*Por Gervásio Lima –
A vida é como um monumento que precisa de uma paisagem tão convincente quanto para justificar sua existência. Redundantemente, a presença de luzes, no seu infinito conceito, não pode ser ausência em seu entorno. Para uma boa apresentação, o cuidado precisa ser coletivo, pois a principal obra em que se está inserido pode não ser a mesma para todos.
Longe do apenas saber ler e escrever, a educação é uma paisagem, com passagens que vão desde o processo de ensino-aprendizagem até o desenvolvimento das capacidades físicas, intelectuais e morais. É uma provocação das habilidades natas e de novas descobertas, construídas em diferentes ambientes, mas tendo sempre como bases a família e o aprendizado escolar.
Parafraseando a música, ‘existem momentos na vida que lembramos até morrer’; sim, existem vários, até porque a essência da sobrevivência é viver, estar em atividade, aprendendo ou compartilhando o que se aprendeu.
A emoção da primeira vez é algo indestrutível. O nascimento, considerado, sem exageros, um milagre, estaria entre um dos responsáveis pelo sentimento mais sublime que se tem conhecimento: o de celebrar a vida.
Os primeiros passos, as primeiras palavras enunciadas, o primeiro dia de escola, o aprender a ler… é como ‘o primeiro Valisere, que as meninas nunca esquecem’.
A iniciação da educação infantil seria a segunda parte da separação umbilical, com exagero mesmo. É o início não somente da vida escolar, mas o principal e essencial passo para a socialização; para a oportunidade de ter acesso às informações e de aprender a conhecer o mundo fora dos confortos materno e paterno.
A educação está entre o monumento e os seus arredores são constituídos por paisagens naturais ou construídas.
Ao meu neto João Felipe – que em seu primeiro dia de aula (03/02/2025) fez mãe, pai, avó, avô, bisavós e tios chorarem de emoção -, desejo que a educação seja um pilar para sua vida, tanto dentro como fora da escola. Te amamos.
*Jornalista e Historiador