ARTIGOS

O palhaço da vida real

16 de abril de 2024, 11:14

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima. –

Determinados comportamentos atingem um nível de ridicularidade tão grande quanto o tamanho de uma verdadeira ‘anta’. O modo de agir é um acusador natural do que se pode esperar de alguém que usa a sátira como uma premissa, uma forma de caçoar tanto os que estão próximos quanto os que estão longe. Um palhaço de piadas prontas, sem graça, mas repletas de gracejos.

O humor faz parte do relacionamento humano, é uma forma de demonstrar empatia, alegria e outros sentimentos que proporcionam o bem. Este é o bom humor, uma característica das pessoas que vivem de maneira leve, cultivam atitudes de cortesia, são hábeis em desenvolver emoções positivas, recordam com frequência bons momentos e procuram transmitir serenidade e esperança.

Chacotear a vida alheia, inclusive a dos que lhe confiaram o direito de representá-los, é uma brutalidade sem tamanho, quiçá uma traição típica do ingrato, dos incautos e insolentes, que veem seu semelhante como um instrumento manipulável, como marionete.

Para aqueles que conhecem e sabem usar a capacidade positiva da internet, principalmente das redes sociais, não é difícil diferenciar o lobo do cordeiro. Basta uma simples pesquisa, ‘dar um google’, para conhecer ou obter informações daquilo ou daquele que se tem curiosidade. Tomando, claro, os devidos cuidados para não ser vítima de fake news.

Se o boi tivesse noção da proporção do seu tamanho frente ao do vaqueiro, não estaria sujeito a chicotadas, ao uso de canga e nem seria marcado com ferro quente.

Se o pobre fica rico quando está bêbado, o rico fica pobre quando precisa do pobre para ficar mais rico.

A jiboia, após a alimentação, hiberna por um bom tempo, mantendo-se em estado de letargia para digerir a presa. Para ficar protegida durante a hibernação, busca locais isolados.

O bom é saber que o perigo de ser atacado por um animal que hiberna é praticamente nulo se forem respeitadas as regras da natureza.

Bicho que hiberna não morde

*Jornalista e historiador

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Respeitável público…

05 de março de 2024, 18:20

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima =

Em muitas cidades do Brasil, ano de eleição municipal para escolhas de prefeitos e vereadores é um dos momentos mais esperados pela população, que, assim como os nascidos no dia 29 de fevereiro, aguardam quatro anos para fazer a festa. Na verdade, a corrida, muitas vezes literalmente maluca, inicia-se no ano anterior à realização do pleito eleitoral.

Especulações, acordos, autovalorizações, zoada, muita zoada, e até mesmo brigas marcam as ‘pré-disputas’. Em ano de eleição, a política é o principal assunto das rodas de conversas no jogo de futebol, no aniversário, no churrasco e até mesmo nos velórios.

O processo democrático para a escolha de representantes políticos é um dos principais direitos e deveres de uma sociedade. É o momento de escolher, por meio do voto, os governantes.

O eleitor é o principal responsável pelas consequências de suas escolhas, por isso a importância de usar a consciência, a sapiência, a perspicácia e a responsabilidade – enquanto sujeito chave – no momento de definir as pessoas que irão dar o rumo do lugar que se escolheu para morar.

Se faz necessário o empoderamento. Os postulantes devem enxergar e dispensar o tratamento merecido ao eleitor, que, como protagonista e não como mero coadjuvante, possui os poderes de os eleger ou rejeitar.

A participação cidadã efetiva nos momentos que antecedem qualquer disputa eleitoral é salutar, desde que os direitos não sejam violados. A escolha, como o choro, é livre, mas tem que se escolher sabendo que a decepção e o arrependimento serão inevitáveis, se optar pelas pessoas erradas.

Que a festa mais importante da democracia, quiçá a mais envolvente, aconteça com os envolvidos discutindo o futuro, as melhorias  e o bem-estar humano. Como numa avaliação escolar, em que se estuda antes com a finalidade de acertar as respostas, na política o eleitor passa quatro anos estudando o comportamento dos que querem uma nova chance.

… Começou o espetáculo!

*Jornalista e Historiador

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Dê poder ao homem e descobrirá quem ele é

15 de fevereiro de 2024, 16:54

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima

A expressão atribuída ao filósofo Nicolau Maquiavel, que viveu entre os séculos XV e XVI, “Dê poder ao homem e descobrirá quem ele é”, talvez seja uma das frases mais usadas para demonstrar insatisfação com comportamentos de determinados elementos, após uma ascensão, principalmente política.

Maquiavel, no uso catedrático das palavras, economizou adjetivos para se referir ao sujeito mau caráter, dissimulado e mentiroso; o tipo que se esconde atrás de um modo próprio, intrínseco, de nascença, sempre que lhe é conveniente.

Seria muita ousadia discordar do fundador do pensamento da política moderna, já  que, como ninguém, escreveu sobre o Estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser. Mas, como diz o ditado popular, ‘meia palavra basta’, o poder é apenas uma das desculpas para as ações inconcebíveis e abomináveis, às vezes covardes, de lobos que se comportam como cordeiros.

A incompetência está para o arrogante e o vaidoso, assim como a verdadeira humildade está para a pessoa digna e decente. Aliás, como os bobos da corte, que viviam de fazer gracejos para os ricos rirem, desde o Egito Antigo; muitos, ainda hoje, confundem situação financeira com ombridade.

Presumivelmente, os palhaços da corte atuavam pela sobrevivência, no papel de um verdadeiro artista e não como chacoteiros. Naquela época, pela dificuldade do acesso ao livro, e consequentemente à leitura, o conhecimento era limitado, quiçá impossível, para grande parte da população, fato que pode explicar as submissões. No Brasil escravista,  por exemplo, logo ali no século XIX (o século atual é XXI), os malês, negros mulçumanos, eram muitas vezes mais instruídos que seus senhores, e, apesar da condição de escravos, não eram submissos, mas muito altivos, graças ao conhecimento adquirido por meio da leitura.

Recorrendo a mais um ditado popular, ‘o mal do sabido é pensar que todo mundo é besta’. É bom sempre lembrar que, assim como o poder, o status é passageiro. O hoje, amanhã já é passado.

Se o boi tivesse noção do seu tamanho e de sua força, com certeza não seria guiado por um carroceiro.

*Jornalista e historiador

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Para ser popular é indispensável ser medíocre

30 de janeiro de 2024, 13:41

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

O filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) defendia que “a arte imita a vida”, justificando que a arte é uma estratégia usada para vencer os empecilhos que sozinha a natureza teria dificuldades para superar. Entre as sua exemplificações, o filósofo afirmava que o homem à ético e político age com prudência, enquanto o técnico/artista age com habilidade, por meio da licença poética que lhe é concedida.

Já o famoso escritor Irlandês, Oscar Wilde (1854-1900), pregou o inverso: para ele, “a vida imita a arte mais do que a arte imita a vida”, destacando que existe um culto às ficções e a quem as interpreta. Independentemente do seu nível benéfico ou maléfico, uma grande quantidade de imitadores surgem de acordo com o sucesso que determinadas interpretações ou interpretadores fazem. Daí a preocupação de ‘a vida imitar a arte’ e o que se vê cotidianamente passe a ser comum, o politicamente correto.

Ao se adequar a comportamentos sociais impostos, o sujeito está propenso a se transformar naquilo que não é. Viver valores, crenças e outros sentimentos que não sejam verdadeiramente próprios, é mentir para si, causando um mal que fere a alma.

Nos primeiros parágrafos desta ‘inquietação textual’, dois grandes nomes da história filosófica e literária divergem seus pontos de vista em relação à vida e à arte, cada qual em seu tempo. Um viveu no período antes da Era Cristã (antes de Cristo) e o outro mais de dois mil e duzentos anos depois. A forma de interpretar não pode ser confundida com o ato de concordar. Cada momento expõe uma verdade ou realidade.

Pilotando a ‘máquina do mal’ com seu ajudante Mutley, Dick Vigarista era um dos principais personagens do desenho animado ‘A Corrida Maluca”. Os dois pilantras faziam de tudo para vencer uma corrida, inclusive utilizando-se de golpes sujos para deixarem seus adversários para trás; mas nunca conseguiram vencer, provando que o crime não compensa.

O desenho Corrida Maluca fez parte da infância de muita gente. O Vigarista  tinha tiradas como a famosa frase “pegue o pombo”. Uma forma de impedir o pombo, outro personagem do ‘cartoon’, de entregar mensagens secretas aos inimigos, motivo de o vilão estar sempre atrás do bicho, que usa sua inteligência para sempre ficar um passo à frente da trupe.

Recorrer a personagens fictícios e até mesmo reais é uma forma de caracterizar, ilustrativamente ou não, um momento e uma realidade vivida no passado e no presente, profetizando o futuro.

Corroborando com Oscar Wild, “A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre”.

*Jornalista e Historiador

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Meia palavra não basta

17 de janeiro de 2024, 13:19

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

Uma prática comum, também chamada de truque para entreter o leitor e fazer com que ele termine o que começou – ler um texto do início ao fim -, é não revelar o assunto principal logo de primeira, no primeiro parágrafo, ou no lide (do inglês lead), como é chamado no jornalismo a primeira parte da notícia.

Mesmo em um mundo onde a correria predomina e o tempo parece passar mais rápido que um feixe de luz, faz-se necessário transmitir a informação de maneira que o receptor a interprete da forma mais real possível, ‘não permitindo que a maldade do mundo pareça normal’.

A pressa é inimiga da perfeição. É opreciso ter paciência e fazer as coisas devagar para alcançar os objetivos. A ansiedade é a parente mais próxima do equívoco e um veneno para a serenidade. Portanto não adianta colocar a carroça na frente dos bois.

Para uma história ser bem contata ela precisa de conteúdos convincentes, a partir de um enredo que siga no mínimo a regra mais simples para uma boa redação: início, meio e fim, com as ideias se interligando.

Por maior que seja o esforço, determinadas mensagens não conseguem atingir seus objetivos quando se economiza palavras, daí os incompreensíveis e discriminados, mas indispensáveis, textões do ‘WhatsApp’.

‘Para um bom entendedor, meia palavra basta’? Esse ditado popular se refere a uma situação recorrente entre pessoas que não dispõem de muito tempo para ‘conversa fiada’. Acontece que, como já vem sendo defendido nas linhas acima, para ser bem sucedido na transmissão de uma mensagem é necessário enriquecer o discurso com exemplos e comparações, garantindo que aquele que está do outro lado compreenda corretamente e, assim, a mensagem atinja o efeito desejado. Isso comprova que quem está comunicando tem total clareza sobre o que está sendo exposto.

“… Dá pra viver

Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou mau

É só não permitir que a maldade do mundo te pareça normal

Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real

E entender que ela mora no caminho e não no final… ‘ – Era uma Vez (Kell Smith)

*Jornalista e Historiador

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Não tem espelho em casa?

05 de dezembro de 2023, 11:41

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima

Expressões simples mas com grandes e importantes mensagens fazem parte do cotidiano, mesmo não recebendo a atenção que merecem. Uma dessas notórias frases da escrita popular é usada para desconstruir preconceitos, críticas e outras formas de descrédito alheio: ‘não tem espelho em casa?’

O medo de ser uma potencial vítima do mau comportamento alheio tem transformado a vida e a forma de relacionamento de certos indivíduos que  têm se tornado cada vez mais inconstantes e instaveis em seus sentimentos, opiniões e atitudes.

Vários são os motivos atribuídos às aflições, entre eles a incessante busca pela perfeição e a preocupação em atender o politicamente correto, estabelecido por padrões. Em um ‘ato de terrorismo pessoal’, são julgados e condenados estereótipos e até mesmo escolhas de gênero, criminalizando a maneira de viver de cada um.

Muitos vivem para os outros, atende o gosto do outro, em detrimento da sua própria forma de vida. Se encabular é um sentimento dos fracos. Ser forte é respeitar as diferenças, é aceitar o outro e, principalmente, se aceitar.

Quando não são os que apontam nos outros o que geralmente escondem de si, são os que agem com narcisismo, considerando-se sempre o melhor, com o sentimento de indiferença em relação ao outro, e a necessidade de atenção e adulação, além da falta de empatia.

É impressionante como existem figuras que olham apenas para o próprio umbigo e só buscam vantagens, mesmo sabendo que seu intento pode ferir. Um sinal claro do egoísmo e da estupidez presentes cada vez mais nos dias atuais.

As atitudes demonstradas nos dias que antecedem o Natal deveriam ser cotizadas durante todos os meses do ano. Mesmo que fosse apenas uma boa ação para cada mês já seria um grande ganho para a fraternidade humana.

Que os espelhos de todas as casas sejam limpos e reflitam boas imagens, principalmente daquele que estiver em sua frente.

*Jornalista e historiador

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Sicrano ouviu dizer que fulano disse, mas acha que foi beltrano

07 de novembro de 2023, 15:50

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima

É impressionante como se fala em políticos corruptos do Brasil, generalizando quando não se atende interesses e minimizando quando o escolhido é o acusado. Infelizmente, muitos brasileiros vão de corruptíveis a corruptores, presas fáceis para ‘falacianos’ que usam de artifícios persuasores para enganar e muitas vezes usurpar inocentes desprovidos de informações verdadeiras, quiçá pela falta proposital de acesso imposta por falsos líderes políticos, religiosos e muitos outros.

Criar seus próprios sinônimos para justificar mentiras e valorizar antônimos com o intuito de desconstruir verdades são características de malfeitores, ditadores e demais abomináveis seres com os mais diversos tipos de alcunhas.

Mesmo com a facilidade de acesso à informação, talvez por maldade não é difícil encontrar quem compartilhe mentiras como se fossem verdades, sem o menor cuidado em apurar fontes e fatos, muitos destes vociferados por sujeitos referenciados a partir dos discursos raivosos e enganosos.

Sicrano ouviu dizer que fulano disse que parece que aquilo que não se sabe ainda o que é pode fazer mal, e, conforme beltrano, já se fala em muitos prejudicados. Diversos são os tipos e formas de fuxicos, todos com um único propósito de disseminar a má informação (ou desinformação), contribuindo com o ódio, a desordem e prejudicando as relações sociais como um todo.

Faz-se necessário muita atenção para de mera vítima não se transformar em cúmplice e culpado. Checagem, esta é a palavra a ser observada a todo momento. Propagar o que não se tem certeza da verdade é crime: antes de ‘fuxicar’ que se tire as próprias conclusões e avalie as possíveis consequências de se estar disseminando a mentira.

“Portanto, quanto mais amamos a verdade, tanto mais devemos odiar a mentira.” –  Santo Agostinho

*Jornalista e historiador

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Ecoturismo e belezas naturais: Caém está logo ali…

03 de outubro de 2023, 15:23

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima

É sabido que o turismo é um importante transformador de economias e sociedades. Promove inclusão social, gera oportunidades de emprego e renda, além de muitos outros benefícios, tanto para o turista quanto para a cidade que o recebe.

A prática do turismo está em expansão e hoje já é uma das principais atividades econômicas de lugares que até pouco tempo não imaginavam que sobreviveriam principalmente com a exploração de seus potenciais naturais e históricos. Não por menos, tem sido bastante valorizado nas estratégias de desenvolvimento de muitos lugares.

O aperfeiçoamento dos meios de transporte e comunicação, principalmente com o advento da Internet, tem contribuído muito para o crescimento do setor. Os bons resultados obtidos por aqueles que têm apostado na atividade é uma indiscutível realidade. O envolvimento da população, da iniciativa privada e as políticas públicas responsáveis e comprometidas com a causa contribuem positivamente para esse sucesso.

E é justamente por isso que a cidade de Caém iniciou um trabalho de estudo e divulgação dos seus atrativos. Através de parceria com o Sebrae, a Prefeitura Municipal vem realizando uma série de ações para identificar quais as áreas com maiores potenciais de exploração turística. Mas sempre procurando trabalhar o tema em consonância com a natureza, ou seja, de forma responsável e sustentável. Nesse sentido é que estão acontecendo capacitações para comerciantes e a comunidade local para se construir instrumentos, mecanismos e estruturas de planejamento para o advento da ‘indústria do turismo’.

Apesar de ser a menor cidade em população, localizada no Piemonte da Diamantina (entrada da chapada norte), Caém se destaca em toda a região por sua diversidade turística, seja ela rural, de aventura, histórica, cultural, gastronômica e religiosa, o que tem despertado a curiosidade dos amantes do ecoturismo.

Conhecer a antiga estação de trem, se refrescar no complexo de cachoeiras do Vale da Charneca, visitar a tricentenária e histórica Igreja das Figuras, fazer trilha na área do imponente ‘bueiro’, curtir um dos melhores festejos juninos da Bahia, desfilar no bloco das Viúvas e depois saborear a culinária local, com um ensopado de galinha caipira, uma buchada de bode e o beiju do Bom Jardim; não tem preço.

Pelo ‘caminho que está sendo trilhado’, o turismo será, sem dúvidas, transformado em um dos principais vetores do desenvolvimento socioeconômico e fonte geradora de emprego e renda do município de Caém.

*Jornalista, membro da Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Turismo (Febtur), Seccional Bahia.

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O escrevedor é o responsável pela boa ou má interpretação do ledor

23 de agosto de 2023, 13:25

Foto: Gervásio Lima

* Por Gervásio Lima –

O ato de escrever é uma forma de viajar nas ideias, uma das melhores maneiras de exercitar o conhecimento e acalentar a alma. É também uma contribuição para os sedentos por informações e reflexões; é expressar a vida, os sentimentos; é ensinar a caminhar e orientar o desorientado.

Assim como o ato de escrever, os benefícios do exercício da leitura são salutares para evitar o ‘sedentarismo’ cultural e para levar-nos a compreender o porquê de não ter ‘aquela velha opinião formada sobre tudo’ e não ser uma Gabriela, que nasceu assim, que cresceu assim, vai ser sempre assim…, com resistência ao novo e dificuldade em aceitar mudanças.

Mas, num mundo de verdades corrompidas pelas mais diversas disputas ideológicas, religiosas, políticas e pelas vaidades exacerbadas, o correto tem sido confundido, dando lugar ao  ódio e à mentira. Uma verdadeira valorização do fútil em dentrimento do que realmente importa para a aproximação ao bom caráter.

O escrevedor é o responsável pela boa ou má interpretação do ledor. Ser autêntico, sincero e verdadeiro é como o ‘caldo de galinha, não faz mal a ninguém’. Ou seja, é necessário ter cuidado e prudência diante de determinadas situações. Faz-se necessário analisar com bastante cuidado os fatos, os dados e as informações que venha ter acesso, pois nem ‘tudo que reluz é ouro’. Nem tudo o que se acredita que é, é verdade de fato.

O formador de opinião tem a capacidade de influenciar e até mesmo modificar a opinião das pessoas em todos os campos de conhecimentos, portanto é preciso muita cautela, pois ‘por trás de todo paladino da moral, vive um canalha’, como bem pontuou o escritor e jornalista Nelson Rodrigues.

A formação de um bom ser humano depende de como ele quer perceber o mundo, não de como o mundo quer que ele perceba.

“Prefiro ser

Essa metamorfose ambulante

Eu prefiro ser

Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo…”

Metamorfose Ambulante– Raul Seixas8

*Jornalista e historiador.

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CRMV/BA: maturidade de sênior e entusiasmo de recém-formado

28 de julho de 2023, 11:01

*Altair Santana de Oliveira

Em 54 anos de atuação, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), tem cumprido sua missão maior: proteger a sociedade, fiscalizando o exercício profissional do médico-veterinário e do zootecnista, punindo o mau profissional, combatendo o charlatanismo e protegendo a imagem das profissões.

Somando 9.132 profissionais, sendo 8.454 médicos-veterinários, 669 zootecnistas e 4.089   empresas, o Regional baiano está entre os maiores Conselhos de Medicina Veterinária do país.

Com atuação no interior e na capital, o CRMV/BA tem orientado, educado, fiscalizado, alertado empresas e pessoas físicas sobre a qualidade dos produtos e sobre as boas práticas dos serviços prestados à população e aos animais.

Depois da pandemia, estamos retornando ao contato presencial: em abril deste ano, tivemos um grande evento de Medicina Veterinária Legal, que reuniu em três dias, profissionais de várias vertentes, inclusive, de outras profissões como advogado, promotor de justiça e policiais, além de estudantes.

Também apoiamos eventos científicos e educacionais de outras instituições, voltados para capacitar e atualizar os profissionais, ainda que não seja esta uma atribuição de um Conselho de classe. De tal modo a educação continuada nos preocupa, que lançamos em 2022 o Projeto CRMV/BA EDUCA, disponibilizando temas científicos e de legislação, através de eventos virtuais.

Comprometida com os médicos-veterinários e com os zootecnistas, nossa gestão, formada por 16 médicos-veterinários e zootecnistas, acompanha as ações do Conselho Federal de Medicina Veterinária e está atenta às movimentações políticas, legislativas e decisões educacionais e profissionais que afetem nossa comunidade.

No balcão ou usando as facilidades da tecnologia, nossos colaboradores estão prontos para atender, orientar e esclarecer demandas de informações e de serviços que nos chegam diariamente.

Outro meio de contato, são nossas redes sociais, nas quais temos hoje, 6.368 seguidores no Facebook, 9.706 no Instagram, 1.690 seguidores no LinkedIn e cerca de dez mil visitas mensais ao Portal, que é nossa vitrine preferencial. Estes números demonstram que a instituição não está parada no tempo.

Fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União – TCU, o Sistema CFMV/CRMV recebeu a maior nota dentre todas as demais profissionais no quesito transparência pública e o CRMV-BA tem destaque entre os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária.

Com novas instalações e ampliando, modernizando e melhorando nossa estrutura física e de equipamentos, buscamos a excelência no atendimento e as práticas sustentáveis, a exemplo da energia solar implantada.

O Regional Bahia tem a maturidade dos seus 54 anos, mas tem igualmente o entusiasmo de recém-fundado e o desejo de não apenas continuar a ser relevante, mas, em sinergia com os profissionais, colocar em crescente – e merecida – evidência, a Medicina Veterinária e a Zootecnia.

*Médico-Veterinário/CRMV/BA-1232 – Presidente

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Boas Festas!

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