NEGÓCIOS
Cooperativa de Várzea Nova dribla crise com novas iniciativas para comercializar a produção
24 de abril de 2020, 09:03
Foto: Ascom/SDR
Buscando alternativas para viabilizar a comercialização de seus produtos, neste período de pandemia do novo Coronavírus, associações e cooperativas da agricultura baiana buscam novos formatos para o escoamento da produção. Com motivação e criatividade, cooperativas como a de Produção Agropecuária de Giló (Coopag), localizada no município de Várzea Nova, no Território de Identidade Piemonte da Diamantina, vem garantindo renda para dezenas de famílias de cooperados, possibilitando a continuidade da atividade leiteira na região.
De acordo com o vice-presidente da Coopag, Fred Jordão, as vendas para as redes de supermercados da região e da capital baiana continuam, mas a comercialização dos iogurtes, que é feita para prefeituras e destinada à alimentação escolar, está parada, pela suspensão das aulas. Por isso, o leite está sendo destinado à produção de queijos, gerando um excedente na produção.
A alternativa encontrada por um dos cooperados foi envolver todos os produtores no escoamento desse excedente da produção, para manter o fornecimento do leite. A partir da proposta, aceita pelos cooperados, cada um ficou responsável pela venda direta, para amigos, vizinhos, familiares, de 40 quilos de queijo ao mês. A iniciativa está dinamizando as propriedades dos cooperados e motivando-os a continuar o trabalho.
José Junior, produtor de leite, que trabalha em parceria com um irmão, no município de Tapiramutá, explicou que diante da pandemia e da possibilidade de reduzir a entrega do leite, pela dificuldade de escoamento da produção, teve a ideia de ajudar na comercialização desses produtos, além de oferecer para vizinhos e amigos, também para mercados próximos: “É dessa forma que estamos buscando sair dessa crise, com o menor impacto possível, com o serviço de entrega, ajudando também àquelas pessoas que não podem sair de casa, como os idosos”.
Fred Jordão destaca que, a partir do diálogo com os produtores, ou eles se envolviam, tornando-se ‘donos do negócio’, ou corria-se o risco de o laticínio suspender a coleta do leite: “Está dando certo! Tem produtor de leite que está vendendo acima da meta estipulada. Todo mundo entendeu a necessidade e está sendo muito interessante e positivo aqui para a gente, porque eles abraçaram a causa e cada um está vendendo seja para a mãe, vizinho ou amigo”.
Referência de agroindústria
A Coopag, que possui 180 cooperados, trabalha há mais de 20 anos com uma linha de laticínios de qualidade e sabores surpreendentes. Os produtos são elaborados com matérias-primas selecionadas e passam por um rigoroso controle, que proporciona mais sabor, nutrição e saúde para os consumidores.
A cooperativa se tornou referência na agroindústria de pequeno porte da agricultura familiar. Atualmente, a produção mensal é de 150 mil litros de iogurte, sete mil quilos de manteiga, 20 mil quilos de queijo e 130 mil quilos de polpas com frutas.
Pontos de venda na capital
Iogurtes de café, coco, abacaxi, morango, ameixa, umbu e licuri, produzidos pela Coopag, estão disponíveis nas gôndolas de supermercados da capital baiana, como o Rede Mix e Hiperideal, nos bairros de Piatã, Alphaville, Imbuí, Pituba, Armação, Canela, Vila Laura, na BR-324 e também em Lauro de Freitas. Os produtos podem ser encontrados ainda nas lojas da Cesta do Povo e Almacem Pep. Além de iogurtes, na Cesta do Povo o consumidor encontra queijo e manteiga da Coopag.
Investimentos
Por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), a Coopag vem recebendo apoio com investimentos voltados, tanto para o aumento da produtividade, quanto para a aquisição de equipamentos para a Unidade de Beneficiamento de Leite, possibilitando a diversificação da produção e a inserção de novos produtos ao mercado.
A cooperativa também foi contemplada com R$1,4 milhão, no edital Alianças Produtivas Territoriais, do projeto Bahia Produtiva, com o objetivo de estimular o crescimento produtivo da agricultura familiar da Bahia, por meio de parcerias com o setor privado.
Governo da Bahia e consórcio chinês assinam ainda neste mês contrato para construção da ponte Salvador-Itaparica
10 de abril de 2020, 10:40
Foto: Divulgação
Segundo a coluna Farol Econômico do jornal Correio, além da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), um outro investimento de infraestrutura na Bahia impactado pela crise do coronavírus é a Ponte Salvador-Itaparica.
Primeiro, segundo a coluna, os chineses ficaram isolados lá e agora estamos todos isolados do lado de cá. Ainda assim, o governo baiano garante que o contrato de licitação com o consórcio vencedor será assinado até o final deste mês, portanto dentro do prazo previsto.
Segundo informações do governo baiano, equipes técnicas da Bahia e da China tem tratado desde janeiro questões como as áreas dos canteiros de obra, licenças ambientais e a apresentação de uma prévia do cronograma de construção.
Como a China já conseguiu controlar a pandemia e está retornando gradualmente as atividades em todo país, segundo informações apuradas pelo #Acesse Política, uma comitiva da China já está se preparando para viajar em voo fretado ao Brasil para assinar contrato com o governo da Bahia.
Fonte: Site Acesse Política
Sem aulas presenciais, escolas negociam mensalidades
03 de abril de 2020, 08:11
Foto: Reprodução
Com as aulas presenciais sem data de retorno, em algumas escolas particulares de São Paulo grupos de pais se organizaram para pedir desconto coletivo, enquanto outros se preocupam com a manutenção dos funcionários e professores pelas instituições. Em meio a isso, a Secretaria Nacional do Consumidor recomenda o diálogo e evitar a judicialização – uma vez que a alteração é “por força maior”.
Mesmo entre as escolas de elite, há divergências. A Saint Paul’s encaminhou nota aos pais, informando que dará desconto de 30%. “Esse valor será aplicado durante os meses em que a escola estiver operando por meio de plataformas de ensino online.”
Enquanto isso, o Bandeirantes informou que não dará desconto coletivo. O diretor Mauro Aguiar disse que a economia da instituição com a quarentena seria irrisória para conseguir reduzir a mensalidade dos 2.653 alunos. Ele ainda lembrou que a escola aumentou o investimento em tecnologia para poder oferecer o ensino a distância.
Na mesma linha, a Escola Mais não reduzirá a mensalidade, mas já está operando 100% digital e ofereceu ajuda a outras escolas para implementar o ensino a distância e ofertou gratuitamente todo o seu conteúdo digital, incluindo as aulas que acontecem em tempo real.
Já o Colégio Pentágono precisou esclarecer ontem a demissão de dois funcionários. Um grupo de pais criou abaixo-assinado para pedir a readmissão de um vigia e de uma secretária. A escola informou ao jornal O Estado de S. Paulo que foram duas saídas pontuais e as vagas serão repostas. “Eram demissões previstas. A escola tem 800 funcionários. Não foi por corte de gastos. Foi uma reorganização”, informou a diretora Dulcinea Machado.
O Pentágono deve soltar comunicado aos pais nos próximos dias para informar sobre a mensalidade. “Os descontos são casos individuais. Queremos ajudar os pais. Quem não conseguir pagar agora, estamos dispostos a negociar.”
O Dante Alighieri ainda está analisando desconto coletivo. O Santa Cruz preferiu não se pronunciar, mas a Stance Dual diminuirá em 12% a mensalidade de abril – mas informou que o valor será reposto em três parcelas equivalentes (4% cada) nas mensalidades de outubro, novembro e dezembro.
A Rede Decisão, que atende a 6 mil alunos em 11 escolas de São Paulo e Minas, com um público mais voltado para a classe média, pede paciência aos pais. Gabriel Alves, CEO da escola, disse que o momento é para pensar no coletivo. “Estão esquecendo que, se as escolas pararem de receber a mensalidade, vai ter gente que vai parar de receber salários. A ideia é manter o salário dos funcionários integralmente. Hoje tem muita gente olhando em causa própria. Tem pai pedindo desconto, outros que são contra as férias, outros contrários ao ensino a distância. No momento todos estão muito à flor da pele. O importante no momento é pensar mais no coletivo”, declarou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por coronavírus, Aneel suspende cortes de energia por três meses
25 de março de 2020, 00:14
Foto: Reprodução
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu os cortes no fornecimento de energia por falta de pagamento das contas de luz por 90 dias (três meses). O motivo é a pandemia do novo coronavírus, que dificulta o trabalho da equipe de manutenção das redes de distribuidoras e até mesmo o pagamento das contas de luz por parte dos clientes. A decisão foi aprovada por unanimidade pelos cinco diretores do órgão regulador.
A medida valerá para todos os consumidores residenciais e também para serviços essenciais – como unidades de saúde e hospitais, serviços de entrega de alimentos e metrô, por exemplo. “Nesse momento de crise, algumas atividades devem ser mantidas para não haver desordem pública, desabastecimento e aflição das pessoas”, disse relator do processo, diretor Sandoval de Araújo Feitosa.
Além da suspensão de cortes, a população de baixa renda, cadastrada no programa Tarifa Social, terá outro benefício. Verificações periódicas em relação ao cadastro dessas pessoas não serão realizadas, de forma que ninguém seja retirado do programa nos próximos três meses. Estimativas do setor apontam que 50% dos consumidores pagam as tarifas de energia em agências bancárias, lotéricas e redes de atendimento das próprias distribuidoras, todos reduzidos em razão do avanço da covid-19.
Decretos publicados no fim de semana no Diário Oficial da União ampliaram a lista de atividades classificadas como essenciais e que, consequentemente, também terão direito à suspensão de corte de energia por inadimplência.
Integram a lista empresas de telecomunicações e internet, serviço de call center, companhias de água, esgoto e lixo, guarda e uso de substâncias radioativas e vigilância sanitária, por exemplo.
“Não se trata de isentar consumidores, mas de garantir a continuidade do fornecimento em momento de calamidade pública”, afirmou Feitosa.
O diretor fez um apelo aos clientes que continuem a manter as contas em dia, se puderem, já que as empresas precisam pagar seus empregados. “Quem tiver condições de honrar seus compromissos assim o faça, de maneira constante e responsável”, disse.
Apesar de suspender o corte de energia por falta de pagamento, as dívidas não serão perdoadas. Pelo contrário: passado o prazo da medida, elas serão cobradas com multa e juros. “Encerrada a calamidade, os consumidores estarão sujeitos à suspensão de fornecimento por inadimplemento”, disse o relator.
Flexibilização
A Aneel também flexibilizou regras de atendimento das distribuidoras durante a pandemia, cuja violação pode resultar em punições e multas. Prazos regulamentares serão suspensos, bem como atividades acessórias.
Por outro lado, as empresas deverão focar sua atividade em reforço de rede e aumento das equipes de plantão. O atendimento de urgência e emergência deverá ser priorizado, enquanto o presencial poderá ser suspenso.
A entrega física da fatura deverá ser substituída por recursos digitais. A leitura do consumo também poderá ser feita com periodicidade diferente e, eventualmente, até substituída pela média do consumo dos últimos meses.
Todas as medidas aprovadas hoje valerão por 90 dias, mas poderão ser prorrogadas ou revistas a qualquer tempo, de acordo com a Aneel. Devido à pandemia, a Aneel dispensou a análise de impacto regulatório e a realização de audiência pública para a tomada de decisão.
Medidas adicionais
De acordo com a Aneel, 47% do faturamento do setor vem de consumidores residenciais, e a inadimplência média é inferior a 5%. Segundo Feitosa, caso a inadimplência aumente muito, a agência e o governo deverão adotar medidas alternativas para garantir a sustentabilidade do setor elétrico.
Outro aspecto que será observado nas próximas semanas, segundo o diretor, é a possível sobra de energia devido à queda de demanda, que pode gerar sobrecontratação para as distribuidoras. O tema será tratado em um outro processo, segundo o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.
Não está definido se as distribuidoras contarão com algum auxílio no caixa. Se houver, a decisão é da União e só poderia ocorrer por meio de Medida Provisória, e não por deliberação da Aneel. Também cabe ao governo decisões que ampliem os benefícios e descontos tarifários da população de baixa renda.
Na reunião desta terça-feira, 23, a Aneel não aprovou a suspensão de reajustes tarifários de distribuidoras. O pleito foi feito por alguns governadores, entre eles o de São Paulo, João Dória. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, essa solicitação não será atendida.
Pedidos
Nos últimos dias, a Aneel informou ter recebido 11 pedidos de distribuidoras e associações do setor para adoção de medidas emergenciais em meio à pandemia do novo coronavírus.
Com participação virtual na reunião, a presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Enersul, Rosimeire Cecília da Costa, deu apoio à adoção de ações pela Aneel para ajudar os consumidores.
Segundo ela, o comércio de Campo Grande já perdeu R$ 90 milhões em razão das medidas de contenção do avanço da doença. A estimativa é perder R$ 300 milhões até 6 de abril, o que deve dificultar o pagamento das contas de luz.
Representante do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), o advogado Michel Roberto de Souza pediu ainda a religação da energia daqueles já estão com o fornecimento cortado. Ele também participou da reunião por meio de videoconferência. Não ficou claro se essa solicitação será atendida.
Fonte: Estaďão Conteúdo
Empresário diz não ter intenção de forçar fechamento da Heineken na Bahia
28 de fevereiro de 2020, 07:12
Foto: Reprodução
O empresário Maurício Marcelino disse em entrevista por escrito ao Poder360 que seu objetivo não é fechar a fábrica da Heineken em Alagoinhas, que usa água de 1 poço artesiano no local.
Marcelino tem 63 anos, é empresário e vive em Salvador. Ele é o autor de uma ação que dura 23 anos na Justiça e que teve seu desfecho agora em fevereiro. A sentença final devolveu a Marcelino o direito de explorar o subsolo do terreno onde está a fábrica da Heineken.
O empresário falou ao Poder360 por meio de seu advogado, Luiz Henrique Oliveira do Carmo, respondendo por escrito.
A ação foi finalizada em 13 de fevereiro de 2020, quando o Superior Tribunal de Justiça proferiu a sentença definitiva. De acordo com o STJ, a Agência Nacional de Mineração (ANM) deve anular uma decisão tomada em 1997, quando expeliu Marcelino de uma área de 2.000 hectares para que no local fosse instalada uma cervejaria da empresa Schincariol (que hoje é uma planta da Heineken).
Ocorre que Marcelino havia obtido o direito de mineração do subsolo do terreno, o que inclui o uso da água. A decisão de 1997 foi forçada por políticos baianos que estavam no poder à época, como o então senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) e o então governador da Bahia, Paulo Souto.
Passados 23 anos, o processo transitou em julgado (recebeu a sentença final e Marcelino foi declarado vencedor. Agora, a ANM terá de devolver o direito a ele de explorar o subsolo de onde está a cervejaria.
A rigor, isso obrigaria a Heineken a imediatamente parar sua produção local, pois não poderia mais explorar a água do terreno. Marcelino diz não ter a intenção de forçar tal situação. Afirma ser apenas necessário seguir a decisão da Justiça e negociar uma forma de preservar a fábrica e os empregos na região de Alagoinhas.
“Nós nunca pedimos em lugar nenhum o fechamento da fábrica. Pedimos o reestabelecimento do nosso direito, pura e simplesmente. Obviamente que quando isso for concedido, os alvarás da Heineken deixarão de existir. Mesmo assim a fábrica continuará funcionando normalmente. A não ser que a Heineken decida fechar por outro motivo. A única diferença é que a Heineken terá de pagar pela utilização do bem mineral que não lhe pertence. A Heineken e as cervejarias que a antecederam sempre souberam que os seus respectivos alvarás foram concedidos a partir de uma fraude e que 1 dia esses alvarás deixariam de existir”.
Eis a entrevista, concedida por escrito:
Poder360 – A sua demanda judicial se arrasta há 23 anos. Por que demorou tanto?
Maurício Marcelino – Tenho 1 sentimento de impotência. Parece que as instituições no Brasil não funcionam. Principalmente em disputas contra grandes empresas globais e multinacionais. Elas simplesmente não cumprem decisões judiciais no Brasil mesmo depois do trânsito em julgado.
Essa área nos foi arrancada por 1 ato arbitrário e ilegal, onde a influência política do falecido senador ACM falou mais alto em favor de uma cervejaria. Isso foi decidido a meu favor de forma unânime em 1ª Instância da Justiça Federal, pelo TRF e pelo STJ. O processo já acabou há anos, mas não conseguimos reaver nosso direito.
O que o sr. tem a dizer sobre as manifestações da cervejaria Heineken?
Olha, a Heineken não tem o que dizer. Uma parte da empresa no Brasil parece querer usar terrorismo barato como argumento. Mas sem nenhum argumento jurídico.
Primeiro, porque a Heineken sabe, como todos nós sabemos, que a empresa acabou por se beneficiar por muitos anos de 1 ato ilegal, fruto de ingerência política.
Antes disso, a Kirin sabia quando comprou da Schincariol. E a Heineken sabia quando comprou da Kirin da pendência jurídica sobre o uso do subsolo. Essas empresas inclusive reservam rubricas específicas em seus orçamentos para este tipo de problemas nas aquisições que fazem.
A Heineken usa a seu favor o argumento de que oferece empregos na cidade de Alagoinhas, na Bahia. Sem poder explorar a água do subsolo, a fábrica poderia ser fechada. Esse argumento não deve ser considerado?
A Heineken não tem nenhum argumento jurídico.
A estratégia sempre foi me desqualificar. A empresa fica repetindo nos bastidores que eu sou beneficiário do Bolsa Família. O que é uma mentira ardilosa. Meu CPF é público pois está no processo judicial. Pode ser consultado. Se existir 1 homônimo, porque meu nome é muito comum, com meu CPF você tira isso a limpo.
O outro argumento, que me parece alarmista, é espalhar que se a decisão judicial for cumprida a fábrica irá fechar. É outra mentira. Nunca pedimos nem vamos pedir o fechamento da fábrica. Sinceramente, dá até pena de uma empresa global, tão poderosa, partir para 1 jogo tão provinciano e desprovido de sustentação lógica. Uma empresa que se gaba de seus programas de compliance e governança, mas na prática se utiliza de influência política e jurídica para prejudicar as pessoas. Esses grandes grupos, se você percebe bem, muitas vezes comportam-se como botequins.
Agora que o processo está fase final, na prática, pode ser requerido o fechamento da fábrica em Alagoinhas?
Nós nunca pedimos em lugar nenhum o fechamento da fábrica. Pedimos o reestabelecimento do nosso direito, pura e simplesmente. Obviamente que quando isso for concedido, os alvarás da Heineken deixarão de existir. Mesmo assim a fábrica continuará funcionando normalmente. A não ser que a Heineken decida fechar por outro motivo. A única diferença é que a Heineken terá de pagar pela utilização do bem mineral que não lhe pertence. A Heineken e as cervejarias que a antecederam sempre souberam que os seus respectivos alvarás foram concedidos a partir de uma fraude e que 1 dia esses alvarás deixariam de existir.
A água é 1 dos vários insumos da produção da fábrica. Pode ser usado extraindo do poço artesiano que existe no local ou pode ser trazida de fora, de outro lugar. A situação aqui é similar ao caso de uma fábrica usar energia, por exemplo, por muitos anos sem pagar por esse uso. Só porque não pode mais usar sem pagar quer dizer que a fábrica vai fechar? Agora, se a fábrica vai fechar ou não, isso depende de como a Heineken vai lidar com o assunto. Não excluo totalmente a possibilidade de fazermos 1 entendimento com eles para que nos remunerem pela utilização do nosso direito: a exploração da água mineral que nos pertence. Mas, da forma como tem sido feita essa condução pela Heineken, com muita truculência, acho pouco provável.
Já estamos em entendimentos adiantados com duas cervejarias (uma nacional e outra estrangeira). Temos protocolos de intenções assinados com ambas. Nós descobrimos muito antes da Heineken vir para o Brasil que a localização onde está nossa área é ideal, por vários motivos, para produção de bebidas. Caso a Heineken não tenha interesse em continuar a operar a fábrica, nenhum emprego será perdido nem a geração de receita para o Estado e para o município. Tudo está garantido, pois esse é o nosso interesse. Se optarmos por utilizarmos nossos alvarás diretamente, vamos indenizar a Heineken pela benfeitoria da fábrica como se encontra, na forma da legislação mineral vigente, e vamos continuar a explorar o bem mineral que nos pertence.
Em qualquer lugar do mundo uma empresa dessas não se daria ao descaso de passar por cima da lei e das pessoas.
Segundo dados recentes, o Brasil é hoje o maior mercado mundial para a Heineken. Além de lucrar com o consumo dos brasileiros, a empresa leva lucro para o exterior.
A Heineken deve entender que é bom para todos que a lei seja cumprida. É a segurança jurídica do Brasil que está em jogo. É bom também para a própria Heineken que as regras sejam respeitas. No futuro, essa empresa poderá estar do outro lado de 1 processo pedindo que as leis sejam respeitadas.
Sugerir que a fábrica será fechada é uma estratégia que flerta com a chantagem e causa apreensão a centenas de famílias. Esse é 1 jogo baixo e não acredito que seja a diretriz internacional de uma empresa de renome como a Heineken.
Essa fábrica em Alagoinhas recebeu vultuosos benefícios fiscais para se instalar. Agora, chegou a hora de normalizar tudo, dentro da lei e de acordo com o que decidiu a Justiça.
Defeito em airbag pode afetar 2,7 milhões de carros
18 de fevereiro de 2020, 08:22
Foto: Reprodução
5,4 milhões de automóveis foram convocados para substituição do equipamento desde 2013
Cerca de 2,7 milhões de veículos com possível defeito no sistema de airbag que provocou a morte de um motorista no Rio de Janeiro no fim do mês passado ainda circulam por todo o País. Eles são de diversas marcas e estão incluídos na lista de 5,4 milhões de automóveis que foram convocados para substituição do equipamento desde 2013, conforme dados do Procon-SP – mas ainda não foram levados às concessionárias para o conserto.
Todos os veículos são equipamentos com um ou mais airbags fabricados pela antiga Takata (hoje Joyson Safety).
O equipamento apresentou defeito de fabricação que provoca o lançamento de peças de metal quando o airbag é acionado em caso de acidente. O problema levou ao maior recall da indústria automobilística do mundo (mais de 30 milhões de veículos nos últimos sete anos), e do Brasil, com 5,4 milhões de unidades, a maior parte das japonesas Honda, Toyota e Nissan.
Há relatos de 22 mortes e mais de 200 feridos, a maioria nos Estados Unidos. No Brasil, só a Honda informou que há registros de 16 feridos, sendo um deles fatal, o motorista do Rio.
O primeiro caso no Brasil envolveu um New Civic LXS 2008. Segundo a empresa, o modelo foi convocado em 2015, mas não foi levado para substituir o inflador do airbag. A Honda não divulgou dados da vítima.
Pelos relatórios do Procon e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), em média apenas metade dos veículos que passam por recall são levados para conserto.
A Honda disse que, ao todo, há 906,2 mil veículos da marca que deveriam substituir 1,6 milhão de insufladores, sendo que 61% já passaram pelo serviço.
A Toyota informou que convocou 1,4 milhão de modelos por causa do defeito do airbag e que 61,4% atenderam. O recall da Nissan envolve 340 mil airbags, sendo que 55% foram substituídos (a empresa não informou número de carros).
A partir deste ano, portaria do Ministério da Justiça prevê que o não atendimento ao recall em até um ano vai constar no Certificado de Registro do veículo. A medida prevê ainda ações mais efetivas para a realização do recall.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Renault pode fechar fábricas após primeiras perdas em dez anos
16 de fevereiro de 2020, 16:42
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A fabricante de carros francesa Renault anunciou nesta sexta-feira (14) que pode fechar as fábricas sob um plano abrangente de economia, depois de registrar suas primeiras perdas desde 2009.
“Nosso objetivo é reduzir nossos custos estruturais em pelo menos 2 bilhões de euros nos próximos três anos”, declarou a diretora-geral interina Clotilde Delbos, afirmando que o grupo anunciará seu plano de recuperação em maio.
Conforme o anúncio desta sexta, a Renault entrou no vermelho em 2019, pela primeira vez em dez anos, registrando uma perda líquida de 141 milhões de euros (155 milhões de dólares).
A prisão do principal líder da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, no Japão em novembro de 2018, devido a acusações de desfalque por parte de líderes do grupo japonês, mergulhou essa aliança franco-japonesa em uma grave crise.
Ghosn agora está refugiado no Líbano depois de fugir da Justiça japonesa.
Para 2020, o grupo francês antecipa uma nova baixa de seus benefícios e um volume de negócios da “mesma magnitude” que o de 2019.
O atual presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, expressou sua confiança na nova equipe administrativa, com a chegada planejada para julho do novo CEO, Luca de Meo, vindo da Seat (Grupo Volkswagen).
Brasil pode perder exportação agrícola ao Irã para Argentina
03 de fevereiro de 2020, 11:32
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A invasão de argentinos em áreas do Brasil, prevista pelo presidente Jair Bolsonaro, caso Alberto Fernández fosse eleito -eleição que ocorreu-, poderá começar pelo agronegócio. Não fisicamente, mas comercialmen
Os argentinos se prepararam para uma maior tensão entre Brasil e Irã. Os atritos com o país persa começaram com o apoio do governo brasileiro à ação dos americanos na morte do general Qassim Suleimani, em Bagdá.
Agora, o Brasil, alinhado a Estados Unidos e Israel, sediará entre 4 e 6 de fevereiro, em Brasília, uma reunião do “Grupo de Trabalho sobre Questões Humanitárias e de Refugiados”, criado na “Reunião Ministerial de Varsóvia para Promover um Futuro de Paz e Segurança no Oriente Médio”. Na pauta da reunião, estará a busca de um maior isolamento comercial do Irã, o que preocupa o agronegócio.
No ano passado, em duas reuniões com delegações dos Estados Unidos e de Israel já havia sido solicitado ao Brasil uma posição mais dura contra o Irã, mas o Itamaraty resistiu.
A Argentina, além de atender as principais necessidades de alimentos do Irã, permaneceu neutra no conflito do país persa com americanos.
As negociações dos argentinos com os iranianos já vêm ocorrendo desde outubro e devem se intensificar a partir de agora. Está prevista uma ida de empresários do país vizinho, principalmente do agronegócio, a Teerã.
Essa missão comercial está sendo coordenada pelo Bripaem, um bloco composto por sete países da América do Sul. Edemir Schornen Bozeski, secretário de relações exteriores do bloco, diz que o objetivo é fomentar a relação entre todos os países do grupo (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai).
Assim como busca opções de comércio para o Brasil, o bloco avalia também todas as demais opções comerciais para os outros componentes. E, em uma possível freada das negociações entre Brasil e Irã, o fornecimento de alimentos para os iranianos continuaria sendo feito por um país da América do Sul, segundo ele. O bloco é composto por empresários e prefeitos.
O Irã é o quarto maior importador de alimentos do Brasil, com gastos de US$ 2,2 bilhões (R$ 9,4 bilhões) no ano passado. Cinco produtos se destacam nas compras iranianas: milho, soja, farelo de soja, carne bovina e açúcar.
À exceção do açúcar, a Argentina conseguiria substituir o Brasil nesse fornecimento.Em uma eventual ruptura das relações comerciais entre Brasil e Irã, os brasileiros perderiam um país fiel e que remunera melhor os alimentos adquiridos.
Um dos exemplos é o milho, cujo preço pago pelos iranianos supera em 11% o dos demais principais importadores.
A necessidade de compra de milho pelo Irã soma 10 milhões de toneladas, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) e o Brasil forneceu 54% em 2019, apontam dados do governo.
Com relação à soja, o Brasil não perderia muito. As importações totais iranianas atingem 1,9 milhão de toneladas, mas 84% dessas compras se concentram no Brasil.
A Argentina poderá substituir o Brasil também no farelo de soja. Isso ocorreria em um momento ruim para o Brasil. Com o aumento da produção de biodiesel, a oferta de farelo cresce e os exportadores brasileiros querem elevar a presença no mercado externo.
A carne bovina também é outra demanda iraniana, e o Brasil foi responsável pelo fornecimento de 48% do produto importado pelo país persa.Um exemplo da fricção diplomática é que importadores do Irã já manifestam que a compra da carne brasileira pode ser impactada se houver alinhamento político do governo com os Estados Unidos.
“A posição do Brasil afeta 100% a decisão dos comerciantes iranianos, que perderiam interesse em comprar porque o governo daqui para de cooperar”, disse Mohammad Hosseyn Mohammadzaman, presidente da Ghaza Faravar Penguin, via telefone de Teerã.
O empresário diz ter importado de 8 mil a 10 mil toneladas das 63 mil compradas pelo Irã no Brasil, em 2019. No ano passado, o país foi o sétimo importador de carne do Brasil, representando 3,4% das vendas ao exterior.
Em caso de eventual ruptura, empresários do setor dizem que o Irã buscaria mercados mais próximos, como Romênia e Cazaquistão, que já vendem ao país.
Os argentinos, que lideraram as exportações mundiais de carne bovina na década de 70, e perderam espaço, voltaram a crescer e teriam produto para abastecer o Irã.
Uma missão de empresários do Irã esteve recentemente no Brasil e na lista de produtos que eles querem do país estão arroz e açúcar –neste caso, os argentinos podem fornecer arroz, mas açúcar iranianos buscariam na Índia.
As opções ideológicas do governo podem complicar a vida de um dos setores mais dinâmicos da economia nos últimos anos. Além disso, o alinhamento ideológico com os EUA tem pouco a acrescentar ao agronegócio, uma vez que os dois países são concorrentes em praticamente todos os produtos.
Cacau orgânico tira pequenos agricultores da pobreza no Brasil
20 de janeiro de 2020, 13:09
Foto: AFP
Em uma encosta de uma colina, na Bahia, os grãos de cacau levam dias secando no interior de uma estufa. “É a nossa última colheita e já temos comprador”, conta entusiasmado Rubens Costa de Jesus, agricultor da fazenda comunitária “Dois Riachões”, que reúne 39 famílias.
Antes sem terra e agora instalados a 80 km do litoral da Bahia, esses pequenos agricultores produzem cacau, frutas e verduras sem usar fertilizantes ou agrotóxicos.
Sua produção faz parte das cerca de 1.900 toneladas de cacau orgânico produzidas no Brasil em 2018, menos de 1% da produção nacional.
Todos os agricultores são nativos da região e, em 2001, se estabeleceram em “Dois Riachões”, mais precisamente em precárias instalações situadas próximo a uma estrada. Na época, a propriedade de 400 hectares pertencia a uma grande família de produtores de cacau que não cumpria com os critérios de produtividade impostos pelo governo.
Seis anos depois, após uma desapropriação judicial do terreno e mesmo com recurso apresentado por parte dos antigos proprietários, esses produtores decidiram se instalar em uma parte da terra e cultivar ali os seus produtos, sempre usando métodos exclusivamente orgânicos e sistema agroflorestal para o plantio de cacau.
– Quatro hectares por família –
Na fazenda comunitária, cada família é responsável por cultivar quatro hectares de árvores de cacau e participa da manutenção da horta comunitária.
Em 2018, após acabarem todos os recursos judiciais da família desapropriada, a Justiça concedeu a posse da propriedade para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que assim permitiu oficialmente aos produtores que pudessem permanecer no terreno.
“Antes trabalhávamos em plantações convencionais de cacau, o que apenas nos permitia sobreviver. Além disso, a situação piorou quando as zonas de cultivo foram devastadas por uma praga chamada vassoura da bruxa, que levou muitos à falência”, explicou Costa de Jesus, de 31 anos. “Produzir nosso próprio cacau, que é orgânico, finalmente nos permite viver do nosso trabalho”.
Para conseguir comercializar a produção, eles primeiro passaram a fazer parte de um programa público de apoio à comercialização de produtos da agricultura familiar. Porém, as compras subsidiadas pelo Estado foram caindo e os agricultores tiveram que buscar outras opções.
– Receita triplicada –
Em 2016, a “Dois Riachões” recebeu sua primeira certificação de produtos orgânicos, reconhecida pelo Ministério da Agricultura, o que permitiu aos produtores a venda dos produtos nas feiras ecológicas da Bahia.
Participaram de capacitações, plantaram árvores mais resistentes, melhoraram seus métodos de produção e instalaram a estufa para secar e melhorar a qualidade dos grãos comercializados.
Agora vendem a maioria do seu cacau fino às grandes marcas brasileiras de chocolate.
A pedido do seu principal cliente, a empresa Amma Chocolate – cuja produção é somente de produtos orgânicos, os quais exporta uma parte – a fazenda comunitária solicitou e obteve o selo Ecocert, líder mundial nas certificações de produtos orgânicos, em 2018. No Brasil, essa classificação só foi concedida a dois produtores de cacau orgânico, entre eles a “Dois Riachões”.
“Essa marca nos paga duas vezes mais do que o preço do mercado, assim como outro cliente nosso, a empresa Denga, que só compra cacau fino e nos paga um adicional de 30% pelo cacau orgânico. Isso nos fez triplicar nosso lucro”, ressalta Costa de Jesus.
Estufa da fazenda comunitária “Dois Riachões” em Ibirapitanga, na Bahia
Atualmente, os pequenos produtores planejam inaugurar a sua própria fábrica de chocolate, financiada de forma colaborativa.
No Brasil, menos de 400 produtores de cacau têm o certificado nacional de cultivo orgânico, e sua produção continua sendo baixa, principalmente pela “dificuldade de vender o produto” em algumas regiões, explica Manfred Willy Müller, coordenador da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Ministério da Agricultura.
No estado do Pará, no último ano, em um grupo de cooperativas com 126 agricultores, 85% da sua produção de cacau orgânico teve que ser vendida como cacau convencional por falta de estrutura comercial, lembra Müller.
Liberação saque do FGTS atrasa pagamento do seguro-desemprego
16 de janeiro de 2020, 13:47
Foto: Reprodução
A Secretaria de Previdência e Trabalho admitiu nesta quinta-feira, 16, que há um atraso na concessão de seguro-desemorego devido a um erro no sistema relacionado ao saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo a secretaria, vinculada ao Ministério da Economia, os pedidos represados desde a segunda semana de dezembro serão liberados até o dia 22. Já os benefícios solicitados a partir do dia 20 deverão ser liberados automaticamente.
A questão foi levantada por uma reportagem do portal G1, publicada nesta quinta. Trabalhadores relatam atrasos no tempo de concessão do benefício para quem é demitido sem justa causa devido uma divergência no FGTS, que teve a liberação de até 998 reais por conta no saque imediato, medida do governo para estimular o consumo. A movimentação do FGTS interfere no recebimento do seguro-desemprego. E, se o trabalhador retirar o FGTS por outro motivo além da rescisão do contrato de trabalho, o sistema do seguro-desemprego é notificado e o beneficiário terá de entrar com um recurso administrativo para liberar o benefício.
Segundo a Secretaria de Previdência, os problemas começaram a aparecer na segunda quinzena de dezembro e, após a detecção do problema, “o Ministério da Economia iniciou os processos corretivos nos seus sistemas para solucionar a questão, com suporte da Caixa”. A orientação recebida por trabalhadores era entrar com um recurso administrativo, chamado 557. Com isso, o desempregado precisaria esperar a avaliação do recurso, elevando o tempo de espera pelo benefício. O seguro-desemprego leva 30 dias para ser concedido ou negado e o recurso tem prazo de mais 30 para ser avaliado.
“Com a solução, os trabalhadores que apresentaram um recurso administrativo 557 terão os benefícios liberados no que ocorrer primeiro, reprocessamento ou análise do recurso. Já aqueles que não contestaram a negativa terão a liberação do seguro-desemprego de forma automática”, informou o órgão.
A Secretaria disse que, por motivos de segurança, é feita uma série de conferências em diversas bases de dados toda vez que o trabalhador entra com o pedido do seguro-desemprego. O processo ocorre para verificar a identidade do trabalhador e realmente tem direito ao benefício.
Dentre essas apurações está o registro do FGTS. Onde deveria constar “demissão sem justa causa” como última informação. Mas, no caso da liberação do saque imediato, não é isso que aparece, causando a pendência e a necessidade do recurso. “Quando isto acontece, o sistema indica uma pendência e o trabalhador não consegue solicitar o benefício. Isto impede, por exemplo, a concessão de benefícios a trabalhadores que foram demitidos por justa causa ou tiveram seu contrato por prazo determinado encerrado, dois casos que não dão direito ao pagamento”, informou a pasta.