Operário-MT desiste de contratar goleiro Bruno após repercussão negativa

22 de janeiro de 2020, 17:51

A história do Goleiro Bruno, que foi condenado pelo assassinato de Eliza Samúdio, vai virar uma série produzida pela Rede Globo. Entretanto, a Netflix também se interessou pela produção e chegou até a oferecer mais dinheiro pelos direitos, mas acabou perdendo a disputa. (Foto: Reprodução)

O Operário de Várzea Grande (MT) desistiu de contratar o goleiro Bruno. O recuo nas negociações foi confirmada, nesta quarta-feira, através de nota oficial divulgada pela diretoria do clube, que decidiu rever a decisão de acertar a chegada do goleiro ao seu elenco. Bruno, de 35 anos, foi condenado pela Justiça mineira a mais de 20 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da ex-namorada e modelo Eliza Samudio, ocorrido em 2010. Nesse momento, ele cumpre sua pena no regime semiaberto. Antes da condenação, havia defendido Atlético-MG e Flamengo. A decisão da diretoria foi tomada após protestos que aconteceram na última terça-feira, em frente ao estádio municipal Dito Sousa, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. As manifestações ocorreram antes e durante a realização do jogo do Operário contra o Poconé, válido pelo Campeonato Mato-Grossense. O ato reuniu, segundo a Polícia Militar, 70 pessoas. De acordo com a organização do protesto, 400 manifestantes estavam no local. O supervisor de futebol do clube, André Xela, explicou os motivos para a desistência. O primeiro, devido às manifestações dos torcedores que não queriam a presença do jogador no time. o outro foi porque o clube estava perdendo patrocinadores. "Os contrários (à contratação) estavam pressionando os patrocinadores e, por isso, desistimos”, disse. “Agora, vamos procurar outro (goleiro)”, continuou o dirigente do Operário, que neste ano, além do Estadual, também participará da Copa do Brasil, da Copa Verde da Série D do Campeonato Brasileiro. https://m.facebook.com/operarioceov/

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Sobrevivente de incêndio critica Flamengo por dispensa por telefone

22 de janeiro de 2020, 09:58

O meia Felipe Cardoso fez um desabafo após ser dispensado do clube por telefone (Foto: Reprodução)

Sobrevivente do incêndio que vitimou 10 garotos da base do Flamengo alojados em contêineres no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019, o meia Felipe Cardoso fez um longo desabafo em suas redes sociais após ser dispensado do clube por telefone. Ele relembrou os colegas mortos e criticou a postura do clube carioca: "Após refletir muito cheguei a conclusão que somos apenas números para muitos". "Aprendi mais uma dura lição da vida em busca deste sonho (de ser jogador de futebol) ao ser liberado pelo Flamengo, no dia 13/01/2020 por telefone, não entendi e chorei, gritei, culpei tudo e todos, não quis falar com ninguém por um período, a dor foi gigante em meu peito", diz trecho do texto postado por Felipe Cardoso. "Após refletir muito cheguei a conclusão que somos apenas números para muitos. Ninguém enxerga que somos jovens/adolescentes buscando uma vida melhor para nossas famílias dia a dia longe de casa, cada um com seus problemas e dificuldades pensando se nossos irmãos tem o que comer, se nossas mães estão bem, se nossos pais continuam firmes e fortes no trabalho em busca do sustento da casa, se nossos amigos sentem nossa falta e se torcem por nós", afirma o jovem atleta. "Aprendi mais uma dura lição da vida em busca deste sonho (de ser jogador de futebol) ao ser liberado pelo Flamengo, no dia 13/01/2020 por telefone, não entendi e chorei, gritei, culpei tudo e todos, não quis falar com ninguém por um período, a dor foi gigante em meu peito", diz trecho do texto postado por Felipe Cardoso. "Após refletir muito cheguei a conclusão que somos apenas números para muitos. Ninguém enxerga que somos jovens/adolescentes buscando uma vida melhor para nossas famílias dia a dia longe de casa, cada um com seus problemas e dificuldades pensando se nossos irmãos tem o que comer, se nossas mães estão bem, se nossos pais continuam firmes e fortes no trabalho em busca do sustento da casa, se nossos amigos sentem nossa falta e se torcem por nós", afirma o jovem atleta.

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Bahia: Casal de ex-juízes, corretor e advogada estariam envolvidos em operação da Polícia Federal

22 de janeiro de 2020, 09:45

(Foto: Reprodução)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21) a Operação Arcaico, que visa combater crimes relacionados a fraudes em títulos de propriedade de terrenos da União em Vitória da Conquista. Cerca de vinte Policiais Federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão e cinco mandados de intimação nos municípios baianos de Salvador e Vitória da Conquista. A operação decorre de uma investigação iniciada no início deste mês de janeiro, quando a Polícia Federal tomou conhecimento de que um casal de ex-juízes de direito do Estado da Bahia, uma advogada e um corretor de imóveis estariam comercializando, como se donos fossem, terrenos que haviam sido destinados pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para a construção das novas sedes da Delegacia de Polícia Federal em Vitória da Conquista, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego. A fraude teve início em 2016, com a confecção de uma certidão falsa do 3o Tabelionato de Notas de Vitória da Conquista, que atestava a existência de uma suposta escritura pública de compra e venda da área em questão, datada de 1994, cujo livro havia sido extraviado. A partir dessa certidão, teria sido feito um registro imobiliário no 1o Ofício de Imóveis de Vitória da Conquista, em um livro que, coincidentemente, estaria totalmente danificado e ilegível, impossibilitandoa sua verificação. Os investigados conseguiram, então, em curto espaço de tempo, cancelar administrativamente a matrícula da propriedade da União, e a partir daí o casal, a advogada e o corretor passaram a ameaçar algumas pessoas que ocupavam irregularmente a área, exigindo pagamentos em troca da manutenção de suas residências e negócios. Nesta fase do inquérito, os investigados foram indiciados pelos crimes de associação criminosa, estelionato, extravio de livro ou documento, prevaricação, falsidade ideológica, falsificação de documento público, extorsão e alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria.

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Por que os cães uivam? Descubra quais podem ser os motivos

22 de janeiro de 2020, 09:31

Se o seu cão uiva quando está por perto e sem motivo aparente, deve levá-lo ao veterinário (Foto: Reprodução)

Ouivar do cão é um fenômeno curioso. Os cães são da família dos lobos, que por sua vez uivam para avisar que há algum lobo ou outro animal estranho por perto ou para guiar os membros da alcateia. Mas será que o mesmo acontece com os cães? O uivo é uma de muitas formas de comunicação do animal. Falta entender os seus motivos.  Uma das razões por que os cães uivam está relacionada com a solidão. Este animal procura, assim, uma forma de localizar alguém e atrair companhia. Esta pode ser, também, uma forma de comunicar à distância, quando não conseguem ter contato visual com o exterior.  Pode também servir para alertar humanos e animais da presença de estranhos, à semelhança dos lobos. Ou de expressar alegria e excitação.  Existe também a teoria de que os cães uivam para quebrar o tédio e libertar energia acumulada. Ou até mesmo a impaciência quando estão perto de uma cadela no cio.  O motivo mais grave é o uivo como indicador de mal-estar ou doença. Nesse caso, somente um veterinário poderá indicar o melhor tratamento para o seu melhor amigo.

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Ministro da Ciência compartilha foto para ‘provar’ que Terra não é plana

22 de janeiro de 2020, 08:56

(Foto: Reprodução)

O ministro da Ciência, Tecnologia, inovações e Comunicações, Matos Pobres, compartilhou em uma rede social na noite desta terça-feira, 21, uma foto para "provar" que a Terra não é plana e, sim, redonda. "Para quem ainda acha que a Terra é plana, veja segunda foto... kkk", publicou Pontes no Twitter ao compartilhar um post do Centro de Voos Espaciais George C. Marshall, da Agência Espacial Americana, a Nasa. Pontes ficou famoso em 2006, quando a bordo de um foguete russo se tornou o primeiro astronauta brasileiro - e até hoje o único - a ir ao espaço. Durante oito dias, ele ficou no laboratório espacial, onde realizou uma série de experimentos para a Agência Espacial Brasileira (AEB). Veja a publicação do ministro Marcos Pontes no Twitter: https://twitter.com/Astro_Pontes Piloto de caça e engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), com mestrado em Engenharia de Sistemas pela Naval Postgraduate School, na Califórnia, nos Estados Unidos, Pontes foi selecionado em 1998 para o programa da Nasa, onde foi declarado astronauta. Em 2014, Pontes iniciou sua carreira política ao se filiar ao PSB e tentar se eleger deputado federal por São Paulo - sem sucesso. Em 2018, o astronauta se filiou ao PSL, partido do então candidato à Presidência, Jair Bolsonaro. Após a eleição, aeitou o convite para assumir o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Terraplanismo Apesar da posição do ministro e de todas as evidências científicas, alguns apoiadores de Bolsonaro defendem a tese de que a Terra seja plana, entre eles o escritor Olavo de Carvalho, considerado um guru do governo. No ano passado, o escritor publicou no Twitter que não estuda o assunto, mas que assistir a vídeos de experimentos que "mostram a planicidade das superfícies aquáticas". "Não consegui encontrar, até agora, nada que os refute", escreveu Olavo. Veja a publicação de Olavo de Carvalho no Twitter: https://twitter.com/opropriolavo

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Justiça de Minas dá aval para que goleiro Bruno more em MT e trabalhe em time de futebol

20 de janeiro de 2020, 15:11

Jogador vai trabalhar no Clube Esportivo Operário Várzea-grandense, time com sede em Várzea Grande (Foto: Reprodução)

O goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza obteve liberação da Justiça de Minas Gerais para se mudar para Mato Grosso. O jogador, condenado a mais de 20 anos de prisão por participação na morte da modelo Eliza Samudio, mãe de um filho dele, vai trabalhar no Clube Esportivo Operário Várzea-grandense, time com sede em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. As informações do Portal G1. A decisão foi proferida pelo juiz Tarciso Moreira de Souza, da Vara de Execução em Meio Aberto e Medidas Alternativas da Comarca de Varginha (MG). No entanto, ida de Bruno para o time varzea-grandense tem gerado polêmica. Por meio das redes sociais, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso manifestou repúdio e preocupação com a vinda do jogador. “Considerando que o esporte cria ídolos nos quais crianças e jovens que estão em processo de formação se espelham a contratação do goleiro Bruno para o referido time de futebol é um fato bastante preocupante”, diz a nota. A entidade destaca que mesmo tendo cumprido parte da pena pela morte de Eliza Samudio e ido para o regime semi-aberto, Bruno não pode ser tratado com “ídolo”. “Do contrário a mensagem que fica subentendida é que o machismo, a misoginia e o feminícidio são tolerados pela nossa sociedade o que é muito sério e gravíssimo.” O conselho pede ainda que o Clube Esportivo Várzea Grandense volte atrás e não contrate o goleiro.    

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Cacau orgânico tira pequenos agricultores da pobreza no Brasil

20 de janeiro de 2020, 13:09

Antes sem terra, assentados produzem cacau, frutas e verduras sem fertilizantes ou agrotóxicos (Foto: AFP)

Em uma encosta de uma colina, na Bahia, os grãos de cacau levam dias secando no interior de uma estufa. “É a nossa última colheita e já temos comprador”, conta entusiasmado Rubens Costa de Jesus, agricultor da fazenda comunitária “Dois Riachões”, que reúne 39 famílias. Antes sem terra e agora instalados a 80 km do litoral da Bahia, esses pequenos agricultores produzem cacau, frutas e verduras sem usar fertilizantes ou agrotóxicos. Sua produção faz parte das cerca de 1.900 toneladas de cacau orgânico produzidas no Brasil em 2018, menos de 1% da produção nacional. Todos os agricultores são nativos da região e, em 2001, se estabeleceram em “Dois Riachões”, mais precisamente em precárias instalações situadas próximo a uma estrada. Na época, a propriedade de 400 hectares pertencia a uma grande família de produtores de cacau que não cumpria com os critérios de produtividade impostos pelo governo. Seis anos depois, após uma desapropriação judicial do terreno e mesmo com recurso apresentado por parte dos antigos proprietários, esses produtores decidiram se instalar em uma parte da terra e cultivar ali os seus produtos, sempre usando métodos exclusivamente orgânicos e sistema agroflorestal para o plantio de cacau. – Quatro hectares por família – Na fazenda comunitária, cada família é responsável por cultivar quatro hectares de árvores de cacau e participa da manutenção da horta comunitária. Em 2018, após acabarem todos os recursos judiciais da família desapropriada, a Justiça concedeu a posse da propriedade para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que assim permitiu oficialmente aos produtores que pudessem permanecer no terreno. “Antes trabalhávamos em plantações convencionais de cacau, o que apenas nos permitia sobreviver. Além disso, a situação piorou quando as zonas de cultivo foram devastadas por uma praga chamada vassoura da bruxa, que levou muitos à falência”, explicou Costa de Jesus, de 31 anos. “Produzir nosso próprio cacau, que é orgânico, finalmente nos permite viver do nosso trabalho”. Para conseguir comercializar a produção, eles primeiro passaram a fazer parte de um programa público de apoio à comercialização de produtos da agricultura familiar. Porém, as compras subsidiadas pelo Estado foram caindo e os agricultores tiveram que buscar outras opções. – Receita triplicada – Em 2016, a “Dois Riachões” recebeu sua primeira certificação de produtos orgânicos, reconhecida pelo Ministério da Agricultura, o que permitiu aos produtores a venda dos produtos nas feiras ecológicas da Bahia. Participaram de capacitações, plantaram árvores mais resistentes, melhoraram seus métodos de produção e instalaram a estufa para secar e melhorar a qualidade dos grãos comercializados. Agora vendem a maioria do seu cacau fino às grandes marcas brasileiras de chocolate. A pedido do seu principal cliente, a empresa Amma Chocolate – cuja produção é somente de produtos orgânicos, os quais exporta uma parte – a fazenda comunitária solicitou e obteve o selo Ecocert, líder mundial nas certificações de produtos orgânicos, em 2018. No Brasil, essa classificação só foi concedida a dois produtores de cacau orgânico, entre eles a “Dois Riachões”. “Essa marca nos paga duas vezes mais do que o preço do mercado, assim como outro cliente nosso, a empresa Denga, que só compra cacau fino e nos paga um adicional de 30% pelo cacau orgânico. Isso nos fez triplicar nosso lucro”, ressalta Costa de Jesus.  Estufa da fazenda comunitária "Dois Riachões" em Ibirapitanga, na Bahia Atualmente, os pequenos produtores planejam inaugurar a sua própria fábrica de chocolate, financiada de forma colaborativa. No Brasil, menos de 400 produtores de cacau têm o certificado nacional de cultivo orgânico, e sua produção continua sendo baixa, principalmente pela “dificuldade de vender o produto” em algumas regiões, explica Manfred Willy Müller, coordenador da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Ministério da Agricultura. No estado do Pará, no último ano, em um grupo de cooperativas com 126 agricultores, 85% da sua produção de cacau orgânico teve que ser vendida como cacau convencional por falta de estrutura comercial, lembra Müller.

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Ovos: Propriedades, seis benefícios e quantos pode comer

19 de janeiro de 2020, 10:43

Seja cozidos, escalfados, estrelados, mexidos ou na variante de omelete, os ovos são o grande protagonista das refeições de muitos de nós (Foto: Reprodução)

Ovo é um dos alimentos mais versáteis e nutritivos. Tanto a gema como a clara são ricas em proteínas, vitaminas e minerais extremamente benéficos para a saúde. Nesse sentido, a publicação Ativo Saúde divulgou todas as propriedades e benefícios deste super alimento.  Propriedades do ovo Está repleto de ácidos gordos saturados e insaturados, proteínas, aminoácidos, minerais e vitaminas. As principais propriedades do ovo: - Calorias: 143 kcal; - Proteínas: 13 g; - Lipídos: 8,9 g; - Colesterol: 356 mg; - Hidratos de carbono: 1,6 g; - Cálcio: 42 mg; - Magnésio: 13 mg; - Fósforo: 164 mg; - Ferro: 1,6 mg; - Sódio: 168 mg; - Potássio: 150 mg; - Cobre: 0,06 mg; - Zinco: 1,1 mg; - Retinol (vitamina A): 79 µg; - Tiamina: 0,07 mg; - Riboflavina: 0,58 mg; - Niacina: 0,75 mg.  Os benefícios do ovo Fortalece os músculos A proteína ajuda a manter o funcionamento dos músculos, promovendo ainda o aumento da massa magra.  Auxilia a saúde do cérebro Os ovos são ricos em vitaminas e minerais necessários para funcionamento eficiente do sistema cognitivo, ajudando a preservar a memória.  Dá energia Os ovos contêm vitaminas e minerais necessários para produzir energia em todas as células do corpo. Melhora o sistema imunológico As vitaminas e minerais presentes neste alimento ajudam a preservar as células de defesa. Diminui risco de incidência de doenças cardiovasculares A colina, que é um nutriente fundamental e é parte integrante do complexo de vitaminas B, desempenha papel determinante na quebra do aminoácido homocisteína, que está associado ao desenvolvimento de doenças cardíacas. Ajuda na perda e manutenção de peso A alta qualidade de proteína presente nos ovos prolonga a sensação de saciedade. O que por sua vez diminui a vontade de petiscar entre as refeições, reduzindo a ingestão total de calorias e contribuindo para a perda de peso. 

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Indígenas denunciam política de “genocídio, etnocídio e ecocídio

19 de janeiro de 2020, 10:31

Líderes indígenas e representantes de outras comunidades amazônicas estão reunidos desde terça-feira no estado de Mato Grosso (Foto: Reprodução)

Mais de 600 líderes indígenas brasileiros, reunidos em torno do emblemático chefe Raoni Metuktire no meio da floresta, denunciaram sexta-feira a política de "genocídio, etnocídio e ecocídio" incentivada, acusam, pelo Governo de Jair Bolsonaro. Líderes indígenas e representantes de outras comunidades amazônicas estão reunidos desde terça-feira no estado de Mato Grosso, para formar uma união sagrada contra a política ambiental do Presidente brasileiro. Estes responsáveis acusam o Governo de ameaçar o modo de vida dos nativos com as suas políticas, em particular através de uma lei com a qual se pretende autorizar atividades de mineração em terras reservadas para os nativos. "O nosso objetivo era unir forças e denunciar um projeto político do Governo brasileiro de genocídio, etnocídio e ecocídio que está em andamento", pode ler-se no projeto de manifesto elaborado no final da reunião, aprovado durante a noite. O Presidente Jair Bolsonaro "ameaça os nossos direitos, a nossa saúde e o nosso território", sublinha-se no texto, que foi lido em português e depois nas diferentes línguas indígenas da "casa dos homens" de Piaraçu, uma localidade afastada dos grandes centros urbanos, localizada nas margens do rio Xingu, no meio da floresta. "Não aceitamos a mineração nas nossas terras, madeireiros, pescadores ilegais ou hidroeletricidade. Somos contra qualquer coisa que destrua a floresta", acrescenta-se no documento. Os líderes indígenas também lamentaram que "ameaças e discursos de ódio do Governo incentivem a violência contra os povos indígenas e os assassínios dos (...) líderes" e exigem "punição para aqueles que matam" os seus "entes queridos". Os nativos enfrentam "não apenas o Governo, mas também a violência de uma parte inteira da sociedade que expressa claramente o seu racismo", denunciam. Em 2019, pelo menos oito líderes indígenas foram assassinados, três deles em menos de uma semana. O chefe Raoni, de 89 anos, pretende levar o manifesto ao Congresso em Brasília, pessoalmente. Na quinta-feira, as lideranças indígenas brasileiras já tinham lançado uma aliança de oposição às políticas ambientais defendidas pelo Governo. "Estamos vivendo um momento dramático, quase uma situação de guerra", disse então a coordenadora da Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Sonia Guajajara, durante a reunião. 

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Dietilenoglicol relacionado ao caso Backer já matou 750 em 10 países

19 de janeiro de 2020, 10:24

Primeiro registro da intoxicação ocorreu em medicamente nos EUA, em 1937, que matou 105 pessoas (Foto: Soraia Piva/Em/D.A Press)

Altamente tóxico, o dietileniglicol (DEG), agente químico encontrado nas cervejas da indústria mineira Hacker, segundo a investigação em curso em Minas, está envolvido com episódios de envenenamento em massa que causaram mais de 750 mortes em 10 países. A substância foi encontrada nas cervejas da indústria mineira Backer e está associada à intoxicação de 19 pessoas, sendo que quatro delas morreram. Apesar do caso Backer, a maior parte das ocorrências de intoxicação pela substância estava relacionada a preparações farmacêuticas. Estudo sobre o dietilenoglicol, publicado em 2017 na revista médica Clinical Toxicology, da Academia Americana de Toxicologia Clínica, lista episódios nos Estados Unidos, África do Sul, Nigéria, Bangladesh, China, Panamá, Espanha, Índia, Argentina e Haiti desde a década de 1930. O envenenamento por dietilenoglicol não chega a ser uma ocorrência comum, mas todos os casos tiveram uma alta mortalidade, segundo a publicação. “A maior parte dos casos documentados se relaciona a epidemias em que o DEG foi usado em preparações farmacêuticas em substituição a glicerinas e a glicóis mais caros, porém praticamente não tóxicos”, informa. O dietilenoglicol é um líquido transparente, praticamente sem odor, viscoso e com um sabor adocicado. O agente é rapidamente absorvido e distribuído pelo corpo. “As próprias características físico-químicas – sem odor, levemente adocicado e boa dissolução na água, constituem risco para essa contaminação. As substâncias tóxicas geralmente têm característica que já repele”, afirma a professora de toxicologia da Escola de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leiliane Coelho André. O primeiro registro de intoxicação pelo dietilenoglicol é de 1937, quando 105 pessoas morreram nos Estados Unidos. A substância foi usada em um composto de sulfanilamida, medicamento com ação antimicrobiana. Quase um terço dos 353 pacientes que tiveram contato com o produto, atualmente pouco usado, morreu. O caso alterou a legislação norte-americana para a produção de medicamentos. Na época, o presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, determinou que todos os medicamentos fossem obrigados a passar por teste na Agência Federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (FDA, em inglês) para obter licença de venda. Intoxicações por paracetamol O episódio mais recente de intoxicação pela substância matou 84 crianças na Nigéria, em 2008, por causa do consumo de um xarope de dentição, para aliviar o surgimento dos dentes. A maior parte dos casos de intoxicação no mundo por dietilenoglicol está relacionada ao uso desse produto no popular analgésico Paracetamol. O remédio contaminado dizimou 236 pessoas em Bangladesh, no período de 1990 a 1992. Também em 1990, 47 vítimas morreram na Nigéria pelo mesmo motivo. A Press Instalação da Fábrica da Cervejaria Backer, no Bairro Olhos D'Agua, em Belo HorizonteEm 1998, o Paracetamol irregular causou a morte de 88 pessoas no Haiti e oito na Índia, que lidera as ocorrências de envenenamento pelo agente químico. Nesse ano também, a presença de dietilenoglicol em um expectorante de tosse matou 33 pessoas – somente três sobreviveram. Em 1986, a contaminação de glicerina pela substância tóxica deixou 21 mortos. Na África do Sul, em 1969, o DEG estava presente em um sedativo e provocou a morte de sete crianças em decorrenção de insuficiência renal. As investigações apontaram que a substância foi usada no lugar de propilenoglicol. A Espanha também registrou contaminação por DEG. Em 1985, cinco pacientes em tratamento na unidade de queimados desenvolveram problemas renais e morreram. Todos haviam usado pomada que contava com a substância tóxica entre seus componentes. [BLOCKQUOTE1]Na América do Sul, a Argentina registrou a contaminação por DEG num xarope de própolis, contabilizando 29 óbitos, em 1992. No Panamá, o uso inadvertido do dietilenoglicol em um xarope veio à tona com centenas de pacientes com quadro de insuficiência renal acompanhada de disfunção neurológica, mesma característica apresentada por pacientes com suspeita de intoxicação pela contaminação da cervejaria Backer. A causa no Panamá foi o consumo de um xarope produzido com glicerina importada da China e contaminada com o DEG. As estatísticas oficiais registram 78 mortes, mas esse número pode ultrapassar os 365 óbitos. De acordo com o estudo, o envenenamento por dietilenoglicol ocorre, predominantemente, em locais com baixo acesso a tratamento de terapia intensiva e a processos de controle de qualidade. Vinho contaminado em Viena Mas há também casos envolvendo o uso do DEG na indústria de bebidas. Em 1985, em Viena, na Áustria, foi reportado um caso de vinho contaminado com altas doses de dietilenoglicol. “Apesar de terem vários episódios, algo que fica a desejar para entender os processos de intoxicação é a relação entre a dose consumida e os efeitos”, diz Leiliane. De acordo com o documento, as doses letais do agente químico não são definidas e que foi estimada em 1 mililitro por quilo (ml/kg). O estudo destaca, entretanto, que a ingestão do DEG pode levar a sérias complicações. A substância é metabolizada no fígado e resulta no 2-HEAA, que é responsável pelos efeitos mais tóxicos. [BLOCKQUOTE2]Como na nota técnica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o estudo caracteriza os sintomas da intoxicação por dietilenoglicol em três fases. Na primeira, pacientes apesentam problemas gastrointestinais, progredindo para a segunda fase, com insuficiência renal aguda. Em sua evolução, eles apresentam alterações neurológicas. O médico Alvaro Pulchinelli, diretor científico da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, explica que há três tipos de tratamento para intoxicação por dietilenoglicol. “Um deles é usar o próprio etanol, sob a administração de um médico, para poder contrabalançar os efeitos do DEG. Há também o fomepizol, substância que não existe no Brasil. O terceiro tratamento é a hemodiálise”, explica.

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14 pessoas que beberam cerveja Belorizontina correm risco de morte

17 de janeiro de 2020, 16:36

O número de notificações pode aumentar, segundo o superintendente de Vigilância e Saúde do Estado, Felipe Laguardia (Foto: Reprodução)

Os 14 pacientes internados com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol depois de beberem a cerveja Belorizontina, da Backer, estão em estado grave e correm risco de morte, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Todos estão internados na rede privada hospitalar de Belo Horizonte. Até o momento, são 18 notificações de possível intoxicação pela substância, com quatro mortes, sendo três suspeitas e uma confirmada. O número de notificações pode aumentar, segundo o superintendente de Vigilância e Saúde do Estado, Felipe Laguardia. A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte colocou em monitoramento outras 16 pessoas que procuraram a rede municipal de saúde e afirmaram terem bebido a Belorizontina. A diretora de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura, Lúcia Paixão, afirmou que, com o início dos casos de intoxicação, foi registrado aumento na procura por unidades básicas de saúde e também de pronto-atendimento. Não há, porém, um porcentual que dê dimensão a esse aumento. "O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a ser procurado agora, com a divulgação. Muito pelo temor", justificou a diretora. Os 14 pacientes estão sendo tratados com o antídoto para o dietilenoglicol, o etanol. As investigações apontaram também a presença de monoetilenoglicol na produção da Backer e na fábrica da cervejaria. Porém, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, todas as intoxicações foram pelo dietilenoglicol. As duas substâncias são altamente tóxicas - ambas provocam danos graves aos rins. Em relação a problemas neurológicos, o dietilenoglicol é um pouco mais brando. Sintomas Os pacientes apresentaram ainda cegueira, perda de movimentos de cima para baixo e paralisia facial. Os sintomas iniciais, dores abdominais e vômitos, começam a ocorrer em até 72 horas depois da ingestão da substância tóxica. O superintendente de Vigilância Sanitária do Estado afirmou que todos os casos suspeitos que chegam são colocados para análise e só depois de confirmado que pode se tratar de contaminação pelo dietilenoglicol é que são acrescentados ao rol de notificações. As autoridades de saúde pedem que, em relação a pessoas que tenham a cerveja em casa, não a joguem no lixo. A entrega deve ser feita, no caso de Belo Horizonte, nas administrações regionais da capital. Quanto aos bares e restaurantes, a recomendação é para que os proprietários dos estabelecimentos entrem em contato com a empresa. A Prefeitura identificou descarte irregular de garrafas da cerveja, conforme a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), responsável pela coleta de lixo na cidade. "Com isso, passa a existir o risco de consumo da bebida por pessoas em situação mais vulnerável", explicou Lúcia Paixão. A Secretaria de Estado da Saúde negocia com a Polícia Civil transferência de tecnologia para exames de identificação da presença do dietilenoglicol, hoje exclusivo no Estado, na rede pública, à corporação.

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Exoneração de Roberto Alvim já está publicada no Diário Oficial

17 de janeiro de 2020, 16:32

(Foto: Reprodução)

O governo federal já formalizou no Diário Oficial da União (DOU) a exoneração do dramaturgo Roberto Alvim do cargo de secretário especial da Cultura. A demissão de Alvim está em edição extra do documento que foi publicada na tarde desta sexta-feira, 17. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro já havia confirmado, em nota, a demissão do secretário. Bolsonaro disse que a situação de Alvim no governo ficou "insustentável" após ele gravar um vídeo com discurso quase idêntico ao do ideólogo nazista Joseph Goebbels. A fala teve ampla repercussão negativa entre autoridades do País e na comunidade judaica nesta manhã, o que contribuiu para a rápida demissão do secretário. "Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência", escreveu o presidente. Alvim foi nomeado secretário de Cultura em novembro, semanas após ofender a atriz Fernanda Montenegro nas redes sociais. Ele já estava no governo desde junho, como diretor do Centro das Artes Cênicas da Fundação Nacional das Artes (Funarte). Na curta passagem pelo cargo, Alvim ganhou brigas com os ministros da Cidadania, Osmar Terra (MDB), e do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), ao receber aval de Bolsonaro para nomear quem quisesse. Na ocasião, Bolsonaro mudou a estrutura da Esplanada para retirar a secretaria de Alvim do guarda-chuva de Terra e evitar atritos entre eles. Toda a estrutura da Cultura agora está vinculada ao Ministério do Turismo.  

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