Árvore gigante rara de 535 anos foi derrubada em Santa Catarina para virar cerca

29 de novembro de 2019, 08:41

'É um problema cultural do nosso país, onde as pessoas não sabem o valor de uma árvore', diz especialista sobre derrubada de imbuia, espécie que é símbolo de Santa Catarina (Foto: Polícia Militar Ambiental de SC)

Era alta como um prédio de dez andares, larga a ponto de só poder ser abraçada por seis pessoas juntas e mais antiga que a chegada do navegador Pedro Álvares Cabral ao Brasil. Essa gigante imbuia, árvore símbolo de Santa Catarina, foi derrubada para virar cerca, segundo o cenário encontrado por policiais militares ambientais. O crime ambiental foi cometido em um terreno na via Linha Coração, em Vargem Bonita (SC), em fevereiro de 2018, mas só agora uma análise ainda inédita apontou a idade da imbuia gigante: ao menos 535 anos. "É um problema cultural do nosso país, onde as pessoas não sabem o valor de uma árvore. Aquelas que caem por ação da natureza deveriam ser exploradas de forma mais nobre, virar peça de museu. Mas fazer uma derrubada de uma árvore rara saudável para fazer palanque de cerca é duplamente criminoso", afirmou o professor Marcelo Scipioni, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especialista em árvores gigantes. A idade foi estimada por Scipioni e outros dois pesquisadores a partir da análise dos anéis de crescimento das árvores, que servem de base para a datação por meio da ciência chamada dendrocronologia. Como a umidade e outras variações climáticas interferem no tamanho desses anéis de um modo distinto ao longo do tempo, pesquisadores agora buscam outras imbuias antigas para uma análise de construção climática dos últimos séculos que permita determinar com mais exatidão a idade da árvore. Essa árvore, de nome científico Ocotea porosa, pode ser encontrada em florestas de araucária no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A espécie tem madeira de cor que varia do pardo-claro-amarelado ao pardo-acastanhado, folhas de até 10 cm, casca grossa, tronco tortuoso e copa arredondada. E, por causa da exploração desenfreada, entrou para a lista de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. Ou seja, são proibidos "coleta, corte, transporte, armazenamento, manejo, beneficiamento e comercialização" da imbuia, à exceção dos "exemplares cultivados em plantios devidamente licenciados". O policial militar ambiental Teylor Comunello, que dá nome a uma espécie de flor que descobriu em sua pesquisa sobre orquídeas, relata ter sentido tristeza ao ver árvores raras no chão — foram derrubadas uma imbuia e 16 araucárias. "Nunca tinha visto uma árvore assim, desse tamanho, cortada desse jeito. É bem triste porque, além de ser uma espécie ameaçada de extinção, é centenária e rara. Um desperdício", afirmou à reportagem. Ele participou do trabalho de remoção da árvore, que agora está exposta na sede da Polícia Ambiental para fins educativos. © Polícia Militar Ambiental de SC Árvore exposta pela Polícia Militar Ambiental de SC na cidade de Joaçaba para fins educativos O uso em cercas ocorre porque a madeira é bastante resistente a intempéries, e pode resistir no solo por nove anos, em média. Comunello estima que no mercado ilegal o valor dessa imbuia poderia girar em torno de R$ 4 mil, caso fosse transformada em estaca de cerca, ou passar de R$ 20 mil se fosse vendida à indústria madeireira. A madeira dessa árvore é moderadamente densa e pode ser usada no manejo autorizado como viga, porta e móveis finos de alta qualidade. O valor de mercado poderia superar, portanto, a multa de R$ 12.750 aplicada ao proprietário do imóvel, em razão da derrubada desta árvore junto de outros 16 exemplares da também ameaçada araucária (Araucaria angustifolia, ou pinheiro-brasileiro). © Marcelo Scipioni Amostra da árvore sob análise da ciência chamada dendrocronologia Os agentes chegaram ao local do desmate ilegal após uma denúncia, mas não encontraram pessoas ou equipamentos ali. Nenhum suspeito foi identificado desde então. Segundo a Polícia Ambiental de SC, a derrubada de árvores teria sido feita à revelia dos donos do terreno, mas estes acabaram multados por serem, em última instância, os responsáveis pela área. A recuperação ambiental do local começou em maio deste ano. A reportagem não conseguiu localizar os donos do terreno. © Polícia Militar Ambiental de SC Derrubada ilegal de 17 árvores raras rendeu multa de R$ 12.750 Mapeamento de árvores gigantes Se não tivesse sido derrubada, essa imbuia de Vargem Bonita teria entrado para o mapeamento de árvores gigantes no sul do país conduzido pelo professor Scipioni, da UFSC, com auxílio também da Polícia Ambiental de Santa Catarina. Publicado em 2017, um trabalho liderado por ele percorreu mais de 6,8 mil km ao longo de três anos e identificou as últimas 13 araucárias gigantes (acima de 2 metros de diâmetro nessa espécie) da região. "Essas árvores gigantes são importantes para os ecossistemas porque geram várias cavidades que são habitats para vários animais, como insetos, aves e mamíferos, e outros seres vivos, como as epífitas, além de contribuir para entendermos o ciclo de vida da espécie e podermos também fazer um manejo sustentável para a exploração madeireira", explica Scipioni. A maior das araucárias, conhecida como "Pinheirão", fica em São Joaquim (SC) e é a única que supera os 3 metros de diâmetro. Ou seja, precisaria de seis pessoas para ser abraçada. "A escassez dessa madeira no mercado tornou essas árvores muito atraentes porque o volume de madeira em posições altas do tronco seria suficiente para viabilizar economicamente a exploração na época do ciclo madeireiro. Ela certamente teria sido explorada se o dono atual da fazenda e seus antepassados não tivessem recusado ofertas de madeireiras", escrevem os autores do mapeamento. © Marcelo Scipioni Professor argentino Fidel Roig também atuou na análise da idade da imbuia As imbuias gigantes passam atualmente por levantamento semelhante, mas, até agora, só foi identificado um exemplar acima de 2 metros de diâmetro. Essa espécie costuma ser a mais longeva da floresta de araucária, viver mais de 500 anos e superar os 30 metros de altura. Mas o tamanho não tem necessariamente relação com a idade de uma árvore, já que há espécies que crescem rapidamente, como o Eucaliptus regans (que passa de 80 metros de altura), mas não são multisseculares. Scipioni afirma que o levantamento por enquanto se atém à identificação dessas árvores, mas a análise da longevidade delas demanda mais tempo. Mais informações podem ser encontradas no site do projeto. O pesquisador também mapeou como esses enormes troncos de árvores se tornaram monumentos em cidades do interior do país. "A maioria das pessoas valoriza mais as árvores mortas do que vivas", critica Scipioni. O 'assassinato' da árvore de quase 5 mil anos O estudo da idade das árvores também oferece riscos. Como a análise passa pela contagem dos anéis associada a diversas outras técnicas, identificar a idade de uma árvore viva envolve um tipo de furadeira que permite remover parte do núcleo da árvore sem matá-la. Mas as coisas podem não ocorrer como esperado. Nos EUA, em 1964, o então universitário Donald Rusk Currey coletava uma amostra de um pinheiro do tipo bristlecone, mas conta que a broca ficou presa na enorme árvore localizada no Estado de Nevada. Como o equipamento é caro, ele e um guarda florestal teriam derrubado a árvore para recuperar a broca. Há também uma versão da história que aponta que a derrubada visava a retirada por completo de uma amostra da árvore. De todo modo, autoridades do serviço florestal à época avaliaram que o exemplar não tinha nada de especial e autorizaram a derrubada dele. © Getty Images Pinheiro bristlecone na Grande Bacia, no oeste dos Estados Unidos Só depois é que o estudante de geografia descobriu que aquele exemplar de Pinus aristata, batizado de Prometeu, tinha quase 5.000 anos, vindo a ser a árvore mais antiga já registrada até então. O episódio trágico teve ao menos dois grandes efeitos positivos: gerou uma onda de medidas de preservação em torno das árvores gigantes e levou a muitos achados científicos que contribuíram para a pesquisa da flora e do clima. "Em razão da idade, essas árvores funcionam como cofres climáticos, armazenando dados de milhares de anos em seus anéis", explica o Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos. BBC News

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Reconhecer o erro é uma virtude dos fortes

28 de novembro de 2019, 17:31

(Foto: Reprodução)

Por Gervásio Lima - Ser parecido não é ser a mesma coisa e a imitação pode ser sinônimo de falsificação. Tais afirmativas são realidades no cotidiano, onde a todo o momento alguém é vítima de algum tipo de enganação. Como verdadeiros estelionatários, lobos travestidos de cordeiros utilizam da mentira para trair a confiança daquele ou daqueles que os apoiaram. Isso acontece em diversas áreas, mas, com mais freqüência na política onde os políticos são os protagonistas. Em uma de suas mensagens semanais para um veículo de comunicação, intitulada “O problema e a culpa”, o escritor e jornalista Paulo Coelho diz que é preciso “admitir alguns erros, para evitar a perniciosa sensação de superioridade. E acerte em tudo que puder acertar". Esta percepção de um dos brasileiros mais conhecidos no mundo por conta de suas obras literárias, serve como auto-ajuda para quem precisa pensar ou repensar sobre seus próprios problemas e não conseguem encontrar uma maneira de se redimir. Reconhecer o erro é uma virtude dos fortes, principalmente de espírito. Admitir os erros pode ser difícil, mas pior ainda é enganar-se para justificá-los. Não adianta torcer pelo mau dos que estão no mesmo barco se a embarcação não dispõe de coletes salva-vidas. Procurar acertar não deve ser um ato egoísta. Acreditar e confiar, por maiores que tenham sido as decepções, precisa prevalecer como estilo de vida, até porque não depende apenas da vontade própria querer e ter o que se almeja, mas do comportamento daquele ou daqueles onde foram depositadas as esperanças. Por a política está relacionada diretamente com a vida em sociedade, não apenas do ponto de vista partidário, os conflitos são inevitáveis, pois envolve diferentes formas de comportamentos e formações morais. Os indivíduos não são iguais, assim como suas culturas e seus pensamentos; o que necessariamente pode comprometer as relações humanas. O debate não significa uma boa discussão. A política da boa vizinhança se faz com a ‘troca de ideias’ e respeito a estas, no sentido de fazer com que cada indivíduo expresse suas diferenças e conflitos sem que isso seja transformado em um problema. O chinelo da humildade precisa ser calçado por perdedores e ganhadores. Como disse a cantora e compositora Cláudia Barroso: “A vida é mesmo assim, alguém tem que perder, pra outro entrar no jogo”. Eleições partidárias obedecem a um calendário eleitoral que geralmente possui um espaço de dois anos de uma para a outra. Os políticos brigam hoje e amanhã estão juntos, defendendo o que antes criticavam e vice-versa. A amizade e a família são para sempre, todo dia, o ano todo. *Jornalista e historiador

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Jacaré invade casa depois de fortes chuvas em Salvador (VÍDEO)

28 de novembro de 2019, 08:14

(Foto: Reprodução)

Um jacaré foi encontrado no terraço de uma casa na região de Bate Facho, em Salvador, depois das fortes chuvas, que resultaram no alagamento de diversas áreas. Chuvas intensas assolaram a capital baiana nesta segunda-feira (25), resultando em numerosas enchentes, que provavelmente contribuíram para a aparição do réptil, segundo o portal Varela Notícias. https://youtu.be/urP4LrxpF3E Suspeita-se que o jacaré tenha saído da represa do Parque de Pituaçu, que transbordou nas proximidades da residência devido ao excesso de chuva. As imagens de um vídeo publicado nas redes mostram o momento em que o pequeno réptil procura abrigo no terraço de uma casa para se proteger da enchente. O réptil foi resgatado pelo Grupo Especial de Proteção Ambiental (GEPA) e deverá ser encaminhado para um local seguro.

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Presidente da Fundação Palmares diz que Brasil tem ‘racismo Nutella’

28 de novembro de 2019, 07:46

O presidente da Fundação Palmares, nomeado por Bolsonaro, decidiu comentar sobre o racismo no país (Foto: Reprodução)

O jornalista Sérgio Nascimento de Camargo foi nomeado nesta quarta-feira (27) como novo presidente da Fundação Palmares, órgão responsável por promover a cultura de matriz africana, ocupando o lugar de Vanderlei Lourenço.  Em seu perfil no Facebook, Camargo se define como: "Negro de direita, contrário ao vitimismo e ao politicamente correto". Ele já afirmou, em sua conta, que o Brasil tem "racismo nutella" e que  "racismo real existe nos EUA".  Camargo, que usa a rede social com frequência, também escreveu que a escravidão foi terrível "mas benéfica para os descendentes". Na sequência, diz que "negros do Brasil vivem melhor que os negros da África". Em outra publicação, no dia 20 de novembro, ele chama de "vergonha" o Dia da Consciência Negra e afirma que ele "precisa ser combatido incansavelmente até que perca a pouca relevância que tem". Camargo continua dizendo que se trata de um "feriado político, instituído pela esquerda com o objetivo de propagar o revanchismo histórico".  Um dia depois, o jornalista diz que "cotas raciais para negros são mais do que um absurdo". A nomeação faz parte de uma mudança no quadro da cultura, iniciada semanas após Roberto Alvim assumir a subpasta, hoje subordinada ao Ministério do Turismo.  Foram publicados no Diário Oficial desta quarta (27) seis nomes para cargos na secretaria, incluindo uma nova secretária do Audiovisual, Katiane de Fátima Gouvêa, membro da Cúpula Conservadora das Américas. Alvim diz que só comentará as nomeações quando elas "forem perpetradas", o que deve acontecer, segundo ele, até segunda (2). O novo presidente da Fundação Palmares também já fez críticas a atores, músicos e personalidades do movimento negro, como a filósofa e ativista negra feminista Angela Davis, que veio a São Paulo no fim de outubro, chamada de "baranga comunista", "comunista terrorista norte-americana" e "mocreia".  A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março de 2018, também aparece em diferentes trechos postados na rede social. Um deles diz que "Marielle não era negra, ela era parda". Outro, afirma que a vereadora fazia uma "defesa ferrenha" de "bandidos, da legalização das drogas, do aborto até o nono mês de gestação, da depravada agenda LGBT e da corrupção". Na mesma rede, Camargo também faz críticas ao ator Lázaro Ramos e diz que a cantora Preta Gil e a atriz Camila Pitanga "têm pele clara mas se dizem negras para faturar politicamente e fazer discurso vitimista".

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Lavar o cabelo todos os dias faz mal. Verdade ou mito?

28 de novembro de 2019, 06:37

Não existe um número correto de vezes que se deve lavar o cabelo para conseguir os resultados desejados. (Foto: Reprodução)

Quantas vezes já ouviu que lavar o cabelo todos os dias faz mal? Muitas, imaginamos. Mas, na verdade, não existe um número correto de vezes que se deve lavar o cabelo para conseguir os resultados de saúde e estilo almejados. A frequência de lavagens depende de vários fatores, como o  tipo de cabelo e couro cabeludo (cabelos secos pedem menos lavagens com hidratação mais poderosa, enquanto os oleosos precisam de limpeza mais frequente); o clima (o cabelo precisa de mais cuidados e lavagem em climas quentes); o estilo de vida (quem pratica esporte ou atividades ao ar livre deve lavar o cabelo diariamente para retirar as substâncias externas e o excesso de oleosidade).  A ciência já comprovou que não existe nenhum problema em lavar o cabelo todos os dias, desde que se apliquem produtos de qualidade e não se lave o cabelo com água muito quente.  Outra dica é na hora de secar: evite secador muito quente, não durma de cabelo molhado e, se possível, deixe secar naturalmente.   

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Após prisão, celular indica que homem não estava em local do crime

27 de novembro de 2019, 15:35

O rastreamento de um celular indicou que um cabeleireiro Sidney Sylvestre Vieir não esteve no local do crime, no qual ele ficou 16 meses na prisão (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)

A quebra do sigilo telefônico do cabeleireiro Sidney Sylvestre Vieira, 31, entregue nesta terça (26) à Justiça de São Paulo por operadora de celular, reforça a tese de que o rapaz não esteve em Itapecerica da Serra (Grande SP) no dia em que foi cometido o crime pelo qual ele ficou preso por 16 meses. Vieira foi solto no último dia 13 após ficar um ano e quatro meses preso sob a suspeita de ter participado do sequestro e tortura do aposentado Miguel Elias, 74, no dia 19 de novembro de 2017, em Itapecerica, mesma data em que ele foi encontrado jogado às margens de uma rodovia. A vítima morreria 15 dias depois, em 4 de dezembro. De acordo com as informações prestadas pela operadora Vivo, entre as 9h01 do dia 18 de novembro de 2017 (um dia antes do crime) e as 23h37 do dia 21 de novembro (dois dias depois), foram efetuadas e recebidas 52 ligações pelo telefone celular usado por Vieira. Nenhuma delas foi realizada ou recebida em Itapecerica da Serra. O rastreamento das bases repetidoras de sinais (ERBS), que foram acionadas durante as ligações efetivadas (e que deixaram registro) indicam que o celular de Vieira só recebeu ou efetuou ligações de endereços localizados em Embu das Artes, cidade onde ele mora e trabalha. São cerca de 15 km entre a casa de Vieira e Itapecerica da Serra. A quebra dos sigilos telefônicos do cabeleireiro não foi solicitada pela Polícia Civil ou pelo Ministério Púbico durante as investigações. O pedido foi feito pela defesa de Vieira, em abril deste ano, já que o rapaz e todas as testemunhas dele afirmavam que o cabeleireiro não deixou a cidade naqueles dias. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo nesta semana, Vieira disse ter tentado explicar isso à juíza do processo, mas diz que ela não quis escutá-lo. "Se ela me ouvisse, se ela chegasse a conversar comigo, eu iria dizer para ela: 'Procure onde está o erro, porque eu nunca saí de Embu'", disse ele. A família também apontava o uso do aparelho como uma prova da inocência dele porque, sem crédito, só conseguia acessar as redes sociais quando estava em casa ou no trabalho. Na noite e suposto horário do do crime, ele curtiu uma foto em uma rede social quando estava em casa. O advogado Thiago Gomes Anastácio, defensor de Vieira, disse ver nas informações obtidas a partir da quebra do sigilo telefônico uma prova inconteste da inocência do cabeleireiro. "Foi desnudado o erro judiciário. Mais uma vida perdida que deve não apenas servir de exemplo, mas humanizar todos nós do sistema de Justiça. Nós erramos e erramos gravemente. Não falo apenas da magistratura, do Ministério Público, mas de todos nós quando silenciamos sobre os erros que sabemos existir", afirma ele. Procurado, o Ministério Público não comentou as informações anexadas ao processo. Informou, apenas, que a Promotoria ainda não foi intimada pela Justiça para se manifestar sobre o relatório. ENTENDA O CASO Vieira foi preso em 13 de julho do ano passado após ser apontado pela Polícia Civil como comparsa do marceneiro Rubens Henrique Pungirum, 32, principal suspeito do sequestro, tortura e morte de Elias. Este homem teria agredido o aposentado por suspeitar que Elias teria estuprado sua filha, que tinha 11 anos à época. As investigações colocam dúvidas se houve, de fato, o estupro. Localizado pela policia, Pungirum apontou dois nomes como seus ajudantes no crime: Sidnei e um "tal de Beto". Nenhum dos supostos comparsas tinha nome completo. A investigação chegou ao nome de Sidney Sylvestre Vieira supostamente ao encontrar, entre os pertences de Pungirum, um cartão de visitas do salão de cabeleireiro. Vieira disse à Folha de S.Paulo que aqueles cartões encontrados pela polícia eram espalhados por toda a cidade de Embu, como propaganda do salão, e nunca chegou a ver Elias; e que só veio conhecer o comerciante no fórum, quando foram apresentados pelos policiais. Tempos depois de dizer os nomes de supostos comparsas, Pungirum voltou atrás e disse na Justiça que só mencionou nomes após ter sido agredido por policiais que conduziram as investigações. O recuo do suspeito deixou a polícia e o Ministério Público sem provas da ligação de Vieira com o crime. Mesmo assim, e mesmo o cabeleireiro sendo réu primário, com residência e empregos fixos, todos os pedidos de liberdade solicitados no processo foram negados pela Justiça até o último dia 13, quando o juiz Gustavo Henrichs Favero revogou a prisão preventiva e deu a ele oportunidade de responder ao processo em liberdade. A decisão final do processo ainda não foi marcada.

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Agricultores russos testam efeito de Realidade Virtual em vacas

27 de novembro de 2019, 06:51

Investigação procurou verificar os efeitos de um ambiente calmante na produção de leite (Foto: Reprodução)

A Realidade Virtual tem o objetivo de proporcionar experiências de entretenimento mais imersivas, procurando providenciar ao utilizador um ambiente diferente capaz de despertar as mais variadas emoções e sensações. A premissa é ambiciosa e levou agricultores na região de Moscovo, Rússia, a testar óculos de Realidade Virtual em vacas. O intuito foi verificar se – por via de um ambiente mais calmo com recurso a imagens e música calmante – resultaria em alguma alteração na produção de leite e, por mais bizarro que possa ser, parece ter surtido efeito. “Especialistas notaram menos ansiedade e disposição geral melhorada da manada”, apontou a administração dedicada à agricultura da região, que aparentemente continua verificando os resultados positivos.

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Governo reduz para R$ 1.031 estimativa de salário mínimo para 2020

27 de novembro de 2019, 06:44

O novo valor do mínimo consta de mensagem modificativa do Orçamento de 2020 enviada nesta terça-feira (26), pelo governo ao Congresso Nacional (Foto: Reprodução)

Osalário mínimo para o próximo ano ficará em R$ 1.031, anunciou no fim da tarde de hoje (26) o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. O valor representa redução de R$ 8 em relação ao projeto de lei do Orçamento Geral da União do próximo ano, que previa mínimo de R$ 1.039 para o próximo ano.  O novo valor do mínimo consta de mensagem modificativa do Orçamento de 2020 enviada nesta terça-feira  (26) pelo governo ao Congresso Nacional. Segundo Rodrigues, a queda da projeção se justifica pela redução das estimativas da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para o próximo ano.  A mensagem modificativa reduziu para 3,5% a estimativa para o INPC em 2020, meio ponto percentual a menos que a projeção de 4% que constava no projeto de lei do Orçamento. A previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como índice oficial de inflação, caiu de 3,9% para 3,5%.  A estimativa de crescimento para a economia, em contrapartida, aumentou de 2,17% para 2,32%. A estimativa para a cotação média do dólar no próximo ano aumentou de R$ 3,80 para R$ 4.  Ao anunciar a revisão das estimativas, Rodrigues destacou que a nova política para o salário mínimo só será decidida nas próximas semanas pelo presidente Jair Bolsonaro. O secretário de Fazenda, no entanto, diz que o valor servirá de referência para o Palácio do Planalto. Com informação: Agência Brasil

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Brasileiro consome quase o dobro de sal recomendado pela OMS

27 de novembro de 2019, 06:39

O excesso de sal na alimentação está associado à hipertensão e às doenças cardiovasculares (Foto: Reprodução)

Os brasileiros consomem, em média, 9,34 gramas de sal por dia, o que representa quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 5 gramas. Esta é uma das conclusões de levantamento feito com a análise de sangue e de urina com cerca de 9 mil brasileiros. A coleta foi feita entre 2013 e 2014 em 8.952 domicílios, durante a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa foi a primeira vez que um inquérito com representatividade nacional coletou nos domicílios amostras biológicas para realização de exames complementares, viabilizando que se estabeleçam parâmetros nacionais para valores de referência laboratoriais. O estudo, que é uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fiocruz, do Ministério da Saúde, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Hospital Sírio-Libanês, apontou também que os homens e os jovens são a maior parte dos que abusam do sal. Mas indica ainda que a utilização elevada é de forma generalizada na população brasileira, em todas as faixas etárias e níveis de escolaridade. A avaliação indicou que apenas 2,39% da pessoas pesquisadas estão dentro da faixa recomendada pela OMS e têm consumo inferior a 5 gramas por dia. A maioria deste grupo é de mulheres e de pessoas mais velhas. O consumo elevado de sal, mais de 12 gramas por dia, foi mais frequente em homens, 15,7% deles abusando do consumo, do que em mulheres (10,8%). No grupo com escolaridade mais alta, 11,35% das pessoas tem o consumo elevado de sal, a menor proporção. O trabalho dos pesquisadores alerta para a necessidade dos programas de redução de consumo chegarem a todas as subcategorias e não somente grupos específicos, como portadores de hipertensão ou de doenças renais. O excesso de sal na alimentação está associado à hipertensão e às doenças cardiovasculares, por isso, um fator preocupante apontado na PNS é que a percepção do brasileiro sobre o consumo elevado de sal é baixa. Apenas 14,2% dos adultos se referiram a seu consumo como alto. Os exames laboratoriais com as amostras de sangue foram: hemoglobina glicada; colesterol total e frações; sorologia para dengue; hemograma série vermelha (eritograma) e série branca (leucograma); cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) para diagnóstico de hemoglobinopatias; creatinina. E, com as amostras casuais de urina, estimativas de excreção de potássio, sódio e creatinina. A coordenadora da PNS 2013 e integrante do Laboratório de Informação e Saúde (LIS), do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, Célia Landmann Szwarcwald, lembrou que o trabalho é importante também diante das características do Brasil, um país marcado pela miscigenação, com uma grande diversidade de raças, etnias, povos, segmentos sociais e econômicos. “Esses valores de referência se tornam muito importante não só para o diagnóstico mas também para o tratamento”, disse. Para a coordenadora-geral de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Luciana Sardinha, o levantamento passa a definir os estudos com base em dados específicos de brasileiros. “Na área de exames bioquímicos para sangue e urina a gente usa referências de outros países e amostras pequenas. Agora a gente tem amostras do Brasil, então, acho que é muito relevante. Tem pesquisas que pegam dados de populações específicas como, por exemplo, estudantes de medicina. Tem assim que a gente usa como referência. Outra com pessoas de um certo local e a gente expande para o Brasil. É a primeira vez que a gente tem dados de Brasil”, observou. Luciana Sardinha disse que o estudo permite também direcionar as políticas públicas para as necessidades apontadas pelas análises. “É importante para induzir as ações, fortalecer o que está se pensando como ações e programas do Ministério da Saúde. A gente consegue pegar as informações e ver o que tem de medicamentos, de preparar a atenção primária. Subsidia a ação do serviço público de saúde”, disse à Agência Brasil. A professora e pesquisadora da UFMG, Deborah Malta, deu exemplos de efetividade das análises. Segundo ela, a PNDS de 2006 achou prevalência de 29% de anemia entre mulheres, mas na PNS de 2014/2015, a prevalência total era de 9,9% e em idade fértil em torno de 11%. “Em uma década nós mudamos. Praticamente reduziu para 1/3 a prevalência de anemia, em função de programas importantes que foram adotados, por exemplo a fortificação da farinha e a suplementação de ferro para crianças e gestantes. Esse é um exemplo muito prático de melhora de políticas públicas de que a PNS aborda”, revelou. O trabalho realizado com a PNS 2013 tem perspectiva de ser ampliado. O vice-diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, disse que na Pesquisa Nacional de Demografia em Saúde (PNDS), que será colocada em campo em 2021 é provável que o IBGE junto com a Fiocruz, o Ministério da Saúde e consórcio de laboratórios que participaram do estudo, acrescentem a coleta de material biológico também nessa pesquisa. “Foi uma primeira experiência e o IBGE tem claro que na próxima investida, que deve acontecer por ocasião na PNDS, a gente vai ter que assumir essa operação, ainda que a coleta seja feita com a parceria de laboratórios, Ministério da Saúde, Fiocruz e UFMG. É importante que se leve a campo essa coleta de material biológico para que a gente possa ter marcadores mais precisos”, afirmou à Agência Brasil. Segundo Cimar Azeredo, a inclusão de coletas de dados biológicos de sangue e urina na PNS era uma demanda antiga do IBGE. “Tentaram fazer isso com outras pesquisas menores, fora do IBGE, mas não é uma tarefa trivial. Não é coletar informação. É coletar material biológico das pessoas e elas têm que ter disponibilidade de participar do processo. A população participando acaba ganhando com isso, porque ao fazer exames passa a ter marcadores mais precisos”, destacou. “O Brasil é um país rico em informação de saúde e agora com esse material se torna ainda mais rico”, pontuou. Com informação: Agência Brasil

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Marca de móveis Etna troca palavra ‘criado-mudo’ por mesa de cabeceira (Vídeo)

26 de novembro de 2019, 13:30

(Foto: Reprodução/Facebook)

Você já parou pra pensar no significado e na origem da palavra criado-mudo? Se não pensou ainda, é hora de refletir. Também é bom saber que uma grande empresa do segmento, a Etna, fez isso e decidiu agir. Em nova campanha, a Etna anuncia o fim da palavra criado-mudo, considerada racista, em seus catálogos e site. Em vídeo publicado em seu Facebook, os participantes, todos negros, leem uma carta contando a história da palavra racista. Depois de falar sobre a terrível história do termo, lançam a hashtag: #criadomudonuncamais. “A Etna está começando a abolir o termo criado-mudo de todas as suas lojas”, diz o vídeo. “Dois séculos depois, sem nos dar conta, ainda carregamos termos racistas como esse, mas sabemos que é sempre tempo de mudar e evoluir.” No site da marca, a palavra criado-mudo já foi substituída por mesa de cabeceira. O DecorStyle apoia a ação e já havia começado a trocar o termo por mesa, mesinha, mesa de apoio ou mesa de cabeceira. © Fornecido por Decor Style Origem da palavra criado-mudo A marca resgatou a origem do termo em vídeo publicado em seu Facebook. Os negros que participam do vídeo tiram uma carta do móvel e leem: “em 1820, os escravos que faziam os serviços domésticos eram chamados de criados. Alguns desses homens e mulheres passavam dia e noite imóveis ao lado da cama com um copo d’água, roupas ou o que mais fosse”. “Porém, alguns senhores achavam incômodo o fato de eles falarem, e muitos chegavam a perder a língua. Outros sofreram duras punições para “aprender” a nunca se mexer quando houvesse alguém dormindo.” “Um dia, surgiu a ideia de uma pequena mesinha para ficar ao lado da cama, usada basicamente para apoiar objetos. Esse móvel exercia a mesma função do escravo doméstico e foi chamado de criado. Então, para não confundir os dois, passaram a chamar o móvel de criado-mudo.” Ao fim da história, os participantes do vídeo comentam: “história pesada, hein?”, “fiquei chocada”e “nunca iria imaginar que era referente aos escravos” foram alguns deles. Confira o vídeo na íntegra:   https://youtu.be/C2szquntLLs

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Após óleo, praia perde até 66% de animais

26 de novembro de 2019, 08:12

Os corais foram as espécies mais afetadas até agora (Foto: Simone Santos/ Projeto Praia Limpa)

Um estudo feito pelo Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) apontou redução de quase 66% no número de invertebrados bentônicos vivos (como corais, moluscos, crustáceos, polvos e lagostas) em quatro praias do litoral do Bahia, após o derramamento de óleo na costa, neste segundo semestre. Os corais foram as espécies mais afetadas até agora. Os dados do trabalho foram apresentados ontem. Os pesquisadores compararam as informações de abril e de outubro de quatro praias (Forte, Itacimirim, Guarajuba e Abaí), em uma área de 140 metros quadrados. A quantidade média de indivíduos caiu de 446 para 151. Ainda conforme a pesquisa, houve queda no número de espécies - de 88 para 47. Branqueamento As espécies mais afetadas foram os corais, que branquearam mais do que o normal. Desde 1995, quando o instituto da UFBA começou a acompanhar os recifes nas quatro praias, a taxa anual de branqueamento ficava entre 5% e 6%. Agora, o porcentual aumentou para 51,92%. A cor dos corais é um fator para atestar a saúde dos invertebrados. O branqueamento pode levar à morte ou enfraquecer a estrutura reprodutiva das espécies. O fenômeno pode aumentar, em condições naturais, se houver crescimento na temperatura da água ou aumento na incidência de radiação solar sobre os corais. Como não foi detectada nenhuma mudança considerável nesses fatores, a presença do óleo foi apontada como explicação para o fenômeno. A possível perda de biodiversidade terá impacto na cadeia alimentar, segundo Francisco Kelmo, coordenador do estudo. "Esses números indicam que houve perda de patrimônio natural, redução no número de animais, na diversidade e aumento das doenças/mortalidade nos corais. Assim, compromete a cadeia alimentar, causa desequilíbrio", aponta o estudo. Um dos ingredientes para a situação é o fato de que o óleo chegou às praias no início de outubro, justamente no período reprodutivo dos animais. Entre os tipos perdidos estão crustáceos e moluscos - polvos e lagostas estão no grupo e são os mais pescados e consumidos na região, segundo o professor. Para Kelmo, o ecossistema deve levar de 10 a 20 anos para conseguir se recuperar naturalmente, caso não haja novos desastres. "Esse fantasma do óleo vai nos assustar por muito tempo", disse. Consumo Indagado sobre o perigo de consumo de animais pescados, o professor lembrou que análises recentes feitas pelo governo federal não apontaram riscos de contaminação por ingestão. Mas ponderou que o óleo consumido pelas espécies tem substâncias cancerígenas. Kelmo foi autor de um estudo que mostrou vestígios de óleo nos aparelhos digestivo e respiratório de 50 animais. Procurado para comentar a pesquisa, o Ministério do Meio Ambiente informou que não poderia se posicionar ontem.

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Homem morre ao contrair infecção rara através de lambida de cachorro

26 de novembro de 2019, 08:01

(Foto: Reprodução)

Um homem de 63 anos morreu, na Alemanha, após contrair uma infecção rara através da lambida de seu cachorro. Segundo a CNN, a infecção foi causada pela bactéria Capnocytophaga canimorsus, comumente encontrada na boca de cães e gatos, mas muito raramente transmitida para humanos. Anteriormente, os médicos acreditavam que a única forma dos animais passarem a bactéria para humanos era através de uma mordida. No entanto, o homem alemão do caso, detalhado em um artigo do European Journal of Case Reports, não havia sido mordido. No começo, o homem apresentou sintomas similares a uma gripe. Poucos dias depois, a doença evoluiu com a aparição de hematomas por todo o corpo, acompanhados de descoloração e necrose de partes da pele. Após o registro do caso, os médicos recomendaram no artigo que os donos de animais de estimação que apresentarem sintomas similares aos da gripe devem procurar atendimento hospitalar, ao invés de se medicar com antigripais comuns. Fonte:Do UOL, em São Paulo 25/11/2019 12h05

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