Municípios

Irresponsabilidade da CTNBio produz ‘super mosquito’ da dengue

16 de setembro de 2019, 09:20

Foto: Reprodução

Sem ter sido consultada e muito menos esclarecida sobre os riscos a que estaria sendo exposta, a população do distrito Pedra Branca, em Jacobina (no norte da Bahia) foi cobaia de um experimento realizado entre 2013 e 2015, com autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

Durante esse período, os 1.144 moradores foram infestados com milhares de Aedes aegypti geneticamente modificados (GM) pela empresa Oxitec. Participaram a organização social Moscamed e a Secretaria Municipal de Saúde.

Aparentemente inofensivos, tinham a missão de copular com fêmeas do Aedes comum e transmitir aos descendentes uma proteína capaz de matá-los antes de chegar à idade reprodutiva. Pela propaganda, os insetos GM não se reproduzem com outras espécies e muito menos se perpetuam no ambiente.

O objetivo era reduzir a população de Aedes selvagem, responsável pela transmissão do vírus causador de mais de 1.800 casos de dengue no município em 2012. Embora a Oxitec afirme que ao final do projeto tenha reduzido em 92% a população dos mosquitos da dengue, em 19 de agosto de 2014 o prefeito de Jacobina, Rui Macedo, decretou situação de emergência no município justamente em virtude da doença.

Fracassada no combate ao mosquito “do mal”, a tecnologia do Aedes “do bem” pode ter causado alterações ecológicas ainda desconhecidas em Jacobina. Isso porque os milhões de transgênicos OX513 liberados na cidade transferiram seus genes modificados em laboratório para a população natural de Aedes aegypti. Ou seja, os transgênicos teriam se reproduzido e se perpetuado no ambiente. O dado, que desmente a Oxitec, foi revelado na última terça-feira (10) em artigo publicado no boletim eletrônico Scientif Reports, do grupo Nature Research.

Pesquisadores da Universidade de Yale (nos Estados Unidos), da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular e da Moscamed Brasil que assinam o estudo afirmam se tratar de uma “anomalia”. Conforme a amostra e o critério utilizado para definir essa troca genética – tecnicamente chamada de introgressão – pode-se dizer que de 10% a 60% de mosquitos carregam pelo menos um gene do OX513A.

Ainda segundo o artigo, amostras de genes dos Aedes selvagens coletadas em períodos de seis, 12 e 27 a 30 meses após o início da soltura dos transgênicos trazem claras evidências de que porções do genoma GM foram incorporadas pela população de insetos naturais que deveria ter sido reduzida significativamente. “Evidentemente, descendentes híbridos e raros são suficientemente robustos para poder se reproduzir na natureza”, dizem os cientistas. Por isso recomendam que haja programa de monitoramento genético durante a liberação de organismos transgênicos para detectar “consequências imprevistas”.

Troca de genes

O estudo mostra que houve uma troca de genes, e que nessa troca os mosquitos comuns incorporaram genes de uma outra variedade, transgênica, resultando em insetos híbridos, que geralmente têm maior vigor, são mais potentes, sobre os quais ainda não há estudos. Muito menos quanto à sua eficiência na transmissão de vírus, que pode inclusive ser maior. O que temos agora é um ‘super mosquito’, mais resistente, que pode se desenvolver em ambientes em que outros talvez não se desenvolveriam”, avalia o biólogo José Maria Gusman Ferraz, pesquisador do Laboratório de Engenharia Ecológica da Unicamp e professor da pós-graduação do Centro Universitário da Fundação Hermínio Ometto (UniAraras).

Para ele, é salutar que tais resultados tenham sido encontrados em um estudo que envolveu especialistas que conhecem bem de perto as experiências nas cidades do interior baiano, como a professora Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Margareth de Lara Capurro, e o geneticista Aldo Malavasi, professor aposentado do Departamento de Genética da USP e atual diretor da Moscamed.

Na qualidade de integrante da CTNBio, em 2013 Ferraz visitou a cidade de Juazeiro, na Bahia, que desde 2011 vinha sendo infestada com mosquitos da Oxitec. O objetivo da visita técnica era conhecer o laboratório onde os insetos soltos ali e em Jacobina estavam sendo produzidos. Verificar, por exemplo, se não estavam vazando larvas pelo ralo ou outras situações semelhantes, indesejáveis, verificar como estavam sendo feitas as liberações no ambiente e como a população estava se relacionando com a novidade.

Em seu relatório, pedia à CTNBio a suspensão da soltura dos insetos transgênicos nas duas cidades até que fossem feitos mais estudos de impactos à saúde e ao meio ambiente. E destacava o desprezo pela segurança da população, reduzida a cobaias. Primeiro porque a própria comissão de biossegurança, que deveria desempenhar o papel para o qual foi criada, enquadrou o inseto GM na classe do risco 1 (baixo risco individual e baixo risco para a coletividade) quando deveria ser classe 2 (moderado risco individual e baixo risco para a coletividade), conforme fontes ouvidas pela Rede Brasil Atual (RBA).

E depois porque os moradores afetados receberam apenas informações sobre o mosquito transmissor de vírus causadores da dengue e sobre a doença propriamente dita. Nada foi falado sobre os riscos dos insetos transgênicos à sua saúde e ao ambiente. Para completar, não assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, praxe em casos de participação em experimento científico. E sequer foram apresentados – e nem a CTNBio exigiu – pareceres de comitês de ética humana e animal das instituições responsáveis, uma vez que pessoas seriam picadas e teriam seu sangue em contato com os insetos, estando sujeitas a infecções entre outras intercorrências.

O pesquisador anotou ainda a omissão da Oxitec em informar a taxa de sobrevivência do mosquito desenvolvido em seus laboratórios, já que a técnica não garante 100% de esterilidade nos machos produzidos. E questionou os níveis mínimos de contaminação da água pelo antibiótico tetraciclina necessários para a sobrevivência do seus insetos. O dado está diretamente associado à expectativa de aumento da população GM e aos consequentes desequilíbrios ambientais.

Desprezado pela CTNBio, o relatório de Ferraz questionava ainda a falta de estudos sobre o desempenho dos machos transgênicos quanto à cópula com fêmeas de Aedes. “A possibilidade desse mosquito permanecer no ambiente, bem como de cruzamento com GM, tudo isso foi alertado, mas desprezado pela maioria dos integrantes da comissão. Então foram direto a campo e despejaram os mosquitos no ambiente, onde vivem pessoas”, disse o pesquisador.

Vista grossa

A experiência em Jacobina foi autorizada pela CTNBio em dezembro de 2012. No extrato do parecer 3.541/2012, publicado no Diário Oficial da União, o então presidente Flávio Finardi Filho declarou que “o processo (01200.002408/2012-74) descreve as condições de biossegurança propostas para a liberação, as condições gerais para a condução do experimento e a qualificação da equipe de pesquisadores envolvida no projeto”. E que a “Comissão considerou que os protocolos experimentais e as demais medidas de biossegurança propostas atendem às normas da CTNBio e à legislação pertinente que visam garantir a biossegurança do meio ambiente, agricultura, saúde humana e animal”.

Mas a Oxitec, como bem lembrou Ferraz, omitiu uma série de informações. Chegou a arrancar páginas do dossiê, alegando sigilo, e a comissão de biossegurança fez vista grossa. Mesmo sem ter feito estudos a respeito, lembrou, a empresa negou a possibilidade de implicações ecológicas do cruzamento entre mosquitos transgênicos sobreviventes e fêmeas de Aedes selvagem. E desprezou a capacidade da linhagem OX513A vir a cruzar com o Aedes albopictus, espécie que disputa espaço com o aegypti e que também é transmissor de diversos vírus.

Atropelando normas internas, a maioria dos componentes da CTNBio aprovou em abril de 2014 o pedido de liberação comercial do Aedes GM. Até então não havia sido feita avaliação técnica do experimento em Jacobina, o que só veio a acontecer em 2018. E o relatório apresentado à comissão, segundo fontes, veio cheio de defeitos e imprecisões, espelhando toda a insegurança e irresponsabilidade que expôs a população a riscos desconhecidos e desnecessários. Mais uma vez prevaleceu a ciência nanica e comercial comum no âmbito do colegiado, salvo exceções, que desprezou organismos geneticamente modificados diretamente associados a vírus causadores de doenças graves em humanos.

O parecer sobre a liberação, bisonho, expressa o entendimento da maioria do colegiado, de que um único estudo, realizado por um pesquisador da própria Oxitec – Renaud Lacroix – mais o dossiê apresentado pela empresa pleiteadora do registro configurem um “conjunto considerável” de informações. A reportagem completa pode ser conferida no site da Rede Brasil Atual (veja aqui).

Leia mais...

ACM Neto decide vetar projeto que proíbe arrastão na quarta de cinzas, diz jornal

15 de setembro de 2019, 13:16

Foto: Reprodução

Prefeito já bateu o martelo, mas só anunciará o veto depois que o projeto sair da Câmara de Vereadores.

prefeito ACM Neto (DEM) já decidiu que vetará o projeto que proíbe eventos profanos na Quarta-Feira de Cinzas, a exemplo do tradicional arrastão feito na Barra.

Segundo a coluna Alô Alô Bahia, do jornal Correio, o prefeito já bateu o martelo, mas só anunciará o veto depois que o projeto sair da Câmara de Vereadores.

Na última quinta-feira, assessores mais próximos de Neto, já  comentavam que de que o prefeito vetaria o projeto aprovado pela Câmara.

O principal motivo é o fato do município não ter condições de evitar a realização de festas profanas na Quarta de Cinzas.

Leia mais...

Representantes da ONU e líderes rurais de 7 países se reunirão em Juazeiro para debater agricultura familiar

13 de setembro de 2019, 14:04

Evento reunirá 80 pessoas em três dias com programação que inclui visitas a comunidades rurais financiadas pelo FIDA na Bahia

Representantes de agências ligadas à ONU e organizações que trabalham com o desenvolvimento da agricultura familiar na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, estarão em Juazeiro-BA, entre os dias 17 e 19 de setembro, para participar do 1º Encontro de Líderes Rurais e Gestores de Projetos FIDA no Mercosul Ampliado, que acontecerá no Grande Hotel Juazeiro reunindo, além de autoridades locais, gestores dos projetos e programas financiados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) nesses países e no Brasil. Ao todo, 80 pessoas participarão de painéis e debates sobre agricultura familiar e farão visitas a comunidades rurais atendidas pelo projeto Pró-Semiárido  na Bahia, que é uma ação executada pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), mediante acordo de empréstimo entre o Governo do Estado e o Fida.

São representantes de dezoito entidades de vários países. Do Brasil, estão confirmados o FIDA Brasil, Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA Brasil), Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais – CONTAG, Articulação Nacional do Semiárido Brasileiro – ASA, Fundação Arthur Bernardes, Universidade Federal de Viçosa, e os projetos apoiados pelo FIDA na Bahia (Pró-Semiárido), no Piauí (Viva o Semiárido), em Sergipe (Dom Távora), na Paraíba (Procase), no Ceará (Paulo Freire), e o Projeto Dom Helder Camara 2, nos estados de Sergipe, Pernambuco, Piauí, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Já entre as entidades internacionais, estão confirmadas a Associação de Mulheres Rurais do Uruguai, a Comissão Nacional de Fomento Rural do Uruguai, a Confederação Camponesa do Peru, a Organização Nacional Camponesa do Paraguai, o Movimento Unitário Camponês e Etnias do Chile, a Coordenadora de Integração de Organizações Econômicas Camponesas da Bolívia e a Federação Agrária Argentina. Participam também membros das equipes do FIDA na região e os projetos financiados pelo FIDA no Uruguai Projeto Piloto de Inclusão Rural, do Paraguai; o Projeto Melhoramento da Agricultura Familiar Camponesa e Indígena, do Paraguai; e o Projeto Paraguai Inclusivo, além dos projetos argentinos Programa de Inserção Econômica dos Produtores Familiares do Norte Argentino; Programa de Desenvolvimento das Cadeias Caprinas e Programa de Desenvolvimento Rural Inclusivo.

Para a abertura do Encontro, marcada para o dia 17, estão confirmadas as presenças do Diretor de País e Chefe do Centro de Conhecimento e Cooperação Sul-Sul e Triangular do FIDA Brasil, Claus Reiner; o representante do IICA Brasil, Hernán Chiriboga; o secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado de Pernambuco, Dilson Peixoto; o Diretor-Geral da Embrapa Semiárido, Pedro Gama;  a coordenadora do Programa Semear Internacional, Fabiana Viterbo; o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional da Bahia (CAR), Wilson Dias; e o presidente da Fundação Luís Eduardo Magalhães, Francisco Américo Neves de Oliveira.

Um dos objetivos do evento é o fortalecimento da troca de experiências entre os projetos financiados pelo FIDA nos sete países participantes com o intuito de melhorar a qualidade do diálogo com representantes de organizações da agricultura familiar camponesa, funcionários e gestores de projetos do FIDA, fortalecendo as relações institucionais para alcançar melhores resultados das operações, financiadas pelo FIDA nos países.

Serão discutidos temas relacionados ao Monitoramento e Avaliação, com ênfase nos resultados e efeitos econômicos, e impacto dos projetos financiados pelo FIDA; gestão de água para fins produtivos, com abordagens ligadas a sistemas de coleta e aproveitamento de água; e acesso a recursos financeiros e mercados, debatendo alternativas para o financiamento da Agricultura Familiar em condições de acesso limitado ao sistema financeiro formal.

Para as visitas a comunidades rurais atendidas pelo projeto Pró-Semiárido, na Bahia, a comitiva se dividirá em grupos. Cada um conhecerá uma das iniciativas selecionadas, como a Coopercuc, na cidade de Uauá, que se destaca por um trabalho em processamento de frutas nativas; Casa Nova, com quintais produtivos; Massaroca, que também tem desenvolvida a técnica de quintais produtivos, reúso de água cinza, avicultura e processamento de ovos; Sobradinho, com fruticultura irrigada. Além disso, serão visitadas as instalações e campos de pesquisa da Embrapa Semiárido.

O evento é uma realização do FIDA, Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Programa Semear Internacional, Confederação de organizações de produtores familiares do Mercosul ampliado (Coprofam), Programa FIDA Mercosul Claeh, e Governo do Estado da Bahia, por meio do Projeto Pró-Semiárido.

Leia mais...

Jacobina: Representantes comerciais são atendidos na UPA 24h e pacientes se revoltam

10 de setembro de 2019, 17:21

Foto: Gervásio Lima

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) faz parte da Rede de Atenção às Urgências. O objetivo é concentrar os atendimentos de saúde de complexidade intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a atenção básica, atenção hospitalar, atenção domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192.

As UPAs funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, e podem atender grande parte das urgências e emergências.

A Unidade de Jacobina sempre recebeu mais elogios do que reclamação, sendo inclusive qualificada pelas gestões do município como referência em serviço público.

Mas na tarde desta terça-feira (10), um flagrante ameaça desconstruir a imagem positiva que o a unidade de saúde possui. Mesmo com uma quantidade considerável de pessoas aguardando atendimento médico, um representante comercial (vendedor de remédios) furou a ‘fila’ da emergência para apresentar seus produtos para os profissionais médicos de plantão

.

Outros dois vendedores (foto), por não ter obedecido o horário pré-estabelecido (Veja foto do mural) Ficaram de retornar em outro momento.

A reportagem do Notícia Limpa registrou com exclusividade este momento que revoltou os pacientes que aguardavam atendimento. “Isto é um absurdo, atender representantes enquanto existem pessoas precisando por atendimento médico. Aqui é um local para dar atenção aos doentes “, reclamou um paciente que pediu para não ser identificado

Leia mais...

Convite

09 de setembro de 2019, 14:41

No próximo dia 12 de setembro, às 9 horas, o Governo da Bahia irá entregar a Policlínica para a população do Território Piemonte da Diamantina 

Leia mais...

Exclusivo: Chapa liderada por Kátia Alves disputará a presidência do Diretório do PT de Jacobina

04 de setembro de 2019, 12:37

Foto: Gervásio Lima

De acordo informações colhidas com exclusividade pelo Notícia Limpa, ao contrário do anunciado na imprensa local e nas redes sociais, inclusive por dirigentes da atual direção do Partido dos Trabalhadores de Jacobina (PT), a chapa liderada por Katia Alves, conhecida como Kátia da Saúde, estará concorrendo à presidência do Diretório Municipal (DM) na eleição que acontece neste domingo (8).

“Tentaram desmobilizar e desacreditar nossa chapa perante a opinião pública e os militantes do PT, mas a injustiça foi reparada a tempo de não deixar ocorrer uma eleição de chapa única”, comemora um filiado que pediu para não ser identificado. Este, completa ainda: “Querem excluir os companheiros que pensam diferentes, os que querem  alargar as fronteiras do PT em nosso município e tirar o partido do isolamento social, com transparências nas finanças e o intuito de reconstruir a sede da nossa agremiação que deixaram ir ao chão”. “No dia 8 de setembro as chapas Muda PT 690 e a Renova PT 440, com o companheiro Eden como presidente estadual serão vitoriosas”, finaliza.

O Processo de Eleições Diretas (PED 2019), que acontece domingo (8) em todo o país elegerá presidentes e membros das comissões de ética e conselhos fiscais que irão ocupar seus mandatos para os próximos 4 anos nos diretórios municipais. Neste primeiro momento, filiados e filiadas irão votar para eleger de forma direta, presidentes, dirigentes locais, coordenadores e membros das macros-regiões. Ao mesmo tempo, votarão para a chapa de delegados estaduais e nacional, que irão participar dos respectivos congressos, onde irão eleger os presidentes estaduais e nacional, bem como os demais dirigentes. Da mesma forma, irão definir as teses que guiarão o partido para o próximo mandato.

Leia mais...

Prefeitura de Jacobina irá demolir a Barraca do Flávio

04 de setembro de 2019, 11:17

Foto: Gervásio Lima

Estabelecimento será transferido para uma área onde será implantada a ‘Praça de Alimentação’ do município.

Jacobina amanhece nesta quarta-feira, 4 de setembro, com a notícia que muitos moradores não gostariam de receber. Depois de vários dias de uma verdadeira luta política e judicial, com direito a diversos movimentos públicos, principalmente nas redes sociais, um dos pontos comerciais mais conhecidos da cidade encerra suas atividades. Neste dia, jacobinenses e clientes dão adeus à Barraca do Flávio, situada próxima à Ponte Francisco Rocha Pires, às margens do Rio Itapicuru.

A Barraca do Flávio, que na verdade se chamava ‘Banca de Revistas 2 Lauras’, existia a cerca de 60 anos no mesmo local. O seu atual proprietário, Flávio Santana, adquiriu o estabelecimento na década de 1990. Com o passar dos tempos, com o advento da era digital, a venda de revistas, jornais e afins tiveram uma queda vertiginosa, obrigando as ‘antigas bancas de jornais’ se reinventarem, agregando outros produtos para sobreviverem. E assim fez Flávio, com a falta da procura pelos impressos passou a comercializar outros produtos, tornando a barraca que leva o seu nome o principal ponto comercial do gênero da cidade, o que passou a ser considerado, inclusive, um patrimônio  do município.

A retirada da Barraca do Flávio já vinha sendo cogitada por gestões anteriores, mas sempre foi adiada por conta da pressão popular. Enquanto muitos caracterizam perseguição política, o município alega reordenação urbana, pois a localização do empreendimento acarreta riscos para transeuntes que muitas vezes eram impedidos de utilizar a calçada.

A gota d´água foi um anúncio postado nas redes sociais, onde a ‘barraca’ estaria à venda. Após denúncia à Ouvidoria da Municipal, a Prefeitura determinou a retirada da mesma.

Conforme informações de Flávio Santana, a Prefeitura de Jacobina garantiu um espaço para a transferência de seu ponto comercial na área onde será implantada a ‘Praça de Alimentação’, nas proximidades do Mercado Velho, na Praça Getúlio Vargas. Ao agradecer pelo apoio dos amigos e clientes, Flávio informou ainda que o acordo que fez com o município ‘ficou bom para ambos’.

Nas redes sociais muitas pessoas se pronunciaram. Veja abaixo alguns dos posicionamentos postados. Para preservar a identidade das fontes, não revelamos os nomes dos autores:

“Infelizmente nosso amigo perdeu a guerra. Cresci vendo ele trabalhado, estou com o coração partido, isso foi uma injustiça”.

“Sei que está sendo dolorida para muita gente a despedida desse point que marcou a história de muita gente, mas acredito que, e tenho fé em Deus, que será o início de uma nova jornada para essa família humilde e querida que é a família de Flávio. Imagino a dor que nosso amigo Flávio está sentido de tá se despedindo desse ponto que praticamente ele passou e se dedicou a grande parte de sua vida, mas repito, tem males, que vem para bem, acredito eu, que será o início de uma nova e honrosa etapa de sua vida”. 

“Flávio tenha muita fé em Deus pois ele está preparando uma coisa boa pra você. Fico triste da forma que a barraca  foi fechada mas tenho tenho certeza que as portas vão está abertas  pra você porque você é um cara muito bom e nada faltará em sua casa. Desejo nesse momento difícil que tenha muita força e tudo dará certo, pode acreditar estou torcendo por vocês. Abraços, precisando de um amigo estarei a disposição”.

“Eu também tenho minhas palavras sinceras, várias amizades, resenhas e vitórias na banca do Flávio, e hoje infelizmente esses corruptos hipócritas, ladrões, querem destruir um patrimônio de histórias boas por fator pessoal. Mas como nosso amigo diz, tem mal que vem pra bem. Força negão, tamos juntos  com vc”.

Leia mais...

Time mantido pela Universal proibe brincos e forma para grandes clubes

03 de setembro de 2019, 09:22

Foto: Divulgação

Conta assim o Antigo Testamento: Abraão foi chamado por Deus para conduzir seu povo escolhido a Canaã, a terra prometida, um lugar rico em liberdade e felicidade. Há um ano, essa inspiração bíblica deu origem a um time de futebol: o Canaã Esporte Clube, em Irecê, na Bahia.

A iniciativa é ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, e surgiu a partir de um projeto assistencial chamado “Nova Canaã”, pensado como um lugar de esperança em meio à pobreza e idealizado a partir de uma reportagem exibida na TV em 1998 sobre a fome do Nordeste.

Em pouco tempo, a equipe formada por jogadores ligados ao projeto já alcança alguns resultados expressivos em campo. Nos bastidores, há uma cartilha de comportamento para jogadores e torcedores, acordo com empresário que já chegou a colocar seis jogadores no Corinthians e planos cada vez mais ousados.

“Nada vos será impossível”?

“O projeto atua no sertão da Bahia desde agosto de 2000. Oferecendo primeiro a educação no período da manhã e à tarde atividades esportivas e culturais. Futebol, judô, capoeira, dança, informática, reforço para quem precisa de reforço. O futebol sempre foi uma atividade. Nós vimos que já tinha alguns meninos se destacando, iam fazer testes no clube e ficavam. Pensamos: ‘por que não organizar um clube e dar uma oportunidade ainda maior?”, diz Leonardo Santos, diretor do projeto Nova Canaã e do Canaã EC.

Orientação é não usar brinco

 

Caio de brinco, mas fora da fazenda, em março

Os treinos do Canaã Esporte Clube ocorrem na fazenda em que fica o projeto assistencial – sete campos de futebol compõem a estrutura esportiva. No mesmo local ficam a escola, as plantações e também o centro religioso. Segundo apurou o UOL Esporte, os garotos não são obrigados a frequentar cultos. A maioria acaba indo por estímulo dos outros, mas não há registro de quem tenha sido punido por se ausentar. O goleador do clube, aliás, não é evangélico.

Em contrapartida, algumas orientações de comportamento são conhecidas. O uso de brincos pelos meninos, por exemplo, é vetado. “Todo lugar tem regras, né? Lá não pode usar brinco dentro da fazenda, porque é lugar que tem igreja. É a única coisa, assim, que eu não vi em outros clubes, que eles limitam. Mas é só dentro da fazenda. Saindo de lá você pode botar seu brinco tranquilo”, diz o atacante Caio Jambeiro, artilheiro do Canaã na Série B do Campeonato Baiano, com três gols, e autor do primeiro gol da história do clube em um jogo oficial.

Há orientações sobre não falar palavrões em campo ou cometer muitas faltas nos adversários. Os xingamentos também estão vetados para os torcedores, pois não combinariam com o cristão. “Nós acreditamos que tudo na vida tem que ter disciplina para a pessoa ser bem-sucedida, então fazemos palestras sobre a vida e o desenvolvimento humano. Temos algumas regras, mas trabalhamos tão bem antes do campo que eles acabam assimilando. Até porque muitos têm origem humilde e nunca tiveram outro tipo de influência”, diz Leonardo Santos, à frente do projeto há seis anos.

Por ser um time novo, o Canaã ainda não tem uma base firme de torcedores. Aí que entra a Igreja Universal e a força de 9 milhões de adeptos pelo mundo. Durante a participação na Copa BH Tributarium em Minas Gerais, em julho, os jogadores do time sub-17 tiveram grande torcida de membros da FJU (Força Jovem Universal), grupo social da IURD em Belo Horizonte. Nenhum outro time teve apoio tão forte.

“Eu vejo que a torcida considera mais a parte social que o projeto exerce do que em si o futebol. Isso acaba trazendo pessoas, porque elas torcem pela instituição, querem que cresça pelo bem que fazemos na região. As pessoas torcem para a gente e para mim isso é o mais legal de tudo: ver a torcida aparecendo do nada por ser apoiadora do projeto”, diz o diretor Leonardo Santos.

 

 

Parceria com empresário de Pedrinho

Responsável pela carreira do meia Pedrinho, que está entre os principais destaques do Corinthians na temporada, o baiano Will Dantas é o empresário responsável por criar oportunidades de mercado para os meninos formados pelo Canaã.

“Eu adorei o projeto, vi que tem futuro. Agora quem se destacar lá eu mesmo coloco nos clubes”, diz o agente, que vê a influência da Igreja Universal como positiva na vida dos jovens jogadores.

“Já tive problemas com garotos que quando estão no clube com contrato mudam radicalmente a maneira de ser, perdem a humildade, não respeitam mais. Os garotos da Igreja têm convivência com bispo, com as pessoas mais velhas, e o respeito é maior”, conta Will Dantas, que já encaixou um menino ex-Canaã chamado Rogério Feijão no sub-17 do Palmeiras. 

O Canaã ainda não realizou a venda de nenhum jogador, somente empréstimos com valor de compra fixado. Em dezembro é possível que os primeiros resultados surjam. A ideia, a princípio, é reinvestir o valor no projeto social.

Seis emprestados ao Corinthians

 

Guilherme, Alanderson, Weslei, Iago, Ãngelo Josaphat e Paulo Henrique, ex-Canaã, da base do Corinthians

 

Seis jogadores que têm os direitos econômicos detidos pelo Canaã foram emprestados até dezembro ao Corinthians, sendo dois no sub-17 (Guilherme e Alanderson) e outros quatro no sub-20 (Weslei, Iago, Ângelo Josaphat e Paulo Henrique). Todos têm opção de compra após o empréstimo, em contrato por três temporadas. São parte das primeiras iniciativas comerciais do novo time baiano.

O projeto foi montado em 2018, mas a falta de uma estrutura profissional atrapalhou no começo. Basicamente, empresários buscavam e tiravam jogadores com facilidade da equipe. A promessa é de que não será mais assim.

Hoje, o Canaã conta com time profissional na segunda divisão da Bahia, sub-20 (atual vice-campeão estadual), sub-17 e sub-15, além de categorias menores puxando mais para o lado da recreação. Participou de um torneio sub-17 em Minas Gerais neste ano e deverá estar na Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2020.

 

 

Edir Macedo, Marcelo Crivella e o projeto em Irecê

A história contada sobre a criação do projeto Nova Canaã (que gerou o time de futebol) é de filme. A cidade de Irecê, a cerca de 500 km de Salvador, na Bahia, foi retratada no programa “Repórter Record”, então apresentado por Goulart de Andrade na emissora. Histórias tocantes sobre seca, fome e miséria no sertão baiano estiveram na pauta.

Edir Macedo assistiu ao programa e na sequência entrou em contato com o bispo Marcelo Crivella, que era missionário da Igreja Universal na África há dez anos. A ideia era criar um projeto naquela região da Bahia. Crivella lançou um CD chamado “O Mensageiro da Solidariedade”, que vendeu mais de 1 milhão de cópias e financiou a compra de uma fazenda e o cultivo da terra para que as famílias se organizassem em uma comunidade agrícola autossustentável.

O projeto foi fundado em 2000 e ao longo do tempo foi ampliando sua atuação. Hoje há escola e atendimento a milhares de famílias no local. O incentivo ao esporte de alto rendimento vem daí. Marcelo Crivella hoje é prefeito do Rio de Janeiro.

No mesmo ano do projeto em Irecê, a igreja de Edir Macedo criou um time de futebol chamado Universal Futebol Clube, sediado no bairro de Curicica e que jogou uma temporada na segunda divisão do Campeonato Carioca. A ideia era que o time fosse uma nova forma de evangelização e atração de fiéis, principalmente jovens. Ingressos para jogos eram distribuídos em cultos e o público foi bom. O time é que naufragou, passou longe do acesso e foi logo desfeito. É o que ninguém deseja que se repita.

Leia mais...

Estimativas apresentam crescimentos tímidos de municípios baianos. Jacobina no Piemonte da Diamantina perdeu cerca de 3 mil habitantes em dois anos

28 de agosto de 2019, 16:35

Foto: Gervásio Lima

Dos mais populosos municípios baianos apenas Ilhéus teve perda de habitantes. A cidade do Litoral Sul baiano diminuiu cerca de 1,52% da população. Em 2018, a estimativa era de 164.844 e neste ano ficou em 162.327. A capital baiana Salvador teve aumento de 0,52%, saindo de 2.857.329 para 2.872.347 em 2019.

O segundo município mais populoso, Feira de Santana, aumentou de 609.913 para atuais 614.872, acréscimo de 0,83%. A terceira cidade com mais moradores no estado, Vitória da Conquista, teve 0,80% de crescimento. Saiu de 338.885 para 341.597 habitantes.

A estimativa da população brasileira divulgada nesta quarta-feira (28), pelo IBGE, mostrou que entre os 9 municípios pertencentes ao Território Piemonte da Diamantina apenas 3 perderam habitantes: Caém, Miguel Calmon e Várzea Nova. Já Jacobina passou de 80.394, em 2018, para 80.518, em 2019. O município teve um aumento de 124 moradores no período de um ano; mas com um déficit de 2.993, se comparado com a estimativa de 2017, quando a população era de 83.635. Em dois anos, Jacobina passou da 21ª posição, no ranking das maiores cidades da Bahia, para o 24º lugar, sendo ultrapassada pelos municípios de Serrinha ((80.861), Dias D´ávila (81.089), Guanambi (84.481), Candeias (87.076) e Luís Eduardo Magalhães (87.519).

Confira abaixo a população e a posição dos municípios do Piemonte da Diamantina:

Miguel Calmon (26.023 – 122º)
Umburanas (19.222 – 178º)
Mirangaba (18.338 – 192º)
Ourolândia (17.451 – 198º)
Serrolândia (13.397 – 275º)
Saúde 12.913 – 287º)
Várzea Nova (12.697 – 288º)
Caém (9.213 – 350º)

Veja quem ganhou e quem perdeu habitantes na comparação das estimativas de 2018 e 2019:

Ganharam:
Umburanas – 188
Mirangaba – 143
Ourolândia – 62
Serrolândia – 50
Saúde – 30

Umburanas – Bahia

Perderam:
Caém – 159
Miguel Calmon – 136
Várzea Nova – 75

Caém

Entre os maiores municípios da região Norte do Estado, estão Senhor do Bonfim (79.015 – 25º).e Irecê (72.967 – 27º).

As estimativas do IBGE são projeções feitas pelo instituto divulgadas ano a ano. O Censo Demográfico previsto para 2020 deve revelar dados mais precisos sobre as populações. No método, agentes censitários percorrem as cidades e fazem a contagem dos habitantes.

Leia mais...

Jovem morre de acidente de moto em Jacobina

26 de agosto de 2019, 09:34

Foto: Reprodução/Facebook

Motorista que teria provocado acidente que matou a jovem Camila foi apresentado pela PM – 

Após ter a moto que pilotava ser atingida por veículo que trafegava na Avenida Centenário, em Jacobina, a jovem Camila Mariano Soares, de 27 anos , veio a óbito. O acidente aconteceu por volta das 19 horas, deste domingo (25), nas imediações do Centro de Educação Profissional, Professora Felicidade de Jesus Magalhães,  próximo ao bairro Jacobina II. De acordo a informações, ao cair da motocicleta o corpo de Camila ainda foi atropelado por uma outra moto que não conseguiu desviar.

A vítima chegou a ser socorrida por uma ambulância para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que fica próximo ao local do acidente, mas  já chegou sem vida.

Bastante conhecida e querida, a morte precoce da jovem Camila, que era evangélica e trabalhava em uma empresa  de serviços e equipamentos para motos, causa muita comoção na cidade.

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e a Polícia Militar realizaram diligências para encontrar o motorista e o veículo envolvidos no acidente e conseguiram identificar e prender o suspeito. Conforme informações policiais trata-se de Ronaldo da Silva Souza, de 42 anos, natural da cidade paulista de Sorocaba.

Informações passadas por populares davam conta que o veículo envolvido no acidente era um dos utilizados como ‘batedor’ no transporte de torres eólicas. Ao se dirigir para a fábrica de Torres Eólicas prepostos da Polícia Militar encontraram o suspeito e o veículo na sede da empresa. Ao ser encontrado, Ronaldo, que evadiu sem prestar socorro, teria se recusado a fazer o etilômetro, mesmo apresentando sinais de ter ingerido bebida alcoólica.

O motorista e o veículo foram conduzidos a Delegacia Regional de Jacobina, onde as circunstâncias do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Familiares de Camila Mariano informaram que o seu corpo será velado na sede da Igreja da Graça, localizado na rua Senador Pedro Lago, no centro de Jacobina. Até o fechamento desta matéria, o horário e o local do sepultamento não haviam sido informados.

Leia mais...

Boas Festas!

VÍDEOS