NEGÓCIOS

Pesquisa diz que, de 69 milhões de casas, só 2,8% não têm TV no Brasil

21 de fevereiro de 2018, 11:12

Divulgada hoje (21) pela primeira vez pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2016: acesso à internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal confirma o que foi sinalizado por outros estudos do órgão. O acesso à internet, a substituição de TVs de tubo e a posse de celular são tendências crescentes no país. A pesquisa abrangeu 211.344 domicílios particulares permanentes em 3,5 mil municípios.

Realizada no último trimestre de 2016, a sondagem apurou que – de 69,3 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil – apenas 2,8%, ou 1,9 milhão, não tinham televisão, com destaque para o Norte do país, onde o percentual é o mais elevado (6,3%).

Por outro lado, no total de 67,373 milhões de domicílios com televisão no Brasil, existiam 102.633 milhões de televisões. E 63,4% eram de tela fina e 36,6% de tubo, com o primeiro tipo em 66,8% dos domicílios e o segundo, em 46,2%.

Os maiores percentuais foram encontrados para televisão de tela fina nas regiões Sudeste (73,8%), Sul (71,1%) e Centro-Oeste (69,1%). No Nordeste, os percentuais ficaram equiparados: 54,2% dos domicílios tinham TV de tela fina e 54,3%, televisores de tubo.

A gerente da pesquisa do IBGE, economista Maria Lúcia Vieira, disse à Agência Brasil que a tendência é ir diminuindo a presença de televisões de tubo nas casas dos brasileiros porque já não se fabricam mais esses aparelhos. Eles estão sendo substituídos por TVs de tela fina, tipo LED, LCD ou plasma.

O poder aquisitivo dos habitantes do Sudeste, Sul e Centro-Oeste explica o maior percentual de domicílios com televisões de tela fina nessas regiões. “Porque são televisões mais recentes, mais novas, mais caras”, justificou a pesquisadora.

Sinal digital para televisão aberta

No quarto trimestre de 2016, o Brasil tinha 37,6 milhões de televisões de tubo, que necessitariam de adaptação para receber o sinal digital de televisão aberta. O acesso ao sinal digital ocorreria por meio de televisões novas de tela fina, que já estão vindo com conversor integrado, ou adaptando conversores nas TVs de tubo.

Outras alternativas são ter TV por assinatura que forneça sinal digital ou possuir antena parabólica. Maria Lúcia lembrou que, recentemente, foram distribuídos gratuitamente no Rio de Janeiro aparelhos conversores para famílias que recebem o Bolsa Família.

Considerando todos os domicílios que não têm TV com conversor, com antena parabólica ou por assinatura, chega-se a 7 milhões de domicílios. Maria Lúcia disse que se o sinal analógico fosse desligado, esses domicílios estariam descobertos.

“Seriam, aproximadamente, 6,9 milhões de domicílios, o que corresponde a 10,3% do total de endereços com televisão”. Esses domicílios não têm alternativa para não ficar no apagão caso ocorra o desligamento do sinal analógico. “É a população alvo das políticas do governo”, disse.

A pesquisa mostra, ainda, que, enquanto a média no Brasil quanto à forma de recepção do sinal de televisão por antena parabólica e por serviço de televisão por assinatura estava praticamente equiparada àquela época (34,8% e 33,7%, respectivamente), o mesmo não ocorria nas regiões brasileiras.

As regiões Norte e Nordeste apresentavam percentual muito maior de recepção do sinal de TV por antena parabólica (41,1% e 48,2%) do que de TV por assinatura (21% e 18,4%). Já no Sudeste, constatou-se o contrário: 44,8% dos domicílios com televisão recebiam o sinal por serviço de TV por assinatura contra 24,8% por antena parabólica.

“Isso tem a ver com a infraestrutura da região porque a estrutura para montar antena parabólica é mais barata que TV a cabo”, observou a economista do IBGE, em relação aos resultados observados no Norte e Nordeste. A isso se soma a questão da renda mais baixa nessas regiões.

Computador atinge 45,3% dos domicílios permanentes

No Sul e no Sudeste, 53,5% e 54,2% dos domicílios têm computadores, enquanto no Norte e no Nordeste esses números não chegam a 30%

No Sul e no Sudeste, 53,5% e 54,2% dos domicílios têm computadores, enquanto no Norte e no Nordeste esses números não chegam a 30%Arquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O estudo do IBGE constatou a existência de microcomputadores em 45,3% dos domicílios particulares permanentes e somente 15,1% com tablet, o que equivale a um terço dos primeiros. “Mas comparando as regiões Norte/Nordeste com Sul/Sudeste, são patamares bastante diferentes”, observou Maria Lúcia.

No Sul/Sudeste, 53,5% e 54,2% dos domicílios, respectivamente, tinham computadores, enquanto no Norte e no Nordeste esses números não chegavam a 30%. “Também tem a ver com a questão do preço do equipamento mais caro”, completou.

Em termos de telefones nas casas, a pesquisa revelou que alcançava 33,6% o total de domicílios com telefone fixo convencional em 2016. Esse número sobe para 92,6% quando se trata de telefone móvel celular. A pesquisadora destacou que o acesso à internet, em todas as regiões, era feito por meio do celular.

“Mais de 90% das pessoas que acessam a internet usam o celular. E é maior a questão do acesso por celular no Norte (98,8%) e Nordeste (97,8%), porque é onde não tem o microcomputador”.

Quando se analisa a finalidade de utilização do celular para acessar a internet, verifica-se que o principal motivo citado pelas pessoas foi para enviar mensagens de texto e vídeo por aplicativos diferentes de e-mail, totalizando 94,2%. Em seguida, com 76,4%, vem a finalidade de assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes. Para isso, contribuem alguns fatores, como a portabilidade, isto é, a pessoa carrega o celular com ela, além da praticidade de dar respostas rapidamente.

Mensagens de texto por celular

No conjunto de 179,424 milhões de pessoas de dez anos de idade ou mais no Brasil, 64,7% usaram a internet nos três últimos meses que antecederam ao levantamento no domicílio, sendo 65,5% mulheres e 63,8% homens. “Quase todo mundo que utiliza o celular para acessar a internet o faz para enviar e receber mensagens de texto”.

A parte da população que dispunha de celular para uso pessoal com acesso à internet foi mais elevada no contingente ocupado (83,2%) do que no não ocupado (71,1%). O mesmo ocorreu em relação ao nível de instrução. No grupo sem escolaridade, o indicador situou-se em 43,6%. Já no grupo com ensino superior completo, alcançou 97,5%.

“As atividades que estão mais relacionadas com estudo, com pesquisa, com maior escolaridade são os grupamentos com maior percentual de pessoas que acessavam a internet”, disse.

Para o Brasil, os dois motivos mais citados para a não utilização da internet foram não saber usar (37,8%) e falta de interesse em acessar (37,6%). Nas regiões Sudeste e Sul, que têm estrutura etária mais envelhecida, a principal razão alegada foi a falta de interesse, superior a 40%.

Já nas regiões Norte e Nordeste, com população mais jovem e que acessa mais a internet, o motivo principal alegado foi não saber usar a rede, correspondendo a 33,7% e 40%, respectivamente. No Nordeste, a explicação é que o serviço de acesso à internet é caro (16%). “A questão do preço parece ter um efeito negativo para a região”, afirmou Maria Lúcia.

Em todo o país, no período pesquisado, 41,104 milhões de brasileiros não tinham telefone móvel celular para uso pessoal, o equivalente a 22,9% da população com dez anos ou mais. As justificativas apresentadas, como aparelho telefônico caro (25,9%), falta de interesse em ter celular (22,1%), usar o aparelho de outra pessoa (20,6%) e não saber usar o telefone móvel celular (19,6%) somaram 88,2%, segundo o IBGE.

Já na Grã-Bretanha, a falta de interesse e desconhecimento constituem a principal razão para a ausência de acesso à internet (64%), seguida da falta de habilidades (20%), de acordo com dados fornecidos pelo coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

No Chile, os principais motivos para não ter internet no domicílio são a pouca relevância, que atingiu 62% na área urbana, seguido pela usabilidade (66,8% na área rural) e custo do serviço (acima de 22%, tanto na cobertura urbana como rural).

O telefone móvel celular para uso pessoal cresce até a faixa entre 25 anos e 29 anos de idade, em torno de 88,6%, e depois começa a reduzir. No caso do acesso à internet, Maria Lúcia informou que o maior percentual foi encontrado no grupo de 18 anos a 19 anos de idade. A gerente da pesquisa concluiu que as pessoas estão cada vez migrando mais para acessar a internet pelo celular, embora continuem acessando pelo computador também. “A facilidade favorece isso. O celular está à mão”, finalizou.

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Autoridades americanas pedem que cidadãos não comprem produtos Huawei

15 de fevereiro de 2018, 10:43

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Em uma audiência no senado norte-americano, diretores e representantes de seis agências de inteligência e segurança do governo dos EUA – incluindo FBI, NSA, CIA e outros departamentos – recomendaram que cidadãos e companhias do país não comprem produtos da Huawei. A preocupação compartilhada está relacionada à possível presença de backdoors e outros métodos de intrusão ou roubo de dados que possam ter sido instalados pelo governo chinês.

As recomendações foram estendidas a todos os americanos, mas são feitas, especialmente, para empresas dos setores de telecomunicações e infraestruturas. Para as autoridades, inclusive, o alerta se estende não apenas à fabricante em si, mas também a todo e qualquer produto de tecnologia fabricado na China – além da Huawei, a ZTE também foi citada nominalmente pelo grupo.

O porta-voz do grupo foi o diretor do FBI, Chris Wray. Falando ao Senado, ele afirmou que já foram detectadas tentativas de espionagem, seja ela industrial ou não, por meio de produtos como modems, roteadores e smartphones. Além disso, ele também comentou sobre outras tentativas de intrusão, com a possibilidade de roubo de dados ou tentativas de minar o funcionamento de redes de telecomunicação.

O oficial não fez acusações específicas, mas afirmou que a utilização de equipamentos fabricados por companhias que são aliadas do governo chinês representa uma grande porta de entrada para ataques desse tipo. Segundo Wray, os riscos são altos o bastante para que a compra de equipamentos desse tipo não seja recomendada para a sociedade civil e, principalmente, para empresas e órgãos governamentais.

Em comunicado oficial, a Huawei negou veemente as afirmações das autoridades e disse que nenhum de seus produtos representa risco de segurança para seus usuários. Além disso, a companhia afirmou ter clientes em mais de 170 países e ser considerada um nome de confiança em todos eles, taxando as declarações dos oficiais como uma tentativa direta de impedir a expansão de seus negócios para os Estados Unidos.

As alegações se somam a outra polêmica recente. No início do ano, a Huawei viu uma parceria com a operadora americana AT&T para venda de seus smartphones ser abandonada por motivos, na época, não revelados, mas que estariam relacionados à pressão de autoridades americanas.

Fonte: CNBC

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Veja quais documentos separar para o Imposto de Renda 2018

15 de fevereiro de 2018, 09:23

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É importante as pessoas se organizarem para a entrega desse documento, evitando atrasos e erros no documento.

O prazo para entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física 2018 – ano base 2017 – será de 1º de março até 30 de abril. Assim, é importante as pessoas se organizarem para a entrega desse documento, evitando atrasos e erros no documento.

“Sempre recomendamos que as pessoas se antecipem, exemplo é a própria Confirp que já estruturou uma área específica para tratar o tema, providenciando para os clientes a elaboração, análise e entrega de sua declaração. Mas, o primeiro passo para esse trabalho começa com o próprio contribuinte que tem que separar o quanto antes os documentos e informações que servirão de base para o preenchimento desse documento”, alerta o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.

Ele informa que ainda não foi liberado o programa, nem as novidades para 2018, entretanto é possível se antecipar. Para tanto a Confirp detalhou os principais documentos e informações necessários para o preenchimento (outras informações podem ser encontradas no site da Confira: http://www.confirp.com.br/irpf/):

Informes de Rendimentos

• Informes de Rendimentos de instituições financeiras, inclusive corretora de valores;

• Informes de Rendimentos de Salários, Pró Labore, Distribuição de Lucros*, aposentadoria, pensões, etc;

• Informes de Rendimentos de aluguéis móveis e imóveis recebidos etc.;

• Informações e documentos de outras rendas percebidas no exercício de 2017, tais como doações, heranças, dentre outras;

• Livro Caixa e DARFs de Carnê-Leão;

• Informes de Rendimentos de participações de programas fiscais (Nota Fiscal Paulista, Nota Fiscal Paulistana, dentre outros).

Bens e direitos

• Documentos comprobatórios da venda e venda de bens e direitos ocorridas em 2017.Dívidas e ônus

• Documentos comprobatórios da aquisição de dívidas e ônus no ano de 2017.

Rendas variáveis

• Controle de compra e venda de ações, inclusive com a apuração mensal de imposto(indispensável para o cálculo do Imposto de Renda sobre Renda Variável);

• DARFs de Renda Variável.Pagamentos e deduções efetuadas

• Recibos de Pagamentos de Plano de Saúde (com CNPJ da empresa emissora);• Despesas médicas e odontológicas em geral (com CNPJ da empresa emissora);

• Comprovantes de despesas com educação (com CNPJ da empresa emissora, com a indicação do aluno);

• Comprovante de pagamento de previdência social e privada (com CNPJ da empresa emissora);

• Recibos de doações efetuadas;

• Recibos de empregada doméstica (apenas uma), contendo número NIT;

• Recibos de pagamentos efetuados a prestadores de serviços.Separar também informações gerais

• Nome, CPF, grau de parentesco e data de nascimento dos dependentes;

• Endereços atualizados;

• Cópia completa da última Declaração de Imposto de Renda Pessoas Física entregue;

• Dados da conta para restituição ou débitos das cotas de imposto apurado, caso haja;

• Atividade profissional exercida atualmente.

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Leite em dobro

01 de fevereiro de 2018, 13:20

Em dois anos, produtor de Goiás sai do vermelho e registra lucro de 133% com manejo ajustado e gestão profissional

Assistência técnica foi essencial para a melhora dos índices da propriedade

“Ex-tirador de leite”, como se autodefine, o pecuarista Eduardo Condinho Filgueiras costuma resumir em uma frase a atual situação de sua propriedade leiteira: “Agora, é possível saber onde estamos e para onde podemos seguir”. A declaração pode parecer simples, mas, para Eduardo, é resultado de dois anos de investimentos e muito trabalho, sobretudo na área de gestão da fazenda, propriedade que ele herdou do pai, também produtor de leite.

“Meu pai, Francisco Filgueiras Junior, estava na atividade há mais de 40 anos. Depois de alguns anos, passou a ter a ajuda do meu irmão, Daniel Condinho Filgueiras, que veio a falecer em 2003. Após a morte dele, assumi a fazenda ao lado do meu pai e, juntos, sempre tentamos melhorar a produtividade. Depois da morte do meu pai, assumi a fazenda integralmente junto com meu filho Lucas Vilela Filgueiras, buscando ainda mais tecnologias para aumentar a produção”, lembra o produtor.

A parceria com a Cooperativa para a Inovação e Desenvolvimento da Atividade Leiteira (Cooperideal), conta o produtor, teve início em maio de 2015. “Fui tirador de leite por muitos anos e, quando herdei a Canaã, busquei assessoria técnica. No início, era um produtor com uma produtividade muito baixa e sem nenhuma gestão financeira”, lembra Eduardo. “Tinha visto os ótimos trabalhos da Cooperideal na região e procurei o técnico responsável. Posso dizer que, ao melhorar os índices de produção da propriedade, me considero, atualmente, um produtor de leite”, diz o pecuarista.

Deficiências – O projeto da Canaã com a cooperativa começou com a identificação das deficiências da propriedade. A partir daí, produtor e técnico juntaram esforços para tentar resolver os problemas. São dois anos de trabalho, discussões, estudos e muito planejamento” diz Eduardo.

O zootecnista André Carrijo Rodrigues é o “parceiro técnico” da Canaã. “A propriedade, na parte da produção de leite, deixava a desejar. Na época da seca o produtor trabalhava certo, fazendo divisões de lotes de acordo com as exigências como produção de leite, estado reprodutivo e assim por diante, mas, chegando nas águas, época de pastagem de maior abundância, as vacas viviam misturadas, andando muito longe… Ou seja, gastavam muita energia para deslocamentos e o resultado era menos eficiência na produção”, conta Rodrigues. O zootecnista atua em parceria com o programa Senar Mais do Sistema Senar/Faeg, do qual a Cooperideal é parceira. Na primeira visita, lembra Rodrigues, a produção de leite era de 1.407 litros/dia.

Eduardo afirma que o investimento em um melhor gerenciamento da fazenda foi e ainda é fundamental para a melhoria dos índices zootécnicos e econômicos da Canaã, mas não é item isolado. “A evolução na propriedade foi na parte de nutrição, pastagem, recria, reprodução e administrativa”, explica. “No momento, estamos com a produção de cerca de 2.000 litros/dia, mas já tivemos picos de 2.500 litros/dia e devemos atingir no mês de junho a marca de 2.800 litros/dia”, diz o produtor.

“Essas tecnologias, aliadas ao índice de 85% de vacas em lactação, com dietas bem ajustadas e um rigoroso controle zootécnico e econômico, fazem com que a fazenda obtenha ótimos resultados, sem muitas oscilações durante o decorrer do ano na sua produção”, avalia Rodrigues. O zootecnista destaca que, em uma propriedade leiteira, o que gera renda é o leite, portanto, quanto mais vacas estiverem produzindo, melhor será a produtividade. “Além da produção, que é de extrema importância, tem a questão da matéria-prima, que, no caso do leite, é o pasto ou o volumoso de qualidade oferecido ao rebanho.” Ele diz, ainda, que uma dieta bem ajustada considera a ingestão total do animal em um período de 24 horas, incluindo água limpa. A partir desse controle, o produtor tem condições de atender a determinadas exigências de nutrientes para crescimento, manutenção, reprodução e/ou produção.

A Canaã, segundo Eduardo, é a prova de que uma nutrição balanceada – aliada a uma pastagem de boa qualidade e adequada ao rebanho – dá bons resultados. A primeira etapa, conta, foi realizar uma análise de solo para detectar as necessidades de adubação e correção do solo. Com a forrageira bem manejada, Eduardo conseguiu reduzir custos com alimento concentrado. “Um capim adequado, solo corrigido e bem adubado, a colheita na hora certa, com boa quantidade de proteína… Tudo isso significa diminuição do custo de produção, pelo menos na parte de nutrição, e mais receita por litro de leite”.
Com a área de pastagem devidamente “identificada”, o proprietário da Canaã dividiu o pasto em áreas menores e “mobilizou” todos os funcionários para as mudanças na fazenda. “Eu, juntamente com os funcionários, aprendi a manejar o capim. Por ser uma área menor, fica mais fácil para todos os envolvidos na atividade pegar o jeito. Em 5,5 hectares de braquiarão, Eduardo colocou as melhores vacas de um grupo de 100 animais em produção.

Trato na seca – O segundo passo, de acordo com o produtor, foi melhorar o que ele chama de “trato para a seca”. “Como a fazenda tem bastante água, foi sugerido pelo técnico fazer uma irrigação de pastagem para tentar baratear mais o custo com alimentação na seca”, relata Eduardo. Com a medida, ele conseguiu diminuir o número de vacas para tratar no cocho. “Houve economia, já que o capim é mais barato do qualquer outro alimento.” O zootecnista André Rodrigues destaca outra mudança importante na Canaã. “Conseguimos fazer uma ‘correção alimentar’ para a recria, e as novilhas começaram a entrar em reprodução mais cedo; em vez de parir com 3 a 4 anos, agora a parição ocorre entre os 24 e os 27 meses. Com a antecipação nesta categoria, houve um aumento no número de vacas em lactação. Isso, aliado ao aumento da oferta de forragem, resulta em uma evolução a cada dia que passa”, diz o técnico.

Além dos 5,5 hectares de braquiarão, Eduardo instalou 6 hectares de mombaça (no sistema de plantio direto irrigado) e mais 2,5 hectares de jiggs também irrigado, plantado por meio de mudas, o que, segundo o produtor, resulta em maior produção de massa foliar. Ainda no período de seca, o proprietário da Canaã conta que subdivide sua “pista de trato” em 8 áreas para facilitar o ajuste da dieta do rebanho. Em março deste ano, foram plantados também 2 hectares de cana-de-açúcar para complementar os 11 hectares já existentes, de maneira a suprir a alimentação das novilhas que vão parir, além do consumo dos lotes em recria. A escolha das forragens foi feita de acordo com a produção de cada uma. “E, para o ano que vem, já estamos preparando mais uns 5 hectares de capim zuri, da variedade Panicum maximum, para receberem as novilhas que vão parir”, conta o zootecnista.

“A maior mudança na gestão da fazenda foi estabelecer metas e cumpri-las com base nos embasamentos técnicos. Agora, traçamos metas para ter uma boa produtividade e uma excelente rentabilidade. Para o momento atual, a produção de leite está boa, mas podemos melhorar os índices, com a continuidade do trabalho de gestão e planejamento da propriedade”, avalia Eduardo. Para o produtor, ter em mãos informações precisas da propriedade – o que só é possível com uma boa gestão, o famoso “manter os custos de produção na ponta do lápis”, favorece a tomada de decisões acertadas. “Mas isso tudo não seria possível sem a ajuda e colaboração de todos os funcionários da propriedade e dos técnicos”, faz questão de destacar o dono da Canaã.

*Matéria originalmente publicada na edição 85 da revista Mundo do Leite. 

Fonte: Portal DBO

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Venda da Eletrobras cria tarifa extra de luz ao consumidor por 30 anos

29 de janeiro de 2018, 09:17

Projeto de lei foi enviado por Temer ao Congresso na semana passada

Um projeto de lei enviado pelo presidente Michel Temer ao Congresso no último dia 22, para privatizar a Eletrobras prevê mudança na forma como o consumidor pagará, na conta de luz, uma indenização multibilionária às transmissoras de energia elétrica durante cerca de 30 anos. As informações são do jornal O Globo.
O texto é editado cinco anos após a ex-presidente Dilma Rousseff intervir no setor de energia para reduzir a conta de luz em 20%, redução que acabou sendo revertida por aumentos que ultrapassaram 50% em 2015.A medida provisória 579, do governo Dilma, previa que as concessões de geradoras e transmissoras de energia teriam seu contrato renovado antecipadamente, mas as empresas receberiam o pagamento de indenizações por investimentos efetuados e que não foram devidamente compensados (amortizados).

Por isso, o pagamento prometido às transmissoras ficou pendente. No total, a conta chega a R$ 64 bilhões. O projeto de lei com as regras para a privatização da Eletrobras será analisado (e pode ser alterado) por parlamentar. As regras serão implementadas após sanção presidencial.

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Encomendas postadas nos Correios poderão ser rastreadas pelo CPF ou CNPJ

25 de janeiro de 2018, 14:01

Novidade estará disponível a partir desta quinta-feira (25) no site da instituição

As encomendas dos Correios poderão ser rastreadas com o número do CPF ou CNPJ. A nova regra começa a valer já nesta quinta-feira (25). Atualmente, para saber onde um objeto está, é necessário informar um código, que tem 13 dígitos.Com a mudança, será necessário informar os números do CPF ou CNPJ do remetente e destinatário no momento da postagem da encomenda. Depois disso, o rastreamento poderá ser feito a qualquer momento no site dos Correios. Para isso, será necessário criar um login e uma senha no portal e em seguida informar o CPF.

Serão exibidos, então, todos os objetos registrados (cartas ou encomendas) que tenham sido associados ao documento do usuário que fez o login, seja como destinatário, seja como remetente. Isso também vale para consultas feitas pelo CNPJ. Com informações do Portal Brasil.

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Pontualidade de pagamento de micro e pequenas empresas sobe a 95,4%, diz Serasa

24 de janeiro de 2018, 13:40

O nível de pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas subiu em 2017 na comparação com 2016. De acordo com a Serasa Experian, o porcentual de companhias que foram pontuais em quitar suas dívidas foi de 95,4% no ano passado, ante 95% em 2016. Ou seja, a cada mil pagamentos realizados em 2017, 954 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias.
A despeito do resultado ter ficado um pouco mais elevado do que o apurado em 2016, ficou abaixo dos verificados em 2013, 2014 e 2015.

Conforme os economistas da Serasa, o fim da recessão e as sucessivas reduções na taxa básica de juros, tornaram o custo do crédito menos caro, permitindo pequeno avanço da pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas em 2017.
O segmento comercial foi o que teve o maior nível de pagamentos em dia no ano passado, atingindo 96,3%. Na indústria, esse porcentual alcançou 95,2% e chegou a 94% nas micro e pequenas empresas do setor de serviços em 2017.

O valor nominal médio dos pagamentos em dia subiu 0,8% no ano passado na comparação com 2016, chegando a R$ 1.938, de R$ 1.923. O montante mais elevado foi registrado pelos pagamentos pontuais das empresas comerciais (R$ 1.950), seguido pelas industriais (R$ 1.929) e pelas do setor de serviços (R$ 1.915).

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Moda evangélica dribla crise e faz sucesso na internet

22 de janeiro de 2018, 16:26

“Tive muito problema para me vestir quando era mais nova. É muito difícil achar peças para gente em lojas convencionais”, conta Renata Castanheira

Você já ouviu o termo “moda evangélica”? Basta colocar no Google para ter uma enxurrada de referências, contas no Instagram e pessoas discutindo sobre o assunto. Ao contrário da maioria das lojas que se retraíram por conta da crise econômica do Brasil, as voltadas ao segmento evangélico estão com tudo.


“Tive muito problema para me vestir quando era mais nova. É muito difícil achar peças para gente em lojas convencionais”, conta Renata Castanheira, conhecida no Instagram como Crente Chic, ao UOL Estilo. A blogueira tem mais de 82 mil seguidores e lembra que “Só há dez anos, começaram a surgir marcas gospel. Agora, todo dia, nasce uma loja nova”.
De acordo com a Abrepe (Associação Brasileia de Empresas e Profissionais Evangélicos), o segmento de moda evangélica cresce cerca de 14% ao ano. Para Renata, isso acontece porque “Crente não gasta dinheiro com outra coisa que não seja roupa para ir à Igreja. O público evangélico é muito consumista nesse sentido”.

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Compras pela internet devem superar as feitas em lojas físicas neste Natal

08 de novembro de 2017, 16:56

As vendas pela internet devem crescer neste ano, tornando o comércio virtual o principal meio de compras do Natal de 2017, segundo pesquisa divulgada nesta quarta (8) pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil. O levantamento, feito nas 27 capitais brasileiras, indicou que 40% dos consumidores pretendem adquirir presentes pela rede. Desses, 54% disseram que pretendem comprar mais da metade das lembranças de fim de ano dessa forma. As informações são da Agência Brasil.

O número indica que as compras pela internet devem superar as feitas em centros comerciais, estimadas para este ano em 37%. Em 2016, os centros comerciais, como os shoppings centers, responderam por 41% das vendas de Natal, enquanto o comércio eletrônico correspondeu a 32%. Em 2017, 37% dos consumidores ainda que pretendem ir a lojas de departamento, 26% a lojas de bairro e 13% a shoppings populares.

Sobre a escolha dos locais de compra, 58% dos consumidores disseram que escolhem o local pelo preço, 50% pelas ofertas e promoções, 27% pela diversidade de produtos e 20% pelo atendimento.

Para a economista-chefe do SPC, Marcela Kwauti, o crescimento do comércio eletrônico é uma tendência que deve, inclusive, pressionar as lojas físicas a disputar a preferência dos consumidores. “Isso em algum momento ia acontecer, por conta da crise ou mesmo que a gente não tivesse tido a crise. A internet vem ganhando espaço e isso não tem volta”, enfatizou.

Dentro do comércio virtual, as páginas de grandes empresas são a opção de 68% dos compradores, seguida pelos sites de classificados de compra e venda (42%) e os especializados em roupas, calçados e acessórios (34%).

ESTABILIDADE

De forma global, o levantamento do SPC estima vendas de Natal em um patamar semelhante ao do ano passado. Em 2016, a projeção apontou para um movimento de cerca de R$ 50 bilhões, enquanto em 2017, o montante deve chegar a R$ 51,2 bilhões. Segundo o estudo, 110 milhões de consumidores têm a intenção de dar presentes neste fim de ano.

Os dados mostram ainda que 26% dos que vão comprar presentes querem gastar menos do que em 2016 -32% apontam a situação financeira ruim como razão-, enquanto 33% pretendem gastar o mesmo valor que no ano passado e 19% têm a disposição de gastar mais. A média de gastos deve ficar em R$ 461,91, distribuídos em quatro ou cinco itens.

Cerca de um terço dos consumidores (34%) pretende comprar à vista no dinheiro, 19% com o cartão de débito e 31% parcelar no cartão de crédito.

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Indústria brasileira perde espaço no mercado mundial

31 de outubro de 2017, 18:58

Foto: Redação – Agência IN

As participações do Brasil na produção e nas exportações de produtos manufaturados mostram que o país está perdendo importância na economia global. Em dez anos, a participação do Brasil caiu tanto na produção como nas exportações mundiais, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em estatísticas da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A fatia das exportações brasileiras de produtos manufaturados no total mundial diminuiu 0,24 ponto percentual entre 2005 e 2015 e ficou em 0,58%. Enquanto isso, a participação da China aumentou 8,83 pontos percentuais e, a da Coreia do Sul, cresceu 0,55 ponto percentual.

Além disso, nos últimos dez anos a participação brasileira na produção mundial de manufaturados caiu 0,9 ponto percentual. Passou de 2,74% em 2006 para 1,84% em 2016. No mesmo período, a fatia da indústria chinesa cresceu 11,80 pontos percentuais e, a da Coreia do Sul, 0,56 ponto percentual. “Os dois indicadores mostram que o Brasil está perdendo capacidade de competir no mercado mundial de produtos manufaturados”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Ele explica que isso é resultado dos avanços pouco expressivos nas reformas micro e macroeconômicas que têm impacto nos custos de produção das empresas. “Os custos no Brasil cresceram mais do que a produtividade, e isso faz com que o país tenha alguma vantagem diante dos competidores externos quando o real se valoriza”, avalia Castelo Branco. O economista alerta que o câmbio não pode ser o único elemento de melhora da competitividade brasileira. “Temos que ganhar competitividade na produção, com custos mais adequados e aumento da produtividade”, completa.

O estudo da CNI destaca que o ritmo de queda da participação da indústria brasileira no total da produção mundial se acentuou a partir de 2014, por causa do agravamento da crise econômica interna. Com base nos dados da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), a CNI informa que a participação da indústria brasileira na produção mundial caiu 0,24 ponto percentual entre 2015 e 2016, período em que a da China aumentou 0,9 ponto percentual.

O estudo da CNI observa que o Brasil não está perdendo espaço apenas para a China e a Coreia do Sul. O país também está atrás do México, um dos principais concorrentes na América Latina. “A participação mexicana nas exportações mundiais de manufaturados iniciou movimento de recuperação em 2012 e se mantém em crescimento”, afirma o estudo. Entre 2005 e 2015, a fatia do México nas exportações de produtos manufaturados aumentou 0,45 ponto percentual, enquanto a do Brasil encolheu 0,24 ponto percentual.

A participação da indústria mexicana no total da produção mundial de manufaturados também caiu nos últimos dez anos, mas em ritmo menor do que a do Brasil. A fatia do México na produção de manufaturados do mundo diminuiu 0,2 ponto percentual entre 2016 e 2016. No mesmo período, a do Brasil encolheu 0,9 ponto percentual.

(Redação – Agência IN)

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