MEC registra o menor gasto para educação básica da década

22 de fevereiro de 2021, 09:07

O MEC gastou R$ 48,2 bilhões na educação básica no ano passado (Foto: Reprodução)

O ano de 2020 se encerrou com o menor gasto do MEC (Ministério da Educação) em educação básica na década. O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) elencou a etapa como prioridade, mas o que se viu na pasta foi a redução de recursos, trocas de ministros e um maior protagonismo de pautas ideológicas. O MEC gastou R$ 48,2 bilhões na educação básica no ano passado. O valor é 10,2% menor do que em 2019 e o menor desde 2010. O cenário aparece em relatório de acompanhamento da execução orçamentária do ministério realizado pelo Movimento Todos Pela Educação. Os dados são do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal) com atualização pela inflação. A pasta encerrou o exercício de 2020 com a menor dotação desde 2011, de R$ 143,3 bilhões. "Em plena pandemia, com milhões de alunos sem poder frequentar as escolas e diante da queda expressiva das receitas vinculadas à educação, o MEC se mostrou ausente e incapaz de exercer sua função de apoio técnico e financeiro às redes de ensino", afirma o documento. Questionado, o MEC não respondeu. A Folha já havia mostrado na semana passada que os investimentos da pasta, nos dois primeiros anos da atual gestão, foram os menores da década. Enquanto o governo Bolsonaro investiu, no acumulado de 2019 e 2020, R$ 7,2 bilhões, o investimento foi de R$ 13,5 bilhões no mesmo período do governo anterior, de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). Foram R$ 6,3 bilhões a menos nos investimentos, que são gastos direcionados à expansão da oferta de políticas públicas, como compra de equipamentos, insumos para laboratórios e obras. Não entraram na conta salários e custeio, esta última também em queda. O relatório do Todos Pela Educação é focado na educação básica em 2020, marcado pela pandemia. Ao longo do ano, secretários de Educação cobraram o apoio do MEC para a manutenção das aulas remotas e a reabertura das escolas. A única ação federal efetiva relacionada à Covid-19 voltada às escolas de educação básica foi o remanejamento de R$ 672 milhões para um programa que transfere dinheiro às unidades educacionais, o chamado PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola). Como comparação, esse montante não chega 15% do recurso que a educação básica perdeu no ano passado na comparação com o ano anterior. Estados e municípios concentram as matrículas da educação básica, mas a União, com maior capacidade de arrecadação, tem a obrigação de dar suporte técnico e financeiro. A pasta também não ofereceu, por exemplo, uma plataforma de conteúdos ou financiou a conexão de alunos pobres (com exceção de projeto voltado a estudantes de universidades e institutos federais). "Um dos possíveis motivos para o saldo negativo na educação básica", diz o relatório, "foi a ausência de créditos extraordinários destinados especificamente para as redes de ensino enfrentarem os efeitos da pandemia". Em 2020, o governo retirou R$ 1,4 bilhão do MEC para financiar obras federais gerenciadas por outras pastas. Como a Folha mostrou, o impacto maior da medida foi na educação básica e ensino profissional. A presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, diz que, além da ausência durante a pandemia do coronavírus, houve um prejuízo em políticas estruturantes. Ela cita o esvaziamento de apoio à expansão de escolas de tempo integral, à reforma do ensino médio e à implementação da Base Nacional Comum Curricular. "Continuidade não é capricho, é exigência para que os resultados aconteçam", diz. "Esse tipo de ruptura é como um efeito dominó para trás. Somado à pandemia, o governo está provocando uma tempestade perfeita para a educação básica." Para Cruz, apenas com uma mudança na configuração de lideranças do ministério haverá condições de melhorar o quadro. "É um misto de omissão, inépcia, completo descaso, e que vem acompanhado de outra observação", diz. "Os esforços do MEC não estão voltados para a melhoria da educação básica, mas para o uso ideológico da máquina estatal naquilo que chamam de 'revolução cultural'." O filho do presidente e deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chegou a ressaltar que o principal papel do ex-ministro Abraham Weintraub era o de líder nesse combate contra temas considerados de esquerda. Weintraub acumulou polêmicas ideológicas -o que já havia sido a marca de seu antecessor no governo, Ricardo Vélez Rodriguez.Figuram com destaque na agenda do MEC a expansão de escolas cívico-militares, modelo questionado e ainda com baixo impacto na etapa como um todo, a educação domiciliar e, no ensino superior, tentativas de reduzir a autonomia das universidades federais na escolha dos reitores. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), ligado ao MEC, constituiu em 2019 uma comissão para fazer uma triagem ideológica de questões do Enem. As duas edições do exame sob Bolsonaro ignoraram a ditadura militar em suas questões, o que não acontecia desde 2009. Questões censuradas nunca foram divulgadas, mas parecer da comissão mostra que foi sugerido a troca do termo "ditadura" por "regime militar" em um item da área de Linguagens. O parecer foi divulgado pelo jornal O Globo e confirmado pela Folha. O MEC lançou neste mês, já com Milton Ribeiro como titular da pasta, um novo edital para a aquisição de livros didáticos em que retira como critério de exclusão de obras aquelas que não contemplarem a "agenda da não violência contra a mulher" e a temática de gênero igualitária, "inclusive no que diz respeito à homo e transfobia". Esses critérios de exclusão estavam na última versão do edital, de 2019. O atual, também voltado aos anos iniciais do ensino fundamental, não trata da questão de gênero e só fala de forma genérica em respeito a todos os brasileiros, "homens e mulheres" de diferentes matrizes culturais. Além disso, o desrespeito a esses princípios não é mais passível de desclassificação. O MEC e o Inep também não responderam os questionamentos da reportagem sobre o Enem e o edital do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático).

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Cartão de vacinação de mãe de Bolsonaro tem número de lote da CoronaVac, mas com nome de Oxford

21 de fevereiro de 2021, 17:10

Comprovante de Vacinação da mãe de Bolsonaro, que foi apresentado pelo presidente na live de quinta-feira (18) (Foto: Reprodução/Instagram)

O presidente Jair Bolsonaro divulgou em uma live o cartão de vacinação de sua mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, na intenção de desmentir informações da imprensa de que a idosa de 93 anos teria tomado a vacina de Oxford, desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca. Porém, o que Bolsonaro não imaginava é que o número de lote no cartão de vacinação pertence às doses de CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan, mesmo que o responsável pela aplicação tenha escrito Oxford. Outra coisa que também chamou atenção dos internautas foi a data da segunda dose, que se fosse pela vacina do laboratório AstraZeneca, seria ministrada apenas 3 meses depois da primeira, e não 21 dias depois, como indica o documento de Olinda.

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Bahia chega a 80% de ocupação dos leitos de UTI Covid e Rui Costa amplia horário do toque de recolher

21 de fevereiro de 2021, 16:52

A Bahia atingiu a marca de 80% de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 neste domingo (21). Por conta disto, o governador Rui Costa (PT) anunciou a ampliação do toque de recolher (Foto: Reprodução)

O governador Rui Costa ampliou o horário do toque de recolher na Bahia. Nas redes sociais, ele informou que o estado alcançou 80% de ocupação dos leitos de UTI Covid e, por isso, vai ampliar o toque de recolher a partir desta segunda-feira (22). O horário será das 20h às 5h. Mas o atendimento presencial para bares e restaurantes será ate às 18h. Irecê e Jacobina, que estavam excluídas no decreto anterior, também entram no toque de recolher. A região oeste continua de fora. O delivery de alimentos será até as 23h. “Estamos vivendo um momento extremamente grave e conto com a compreensão de todos”, concluiu o governador.

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Jacobina: Feirantes e compradores são testados para Covid-19

20 de fevereiro de 2021, 13:21

Equipe de Secretaria de Saúde fizeram a triagem nos feirantes e compradores (Foto: Notícia Limpa)

Desde o início do mês de abril de 2020, quando foi registrado o primeiro caso de Covid-19 em Jacobina, doença ocasionada pelo novo coronavírus, pela primeira vez acontece uma ação efetiva com relação ao problema na feira livre da cidade. Prepostos da Secretaria Municipal de Saúde estiveram na manhã deste sábado (20), realizando testes rápidos com o objetivo de monitorar a saúde dos feirantes e dos compradores. Conforme os profissionais de saúde que participaram do movimento, mais de 100 pessoas fizeram o exame e os que testaram  positivo foram passadas orientações sobre a doença e os cuidados a serem tomados. A ausência da Vigilância Sanitária no principal centro de compras popular do município tem sido criticada desde a gestão passada. Falta de fiscalização e orientações para o uso de máscaras e higienização das mãos são os principais motivos das reclamações. TESTES RÁPIDOS - Os testes rápidos são feitos com sangue e têm o objetivo de detectar anticorpos IgM/IgC para identificar se a pessoa já teve contato com o vírus. O resultado sai em 15 minutos. "Quando é detectado um teste positivo para Covid-19.

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Exemplo: Guanambi suspende atividades em academias e templos e toma medidas para conter aumento da Covid

19 de fevereiro de 2021, 15:10

Guanambi registra 3.431 casos e 21 óbitos confirmados até ontem (19). A proporção de óbitos em relação à população é de 0,24 % e em relação à quantidade de casos é de 0,61% (Foto: Reprodução)

Decreto da Prefeitura de Guanambi suspendeu o funcionamento de academias de atividades físicas e de cultos, missas e outras atividades religiosas presenciais em templos, que devem ficar fechados ao público. A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial do Município de quarta-feira (17), vale desde ontem (18) e visa diminuir a circulação do novo coronavírus no município. O fechamento dos templos religiosos e das academias está estipulado até o dia 8 de março, podendo ser revogado antes ou prorrogado ao final do prazo dependendo do cenário epidemiológico do município. A preocupação com a Covid-19 também levou a  Câmara Municipal de Guanambi a suspender as atividades administrativas por um período de 15 dias a contar de hoje. Já a Prefeitura de Guanambi suspendeu o atendimento presencial nos setores administrativos das secretarias municipais, após a notificação de diversos casos positivos entre servidores de variados setores. COVID EM GUANAMBI Guanambi registra 3.431 casos e 21 óbitos confirmados até ontem (19). A proporção de óbitos em relação à população é de 0,24 % e em relação à quantidade de casos é de 0,61%. Já Vitória da Conquista, cujos governantes dizem que está tudo sob controle, é quatro vezes no primeiro caso (0,08%) e mais que o dobro no segundo (1,52). A 265 quilômetros de Vitória da Conquista e com população estimada de 84.928 habitantes (IBGE/2020), o município de Guanambi é administrado pela terceira vez pelo ex-governador Nilo Coelho (DEM), que mantém relações familiares, empresariais e políticas em Conquista, já tendo sido apresentado com um dos líderes ouvidos pelo prefeito Herzem Gusmão (MDB). DELIVERY ATÉ 22 HORAS O novo decreto assinado pelo prefeito Nilo Coelho ainda restringiu o horário de funcionamento dos estabelecimentos considerados não essenciais, que só poderão funcionar de segunda a sexta-feira, das 6h00 às 18h00. Atividades como obras, serviços e estabelecimentos da construção civil, centros de estética e salões de beleza, lojas e indústrias foram retiradas da categoria de serviços essenciais e também terão que respeitar o novo horário. O mesmo vale para bares, restaurantes, lanchonetes e similares. Estes estabelecimentos ficarão proibidos de abrir a noite e nos fins de semana. O serviço de entrega de gêneros alimentícios e outros produtos, só poderão ser realizados diretamente na residência do consumidor, até as 22h00. Os estabelecimentos de alimentação localizados no Centro de Abastecimento também deverão seguir as mesmas normas. Com exceção de farmácias e unidades de saúde, os demais estabelecimentos considerados essenciais, como supermercados, padarias e postos de combustíveis, deverão funcionar no máximo até as 22h00. Retirado do Blog de Giorlando Lima https://blogdegiorlandolima.com/2021/02/19/exemplo-guanambi-suspende-atividades-em-academias-e-templos-e-toma-medidas-para-conter-aumento-da-covid-19/

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Prefeitos voltam a defender vacinação de profissionais de educação

19 de fevereiro de 2021, 13:29

A FNP enviou ao Ministério da Saúde um ofício destacando a importância de que os profissionais de educação sejam imunizados (Foto: Reprodução)

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) voltou a pedir, ao Ministério da Saúde, que todos os profissionais que trabalham em escolas sejam imediatamente vacinados contra a covid-19. A inclusão dos trabalhadores do setor entre os grupos prioritários da campanha de vacinação é um dos itens de pauta da videoconferência que representantes da entidade e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, realizam esta manhã. No último dia 12, a frente enviou ao Ministério da Saúde um ofício destacando a importância de que os profissionais de educação sejam imunizados. No documento, a entidade manifestava a preocupação com a saúde dos trabalhadores e com o potencial risco deles se tornarem vetores da disseminação da doença à medida que as aulas presenciais sejam retomadas em várias partes do país. No documento, a frente cita um relatório elaborado pelo Sistema Público de Saúde do Reino Unido e divulgado em janeiro deste ano, e que aponta que 26% de 10 mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus, cujos casos foram analisados, tinham ligações com creches, escolas primárias e secundárias e universidades. A conclusão do relatório é que, possivelmente, o retorno às aulas presenciais pode ter ocasionado três vezes mais contaminações do que as que tiveram origem em hospitais. “Por isso, a FNP reforça que vacinar imediatamente os profissionais da educação é zelar por toda a comunidade educacional, que hoje corresponde a um quarto de toda a população brasileira”, sustenta a entidade, em nota. Além da vacinação dos profissionais de Educação, a frente cobra a divulgação de um cronograma nacional detalhado, com informações atualizadas e previsão mês a mês quanto ao planejamento de entrega de vacinas aos estados e municípios e previsão de grupos populacionais a serem vacinados. Durante a conversa com o ministro, a comissão - formada pelo presidente da FNP, Jonas Donizette (ex-prefeito de Campinas), e por nove prefeitos que representarão as cinco regiões brasileiras - disse que também pretende defender a necessidade de uma campanha publicitária para incentivar e esclarecer a população a respeito da importância de se vacinar, e o repasse de recursos financeiros para que as prefeituras possam manter ou ampliar o número de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) para tratamento dos pacientes da covid-19. No Twitter, o presidente da frente explicou que a reunião para tratar dos desdobramentos da vacinação contra a covid-19 vinha sendo solicitada desde 14 de janeiro. “Precisamos de esclarecimentos quanto às doses de vacinas prometidas pelo Ministério aos governadores”, escreveu Donizette, manifestando a expectativa de que, a partir da videoconferência, reuniões entre a comissão representante dos prefeitos e o ministério passem a ser mais frequentes. “Precisamos entender os cenários para traçar estratégias. É inadmissível que as cidades paralisem a imunização por falta de vacinas”, acrescentou Donizette, reiterando a crítica contida em uma nota que a FNP divulgou na última terça-feira (16), apontando a falta de vacinas em todo o país. Além de Donizette, participam da conversa com o ministro e com secretários do ministério os prefeitos David Almeida (Manaus); Edvaldo Nogueira (Aracaju); Edmilson Rodrigues (Belém); Rafael Greca (Curitiba); Sebastião Melo (Porto Alegre); Emanuel Pinheiro (Cuiabá); Bruno Reis (Salvador); Eduardo Paes (Rio de Janeiro) e Duarte Nogueira (Ribeirão Preto).

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Cientistas relatam atraso no pagamento e falta de compromisso do governo

19 de fevereiro de 2021, 11:41

O pagamento das bolsas referentes ao primeiro mês de 2021 veio com atrasos (Foto: Reprodução)

Pesquisadores brasileiros têm vivido meses de instabilidade. Após um ano de 2020 marcado pela pandemia, com atrasos para assinatura de propostas e validação de projetos de pesquisa, o pagamento das bolsas referentes ao primeiro mês de 2021, normalmente feitos até o quinto dia útil do mês, veio com mais de cinco dias de atraso. Pior: os cientistas agora não sabem se terão como pagar o aluguel no próximo mês, uma vez que os acordos, assinados normalmente até o 15? dia do mês, ainda não foram firmados.A situação se refere ao chamado PCI (Programa de Capacitação Institucional), principal fomento para jovens pesquisadores, em geral recém-doutores, se vincularem a um laboratório de pesquisa, participar de um projeto e receber, por até cinco anos, um financiamento para pesquisa enquanto aguardam, por exemplo, a abertura de vagas por meio de concursos públicos. As unidades de pesquisa nacionais, vinculadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia, são os principais centros atingidos com esses atrasos. As bolsas PCI não são equivalentes às bolsas de pós-graduação, destinadas a alunos de mestrado e doutorado que desenvolvem projetos de pesquisa no país em universidades e laboratórios públicos, mas elas são pagas pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), ligado ao MCTI, que também apoia os programas de pós-graduação no país. Em geral, os institutos recebem o orçamento anual com a determinação de quantas bolsas PCI irá receber e, a partir daí, fazem o processo seletivo para escolha dos projetos, que podem durar até seis anos. As bolsas são divididas em categorias de acordo com o nível do pesquisador: aqueles que tem título de doutor ou pós-doutorado, são elencados para níveis mais altos, e os valores mais baixos contemplam estudantes de iniciação científica e mestrado. Mas mesmo pós-doutores, muitas vezes, acabam sendo selecionados para as categorias inferiores pela falta de melhores oportunidades e por terem maior qualificação. A bióloga e pesquisadora do INMA (Instituto Nacional da Mata Atlântica), Thais Condez, foi aprovada em uma seleção feita em julho de 2019, a penúltima no país, com projeto de pesquisa para avaliar a diversidade de anfíbios e répteis associados a ambientes rochosos na mata atlântica. Depois de renovações picadas em 2020, ela afirma que não há, até o momento, definição se a bolsa irá continuar em 2021. O projeto foi aprovado para até 2023. Com duas pesquisas de pós-doutorado concluídas, a herpetóloga disse que começou a buscar oportunidades no exterior. "Sou extremamente qualificada e recebo no país uma bolsa de pesquisa que o governo entende não ser de relevância. Isso é, infelizmente, a realidade de muitos doutores e pós-doutores, que estão sem emprego no país e buscam o que dá, até mesmo receber bolsas de valor baixo, como R$ 1.000, para se associar a um laboratório." Como só existem dois servidores concursados em todo o instituto, o quadro de pesquisadores do INMA consiste quase integralmente ao de bolsistas PCI. "Somos 30 pesquisadores que entraram em 2019, atuando em diversas áreas de pesquisa, desde conservação e preservação de espécies ameaçadas até projetos focados na bacia do Rio Doce, fortemente atingida com os desastres recentes que aconteceram na região", diz Condez. A situação se repete também nas outras unidades de pesquisa de diversas áreas do conhecimento, como o Museu Paraense Emílio Goeldi, referência mundial em pesquisa e acervo da biodiversidade da Amazônia; o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que possui como principais linhas de pesquisa o monitoramento das áreas devastadas da floresta amazônica via satélite e pesquisas relacionadas à previsão do tempo e atmosféricas; e o MAST, Museu de Astronomia e Ciências Afins, cujos estudos focam principalmente na elaboração de práticas para a popularização e divulgação da ciência e na conservação e indexação do principal acervo de instrumentos científicos do país. Em uma carta aberta publicada na última terça-feira (16) no Facebook, pesquisadores bolsistas PCI comunicaram a possível descontinuidade do programa, tendo como principal motivo a falta de comprometimento do governo em manter o compromisso com as pesquisas desenvolvidas nas unidades. "O PCI surgiu em 1997 como uma alternativa oferecida pelo MCTI para suprir a falta de profissionais qualificados(as) para desempenhar atividades de pesquisa e extensão acadêmica em UPs deste ministério. Desta forma, evidencia-se que o PCI existe devido à impossibilidade de se compor um quadro apenas de pesquisadores e tecnologistas concursados nestas instituições", diz um trecho da carta. "Os trabalhos realizados pelas UPs seguem de maneira bem rigorosa planejamentos que vão ao encontro de questões consideradas estratégicas para a soberania nacional (...), com a produção de conhecimento em áreas como ciência nuclear, engenharia aeroespacial, ciência da computação, astronomia, divulgação e popularização da ciência e tecnologia, exploração de minérios, física teórica e aplicada, ciência humanas e sociais e biologia." Outro problema, afirmam os pesquisadores na carta, além da falta de continuidade do programa, seria a perda do dinheiro público já investido com as pesquisas em andamento, o que pode levar a danos irreparáveis ao conhecimento científico e tecnológico produzido. "O país está atravessando uma das piores crises econômicas e sanitárias da sua história e afirmamos que a eliminação dos programas de fomento à pesquisa resultará em atrasos perante outros países. Investir em C&T é investir no futuro do país e em sua soberania", finalizam. Fonte: Folhapress 

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Missão bem sucedida. Perseverance já aterrou em Marte

18 de fevereiro de 2021, 22:06

A chegada do rover Perseverance da agência espacial norte-americana à superfície de Marte foi bem sucedida (Foto: Divulgação/Nasa)

Superados os “sete minutos de terror”, a fase final do processo, o rover Perseverance da NASA aterrou sem percalços e com sucesso na superfície do planeta vermelho, Marte. O momento da aterragem foi aplaudido pela equipe que dirigiu as operações. A aterragem do Perseverance, uma missão não tripulada da Administração de Aeronáutica e Espaço (NASA), foi transmitida nas redes sociais Twitter e YouTube e também na página oficial da NASA na internet, desde as 16h15 em Brasília. As operações estiveram sendo coordenadas a partir do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em La Cañada Flintridge, na Califórnia (Estados Unidos). O sinal proveniente de Marte demorou pouco mais de dez minutos a chegar à Terra, ou seja, quando a equipe responsável pela coordenação da aterragem do Perseverance recebeu a informação de que o robô tinha aterrado, o aparelho já estaria há vários minutos no solo. A entrada na atmosfera de Marte ocorreu às 17h48 em Lisboa e foi o ponto sete de uma lista com mais de 35 requisitos imprescindíveis para que a aterragem ocorresse sem quaisquer problemas e que estava a ser monitorada ao segundo. De referir que as amostras que o robô Perseverance recolher só vão chegar à Terra em 2031.  

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Médicos alertam: Evite tomar paracetamol antes de receber a vacina!

18 de fevereiro de 2021, 13:25

Médicos aconselham indivíduos a não tomarem analgésicos antes de receberem a vacina contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 (Foto: Reprodução)

Há quem possa optar por tomar paracetamolou ibuprofeno antes de receber a vacina de modo a prevenir a possível dor associada. Embora isso não é necessário e pode potencialmente mitigar a resposta do sistema imunológicoao imunizante. As vacinas da Oxford/Astrazeneca e Pfizer/Biontech estão sendo atualmente administradas um pouco por todo o mundo. E enquanto milhões esperam ansiosamente para receber a sua dose, os médicos sugerem a melhor maneira de se prepararem. Em declarações ao jornal britânico The Sun, Sarah Jarvis, médica de clínica geral e diretora clínica da Patientaccess.com disse: "há algumas evidências teóricas de que os analgésicos podem alterar a resposta imunológica do corpo às vacinas". "Mas, nem sabemos se nesses casos isso se traduz numa proteção menos eficaz da vacina", acrescentou. "Não há nenhuma evidência específica de que tomar um analgésico antes da vacina daCovid-19 afetaa capacidade do corpo de desenvolver imunidade". "Portanto, o conselho de não tomar analgésicos antes da vacina é puramente uma precaução". "Pode não fazer diferença alguma, e se fizer, certamente não será importante". Jarvis mencionou: "uma vez que pode facilmente tomar um analgésico se sentir dor, eu não recomendo tomar rotineiramente analgésicos de antemão". Um artigo científico de 2016 descreveu como tomar analgésicos no momento da vacinação é "desencorajado por muitos", incluindo por algumas autoridades de saúde. Referindo que um estudo demonstrou que o paracetamol "prejudicou a resposta imune a vários antígenos vacinais" em crianças. E em todas as pesquisas que registraram esse efeito, a reaçãonegativa manifestou-se somente após a toma deparacetemol ou de um medicamento analgésico semelhante para prevenir a febre antes de ser administrada a vacina, e não depois. No entanto, vários outros estudos não notaram diferenças nas respostas dos anticorpos às vacinas entre as pessoas que haviam tomado ou não analgésicos previamente a serem imunizadas. O artigo concluiu assim que ainda não há "nenhuma resposta clara" se os analgésicos e os aliviadores de febre dificultam a resposta imune a "um grau que pode resultar na falha da vacina".

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Dormir menos de cinco horas por noite aumenta o risco de demência

18 de fevereiro de 2021, 08:31

O estudo foi baseado em 2.610 pessoas com mais de 65 anos (Foto: Reprodução)

Segundo um estudo publicado na revista Aging, dormir menos de cinco horas por noite pode prejudicar a saúde do cérebro e aumentar o risco de demência. A pesquisa mostrou que não dormir o suficiente duplicou o risco de Alzheimer e morte prematura. O estudo foi baseado em 2.610 pessoas com mais de 65 anos que completaram questionários de sono como parte do National Health and Aging Trends Study (NHATS) em 2013 e 2014. Os investigadores do Brigham and Women’s Hospital, Boston, analisaram as respostas dos entrevistados e a saúde dos participantes. No geral, os especialistas encontraram uma forte ligação entre problemas de sono e demência ao longo do tempo. A velocidade a que uma pessoa adormece também está relacionado ao risco de demência - aqueles que frequentemente demoram mais de 30 minutos enfrentam um risco 45 por cento maior da doença. Tirar cochilos com frequência e a má qualidade do sono também estão relacionados a um maior risco de morte.

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Perseverance pousa hoje em Marte, na busca por sinais de vida

18 de fevereiro de 2021, 08:16

O pouso está previsto para ocorrer no final da tarde desta quinta feira (18) (Foto: Divulgação/Nasa)

Já está quase no fim a contagem regressiva para o pouso da sonda que colocará o rover Perseverance (veículo exploratório), da Nasa, a agência espacial norte-americana, em solo marciano. O pouso está previsto para ocorrer no final da tarde destaquintafeira (18). Se tudo der certo, o Perserverance pousará no que já foi, um dia, o delta de um rio. A região é conhecida como Cratera de Jezero. O Perseverance é um robô cheio de tecnologias enviado para pesquisar solo e atmosfera do Planeta Vermelho. Além de avançar nos conhecimentos sobre a geologia de Marte, essa missão tem por objetivo procurar sinais de vida antiga no planeta vizinho. Para isso, carrega sete instrumentos com o que há de mais avançado em termos de imagens, análises químicas e de minérios, além de espectrômetros e outras tecnologias que tentarão até mesmo produzir oxigênio. A meta é ampliar como nunca os conhecimentos sobre Marte, de forma a viabilizar futuras explorações aoplaneta. O rover Perseverance pesa por volta de uma tonelada. Ele tem cerca de 3 metros de comprimento, 2,7 metros de largura; e 2,2 metros de altura. Quem quiser acompanhar esse acontecimentohistórico pode entrar nositeoficial da Nasa, onde está rodando a contagem regressiva para o pouso.

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A sensatez na luta contra a ignorância

17 de fevereiro de 2021, 17:46

*Por Gervásio Lima Nunca na história deste país a política do quanto pior melhor esteve tão presente e atuante. Na contramão de praticamente todo o planeta, o Brasil (e um monte de brasileiros) se passa de desavisado e corrobora para que a mais dramática e perigosa pandemia que o mundo já passou se torne cada vez mais uma ameaça à vida e às estruturas que permitem o viver. A sensatez disputa diuturnamente contra a ignorância. A angústia e a tristeza são desdenhadas em troca da vergonha e do arrependimento impregnados nos que defendem a violência em detrimento da vida. Loucura, loucura, loucura..., como diz aquele que visando o poder, apenas pelo poder segue o que sua vaidade construída em apontar misérias contribuiu e continua contribuindo para a instalação generalizada da desavença e da mentira na terra que um dia foi uma ‘nação canarinho’, mas que hoje não passa de uma povoação repleta de dragões, expelindo fogo pelas ventas. Mais de 240 mil brasileiros perderam a vida em apenas um ano. Famílias arrasadas e desesperadas. Muitos dos que se foram eram arrimos, principais alicerces familiares; os portos seguros. Eram irmãos, filhos, sobrinhos, afilhados, amigos, tios, pais, avós. Todas as vítimas da Covid-19, disseminada nos quatro cantos do mundo, eram seres humanos, com uma história, com sonhos, com vontade de viver. O novo coronavírus foi uma surpresa, ninguém imaginava que em tão pouco tempo uma peste, no sentido literal da palavra, fosse causar um estrago tão grande, sem escolher classe social, raça, cor, gênero e religião. Mas surpresa ainda foi saber que os energúmenos realmente existem e o pior, são tão prejudiciais quanto a doença que tem matado os inocentes em sua maioria. Mesmo acompanhando a devastadora ação da doença causada pelo novo coronavírus, negacionistas, que em outros tempos eram chamados de anticristos, insistem em ir de encontro às orientações das autoridades de saúde e como forma de desafiar a ciência e os preceitos da compaixão e empatia pregam o contrário de tudo aquilo que poderia e pode salvar vidas. Se puder fique em casa e quando chegar sua vez diga SIM para a VACINA. *Jornalista e historiador

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