ARTIGOS

O egocentrismo é o principal alimento do narcisista

05 de novembro de 2024, 14:54

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

Esperar que o outro faça aquilo que mesmo com a habilidade que se imagina possuir não consegue fazer, é transferir responsabilidade com a clara confissão de incapacidade. Tal comportamento beira a covardia e é típico dos que veem a falta de humildade como uma característica positiva.

O acompanhamento do processo de determinada tarefa não quer necessariamente dizer que a opinião daquele indicado para supervisionar, mesmo que utilizando do seu aprendizado teórico e prático, é o suficiente.

É essencial respeitar o outro, entendendo que limitações são apenas uma fase do aprendizado.

O hoje é um complemento do amanhã e o resultado do ontem. A vida é uma novela de autoria e roteiros individuais. Evitar atalhos desconhecidos pode evitar prejuízos. Seguir em frente, sem invadir sinais e aceitando regras, é uma demonstração de cidadania, comportamento inerente aos que procuram viver em sociedade. Os que defendem o coletivo como verdadeira arma para fazer valer direitos.

Analisar antes de avançar é um importante passo para espantar decepções e possíveis arrependimentos. A sombra de uma ação indesejada assusta, um planejamento elaborado para beneficiar apenas um indivíduo, idem.

O egocentrismo é o principal alimento do narcisista, pessoa que foca predominantemente no poder e na aparência, em vez de focar na empatia e na valorização do próximo.

“Nada perde o seu valor por ser simples. Muito pelo contrário, a simplicidade é a essência de tudo que realmente é grande” – Edna Frigato

*Jornalista e Historiador

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Projetos artísticos revelam os talentos das escolas públicas baianas

23 de outubro de 2024, 13:43

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

“Um espetáculo, brilhante, magnífico, encantador, extraordinário, surreal, genial, sucesso, surpreendente, inacreditável…” Essas são algumas das expressões usadas pelo público para definir as apresentações artísticas promovidas pelos ‘Projetos Artísticos e Culturais’, realizados em todo o Estado pela Secretaria de Educação da Bahia, a partir dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE’s). A iniciativa, além de ser um componente curricular, é uma oportunidade para os jovens alunos da rede pública de ensino exporem talentos até então incubados, impressionando um público que muitas vezes não tem ideia do que se passa depois dos portões das escolas públicas.

Não tem como não se emocionar ao assistir a uma peça teatral cujo enredo são histórias da vida real, a partir de situações inspiradas no cotidiano de suas famílias e vivenciadas pelos próprios alunos. A capacidade de produção se expande e emociona, com trabalhos fascinantes, realizados não somente por meio do teatro, mas também dos documentários, das músicas, da literatura e das artes plásticas.

Faltam adjetivos para descrever a sensação de prazer ao conhecer o projeto e perceber a capacidade artística e cultural dos meninos e meninas que agora vivem a realidade de estudar em um ambiente em tempo integral, com direito não apenas a uma educação de qualidade, mas também a alimentação e práticas artísticas e esportivas em modernos espaços, que lhes proporcionam aprendizado,  lazer e socialização.

É acalentador saber que tudo isso está acontecendo, e, ainda melhor, envolvendo indivíduos que há muito tempo eram excluídos de determinadas ações que quase sempre eram exclusivas para a classe mais abastada. A inclusão é uma realidade, viva! Alunos, professores e a educação pública da Bahia, presentes.

*Jornalista e Historiado

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A regra é clara, não prestou substitui

02 de outubro de 2024, 15:07

*Por Gervásio Lima –

Quem nunca ficou em dúvidas no momento de fazer determinadas escolhas? Na maioria das vezes acontece com peças de roupas e calçados, quando existe uma diversidade de modelos e opções de preços convidativos.

Acontece com frequência também, com estes mesmos itens que ora foram motivos de incertezas, a insatisfação após a aquisição, seja pela qualidade do produto, o tempo de validade, ou por ficarem ‘démodé’. Nestes casos, o prejuízo passa despercebido, sendo o único prejudicado o adquirente que não tem o direito da troca.

Tal situação hipotética se difere da política, mas precisamente do pleito eleitoral, principalmente quando existem várias opções de escolhas para a vaga do Executivo.

Em determinado lugar, ofereceu-se aos eleitores local um trio de candidatos, sendo que desse referido trio, dois já haviam sido ‘testados’, com um deles rejeitado amplamente quando da tentativa de reeleição. O outro seguiu no mesmo caminho de desaprovação, tendo sido uma negação. Sobrou uma opção, que tentava mostrar um mandato verdadeiramente novo, já que ainda não havia sido ‘testada’ pela população.

Qual seria o resultado esperado nesta situação? Entre dois modelos já provados e um ainda a ser experimentado, o descarte é lógico. Não prestou, troca-se, até porque o prejuízo não é individual, mas coletivo, com possibilidades de resultados catastróficos.

A regra é clara, não prestou, substitui.

*Jornalista e Historiador

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Contagem regressiva para garantirmos que Canaã é dos Canaenses

02 de outubro de 2024, 10:59

*Por Zuca Assunção  – 

Está chegando o momento de fazermos com que seja respeitada a nossa dignidade como canaenses que sempre se relacionaram como verdadeira família. E defender esse respeito é não permitir que as nossas tradições culturais, religiosas e de sentimento afetivo sejam contaminadas por pessoas que desconhecem a nossa história de companheirismo, amor e fraternidade.

Se existe algo entranhado nos corações e sentimentos dos canaenses, é a forte convicção de que Nova Canaã é o nosso querido lar e por isso não deve e nem pode ser afetado ou maltratado por nada que venha de fora – ou seja, por nenhum intruso ou intrusa.

Impedir essa intromissão é uma questão de comprometimento e de demonstração de amor por esse nosso CANTINHO QUERIDO.

Sempre AVANTE, melhorando cada vez mais.

Um forte abraço e até a Vitória!

*Jornalista.

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Quem chora ainda lembra

30 de setembro de 2024, 15:20

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

É quase que unanimidade a opinião de que não se deve dar uma segunda chance a quem não merecia nem a primeira. Não seria uma lógica, por cada situação ter a sua particularidade, mas, em se tratando de política, principalmente dos que estão ou já tiveram exercendo algum cargo eletivo, fica fácil compreender o tamanho do prejuízo em insistir em um erro cuja conta pode impedir até mesmo de comer frango ou galinha.

Uma frase bastante usada nas redes sociais, com um significado muito forte, diz que “às vezes, dar uma segunda chance a algo ou alguém, é como querer receber outra bala porque a primeira não matou”. Tal expressão pode não condizer com a realidade, sendo criticada inclusive por sua ‘apologia balística’ e por remeter a um passado não muito distante e sombrio, mas manifesta quase que didaticamente um sentimento vivido normalmente por populações que amargaram más gestões públicas.

A capacidade de perdoar e dar uma nova oportunidade a alguém, mesmo após ter sido prejudicado por essa pessoa, é um ato sublime, desde quando esse perdão não venha por meio de um voto, de uma nova possibilidade de escolha. O masoquismo não se justifica em nenhum momento da vida do indivíduo, – portanto não deve ser no processo eleitoral, onde os coadjuvantes muitas vezes são treinados para persuadirem e para agirem como estelionatários, enganando as vítimas para obterem vantagens, neste caso, mandatos -, que ele seja aplicado.

A partir do advento da internet o povo já não mais tem memória curta. A rede social passou a ser a maior inimiga dos maus feitores, diga-se maus gestores. Hoje é quase impossível esquecer o que aconteceu no verão passado. Como diz a letra da música ‘Agenda Rabiscada’, da dupla Milionário e José Rico, ”Quem esqueceu não chora, quem chora ainda lembra, quando se esquece rasga, não se rabisca a agenda…”

*Jornalista e Historiador

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Permanecer nos erros é retrocesso

19 de setembro de 2024, 13:25

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

Exercer a cidadania é conhecer direitos e obrigações, mas para garantir que esses sejam colocados em prática é preciso ir além das disposições da Constituição Federal. Sua aplicabilidade inicia-se com o uso da racionalidade, da capacidade de questionar e analisar de forma inteligente o que acontece em seu entorno, buscando sempre informações antes de tirar conclusões.

Ao contrário do que remete, o senso crítico não se resume em criticar por criticar; é um dos principais artifícios para se conhecer algo minuciosamente antes de se emitir um conceito antecipado, o preconceito.

O ser humano possui a incrível capacidade de pensar criticamente, o que lhe permite olhar e analisar as coisas objetivamente. Partindo desse princípio, é espantoso saber que existem os que mesmo conhecendo e até mesmo tendo sido vítimas de algo ou alguém, insistem em permanecer nos erros e na dor.

Nada adianta ter senso crítico, ser racional, e na oportunidade que tem de aplicá-los, ir de encontro a princípios básicos, como o de permanecer no erro ou de errar novamente. O que não foi bom e o que é ruim precisam ser descartados e isolados.

Neste sentido, a democracia é mais que um regime político, é uma das melhores definições para a liberdade coletiva de pensamento e de escolha, quando a soberania é exercida pelo povo.

Mesmo com o grande fluxo de estímulos, coerentes e incoerentes, que se recebe no período eleitoral, é possível filtrar e escolher as informações com base em fatos e razões, de maneira lógica e coerente. Daí a importância da seleção e da atenção aos argumentos fundamentados. 

Existem momentos que nunca serão esquecidos, entre os principais estão aqueles em que se acerta e os em que se erra, e as consequências a que os mesmos remetem.

Errar duas vezes é o cúmulo da ingenuidade.

*Jornalista e Historiador

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O Santo do pau oco

28 de agosto de 2024, 15:28

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

A capacidade de determinados indivíduos de enganar, de mentir e de, consequentemente, ser e causar o mal, não os tornam mais safos ou mais inteligentes. A prática da crueldade e da malvadeza destes acontece quando um outro grupo de indivíduos é incapaz de compreender comportamentos maquiavélicos, portanto sem ter o cuidado de estar com um olho aberto e o outro fechado.

Todas as escolhas são individuais, enquanto suas consequências são coletivas. A conveniência. O comportamento pessoal é uma espécie de identidade moral utilizada para identificar principalmente a estirpe. Existem os coniventes, que fingem desconhecer ou acobertar o mal, e o conveniente, que opta pelo que lhe convém, sempre o mais cômodo e vantajoso.

O desapego pelo politicamente correto e o desrespeito às diferenças têm contribuído para uma mudança preocupante nas relações sociais; com um crescente e alarmante nível de atrocidades. E o pior, patrocinadas por quem deveria defender e disseminar as boas práticas.

O risível é também assustador, dado o cinismo comportamental.

Quem nunca ouviu a expressão popular ‘santo do pau oco’ não aperte o dedo, ou melhor, suspenda o dedo. Pois bem, é uma forma utilizada para classificar um indivíduo de caráter duvidoso, com ações fraudulentas; uma pessoa mentirosa, falsa ou hipócrita. No sentido figurado, esta expressão também serve para sugerir que determinada pessoa aparenta algo que não é, iludindo todos a sua volta.

“Mentes tão bem

Que parece verdade, o que você me fala

Vou acreditando

Mentes tão bem

Que até chego a imaginar, que não quer me enganar…”

Mentes tão bem – Luiz Cláudio

Forte é o povo!

*Jornalista e Historiador

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Depois de alguns ‘cavalos do paraguai’ ficarem para trás, agora faltam pouco mais de 40 dias para as eleições municipais

16 de agosto de 2024, 15:51

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

.O pauteiro é um profissional do jornalismo que trabalha dentro da redação e é responsável por selecionar e decidir quais assuntos serão abordados nas matérias do dia. Ele é quem elabora a pauta, determinando quais assuntos os repórteres deverão apurar para fazerem as matérias.

E, é claro, no momento a pauta principal  de praticamente todos os veículos de comunicação que cobrem o cotidiano nas cidades brasileiras é referente à política e aos políticos.

Para não contrariar a pauta, vamos lá:

Nas últimas horas foram muitas as expectativas e até mesmo as ansiedades que tomaram conta daqueles que têm o período eleitoral como uma competição quase que pessoal, em vez de tê-lo como uma possibilidade de se discutir ideias e propostas. Muitas águas rolaram e muitas pedras foram mexidas nos tabuleiros, com destaque para o jogo de damas.

A figura do ‘cavalo paraguaio’, uma das frases mais usadas pelo brasileiro, com mais frequência no meio futebolístico, mas também em uma ou outra modalidade esportiva, está em total evidência nestes dias que antecedem as eleições municipais. Muitos nomes que corriam na frente na pré-campanha, ou perderam fôlego durante as convenções ou foram impedidos por complicações jurídicas junto à Justiça Eleitoral. Outros, usando de má fé, mesmo sabendo que estavam impedidos de concorrer, partiram para a tática do ‘vai que cola’ e acabaram iludindo e decepcionando os pretensos apoiadores.

Inúmeros foram os que ficaram com o “sorriso amarelo” para esconder o desconforto e a contrariedade, ou para disfarçar desagrado.

Fato é  que com ou sem os ‘paraguaios’, a corrida começou. Serão pouco mais de 40 dias para que o eleitor decida quem irá comandar o rumo de seus municípios no Executivo e no Legislativo.

É salutar e necessário saber que a política não é imunda, mas dinâmica e necessária, com alguns imundos tentando tirar ou tirando proveito.

Forte é o Povo!

*Jornalista e Historiador

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PERTENCIMENTO – Canaã é dos Canaenses

02 de agosto de 2024, 08:53

Foto: Reprodução

*Zuca Assunção

Para a psicóloga Miriam Debieux Rosa, “Pertencimento é aquela percepção de alguém fazer parte de uma comunidade, de uma família, de um grupo, de uma nação”. E esse sentimento de pertencimento “está muito ligado ao reconhecimento e a como um cidadão tem respeitadas a sua dignidade, a sua cultura, e as suas diferenças”, afirma.

Pois bem, lendo essa definição de pertencimento, fui inclinado a pensar em nossa realidade como filhos de Nova Canaã, sob a perspectiva do atual momento político, em que temos a obrigação de fazer com que seja respeitada a nossa dignidade como canaenses que sempre se relacionaram como verdadeira família, apesar das diferenças individuais. E defender a nossa  dignidade é não permitir que as nossas tradições culturais, religiosas e de sentimento afetivo sejam contaminadas por pessoas que desconhecem a nossa história de companheirismo e de fraternidade.

Portanto, afirmar que Nova Canaã pertence aos canaenses não é uma mera retórica, mas algo que está entranhado em nossos corações, em razão da forte convicção de que esse é o nosso cantinho querido, que não pode ser afetado e nem maltratado por nada que venha de fora: ou seja, por nenhum(a) intruso(a).

Impedir essa intromissão é uma questão de honra e de demonstração de amor pelo nosso município.

*Jornalista e escritor.

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O chicotinho ainda não queimou

25 de julho de 2024, 15:03

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima –

Quem nunca brincou de ‘chicotinho queimado’? Talvez uma das mais antigas da roda da cultura africana, a brincadeira é um verdadeiro teste para medir o nível de agilidade e a percepção dos participantes, que são desafiados a não desistirem até encontrarem o que buscam.

Todos tapam os olhos, enquanto um outro esconde o chicotinho queimado. Daí inicia-se a saga, já com os olhos abertos saem à procura do chicotinho (um objeto qualquer). À medida que se aproximam do esconderijo, dirá, ‘está morno’; muito perto, ‘está quente’ e se estiver longe, ‘está frio’.

Além de uma nostalgia, aquele que foi um dos principais entretenimentos infantis, pode significar diversas situações que ocorrem na atualidade. Nesse momento, onde as atenções estão voltadas para as definições eleitorais dos que buscam cadeiras nos legislativos e executivos municipais, por exemplo, o ‘chicotinho queimado’ seria justamente os cargos pleiteados.

Como no início de qualquer corrida, a eleitoral não seria diferente. Até a finalização do prazo para as homologações das convenções partidárias, tudo continua frio, passando a mornar quando forem oficializadas as definições das candidaturas. A partir daí, ‘macho véi’, como diz o bom nordestino, o ‘bicho pega’, todos estarão em um verdadeiro ‘banho maria’.

Mas, ao contrário do chicotinho queimado, onde para se sair vencedor depende exclusivamente da capacidade individual de interpretar o sentido das ‘temperaturas’, a eleição, seja ela nas esferas municipal, estadual ou federal, é um jogo coletivo que, além das habilidades da liderança escolhida, necessita-se da qualidade da composição, do poder de aglutinação, de se ser verdadeiro e, principalmente, da capacidade para conquistar a ‘graça da população. Estes são os bizus necessários para que a coisa fique ‘quente’.

Que não se confunda ‘chicotinho’ com chicote.

“A mão que afaga é a mesma que apedreja” – Augusto dos Anjos.

*Jornalista e Historiador

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Boas Festas!

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