O discurso de medo na sessão do Senado que aprovou a abolição

20 de novembro de 2019, 11:52

A assinatura da Lei Áurea no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, é acompanhada por uma multidão, em 13 de maio de 1888. (Foto: COLEÇÃO GILBERTO FERREZ (ANTONIO LUIZ FERREIRA/ ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES))

Aprovação da Lei Áurea em 13 de maio de 1888 contou com discurso de senadores que evocavam o medo de uma revolta negra e de uma reforma agrária no país.   “De um traço de pena se legisla que não existe mais tal propriedade [o escravo] (...) enfim senhores, decreta-se que neste país não há propriedade, que tudo pode ser destruído por meio de uma lei, sem atenção nem a direitos adquiridos, nem a inconvenientes futuros!”. Com estas palavras inflamadas João Mauricio Wanderley, o Barão de Cotegipe, líder da bancada escravagista no Senado, criticou a Lei Áurea em 12 de maio de 1888, às vésperas de sua aprovação. O parlamentar baiano aproveitou a sessão que discutia a abolição para lançar mão de um discurso de medo, associando a libertação dos escravos a uma temida reforma agrária. “Sabeis quais as consequências? Não é segredo: daqui a pouco se pedirá a divisão das terras, do que há exemplo em diversas nações, desses latifúndios, seja de graça ou por preço mínimo, e o Estado poderá decretar a expropriação sem indenização!”. A sessão do Senado que aprovou a Lei Áurea.ARQUIVO SENADO À época a causa abolicionista contava com grande apoio em diversos setores urbanos da sociedade — inclusive por parte da princesa Isabel de Orleans e Bragança, responsável pela sanção final da Lei e que ocupava o trono durante a ausência do imperador dom Pedro II. Isso não impediu que um grupo de parlamentares ligados ao agronegócio sustentado pela mão de obra escrava tentasse barrar o texto: seis senadores, dentre eles Cotegipe, e nove deputados foram voto vencido na questão em 1888, de acordo com os arquivos do Senado. As transcrições das sessões constam nos arquivos da Casa, e podem ser acessados livremente. À época o Senado contava com 71 integrantes (10 a menos do que a composição atual), que se dividiam entre o partido liberal e o conservador. Todos eram escolhidos pelo Imperador à partir de uma lista tríplice enviada pelas províncias. A tramitação da Lei Áurea foi breve, sendo finalizada nas duas casas em cinco dias – incluindo sábado e domingo, dias nos quais o parlamento se encontra às moscas em 2019.  O Barão de Cotegipe traçou na tribuna do Senado um quadro de grave crise social e econômica caso a Lei fosse aprovada. “Tenho conhecimento das circunstâncias da nossa lavoura, especialmente das províncias de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, e afianço que a crise será medonha. A verdade é que há de haver uma perturbação enorme na paz durante muitos anos”, disse. Durante a sessão que antecedeu a aprovação da abolição da escravidão, Cotegipe leu um panfleto que supostamente estava sendo distribuído por liberais no campo e na cidade: “Os ventos nos trazem as ideias vivificadoras da nossa reabilitação; a liberdade religiosa; a regularização da legislação em todos os seus ramos; a difusão de ensino; a universalidade do voto; a desenfeudalização da propriedade [o fim do latifúndio]”. Após a leitura deste trecho, o barão concluiu, em tom sombrio “eis aqui, senhores, o que nos espera. Preparemo-nos para esses novos combates”. O desprezo de Cotegipe para com os escravos e sua iminente liberdade fica claro durante a sessão. Em dado momento, o senador Candido de Oliveira o interrompe durante a sessão para corrigir o termo usado pelo barão. “Não há mais libertos [ex-escravos, termo usado pelo Barão], são cidadãos brasileiros”, diz o abolicionista ao colega. Em meio a risos, Cotegipe responde: “São libertos; mas direi, se quiser, até que são ingleses”. Os senadores brasileiros não estavam alheios ao que ocorria nas demais colônias onde a escravidão havia sido abolida. O parlamentar pernambucano João Alfredo Correia Oliveira, proprietário de terras, evocou a situação dos Estados Unidos. “Podem ser muito sedutoras as glórias de Lincoln [ex-presidente dos EUA que assinou a Proclamação de Emancipação dos Escravos] e seu partido, inundando de sangue o solo da pátria [a decisão de Lincoln levou à Guerra Civil no país], acumulando ruínas, destruindo brusca e violentamente a propriedade servil, de que o Estado tinha maior culpa que os particulares”. Além do conflito que se desenrolou nos EUA, o senador temia que se repetisse aqui o que houve por lá, onde em algumas ocasiões o Governo “não admitiu indenização [aos ex-senhores de escravos], nem permitiu entre os antigos senhores e os libertos nenhuma condição de serviços temporários, e até confiscando as demais propriedades daqueles”. No Brasil não foram pagas indenizações aos ex-donos de escravos – e nem aos ex-escravos, como defendia a ala mais progressista do Senado. Por fim, Oliveira conclui: “Senhores, muito infeliz foi o Brasil, herdando esta instituição; porém, mais infeliz será se a sua extinção não for conseguida mediante sabias cautelas e previsões, de modo que não acarrete graves perturbações”. Alguns parlamentares defensores da escravidão tentaram dar um verniz humanista ao seu posicionamento conservador. “A proposta que se vai votar é inconstitucional, antieconômica e desumana”, afirmou o senador Paulino de Souza, em 12 de maio. Para Souza, ele mesmo um proprietário rural, a Lei Áurea era desumana “porque deixa expostos à miséria e à morte os inválidos, os enfermos, os velhos, os órfãos e crianças abandonadas da raça que quer proteger”, que uma vez libertos não contariam mais com a proteção do seu senhor. O senador lança mão de uma comparação com a Revolução Francesa, que pôs fim à monarquia no país europeu, e aproveita para alfinetar seus colegas conservadores que apoiam a Lei: “Esse governo revolucionário [da França] não se animou a praticar o que em plena tranquilidade e em uma época regular, vai-se em poucas horas, praticar no Brasil, não sob a direção, mas com a cumplicidade de homens políticos que se dizem conservadores”. De acordo com Souza, “o Governo regular do Brasil que, em contraposição àquele Governo revolucionário, faz decretar, de um dia para outro, a abolição imediata, pura e simples, sem uma garantia para os proprietários, espoliando-os da propriedade legal”. Alguns deputados abolicionistas cometeram erros ao traçar um panorama do que viria com o fim do regime escravocrata no Brasil. Manoel Francisco Correia, do Paraná, tentou prever o que aconteceria após a abolição. Suas palavras, vistas à luz da situação de discriminação, racismo e violência que o negro ainda sofre no Brasil do século XXI, não poderiam soar mais equivocadas: “A escravidão será em poucos anos apenas uma sombra no passado, sem perturbar com desastres e ruínas as alegrias do futuro”.

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20 de novembro, Dia da Consciência Negra

20 de novembro de 2019, 11:14

UMA HOMENAGEM DO NOTÍCIA LIMPA - INFORMAÇÃO DE VERDADE!

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Yamana recebe premiação em SP

20 de novembro de 2019, 11:07

Isadora Cerqueira e Cassiana Queiroz, analista de comunidades e assistente de comunidades, respectivamente (Foto: Yamana Gold)

A Yamana Gold foi premiada no 13º Encontro anual do programa Na Mão Certa, promovido pela Childhood Brasil que aconteceu ontem, 18 de novembro, em São Paulo.   Além de receber reconhecimento por ser signatária da iniciativa, a companhia foi considerada referência por conta do trabalho de combate à exploração sexual infantil que está realizando no município de Jacobina, na Bahia.   Ao longo do ano de 2019, a Yamana realizou diversas atividades com colaboradores, fornecedores e população de Jacobina e região sobre o tema "Violência sexual contra crianças e adolescentes ", entre elas blitz, palestras, cinema e rodas de conversa. Essas iniciativas reforçam o compromisso, assumido em sua Estratégia de Sustentabilidade, de contribuir para o desenvolvimento dos municípios onde está presente.   Isadora Cerqueira e Cassiana Queiroz, analista de comunidadese assistente de comunidades, respectivamente   Para Isadora Cerqueira, Analista de Comunidades da Yamana, a empresa investe no que acredita. "A Yamana acredita nessa causa e por isso investe em conscientização e capacitação de redes de proteção, que envolvem desde seus colaboradores, a fornecedores e líderes de associações comunitárias para que juntos possam proteger a crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade".  Ascom/Yamana Gold

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Grupo hoteleiro português cancela construção de resort em área reivindicada por tribo na Bahia

19 de novembro de 2019, 15:11

Indígenas das etnias pataxó e tupinambá protestam em frente ao STF, em Brasília 16/10/2019 (Foto: Reuters)

Uma tribo indígena que vem lutando há 15 anos para preservar terras de onde retira sua alimentação conseguiu uma vitória, na segunda-feira, quando a pressão pública fez com que o grupo hoteleiro português Vila Galé cancelasse os planos de construir um resort de luxo no litoral da Bahia. Com uma população de 4.631 indígenas, a tribo Tupinambá de Olivença luta desde 2003 para que sua terra seja declarada como reserva. A Fundação Nacional do Índio (Funai) aprovou o pedido em 2009, e a Justiça decidiu unanimemente em favor aos tupinambás em 2016. No entanto, a tribo ainda precisa da assinatura final do Ministério da Justiça e do presidente Jair Bolsonaro para que o status de proteção do território se torne oficial. Apesar dos múltiplos pedidos, nada foi feito desde 2016. Na semana passada, o Conselho Nacional de Direitos Humanos demandou que o governo Bolsonaro acelere a demarcação final da terra Tupinambá, localizada na Mata Atlântica no sul da Bahia. O presidente ainda não manifestou qualquer decisão sobre o caso específico, mas declarou em diversas ocasiões que não pretende conceder mais territórios para grupos indígenas, alegando que há "muita terra para poucos indígenas". O Vila Galé informou que um empresário local ofereceu-lhe o terreno em 2018. Representantes dos governos municipal e estadual aprovaram o projeto, assim como o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). O grupo hoteleiro anunciou o projeto em seu site, indicando que a inauguração estava prevista para 2021. O CEO da companhia, Jorge Rebelo de Almeida, insistentemente negou a existência de qualquer presença indígena no local em questão, uma alegação reiterada por um comunicado divulgado à imprensa portuguesa na segunda-feira. "No local e em um raio de muitos quilômetros, não havia nem há qualquer tipo de ocupação/utilização, nem sinais de qualquer atividade extrativista por parte de quem quer que seja. Não existe qualquer reserva indígena decretada para esta área, nem previsão de a vir a ser", afirmou o comunicado. A pressão sobre o segundo maior grupo hoteleiro de Portugal cresceu após um documento divulgado pelo The Intercept em 27 de outubro, no qual a Embratur manifestava "interesse no encerramento do processo de demarcação de terras indígenas" da tribo Tupinambá de Olivença na área de construção do hotel, que traria 200 milhões de reais e geraria cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos. Em resposta ao documento e às pressões políticas, públicas e da imprensa portuguesa, a companhia insistiu que aguardaria até a decisão final do Ministério da Justiça e de Bolsonaro. No comunicado de segunda-feira, entretanto, a companhia informou que abandonaria o projeto por não querer que seu hotel siga em frente "com a iminência de um 'clima de guerra'", que classifica como "injusto" e "sem fundamento". De acordo com a Constituição brasileira, que garante o direito indígena sobre as terras ancestrais, e um decreto presidencial de 1996, qualquer construção em território já demarcado pela Funai pode ser confiscada sem compensação. "Este projeto de hotel é totalmente ilegal. O direito dos índios à terra independe da sua demarcação", disse Juliana Batista, advogada do Instituto Socioambiental, uma organização não governamental que defende os direitos indígenas. Ela acrescentou que autoridades locais seguiram adiante e licenciaram o projeto do hotel sem envolver agências federais.

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Jacobina Arte comemora aniversário de fundação com eventos na Grécia

19 de novembro de 2019, 13:59

(Foto: Reprodução/Jacobina Arte)

A famosa, histórica e principal cidade da região grega da Maceônica, Thessaloniki (ou Tessalônica), recebeu no início do mês de novembro (8,9 e 10), capoeiristas de diversas partes do mundo para comemorar o 19º aniversário do Grupo de Capoeira Jacobina Arte; agremiação fundada pelo jacobinense Marcos Paulo Almeida Brandão, o mestre Pitbull, que reside atualmente na Grécia. Construída no séc. XVI, a Torre Branca  foi adotada como símbolo de Thessaloniki O evento que foi realizado no Centro Cultural de Thessaloniki reuniu alunos, contramestres e mestres de capoeira que atuam na Europa e no Brasil. Foram três dias de festa e muita roda de capoeira para marcar uma importante data para o esporte e cultura Brasileira e Mundial, proporcionado por um perseverante jacobinense que acreditou e conseguiu realizar a façanha de disseminar uma das principais e positivas heranças dos escravos africanos para países do Ocidente e do Oriente, levando sempre o nome da sua cidade natal, a qual é homenageada com o nome do grupo.   Mestre Pitbull “Sinto-me uma pessoa realizada, por fazer o que gosto e por está contribuindo em apresentar este esporte que na verdade é uma arte cultural. Nestes 19 anos de fundação, o Jacobina Arte só tem a agradecer a todos que nos acompanham e que acreditam em nosso trabalho. Obrigado aos amigos, alunos e professores. Vamos comemorar que a festa é nossa; a festa é de quem pratica e apóia a capoeira”, comemora mestre Pitbull, finalizando com a afirmação: “mais do que um esporte, a capoeira é uma forma de expressão cultural que reúne história, tradição e muitos benefícios para saúde”. A bandeira de Jacobina é presença marcante nos eventos O contramestre Torneiro foi o responsável pela organização das comemorações deste ano, que contou ainda com as presenças dos seus parceiros, mestre Parafuso (França), mestre Ligeirinho, Formado Urso, os professores Falcão, Malandro, Corpo Fechado e os contramestres Torneiro, Gavião e Montanha (Grécia),contramestre Santo (Turquia), contramestre Abadá (Croácia), graduado Furacão (Áustria). O também jacobinense, contramestre Drácula que atua em Jacobina foi um dos convidados. Já o professor mestre Lourival, primeiro instrutor de Pitbull, foi um dos homenageados. Encontro dos mestres Lourival e Pitbull CAPOEIRA - Presente na cultura brasileira desde o tempo dos escravos, a capoeira é mais do que um esporte, é um miste de luta, arte, dança, ritmos e música, em uma roda cheia de gingado ao som do berimbau. Espalhada pelo Brasil, inicialmente a fim de trazer proteção, a capoeira também pode proporcionar benefícios não só para a mente.  

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PF deflagra operação para investigar venda de sentenças judiciais na Bahia

19 de novembro de 2019, 09:20

(Foto: Nacho Doce/Reuters)

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira, 19, uma operação para investigar um esquema criminoso de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores gdo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 40 mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Barreiras, Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia, na Bahia, e em Brasília. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o objetivo de desarticular o esquema criminoso. Também estão sendo cumpridas determinações de afastamento de quatro desembargadores e de dois juízes de suas funções. A operação, batizada de “Faroeste”, apura crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência. Mais de 200 policiais federais, acompanhados por Procurados da República, participam da operação e cumprem os mandados em gabinetes, fóruns, escritórios de advocacia, empresas e nas residências dos investigados. Procurado, o TJ-BA ainda não se manifestou.

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TJ-BA nega recurso do Estado e mantém linhas de ônibus com São Luiz e Falcão Real

19 de novembro de 2019, 07:26

(Foto: Reprodução)

O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gesilvaldo Britto, negou recurso ao Estado e manteve a liminar que dá direito às empresas São Luiz e Falcão Real de operarem linhas de ônibus. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (18). Gesivaldo Britto não considerou os argumentos do Estado. Segundo a Agerba [agência estadual que regula transportes], os contratos foram rompidos pelo vencimento da concessão, e não por descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) como havia sido manifestado pelas empresas. São Luiz e Falcão Real chegaram a dizer que o rompimento teria sido causado também por perseguição do ex-diretor executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, que seria contrário às companhias.  A ordem do presidente do TJ-BA também deixa suspensa a licitação que escolheria a nova companhia para operar as 36 linhas de ônibus sob responsabilidade das companhias. Entre os itinerários oferecidos constavam Salvador x Juazeiro [via Capim Grosso], Senhor do Bonfim x Ponto Novo, Feira de Santana x Juazeiro, Juazeiro x Miguel Calmon [via Capim Grosso], Jacobina x Itaberaba e Jacobina x Amargosa [via Milagres]. A licitação estava marcada para o dia 3 de setembro, mas uma liminar obtida pelas empresas derrubou a abertura da concorrência. Ao pedir a suspensão da liminar, a Agerba defendeu que a decisão gerava insegurança jurídica já que, para que não haja interrupção na prestação do serviço público, seria obrigada a deflagrar procedimento simplificado para contratação por dispensa emergencial de licitação. O texto aponta ainda que a decisão "põe em risco e ordem e segurança públicas, pois impede a realização de importante licitação para concessão de serviços de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros no Estado da Bahia, mantendo a precariedade da prestação do serviço por empresas que não tem contrato vigente e cometem irregularidades na prestação do serviço, pondo em risco a segurança de passageiros, motoristas, transeuntes e todos aqueles que estejam expostos aos perigos criados pela má prestação do serviço".   Porém, Gesivaldo considerou que, como o juízo de primeiro grau determinou a continuidade da operação do serviço pelas requeridas, que são concessionárias/ permissionárias do serviço público "há relevante lapso temporal", não existiria o risco de interrupção na prestação do serviço ou prejuízo à população. Também apontou que não havia risco às finanças públicas, já que o referido procedimento licitatório ainda se encontra em fase inicial e, por causa da liminar, não houve sequer a Sessão de Abertura.   Apesar de conceder a liminar, o juízo da 6ª Vara da Fazenda Pública havia apontado que a Agerba deveria realizar, no prazo de 90 dias, "a vistoria de todos os veículos da parte Autora, elaborando relatório detalhado, com a finalidade deste Magistrado avaliar a realidade do estado de conservação da frota". "Ainda, mantendo in totum o poder de polícia e fiscalizatório da Ré, se na vistoria for constatado que há veículo sem condições seguras de rodagem, a partir de prévios critérios técnicos, que seja possibilitado prazo de regularização para a parte Autora, com vedação de sua utilização comercial para transporte de passageiros dos veículos vistoriados, sob pena de apreensão (CTB, art. 230, XVIII), até regularização". INCIDENTES Desde que a possiblidade de rompimento da concessão, foram registrados casos de incêndios em ônibus das duas empresas. No dia 6 de setembro, um ônibus da Falcão Real que fazia a linha Juazeiro X Salvador pegou fogo próximo ao distrito de Carnaíba do Sertão. Dezesseis dias depois, em Miguel Calmon, no Piemonte da Diamantina, um ônibus também ficou destruído após incêndio. Já no dia 6 de outubro, 15 ônibus foram consumidos por um incêndio dentro da garagem da Falcão Real/São Luiz em Jacobina, também no Piemonte da Diamantina. Com informações do Bahia Notícias: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/18683-tj-ba-nega-recurso-do-estado-e-mantem-linhas-de-onibus-com-sao-luiz-e-falcao-real.html  

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Mídia polonesa indica 2 possíveis cenários de guerra entre EUA e Rússia

19 de novembro de 2019, 06:55

Um artigo recentemente publicado da edição Mysl Polska descreveu dois cenários de um possível conflito armado entre os Estados Unidos e a Rússia. (Foto: Reprodução)

O primeiro cenário envolve um ataque maciço do Exército americano usando todos os meios disponíveis, incluindo armas nucleares. O segundo cenário envolve uma série de etapas, cujo principal objetivo é colocar a Rússia em isolamento econômico. Este método foi projetado para "conduzir a uma mudança de liderança política". Adversário à altura De acordo com o jornalista Antony Konyushevsky, a probabilidade de tal conflito militar é bem real, pois Washington pode precisar urgentemente de uma guerra de maior envergadura. Os Estados Unidos devem "tentar dominar o país junto com seu espaço geopolítico", uma vez que a Rússia é vista como a adversária mais provável, opina o autor do artigo. Por outro lado, a publicação destaca que, em circunstâncias extremamente difíceis, a Rússia "conseguiu realizar várias jogadas de mestre", dando como exemplo o sucesso na Síria, estabelecendo relações com a Turquia e Israel, enquanto Washington "sofreu uma derrota humilhante no Oriente Médio".

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Esqueça as calorias. Saiba quais são os benefícios das uvas

19 de novembro de 2019, 06:38

As uvas devem fazer parte de um plano alimentar equilibrado (Foto: Reprodução)

As uvas são excelentes para o coração e ricas em antioxidantes que ajudam na redução do processo de oxidação do mau colesterol. Além disso, são um laxante natural pela presença de fibras dietéticas.  As suas propriedades trazem múltiplos benefícios para a saúde e a sua versatilidade faz com que seja uma das frutas mais populares do mundo. Tanto pode ser consumida crua, em passas, serve para fazer geleias, sucos, xaropes e, claro, vinho. Estão entre as frutas mais calóricas, mas não é por isso que deve deixar de consumi-las. Conheça os seus benefícios:  Visão: Os antioxidantes presentes na uva ajudam na redução de ocorrência de doenças, tais como a degeneração macular e a catarata. Estes antioxidantes também ajudam a retardar o processo de oxidação e perda de visão. Coração: As uvas aumentam o nível de óxido nítrico, que reduz a coagulação do sangue. Os flavonoides  presentes no fruto ajudam na redução do processo de oxidação do mau colesterol e na proteção das paredes das artérias em caso de  aumento da pressão arterial. Pele: Por serem ricas em vitamina C, são excelentes para a saúde da pele. Os antioxidantes presentes nas uvas defendem o processo de oxidação dos radicais livres, desacelerando o processo de envelhecimento. Cabeça: Muito úteis contra a enxaqueca e dores de cabeça, pois facilitam o transporte de oxigênio e nutrientes para essas células.   

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Petrobras comunica a clientes alta de 2,7% no preço da gasolina

19 de novembro de 2019, 06:31

O repasse às bombas depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras (Foto: Reprodução)

A Petrobras comunicou a seus clientes nesta segunda-feira (18) alta de R$ 0,05 no preço da gasolina. A medida representa um aumento médio de 2,7% e passa a vigorar nesta terça (19). O preço do diesel também será elevado, em R$ 0,026 por litro, segundo fontes. É um aumento médio de 1,2%, duas semanas após o último ajuste, quando houve corte de 3%. Os reajustes acompanham evolução do preço do petróleo e a escalada do dólar, que atingiu nesta segunda o maior valor nominal da história. A empresa ainda não publicou os novos valores em seu site. Para as importadoras de combustíveis, porém, a alta da gasolina ainda não elimina a defasagem com relação às cotações internacionais acumulada no período sem ajustes.  O último reajuste no preço da gasolina vendida pela Petrobras foi promovido no dia 27 de setembro, com aumento de 2,5%. Na semana anterior, as cotações do petróleo haviam disparado após ataques à maior refinaria da Arábia Saudita, que retirou do mercado 5% da produção global. Naquele dia, o dólar fechou em R$ 4,156. O petróleo Brent, referência internacional negociada em Londres, fechou cotado em US$ 61,88 (R$ 257,2, pela cotação da época) por barril. Nesta segunda (18), o dólar bateu R$ 4,206 e o Brent fechou a US$ 63,30 (R$ 266,2, pela cotação atual) por barril. Em relatório divulgado na sexta, o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) calculou em R$ 0,10 por litro a defasagem média do preço da gasolina vendida pela Petrobras em relação à cotação do Golfo do México, nos Estados Unidos. A Abicom (Associação Brasileira das Importadoras de Combustíveis) vê defasagem entre R$ 0,09 e R$ 0,19 por litro, dependendo do ponto de entrega – o último valor refere-se ao porto de Itaqui, no Maranhão, um dos principais pontos de entrada de gasolina importada. Desde 2016, a política de preços da Petrobras considera um conceito chamado de paridade de importação, que é a soma das cotações internacionais convertidas ao real com os custos de importação e margens de lucro. A última vez que o preço da gasolina ficou tanto tempo sem ajustes foi entre os meses de fevereiro e abril de 2017. Ao todo, foram 55 dias. Na época, o litro era vendido pela estatal a R$ 1,5901, em valores corrigidos pelo IPCA. Até esta segunda, o combustível saía das refinarias da estatal, em média, a R$ 1,8054 por litro, de acordo com o CBIE - a Petrobras não publica mais o valor médio. Com o reajuste, passará a R$ 1,8554. Já o preço do diesel sobe de R$ 2,1877, segundo o CBIE, para R$ 2,2137 por litro. O repasse às bombas depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras. O valor cobrado pelas refinarias da Petrobras representa cerca de 30% do preço final da gasolina e cerca de metade do preço final do diesel.  Desde o último reajuste, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço de bomba da gasolina variou 0,4% (ou R$ 0,04 por litro). Na semana passada, o combustível foi vendido no país a um preço médio de R$ 4,407 por litro. A Petrobras diz que a política de paridade internacional permanece em vigor, mas que o preço de paridade "não é um valor absoluto, único e percebido da mesma maneira por todos os agentes". "Os reais valores de importação variam de agente para agente, dependendo de características como, por exemplo, as relações comerciais no mercado internacional e doméstico, o acesso à infraestrutura logística e a escala de atuação", diz a companhia. A empresa afirma ainda que não houve interrupção nas importações por terceiros, o que "evidencia a viabilidade econômica das importações realizadas por agentes eficientes de mercado".

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Inspirado em Bob Marley, fotógrafo de Gana é autor da melhor foto do ano

18 de novembro de 2019, 14:06

(Foto: Yuri Ferreira)

O fotógrafo nigeriano Michael Aboya recebeu um dos maiores prêmios da fotografia mundial, o ‘Agora Awards’. Com a foto ‘Songs of Freedom’ (Canções de Liberdade, em português), ele ganhou a categoria de ‘Melhor Foto do Ano‘, em evento que aconteceu em 6 de outubro na cidade de Barcelona, Espanha. A foto de Aboya mostra três crianças ganesas, em Accra, capital do país africano, de punho erguido, enquanto uma delas toca um violino. A imagem é forte e inspiradora. Michael Aboya é um dos principais fotógrafos africanos. Autodidata, ele tem como foco o seu próprio povo e as imagens do lugar onde vive. O título da foto, ‘Songs of Freedom‘, é inspirado na canção ‘Redemption Song’, do cantor jamaicano Bob Marley. As crianças retratadas na imagem são filhos de pescadores do bairro de Labadi, parte costeira de Accra. Aboya tem 24 anos. Nigeriano, vive em Gana há 9 anos. Fez cursos de programação, mas sempre foi apaixonado pela fotografia. Há 4 anos, juntou dinheiro e começou a fotografar, e isso virou sua grande paixão. Depois de muito trabalho, ele ganhou um dos maiores prêmios possíveis em sua área profissional. Fotógrafo usa sua arte para mudar a percepção que as pessoas têm da África  “Eu acredito que quando negros e indígenas contam suas próprias histórias, elas conseguem apresentar o seu país e seu continente de maneira nova para o mundo, mostrando o amor, a paz e a harmonia, e mostrando o lado positivo um pouquinho mais à mostra, deixando a negatividade pra trás. Eu criei essa imagem para enfatizar o fato de que nós temos o poder de nos libertar de qualquer tipo de prisão mental, física, espiritual ou emocional”, afirmou Aboya ao Bored Panda. Octavi Royo, presidente do ‘Agora Awards’, comentou a imagem. “‘Canções de liberdade’ é uma foto impactante, com fortes contrastes e composição inteligente. é uma melodia que soa como a conquista de um futuro que mostra intelectualidade, pacifismo, esforço e dignidade. É uma imagem cheia de símbolos que indicam que a África está acordada e será protagonista de um futuro cheio de esperança. Para mim, essa foto é um manifesto visual de uma realidade presente, e simultaneamente, uma mensagem digna e otimista para o futuro.” Confira mais fotos de Michael Aboya:  

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Conheça o Cessna 550, modelo de avião que caiu na Bahia vitimando Tuka Rocha, Maysa Mussi e Marcela Elias

18 de novembro de 2019, 13:47

Cesna Citation 550, um avião bimotor de classe executiva considerado de médio porte, com motorização turbofan e com capacidade para transportar confortavelmente sete ou oito passageiros.

Um trágico acidente aéreo ocorrido no último dia 14 vitimou até o momento 3 dos 11 passageiros que estavam a bordo. Na manhã deste domingo (17), foi confirmada a morte de Tuka Rocha, profissional com longa passagem pela Stock Car. O piloto não resistiu aos ferimentos sofridos durante acidente aéreo no sul da Bahia, em Maraú. Atendido com 80% do corpo queimado e complicações pulmonares, Tuka de 36 anos morreu em Salvador. Na noite deste sábado, 16, em Salvador, a segunda vítima do acidente com o jato que caiu em Barra Grande, na Bahia, Maysa Marques Mussi, de 27 anos, veio também a falecer. Ela estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana, depois de ter sido transferida do Hospital do Subúrbio, onde estava internada desde o dia do acidente. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O acidente já havia causado a morte da irmã de Maysa, a jornalista Marcela Brandão Elias, de 37 anos, nora do decorador Jorge Elias. O corpo dela, que ficou carbonizado, foi levado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus. Mas qual era o modelo da aeronave que transportava a todos no momento da queda? O modelo Cesna Citation 550 é um avião bimotor de classe executiva considerado de médio porte, com motorização turbofan e alcance de 2,1 mil quilômetros tem capacidade para transportar confortavelmente sete ou oito passageiros. O Cesna Citation 550 é considerado um clássico da aviação executiva, uma aeronave confortável e com capacidade para transportar até sete ou oito passageiros em viagens interestaduais e, em vários casos, até internacionais dentro de um mesmo continente. A maioria das unidades fabricadas nas décadas de 1970, 1980 e 1990 está bem conservada e em condições de voo. Criado, desenvolvido e fabricado nos Estados Unidos a partir da década de 1970 pela Cessna Aircraft, que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o modelo de jatinho executivo Cessna Citation I, do mesmo fabricante. Os principais concorrentes do Cesna Citation 550 são os jatos executivos de médio porte Learjet 25, Learjet 35 e Mitsubishi MU-300 Diamond. Já o modelo de jato executivo de médio porte Beechjet 400A está na mesma categoria ou faixa de tamanho e alcance do Cesna Citation 550. A Cessna Aircraft é uma das maiores e mais tradicionais fabricantes de aeronaves executivas do mundo. O portfólio de produtos dela é amplo, vai desde pequenos e extremamente econômicos monomotores a pistão, como o Cessna 172 Skyhawk, por exemplo, até sofisticados jatos executivos bimotores de alta performance, de porte médio e alcance intercontinental, como o Cessna Citation Longitude. © Fornecido por Pipeify Serviços de Tecnologia da Informação e agenciamentos eireli Ela é propriedade da holding americana de indústria aeronáutica Textron Company, que controla também outras grandes e tradicionais fabricantes, como a Beechcraft Corporation, que fabrica o Beechcraft King Air, por exemplo, e a Lycoming Engines, que fabrica o motor aeronáutico a pistão Lycoming IO540, por exemplo. Ele não está na sofisticada categoria de jatos executivos intercontinentais de médio porte, mas pode ser considerado uma opção bastante razoável e até um pouco refinada e luxuosa de avião para quem precisa viajar dentro de um mesmo continente, em rotas interestaduais e internacionais. Ele tem cabine de passageiros pressurizada; trem de pouso retrátil; toalete básico no fundo da cabine de passageiros; galley na parte da frente da fuselagem, ao lado da porta principal de saída, para refeições rápidas e bebidas; corredor central na cabine de passageiros para facilitar o acesso dos passageiros aos assentos, ao toalete e à galley; ar condicionado (só funciona quando os motores estão ligados); e luzes de leitura para os passageiros; entre vários outros itens de conforto. O avião bimotor Cessna 550 transportava amigos e parentes para um final de semana na Bahia. A bordo estavam: Eduardo Trajano Elias (filho da Lucila e do Jorge, o viúvo), Marcela Brandão Elias (vítima fatal) o filho deles, Eduardo Brandão, de 6 anos, Tuka Rocha (ex piloto de stockcar, ainda em estado grave), Maysa Mussi, Eduardo Mussi (irmão do deputado Guilherme Mussi), Cristiano Rocha, Marcelo Constantino Alves, Marie Cavelan, Fernando Oliveira e o piloto da aeronave, Aires Napoleão Guerra. Feridos Além das três mortes, sete ocupantes da aeronave ficaram feridos e estão internados em hospitais de Salvador. São eles: Aires Napoleão, de 66 anos, que pilotava o jato Fernando Oliveira Silva, de 26 anos, Marcelo Constantino, de 28 anos, neto do Nenê Constantino, fundador da Gol Marrie Cavelan, de 27 anos Eduardo Mussi, irmão do deputado licenciado Guilherme Mussi Eduardo Trajano Telles Elias, de 38 anos, que era casado com Marcela Brandão Elias Eduardo, de 6 anos, filho de Eduardo e Marcela INVESTIGAÇÕES SOBRE A CAUSA DO ACIDENTE O acidente ocorreu pouco depois das 14h da quinta-feira, em uma pista de pouso no distrito de Barra Grande, que pertence a Maraú, segundo informações da assessoria de comunicação da prefeitura. O jato executivo decolou do aeródromo de Jundiaí (SP), às 11h, com destino ao município baiano, segundo informações da Voe SP, que administra o terminal, e da Força Aérea Brasileira (FAB). Conforme registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, um bimotor Cessna C550 fabricado em 1981, de prefixo PT- LTJ, estava em situação regular.

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