ARTIGOS

Árvore de sisal para um Natal tipicamente brasileiro

24 de dezembro de 2024, 16:07

*Por Gervásio Lima. –

A árvore de Natal em formato de pinheiro é originária da Alemanha, sendo o principal símbolo das comemorações. Lá no período natalino é inverno com a neve predominando; um clima bastante frio, com uma temperatura média de 5 graus célsius. Nestas condições o Papai Noel se sente confortável com suas luvas e o gorro completando uma vestimenta que cobre todo o seu corpo.

No Brasil, no mesmo período, inicia a estação mais quente do ano, com temperaturas beirando, e às vezes ultrapassando, os 40 graus; mas nem por isso o país fica sem a árvore de Natal, com algodões substituindo a neve e o Papai Noel, este com apenas a barba sendo postiça, alimenta a imaginação da criançada.

Um país sem identidade própria, não necessariamente; mania de imitar tradições e comportamentos, talvez sim; sentimento de inferioridade e falta de pertencimento, provável; querer ser o que não pode, aí vai perguntar ‘a quem interessar possa’.

O Brasil é multicultural, sua ancestralidade é tão quanto importante que o do resto do mundo, com diferenciais que o diferencia pela magia, a alegria e a forma e a vontade de viver do seu povo que celebra todos os dias como se fosse o último.

O Natal do brasileiro segue uma tradição cristã mundial, de celebrar o nascimento do Menino Jesus, mas é também um momento de reflexão, onde muitos manifestam um sentimento exacerbado pela caridade e amor ao próximo, mesmo que seja apenas em um momento específico.

A data é a mesma para todos, enquanto os motivos para comemorar são diferentes. A árvore de Natal que deveria ter como simbolismo plantas do bioma local, como o sisal presente na Caatinga, valorizaria ainda mais o sentimento de pertencimento.

‘Feliz Natais…’

*Jornalista e historiador

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A solicitude em qualquer dia do ano

13 de dezembro de 2024, 09:22

Foto: Gervásio Lima

*Gervásio Lima –

Todo ano é assim: é preciso que se aproxime o final do ano para se perceber que algumas ‘prestações de contas’ são inevitáveis. Toda renovação tem um custo, algumas menos, é verdade; mas a maioria exige os mais diversos tipos de esforços, perseverança e muita luta e labuta para ser alcançada em sua plenitude.

Os anos vão passando e com eles as histórias vividas para serem contadas. Final de ano é isso; uma mistura de saudade, alegria, tristeza, comemoração e, por vezes, frustração. Para o cristão, é o momento de comemorar a vida, tendo como fonte inspiradora o nascimento do verdadeiro Messias, Jesus Cristo.

Uma miscelânea de sentimentos em um momento em que aflora uma série de boas e más lembranças, mas com a caridade e a misericórdia prevalecendo, mesmo que momentaneamente.

Realizar a vontade do próximo é um acalento que só os que são gratos entendem. Em uma época de tantas simbologias e significados, não basta apenas querer, é preciso fazer, sem incentivos externos à própria vontade. Se não puder ser agora, que seja depois, mas que aconteça, ou melhor, “que seja”.

O ano tem 365 dias, enquanto o dia se completa com 24 horas. Alegar falta de tempo para realizar o que se tem vontade nunca é uma boa justificativa. Reconhecer as fragilidades e limitações é uma atitude digna do humilde.

Enquanto o Carnaval não chega, a folia fica por conta da Festa de Reis.

Viva a Santo Reis!

*Jornalista e Historiador

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O segundo grau virou passado

28 de novembro de 2024, 10:07

Foto: Notícia Limpa

A conclusão do Ensino Médio talvez seja a principal etapa da vida escolar depois da alfabetização, quando se aprende a ler e escrever as primeiras palavras e conhecer as letras que compõem o próprio nome. Um misto de felicidade com apreensão, ansiedade, dúvidas e até mesmo saudades, por saber que é um início de uma fase que definirá aptidões e de despedidas dos colegas com quem conviveu por anos.

O segundo grau, como foi chamado no passado, era o fim do período educacional para muitos alunos; mas também uma vitória, já que por conta de diversos fatores, principalmente pela ausência de uma universidade ou a dificuldade em acessá-la era considerada a principal ‘formatura’.

Como já dizia o saudoso cantor Genival Lacerda, ‘aqui tudo mudou tudo está mudado’. As opções de cursos universitários e unidades que os oferecem tem crescido substancialmente. É possível ter uma graduação sem ter que sair de casa.

O fato é que, como em outros bons momentos da vida, o encerramento da educação básica não se resume apenas no processo de ensino, mas também de um aprendizado de vida e de amizades.

‘Terceirão’ do Colégio Yolanda encerra o ano letivo com uma excursão para o litoral da Bahia

Para marcar uma das mais emocionantes, e não tão dolorosa, despedidas, alunos e alunas do último ano do ensino médio do Colégio Yolanda Dias Rocha, de Jacobina, embarcaram no início da manhã desta quinta-feira (28) para a tradicional viagem do ‘terceirão’. O destino é o Resort Costa do Sauípe, localizado no Litoral Norte da Bahia, onde passarão o final de semana realizando uma atividade extraclasse com o lazer, a alegria e a descontração como os temas principais.

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Se avexe não; o novo sempre vem

26 de novembro de 2024, 16:19

Foto: Gervásio Lima

Em qualquer fase da vida, seja na infância, na adolescência ou quando adulto, todo tipo de aprendizagem é salutar, até mesmo as desagradáveis, aquelas que involuntariamente surgem como um tipo de provação. A aprendizagem sustenta a evolução e o desenvolvimento do indivíduo ao longo da vida, permitindo que o mesmo adquira novos conhecimentos, desenvolva habilidades e conheça o verdadeiro significado de valores.

Em tese, o conhecimento é construído a partir de experiências vividas e interações com o mundo, que impulsiona a inovação, promove a adaptação a novos desafios e fortalece a capacidade de resolver problemas complexos.

Sim, e daí?

O aprendizado é algo contínuo e para sempre. O pouco que se aprendeu no passado pode não ser o suficiente para o hoje, mas será de grande valia e importância para o que se espera do amanhã.

O saudoso cantor e compositor Belchior já dizia, em resumo, que ‘até poderiam achar que ele estava inventando, mas que o novo sempre vem’. Já o sanfoneiro Flávio José, ‘nordestinamente’ falando, passou o bizu de que ‘toda caminhada começa no primeiro passo’, por isso não precisa se avexar, já que amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada. E para o bom carioca Zeca Pagodinho, para desapegar dos problemas e confiar no futuro, vivendo de uma forma mais leve e menos ansiosa, basta deixar a vida o levar.

É sempre bom lembrar que as girafas dão à luz em pé ou andando, fazendo com que o filhote caia de uma altura de cerca de dois metros. A queda é uma forma de ensinar o filhote a levantar-se rapidamente para sobreviver a predadores.

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O egocentrismo é o principal alimento do narcisista

05 de novembro de 2024, 14:54

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

Esperar que o outro faça aquilo que mesmo com a habilidade que se imagina possuir não consegue fazer, é transferir responsabilidade com a clara confissão de incapacidade. Tal comportamento beira a covardia e é típico dos que veem a falta de humildade como uma característica positiva.

O acompanhamento do processo de determinada tarefa não quer necessariamente dizer que a opinião daquele indicado para supervisionar, mesmo que utilizando do seu aprendizado teórico e prático, é o suficiente.

É essencial respeitar o outro, entendendo que limitações são apenas uma fase do aprendizado.

O hoje é um complemento do amanhã e o resultado do ontem. A vida é uma novela de autoria e roteiros individuais. Evitar atalhos desconhecidos pode evitar prejuízos. Seguir em frente, sem invadir sinais e aceitando regras, é uma demonstração de cidadania, comportamento inerente aos que procuram viver em sociedade. Os que defendem o coletivo como verdadeira arma para fazer valer direitos.

Analisar antes de avançar é um importante passo para espantar decepções e possíveis arrependimentos. A sombra de uma ação indesejada assusta, um planejamento elaborado para beneficiar apenas um indivíduo, idem.

O egocentrismo é o principal alimento do narcisista, pessoa que foca predominantemente no poder e na aparência, em vez de focar na empatia e na valorização do próximo.

“Nada perde o seu valor por ser simples. Muito pelo contrário, a simplicidade é a essência de tudo que realmente é grande” – Edna Frigato

*Jornalista e Historiador

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Projetos artísticos revelam os talentos das escolas públicas baianas

23 de outubro de 2024, 13:43

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

“Um espetáculo, brilhante, magnífico, encantador, extraordinário, surreal, genial, sucesso, surpreendente, inacreditável…” Essas são algumas das expressões usadas pelo público para definir as apresentações artísticas promovidas pelos ‘Projetos Artísticos e Culturais’, realizados em todo o Estado pela Secretaria de Educação da Bahia, a partir dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE’s). A iniciativa, além de ser um componente curricular, é uma oportunidade para os jovens alunos da rede pública de ensino exporem talentos até então incubados, impressionando um público que muitas vezes não tem ideia do que se passa depois dos portões das escolas públicas.

Não tem como não se emocionar ao assistir a uma peça teatral cujo enredo são histórias da vida real, a partir de situações inspiradas no cotidiano de suas famílias e vivenciadas pelos próprios alunos. A capacidade de produção se expande e emociona, com trabalhos fascinantes, realizados não somente por meio do teatro, mas também dos documentários, das músicas, da literatura e das artes plásticas.

Faltam adjetivos para descrever a sensação de prazer ao conhecer o projeto e perceber a capacidade artística e cultural dos meninos e meninas que agora vivem a realidade de estudar em um ambiente em tempo integral, com direito não apenas a uma educação de qualidade, mas também a alimentação e práticas artísticas e esportivas em modernos espaços, que lhes proporcionam aprendizado,  lazer e socialização.

É acalentador saber que tudo isso está acontecendo, e, ainda melhor, envolvendo indivíduos que há muito tempo eram excluídos de determinadas ações que quase sempre eram exclusivas para a classe mais abastada. A inclusão é uma realidade, viva! Alunos, professores e a educação pública da Bahia, presentes.

*Jornalista e Historiado

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A regra é clara, não prestou substitui

02 de outubro de 2024, 15:07

*Por Gervásio Lima –

Quem nunca ficou em dúvidas no momento de fazer determinadas escolhas? Na maioria das vezes acontece com peças de roupas e calçados, quando existe uma diversidade de modelos e opções de preços convidativos.

Acontece com frequência também, com estes mesmos itens que ora foram motivos de incertezas, a insatisfação após a aquisição, seja pela qualidade do produto, o tempo de validade, ou por ficarem ‘démodé’. Nestes casos, o prejuízo passa despercebido, sendo o único prejudicado o adquirente que não tem o direito da troca.

Tal situação hipotética se difere da política, mas precisamente do pleito eleitoral, principalmente quando existem várias opções de escolhas para a vaga do Executivo.

Em determinado lugar, ofereceu-se aos eleitores local um trio de candidatos, sendo que desse referido trio, dois já haviam sido ‘testados’, com um deles rejeitado amplamente quando da tentativa de reeleição. O outro seguiu no mesmo caminho de desaprovação, tendo sido uma negação. Sobrou uma opção, que tentava mostrar um mandato verdadeiramente novo, já que ainda não havia sido ‘testada’ pela população.

Qual seria o resultado esperado nesta situação? Entre dois modelos já provados e um ainda a ser experimentado, o descarte é lógico. Não prestou, troca-se, até porque o prejuízo não é individual, mas coletivo, com possibilidades de resultados catastróficos.

A regra é clara, não prestou, substitui.

*Jornalista e Historiador

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Contagem regressiva para garantirmos que Canaã é dos Canaenses

02 de outubro de 2024, 10:59

*Por Zuca Assunção  – 

Está chegando o momento de fazermos com que seja respeitada a nossa dignidade como canaenses que sempre se relacionaram como verdadeira família. E defender esse respeito é não permitir que as nossas tradições culturais, religiosas e de sentimento afetivo sejam contaminadas por pessoas que desconhecem a nossa história de companheirismo, amor e fraternidade.

Se existe algo entranhado nos corações e sentimentos dos canaenses, é a forte convicção de que Nova Canaã é o nosso querido lar e por isso não deve e nem pode ser afetado ou maltratado por nada que venha de fora – ou seja, por nenhum intruso ou intrusa.

Impedir essa intromissão é uma questão de comprometimento e de demonstração de amor por esse nosso CANTINHO QUERIDO.

Sempre AVANTE, melhorando cada vez mais.

Um forte abraço e até a Vitória!

*Jornalista.

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Quem chora ainda lembra

30 de setembro de 2024, 15:20

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

É quase que unanimidade a opinião de que não se deve dar uma segunda chance a quem não merecia nem a primeira. Não seria uma lógica, por cada situação ter a sua particularidade, mas, em se tratando de política, principalmente dos que estão ou já tiveram exercendo algum cargo eletivo, fica fácil compreender o tamanho do prejuízo em insistir em um erro cuja conta pode impedir até mesmo de comer frango ou galinha.

Uma frase bastante usada nas redes sociais, com um significado muito forte, diz que “às vezes, dar uma segunda chance a algo ou alguém, é como querer receber outra bala porque a primeira não matou”. Tal expressão pode não condizer com a realidade, sendo criticada inclusive por sua ‘apologia balística’ e por remeter a um passado não muito distante e sombrio, mas manifesta quase que didaticamente um sentimento vivido normalmente por populações que amargaram más gestões públicas.

A capacidade de perdoar e dar uma nova oportunidade a alguém, mesmo após ter sido prejudicado por essa pessoa, é um ato sublime, desde quando esse perdão não venha por meio de um voto, de uma nova possibilidade de escolha. O masoquismo não se justifica em nenhum momento da vida do indivíduo, – portanto não deve ser no processo eleitoral, onde os coadjuvantes muitas vezes são treinados para persuadirem e para agirem como estelionatários, enganando as vítimas para obterem vantagens, neste caso, mandatos -, que ele seja aplicado.

A partir do advento da internet o povo já não mais tem memória curta. A rede social passou a ser a maior inimiga dos maus feitores, diga-se maus gestores. Hoje é quase impossível esquecer o que aconteceu no verão passado. Como diz a letra da música ‘Agenda Rabiscada’, da dupla Milionário e José Rico, ”Quem esqueceu não chora, quem chora ainda lembra, quando se esquece rasga, não se rabisca a agenda…”

*Jornalista e Historiador

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Permanecer nos erros é retrocesso

19 de setembro de 2024, 13:25

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

Exercer a cidadania é conhecer direitos e obrigações, mas para garantir que esses sejam colocados em prática é preciso ir além das disposições da Constituição Federal. Sua aplicabilidade inicia-se com o uso da racionalidade, da capacidade de questionar e analisar de forma inteligente o que acontece em seu entorno, buscando sempre informações antes de tirar conclusões.

Ao contrário do que remete, o senso crítico não se resume em criticar por criticar; é um dos principais artifícios para se conhecer algo minuciosamente antes de se emitir um conceito antecipado, o preconceito.

O ser humano possui a incrível capacidade de pensar criticamente, o que lhe permite olhar e analisar as coisas objetivamente. Partindo desse princípio, é espantoso saber que existem os que mesmo conhecendo e até mesmo tendo sido vítimas de algo ou alguém, insistem em permanecer nos erros e na dor.

Nada adianta ter senso crítico, ser racional, e na oportunidade que tem de aplicá-los, ir de encontro a princípios básicos, como o de permanecer no erro ou de errar novamente. O que não foi bom e o que é ruim precisam ser descartados e isolados.

Neste sentido, a democracia é mais que um regime político, é uma das melhores definições para a liberdade coletiva de pensamento e de escolha, quando a soberania é exercida pelo povo.

Mesmo com o grande fluxo de estímulos, coerentes e incoerentes, que se recebe no período eleitoral, é possível filtrar e escolher as informações com base em fatos e razões, de maneira lógica e coerente. Daí a importância da seleção e da atenção aos argumentos fundamentados. 

Existem momentos que nunca serão esquecidos, entre os principais estão aqueles em que se acerta e os em que se erra, e as consequências a que os mesmos remetem.

Errar duas vezes é o cúmulo da ingenuidade.

*Jornalista e Historiador

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Boas Festas!

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