois a primeira-dama norte-americana.

O cangaço já foi objeto de vários estudos sociológicos, históricos, mas ainda acho que o tema é objeto de interpretações de vários estudos pouco esclarecedores do momento em que ocorreu o fenômeno, onde a lei era o “olho por olho, dente por dente” vigente no nordeste. Não sei, mas ainda cabem estudos que dêem conta de forma mais profunda qual o mundo político nordestino da época e seus atores principais. O tema precisa ser socializado para entendermos, inclusive, os movimentos libertários que se seguiram na região, a exemplo das lutas campesinas.

Desde a adolescência, me interessei pelo tema, o primeiro livro que li sobre o cangaço foi Lampião, Cangaço e Nordeste de Aglae Lima de Oliveira, isso quando ainda estava no Ginásio Agrícola de Escada no início dos anos de 1970. O aprendizado adquirido no livro me valeu o direito de responder sobre Lampião num programa que a direção do Ginásio fazia semanalmente, imitando a rede Tupi, que tinha um programa onde o apresentador Jota Silvestre entrevistava uma pessoa sobre uma personalidade, até o mesmo cometesse um erro de resposta.

Aglae respondeu durante meses sobre Lampião, eu assisti a todos os programas. Depois continuei lendo muito sobre o tema, mas confesso que é necessário mais estudos.

Recentemente, o tema da mulher no cangaço tem sido objeto de estudos que valem a pena serem lidos, a maioria é biografias, mas contextualiza muito bem a presença das mulheres no cangaço.

Para conhecer e compreender a razão e o porquê de mulheres de ingressarem no cangaço, torna-se indispensável a leitura destas novas publicações.

No entanto, hoje é dia de relembrar a mais importante mulher cangaçeira, a rainha do cangaço. Foi casada com Zé de Neném, natural de Santa Brígida, – terra do meu companheiro Gordo de Raimundo- abandonou o marido pra se unir ao rei do cangaço. Alguém naquele mundo de meu Deus brigaria com o “homi” pela posse de Maria de Dea?

A história do Cangaço explica o mundo de opressões que vivia os nordestinos.
Lampião e o seu bando de valentes não foram meros assassinos. Foi um homem do seu tempo que não aceitou o assassinato do seu pai, nem a usurpação da pequena propriedade de terra. Lutou como um Dante, errou como qualquer um erraria naquelas condições opressoras.

É preciso entender as razões políticas e econômicas para se fazer justa análise das inúmeras atrocidades praticadas pelos cangaçeiros e seus perseguidores – as tropas oficiais- já documentadas e do conhecimento geral. É tanta riqueza histórica que precisamos nos debruçarmos pra entender a capacidade que o comandante Lampião exercia no Nordeste e fazia temer o poder Federal. Tanto que foi condecorado pelo estado como Capital Virgulino, o objetivo era jogar o cangaço contra a Coluna Prestes, fato que não ocorreu mas que serviu pra receber armamento moderno.

Também carecemos de mais explicações sobre o fato de Lampião ter uma série de coiteiros, dentre eles, governadores, latifundiários, policiais militares. Talvez essa conjuntura nos alertem para um fato: a revolução de 1930 com suas ambiguidades, mas que tenha vindo pra modernizar o país e em grande parte o fez. Apesar de manter a mesma estrutura social que bem poderia dar fim nesse país que era e continua sendo tão desigual. Getúlio se tornou um ditador que navegou na onda autoria dos anos Hitler/ Mussolini.

Igual aos dias atuais, onde somos mais uma vez, um país refém de uma onda antidemocrática patrocinada por um déspota que contou com apoio da direita e de grande parte da mídia.

E a essa altura, na há nordestino cabra da peste que não diga: ah, Lampião que faz falta!

Mesmo que a afirmação acima seja exagerada, é inegável que devemos beber da fonte de coragem de Lampião e Maria Bonita, usando os meios democráticos para subvertermos a opressão do desgoverno que consegue ser mais violenta do que os tempos do Cangaço!

*Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

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Há 125 anos, os irmãos Lumière faziam a primeira exibição de um filme

30 de dezembro de 2020, 10:40

Foto: Reprodução

Ofinal do ano de 1895 em Paris foi marcado por um evento que mudaria a história do mundo: no dia 28 de dezembro, no café mais badalado da Cidade Luz, os irmão Lumière organizaram a primeira exibição de um filme e apresentaram uma grande invenção: o cinematógrafo.

Para entender a história do cinema, temos primeiramente que pensar na fotografia. Nela é possível fixar a imagem em uma superfície: papel, metal ou vidro. E o que o cinematógrafo fez foi colocar uma série de imagens gravadas em movimento.

Tanto que a palavra cinema é a abreviação de cinematógrafo: cine que vem do grego movimento e ágrafo, que significa gravar.

O gerente da cinemateca do museu do amanhã, no rio de janeiro, Hernani Heffner lembra que a invenção é fruto de muita pesquisa.

O aparelho que mudou a história do mundo não foi comercializado pelos seus criadores, Auguste e Louis Lumière. Mas logo surgiram as réplicas. E uma curiosidade: um ano depois da exibição em paris, os irmão Lumière fizeram a primeira exibição de um filme no rio de janeiro, no dia 8 de julho de 1896, marcando assim a chegada do cinema no Brasil.

Com informações da Agência Brasil

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Reforma no MAM da Bahia gera críticas por ameaçar projeto de Lina Bo Bardi

20 de dezembro de 2020, 15:14

Foto: Reprodução

Sem comando próprio há um ano, quando a diretora Tereza Lino foi exonerada, o Museu de Arte Moderna da Bahia -o MAM-BA- está com obras em andamento para a reforma do restaurante e do atracadouro, previstas para serem concluídas em maio de 2021, conforme divulgado nas redes sociais do museu.

A nomeação da direção do MAM-BA é tarefa do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, o Ipac, responsável pelos museus estaduais, que informou que “o cargo será ocupado tão logo existam indicativos de segurança mínimos para abertura dos equipamentos”, acrescentando que vem construindo a articulação para nomeação.

De frente para a baía de Todos-os-Santos, em Salvador, o MAM-BA funciona no Solar do Unhão, imóvel tombado do século 17. O restauro, inaugurado em 1963, foi um projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi.

Para Francesco Perrotta-Bosch, autor de biografia de Lina Bo Bardi que será lançada no ano que vem, as reformas que estão sendo feitas no MAM-BA descaracterizam a obra da arquiteta italiana.

Além da descaracterização física, a grande descaracterização é com relação à ideia de museu e de instituição que Lina Bo Bardi tinha para o Solar do Unhão”, diz. “Ela tinha um projeto cultural, mas ao mesmo tempo econômico, arquitetônico e de design extremamente singular, impressionante para aquele espaço, e ele vai totalmente contra a cultura do turismo e dos espetáculos.”

Esta etapa das obras do MAM-BA faz parte do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo. Segundo a Secretaria de Turismo da Bahia, as embarcações só poderão parar no novo atracadouro no embarque e desembarque no restaurante, que terá capacidade para 200 pessoas.

“Existia um píer de madeira, leve, mas o que está sendo feito é outra coisa, muito mais agressiva”, diz Nivaldo Andrade, ex-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil.

Ele afirma que intervenções anteriores também descaracterizaram o restauro original. “Lina pensou num espaço aberto para a Baía de Todos-os-Santos. Quando climatizaram, fecharam tudo.”

O Ipac informa, por meio de sua coordenação de comunicação, que até agora não recebeu críticas às abordagens de restauração que ocorrem no museu, ressaltando que todas as obras de reforma foram anunciadas desde o ano passado e trazem projeto analisado e aprovado pelo Iphan.

O MAM-BA tem obras de artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Cândido Portinari e Pierre Verger. No início de dezembro, o governador Rui Costa anunciou que o acervo do cineasta Glauber Rocha será instalado ali.

Fechado por causa da pandemia, o museu recebe cerca de 200 mil visitantes por ano.

  • Fonte: Folhapress 
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Cinemas poderão reabrir em Salvador a partir de segunda

12 de setembro de 2020, 08:08

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Os cinemas, teatros e centros de eventos de Salvador poderão reabrir a partir da próxima segunda-feira (14/10), indicou o prefeito ACM Neto (DEM).

Ao falar com a imprensa sobre a reabertura nesta sexta, o prefeito afirmou que os cinemas deverão seguir um protocolo de medidas de prevenção definido pelo setor, e terão o horário de funcionamento de segunda a domingo, das 12h às 23h. A venda de ingressos deverá ser feita, preferencialmente, por meio digital.

“Os resultados de Salvador no combate ao novo coronavírus têm sido excelentes nesses seis meses de medidas contra a doença. Quando anunciamos a reabertura de alguma atividade é porque temos plena convicção de que isso pode acontecer com segurança”, afirmou ACM Neto.

Em uma das medidas de prevenção definidas, ingressos para poltronas adjacentes só poderão ser compradas pelo mesmo cliente — e, mesmo assim, apenas dois assentos. Para clientes diferentes, um distanciamento mínimo de duas poltronas será exigido.

Além disso, haverá medição de temperatura dos espectadores na entrada e o uso de máscaras será obrigatório.

As mesmas regras básicas servirão para os teatros, locais de shows e eventos.

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Caetano: Pessoas estão “prestes a perder a liberdade” democrática no Brasil

09 de setembro de 2020, 16:13

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Ocantor Caetano Veloso disse hoje que as pessoas estão “prestes a perder as liberdades” democráticas no Brasil, numa videoconferência sobre o Festival de Veneza, onde foi exibido um documentário sobre a sua prisão durante a ditadura militar.

“Por trás da aparência de uma democracia, há no Brasil uma ameaça mais sutil, menos clara. Há uma estrutura autoritária, quase uma doença (…) que corrompe os princípios democráticos, impede a circulação de ideias e a afirmação de direitos”, afirmou o cantor.

Veloso, de 78 anos, não pôde fazer a viagem até a cidade italiana de Veneza devido às restrições ligadas à crise sanitária da pandemia de covid-19, mas o documentário “Narciso em Férias”, sobre parte de sua vida, foi apresentado no evento fora do circuito de competição.

No filme, Caetano faz uma retrospectiva da sua permanência na prisão, por 54 dias, durante o período da ditadura militar (1964-1985). O filme mostra traz um testemunho íntimo e comovente do cantor sobre os dias em que esteve preso, no ano de 1968, por ordem de agentes da ditadura.

“A situação é diferente da de 1968, mas a forma de gerir a coisa pública no meu país não corresponde ao menos a de uma democracia”, frisou o cantor, referindo-se ao Governo liderado pelo Presidente Jair Bolsonaro, cujo nome ele se recusou a mencionar.

“Na época havia uma ditadura explícita, hoje estamos prestes a perder as liberdades democráticas”, acrescentou o cantor, ícone de toda uma geração que lutou contra o regime militar autoritário, que tem sido exaltado pelo atual presidente.

No filme, que não inclui outras entrevistas, Caetano relê um interrogatório contra ele realizado pela polícia, que foi recentemente encontrado, no qual ele é acusado de “terrorismo cultural” por ter mudado a letra do hino nacional.

“Foi muito comovente. Não fazia ideia da sua existência. Este documento reapareceu antes das filmagens do filme graças à investigação de uma comissão para a verdade”, especificou.

“Lembre-se, foi uma catarse para mim. Saí de casa pensando em gravar uma entrevista e, em vez disso, me vi 50 anos atrás, com uma história que guardei para mim por tanto tempo, e que me emocionou muito”, concluiu.

O 77.º Festival de Cinema de Veneza começou no último dia 02 e termina no próximo sábado.

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Governo corta ao menos R$ 36 milhões de cinco órgãos ligados à Cultura

02 de setembro de 2020, 07:13

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O Ministério da Economia bloqueou ao menos R$ 36 milhões de cinco órgãos da Cultura. Para pessoas ligadas a área cultural, isso pode inviabilizar a realização de diversos projetos.

Segundo a planilha que a Folha teve acesso a Funarte (Fundação Nacional de Artes) teve o maior bloqueio de R$ 13,5 milhões. Em seguida está a Fundação Biblioteca Nacional com R$ 11,7 milhões.

O Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) teve R$ 10, 4 milhões bloqueados. Já o quantitativo da Fundação Cultura Palmares foi de R$ 1,2 milhão. A Fundação Casa de Rui Barbosa teve R$ 122,8 mil bloqueados.

Servidores da Funarte afirmam que o bloqueio é ainda maior que o divulgado na planilha, sendo de R$ 14,7 milhões. Para eles, esse bloqueio irá comprometer todo o planejamento da instituição e inviabilizar projetos, como a Bolsa Funarte de Estímulo à Conservação Fotográfica Solange Zúñiga.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), vice-presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, informou que está realizando um pedido com esclarecimentos sobre o assunto para a Secretaria Especial de Cultura.

A parlamentar informou que não houve publicação de nenhum decreto ou portaria para realizar o bloqueio, o dinheiro, que já estava na conta, sumiu.

“Para esses institutos essas quantias inviabilizam o funcionamento dos órgãos. Como este ano não há nenhuma justificativa fiscal para esse bloqueio, ele não pode ser repassado para outras áreas”, disse.

Para Sérgio de Andrade Pinto, presidente da Asminc (Associação de Servidores do Ministério da Cultura), informou que esse bloqueio poderá prejudicar o setor.

“A área da cultura já tem sido muito prejudicada pelo reducionismo da sua estrutura. A evasão de recursos irá piorar esse quadro”.

Por conta desse bloqueio, a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados protocolou um requerimento para que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, possa prestar esclarecimentos ao Plenário da Câmara sobre o corte em recursos para a área da Cultura.

“O Governo Bolsonaro, desde o seu início, tem sucateado a área cultural de forma progressiva e severa. Exemplo dessa ação deletéria, agressiva, são a extinção do Ministério da Cultura, o enxugamento extremo de recursos, a prática de censura explícita a eventos culturais, a redução de cultura a turismo e a nomeação, para cargos de relevo, de pessoas sem o devido preparo, em discordância com as premissas de defesa da cultura no Brasil”, disse no documento.

O Ministério da Economia ao ser procurado afirmou que não irá comentar o assunto. O Ministério do Turismo também foi procurado, mas até a conclusão desta reportagem ainda não havia dado retorno.As assessorias da Fundação Biblioteca Nacional, Fundação Cultura Palmares, Fundação Nacional de Artes e Instituto Brasileiro de Museus também não responderam até a publicação da matéria.

Folhapress 

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Trabalhadores da Cultura terão renda emergencial; acesso ao benefício exige cadastro

25 de agosto de 2020, 09:31

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O Cadastro Estadual dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, lançado em 14 de julho pelo Governo da Bahia, através das secretarias estaduais de Cultura (Secult) e do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), permanece aberto através de plataforma online. Além de traçar um panorama dos profissionais dos segmentos culturais nos 27 territórios de identidade baianos, fornecendo informações para a elaboração de políticas públicas no campo cultural, o cadastro servirá de base para o acesso ao auxílio emergencial da Lei Aldir Blanc.

Para realizar a inscrição basta acessar o site www.cultura.ba.gov.br e clicar no banner do cadastro. Ao final do cadastramento, é possível solicitar o envio da cópia das respostas submetidas no formulário. Apenas se faz necessário selecionar a opção indicada na tela final do cadastramento para receber a cópia do formulário preenchido. Em caso de dúvidas, entrar em contato através do endereço cadastrotrabalhador@cultura.ba.gov.br, informando nome completo, CPF e e-mail para verificação.

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia informa que com a regulamentação da Lei Aldir Blac em, 17 de agosto de 2020, estão disponibilizados recursos na ordem de R$ 110 milhões para o estado da Bahia. Com base na regulamentação 80% desse recurso será destinado ao auxílio da renda emergencial e 20% para a realização de editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural.

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Filme mais antigo do mundo já está disponível no Youtube

24 de agosto de 2020, 08:41

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Ofilme mais antigo do mundo, ‘Roundhay Garden Scene’, realizado por Louis Le Prince, em 1888, foi reconvertido numa longa metragem de alta resolução e compartilhado, posteriormente, no Youtube.

“Em 1888, quando o Brasil assinava a Lei Áurea, a Torre Eiffel era construída e o ‘serial killer’ Jack, o Estripador estava à solta nas ruas de Londres, o inventor francês Louis Le Prince gravava num jardim o ‘Roundhay Garden Scene’, que é considerado o filme mais antigo da história. Mal imaginava que, 132 anos depois, o seu vídeo, de 20 frames seria convertido num vídeo com 250 frames e, ainda por cima, em alta resolução”, constata a publicação Galileu.

O autor deste feito é o polaco Denis Shiryaev, um apaixonado por inteligência artificial. Quando pegou no projeto, o jovem tinha apenas uma única imagem, com os 20 frames de ‘Roundhay Garden Scene’, que fazem parte de uma coleção do Museu da Ciência de Londres, no Reino Unido.

Conta a revista, que Denis separou cada um dos frames em diferentes fotos, alinhando-os com a ajuda de algoritmos e corrigindo a luminosidade de cada um deles.

Depois, adicionou um pouco de cor e usou uma rede neural artificial para criar novos frames, o que deu ao vídeo movimentos mais fluidos.

Para deixar o filma ainda mais moderno, o polaco ainda colocou som ambiente de um jardim e colocou os rostos das pessoas mais nítidos.

O processo, assim como o vídeo, estão disponíveis para visualizar no canal de Denis no Youtube. No mesmo canal, o polaco reúne outras reconversões de filmes antigos.

Denis Shiryaev é diretor de produto de uma empresa especializada neste tipo de trabalhos, a Neural.love.

Já Louis Le Prince é considerado um dos pioneiros do cinema. Além do ‘Roundhay Garden Scene’, o francês também filmou ‘Traffic Crossing Leeds Bridge’, ‘Accordion Player’ e ‘Man Walking Around A Corner’ e tudo com uma câmara de lente única e filme de papel.

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Artista baiano é primeiro brasileiro a ganhar bolsa do bilionário Soros

15 de julho de 2020, 08:22

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A Open Society Foundations, organização filantrópica criada pelo bilionário americano George Soros, anunciou nesta terça (14) que um dos dez recipientes da sua bolsa de artes é, pela primeira vez, um brasileiro, o artista baiano Tiago Sant’Ana.

Além dele, foram escolhidos artistas, curadores, produtores culturais e pesquisadores dos países Botswana, Jamaica, Nigéria, Palestina, Síria e Estados Unidos. Cada um deles recebe US$ 80 mil, ou cerca de R$ 430 mil, para investigar projetos sobre diáspora e migração a serem desenvolvidos em um ano e meio.

Este é o terceiro ano da bolsa, que já financiou projetos de artistas como a guatemalteca Regina José Galindo, a marroquina Bouchra Khalili e o congolês Faustin Linyekula.

No programa, Sant’Anna pretende dar continuação às obras que ele vem desenvolvendo há três anos em engenhos de açúcar abandonados do Recôncavo Baiano. Neles, ele usa açúcar e o próprio corpo para apontar tensões raciais e refletir sobre como elas ainda se perpetuam.Agora, afirma o artista, nascido naquela região, ele pretende visitar ao menos uma dezena de outros engenhos naquele território e realizar novas performances e objetos com base neles. Além disso, seu plano prevê a interação com comunidades vizinhas aos engenhos e uma publicação.

O projeto culminará numa grande exposição individual em Salvador no ano que vem, a maior de Sant’Ana até agora – ele já apresentou solos no no Museu de Arte da Bahia, em Salvador, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e no Senac Lapa Scipião, em São Paulo.Outros projetos contemplados pela bolsa incluem uma colaboração entre atores e ativistas para documentar uma história alternativa das imigrações na Síria e esculturas sustentáveis num local histórico de resistência da Jamaica hoje ameaçado por políticas ambientais destrutivas.

Em nota, a diretora do programa de arte e cultura da Open Society, Rashida Bumbray, afirmou que o coronavírus, responsável por atrasar o calendário do programa e o anúncio dos bolsistas, tornou ainda mais relevantes as obras dos selecionados.”A pandemia de Covid-19 e a percepção global das injustiças sistêmicas que ela acarretou chama atenção para as mesmas desigualdades sociais que as comunidades marginalizadas enfrentaram por gerações”, ela afirmou, segundo o texto.

“É por isso que o trabalho dos nossos bolsistas é tão urgente, uma vez que eles trabalham na linha de frente da cultura para desenvolver suas próprias narrativas e inspirar diálogos coletivos.”

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Funcionários da Cinemateca fazem vaquinha para receber salários atrasados

05 de junho de 2020, 10:59

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Os funcionários da Cinemateca Brasileira lançaram nesta quinta-feira, 4, uma vaquinha virtual com o objetivo de arrecadar 200.000 reais para o pagamento dos salários atrasados de 62 funcionários da instituição. Neste primeiro dia de campanha, eles arrecadaram um pouco mais de 1% da meta, 2.490 reais. Desde que o governo de Jair Bolsonaro rompeu no final do ano passado o acordo com a Associação de Comunicação Educativa Roquete Pintto (Acerp), entidade responsável pela gestão administrativa da instituição, a Cinemateca não recebe os repasses federais.

O governo estuda desde a semana passada o destino da Cinemateca Brasileira e deverá anunciar uma decisão definitiva até o final desta semana. O possível resultado, no entanto, não é nem um pouco animador. A instituição deverá fechar as portas até o final de 2020, quando deixará de ser administrada pela Acerp para voltar a abrir as portas reestatizada.

No texto publicado no pedido de vaquinha, os funcionários criticam também a administração da Acerp. “O caos instaurado na vida dos trabalhadores também é resultado da gestão sem transparência da Acerp. A entidade nunca foi clara a respeito de sua situação financeira, tampouco esclarece seus funcionários sobre a renegociação de um novo contrato, conquistas por melhores repasses ou busca por outras soluções de continuidade.”

Vale lembrar que além dos salários, também estão atrasadas as contas de luz da instituição. Um eventual corte elétrico afetaria a climatização das salas onde estão arquivados os tesouros de seu acervo histórico. Sem refrigeração, os filmes em acetato ficariam expostos e poderiam se deteriorar, já que este material estraga com variações de temperatura. Além do risco de incêndio.

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Boas Festas!

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