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Pandemia reafirma importância de um ato simples: lavar as mãos

15 de outubro de 2021, 09:44

Nesta quinta-feira (14), a diretora regional da OMS para o continente africano, Matshidiso Moeti, chamou a atenção para o fato de que muitas pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso a água e sabão (Foto: Reprodução)

Tido como uma das formas mais simples e econômicas de prevenir doenças e controlar infecções, a correta e frequente higienização das mãos pode salvar vidas. E foi para tentar sensibilizar a população global sobre a importância do ato que vários países e instituições decidiram dedicar o 15 de outubro à celebração do Dia Mundial da Lavagem das Mãos. Criada por iniciativa da Global Handwashing Partnership (GHP, em português, Parceria Global para a Lavagem das Mãos), uma organização não-governamental que reúne representantes do setor público e privado de diversas nações, incluindo multinacionais do setor de higiene e beleza, a data é celebrada desde 2008 e, neste ano, tem como lema a frase Nosso futuro está em nossas mãos: avancemos juntos. A efeméride é reconhecida inclusive pela Organização Mundial da Saúde (OMS), embora esta também tenha instituído uma data para estimular a adoção de boas práticas de higienização das mãos: o 5 de maio.   Nesta quinta-feira (14), a diretora regional da OMS para o continente africano, Matshidiso Moeti, chamou a atenção para o fato de que muitas pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso a água e sabão. Segundo ela, em média, apenas uma em cada quatro famílias que vivem nos países africanos tem acesso regular a esses produtos. “Gostaria de aproveitar o fato de estarmos celebrando o Dia Mundial da Lavagem das Mãos para apelar para que todos os governos, parceiros e comunidades intensifiquem as estratégias que visam a aumentar o acesso à água potável e ao saneamento, uma vez que a lavagem das mãos com água e sabão faz parte das intervenções economicamente mais vantajosas para reduzir a transmissão de doenças”, disse Matshidiso Moeti, destacando que, para tentar conter a transmissão da covid-19, a maioria dos países africanos implementou ações para que mais gente tivesse acesso aos meios necessários para higienizar as mãos. “O desafio agora é fazer com que estas e outras inovações sejam utilizadas em grande escala e é aqui que as parcerias público-privadas e os incentivos financeiros podem desempenhar um papel fundamental”, acrescentou a diretora regional. No Brasil, dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento apontam que 16,3% dos pouco mais de 210 milhões de habitantes pesquisados em 2018 não eram servidos por rede de água e 46% não tinham seu esgoto coletado. Assim como em outras partes do mundo, também no Brasil a falta de acesso a serviços essenciais faz com que muitas pessoas não consigam realizar um gesto que deveria ser corriqueiro. Isso acabou despertando a atenção e a solidariedade de muitos, estimulando iniciativas público e privadas para disponibilizar álcool, água e produtos de higiene gratuitamente. Para os especialistas, estes cuidados devem ser mantidos mesmo depois que a covid-19 estiver sob controle, tornando-se um hábito regular de higiene que pode reduzir o número de mortes por outras causas, como a diarreia, e reduzir os casos de infecção, inclusive respiratórias. O Ministério da Saúde inclusive usou a data instituída pela OMS para, em maio deste ano, reforçar a necessidade dos profissionais de saúde do Brasil terem sempre cuidados com a higiene das mãos – o que, de acordo com a pasta, exige que os serviços de saúde disponibilizem aos trabalhadores e usuários insumos de boa qualidade, como álcool, sabonete líquido, papel toalha descartável e água. Em sua página na internet, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza um manual que, embora destinado aos profissionais da saúde, contém informações claras sobre como qualquer pessoa deve higienizar adequadamente as mãos. De acordo com a agência, embora simples, a eficácia da limpeza depende da duração e técnica empregada. E, para uma higienização mais eficaz, é recomendável que a pessoa retire anéis, pulseiras e relógios, já que micro-organismos podem se acumular sob estes objetos. Agência Brasil

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Secretário de Educação de Caém participa de sessão na Câmara de Vereadores

15 de outubro de 2021, 09:29

Ronaldo Alves destacou os investimentos da administração com a educação municipal (Foto: Ascom/PMC)

A sessão ordinária desta quinta-feira (14), da Câmara de Vereadores de Caém, foi marcada pela presença do secretário de Educação, Ronaldo Alves, que apresentou o balanço das ações, investimentos e resultados da secretaria durante os últimos meses. O responsável pela pasta destacou os investimentos da administração com a educação municipal, desde a Educação Infantil ao Ensino Fundamental, o retorno gradual às aulas presenciais, as intervenções físicas (reformas), transporte escolar, capacitações, entre outros. Antes de iniciar sua participação, o secretário distribuiu entre os vereadores um relatório fotográfico com imagens e informações de como a nova gestão encontrou o setor educacional e as dificuldades enfrentadas para melhorar os ambientes físicos e burocráticos da secretaria, o que dificultou o início dos trabalhos. “O prefeito Arnaldo Oliveira tem dado provas de que a educação é uma das prioridades do seu governo. Temos recebido todo o apoio possível para que consigamos oferecer o melhor para classe estudantil e os profissionais em educação do nosso município”, destacou Ronaldo, apresentando como exemplo do compromisso do chefe do Executivo as reformas já realizadas, as que estão por realizar e o diálogo direto e aberto com a categoria. Segundo Ronaldo, a Secretaria de Educação tem a missão de garantir o direito educacional aos caenenses, por meio de uma educação com equidade e qualidade, plural e inclusiva, traduzindo-se em transformação social, ‘e isto é que vem sendo seguido em Caém. Na ocasião foram mostradas também as principais metas e ações que deverão ainda ser realizadas durante o ano vigente. O secretário terminou sua participação agradecendo aos vereadores pelo espaço cedido ressaltando a importância do diálogo entre as duas instituições para que a educação do município avance cada vez mais e se colocou à disposição de todos. Os parlamentares por sua vez agradeceram também a presença do secretário e ressaltaram a importância da presença do gestor da educação do município. O presidente do Legislativo Municipal, Pablo Piahuy, elogiou a atitude do secretário de Educação de Caém em solicitar um espaço para discorrer sobre assuntos de relevância para o município e dirimir dúvidas a respeito das ações que vêm sendo desenvolvidas pela pasta. “Gostaríamos de agradecer a presença do secretário Ronaldo Alves, em mais uma demonstração da união entre o Poder Legislativo e a Secretaria de Educação do nosso município. Tal atitude só tem a contribuir com a melhoria dos trabalhos e a relação entre o Legislativo e o Executivo.

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Metade dos professores estão sobrecarregados, desmotivados, ansiosos e cansados, diz pesquisa

15 de outubro de 2021, 09:05

Levantamento do Instituto Península aponta ainda que principal demanda é por apoio emocional e psicológico, mais até do que por formação continuada (Foto: Reprodução)

Metade dos professores de educação básica do país estão desmotivados (49%), sobrecarregados (55%), ansiosos (47%) e cansados (46%), segundo pesquisa do Instituto Península obtida com exclusividade pelo O GLOBO. Esse é o impacto da pandemia nos educadores, que aguardam avidamente pela rotina de reencontros seguros com seus alunos e o fim da necessidade de protocolos. Hoje, o país celebra o Dia do Professor. "A educação se dá na relação duradoura entre professor e aluno. Se uma das partes está doente, como vimos na pesquisa, essa relação não vai produzir os resultados que precisa", analisa Heloisa Morel, diretora executiva do Instituto Península. Neste momento, é preciso acolher. Aceitar que está acontecendo e que os professores estão cansados. O levantamento chamado “Desafios e Perspectivas da Educação: uma visão dos professores durante a pandemia” ouviu 2.500 docentes e gestores escolares de todas as etapas de ensino da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) das redes municipais, estaduais e privada na primeira quinzena de setembro desse ano. "Mas mesmo exausto, o professores falam que escolheriam o ofício. Existe um vinculo com a profissão e os alunos assustador", afirma Morel, diretora do instituto que fez diversas pesquisas com docentes ao longo da pandemia. Mesmo com o auge do medo com medo de ser contaminado e de toda a preocupação de se reinventar, eles falavam que continuavam gostando da profissão. Neste momento, o Brasil está voltando plenamente para as salas de aula na maior parte do país no modelo híbrido — na qual parte das aulas é feita à distância, e parte presencial — e nove estados já estão com 100% das crianças nas turmas. Felipe Nobrega, de 34 anos, é um dos desmotivados. Professor de História de escolas estaduais na periferia de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, ele conta que a falta de continuidade pedagógica é o principal fator para esse cenário. "A minha falta de motivação está muito ligada a não conseguir engrenar um trabalho. Não conseguimos vislumbrar um projeto de médio prazo. O rompimento de um projeto pedagógico é o que nos joga no chão", avalia Nobrega. Para ele, no entanto, há luz no fim do túnel: reencontrar os estudantes diariamente. "Melhoro a cada dia que eu volto para a sala de aula e tive alunos para conversar. Esse estado anímico melhora pela escola, pelo encontro, por saber que vou estar com os alunos na turma e ter algo para conversar com eles. E vai ser melhor a cada dia", afirma o professor. Para sair dessa situação, a maior parte dos professores ouvidos pelo Instituto Península (57%) pede apoio psicológico e emocional para lidar com as diversas condições emocionais apresentadas durante a pandemia. Esse é o principal suporte requisitado pela categoria, segundo a pesquisa. Maior até do que formação continuada (43%). "É preciso dar recursos para o professor tratar a doença e acolher os que ainda não a desenvolveram para prevenir que também sejam afetados. Esse olhar integral, para o professor como ser humano, era tratado de forma periférica no pré-pandemia e ganhou relevância na crise sanitária. Mas não podemos perder isso de novo com a quantidade de problemas que estamos enfrentando", avalia Morel, do Instituto Península. Ainda de acordo com a pesquisa, professores avaliam que este é um momento crucial para acolher as crianças e também entender os impactos da aprendizagem durante o período de ensino remoto. O levantamento também aponta que uma das estratégias mais adotadas, citada por 89% dos professores ouvidos, é preparar aulas que permitam ensinar estudantes com níveis de aprendizagem muito diferentes, um resultado direto do período de escolas fechadas. Reinvenção Rodrigo Magalhães, de 32 anos, é professor de geografia do Colégio AZ, no Rio de Janeiro. Após um ano de aulas híbridas, a escola ainda trabalha para reduzir as desigualdades de aprendizagens perdidas durante o período remoto. "Hoje temos uma esperança, uma ansiedade, de um retorno completo sem revezamento. A gente percebeu que alguns se adaptaram mais rapidamente e outros não se adaptaram ao modelo. Então a gente precisa preparar as aulas levando em consideração essa desigualdade na sala. É um desafio", conta Magalhães. Magalhães conta que, mesmo o colégio já tendo antes da pandemia uma plataforma estruturada com aulas on-line e atividades voltadas para o ensino remoto, a pandemia trouxe uma sobrecarga de trabalho. "Tive principalmente cansaço mental de replanejar tudo. Todas as escolas tiveram um trabalho muito intenso. Me peguei replanejando aulas que funcionam muito bem no modelo presencial, mas que precisavam ser alteradas no on-line", explica Magalhães. Apesar de 79% dos professores acreditarem que os estudantes estão felizes em retornar às aulas, 53% sentem que os jovens estão desmotivados para a aprendizagem. Para mudar esse cenário, na visão dos professores, é preciso criar estratégias que motivem os estudantes. 58% deles sinalizam a importância de pensar no acolhimento dos alunos e promover maior participação da família, assim como 51% destacam as tecnologias para apoiar o uso de diferentes metodologias de ensino de modo que auxiliem no processo de recuperação da aprendizagem. A pesquisa também destaca que 59% dos professores reconhecem os formatos híbridos de ensino como alternativa para personalizar e potencializar o desenvolvimento dos alunos e também como uma estratégia de inovação. 62% afirmam que o ensino híbrido melhora a autonomia dos estudantes e 58% entendem que é uma ferramenta que estimula a curiosidade. "Este é um momento que traz a oportunidade do engajamento de todos os atores envolvidos no processo de aprendizagem: Estado, gestores, sociedade e famílias. Diversas Secretarias de Educação pelo Brasil se prepararam para o retorno às aulas presenciais, ofertando materiais pedagógicos e formação continuada para os professores, porém, atenção à saúde mental e mobilização das famílias seguem sendo parte fundamental deste processo", diz Morel. O Globo

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A solicitude é humana

15 de outubro de 2021, 06:17

(Foto: Gervásio Lima)

*Por Gervásio Lima - A solicitude talvez seja uma das mais agradáveis atitudes da relação humana; comportamento percebido nos que ainda exaltam o bem como parte indispensável entre as relações e o respeito como a principal essência da vida coletiva. Tratar o outro como gostaria de ser tratado pode até ser considerado um ato de sensatez, mas quando esse tratamento diverge da resposta esperada por alguma das partes o recíproco dará lugar ao inesperado, o que pode provocar resultados desastrosos. Ao contrário do imã, em que os pólos opostos se atraem, uma pessoa negativa não conseguirá conviver com outra positiva, e vice-versa. Portanto, antes de esperar do outro uma forma de tratamento que lhe agrade é mais prudente se antecipar e praticar com ele o que você deseja para si. Ser do bem não é um dom, uma obrigação ou uma espécie de política da boa vizinhança; ser do bem é estar bem consigo mesmo para poder proporcionar ao semelhante momentos prazerosos a partir de um estado de plenitude com satisfação e equilíbrio físico e psíquico. O saudoso apresentador Abelardo Barbosa, o Chacrinha, em uma das suas famosas frases, dizia: “nada se cria, tudo se copia”, referindo-se especificamente ao formato da televisão. Na verdade, esse ditado é incorporado e adotado cotidianamente à vida das pessoas. Não se copia tudo, mas no mínimo se plágia, o que é considerado crime por se apropriar de uma ideia ou invenção. Mas quando se trata de exemplo de vida, o crime é não copiar. Boas referências e inspirações são atos motivacionais que têm como principal objetivo elevar a autoestima e consequentemente melhorar as relações. Como na boa gíria baiana, ‘o sujeito não precisa ter pegada e sim saber chegar’, pois o segredo da uma boa 'chegada' é a tolerância, baseada em atitudes pessoais e também em cuidados na forma de lidar com o outro. Conviver é um exercício diário de cidadania e viver em sociedade é, acima de tudo, uma necessidade humana. A vida torna-se simples quando se depende uns dos outros para viver melhor. Seja dócil quando quiser ser ríspido, acalme os ânimos e diga o quanto todos são importantes. Dê o primeiro passo na direção certa e veja como vale a pena. “Sabe o que eu mais quero agora? Morar no interior do meu interior Pra entender por que se agridem Se empurram pro abismo Se debatem, se combatem sem saber... Onde Deus possa me ouvir - Vander Lee *Jornalista e historiador

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Impostômetro chega à marca de R$ 2 trilhões

14 de outubro de 2021, 16:31

Em 2020, a marca foi atingida em 22 de dezembro (Foto: Reprodução)

O Impostômetro, painel da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que registra o montante de tributos pagos pelos brasileiros ultrapassou a marca dos R$ 2 trilhões. São contabilizadas todas as contribuições federais, estaduais e municipais. Em 2020, a marca foi atingida em 22 de dezembro. Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o aumento da arrecadação dos governos acontece devido a retomada econômica, com a redução das restrições na quarentena contra a covid-19, e a alta da inflação. "A retomada da atividade econômica, devido ao avanço da vacinação, é um dos principais fatores que levaram ao aumento do valor pago em impostos", enfatizou. A inflação também puxa o aumento do montante pago em tributos, de acordo com o economista, devido ao aumento dos preços dos produtos e serviços e, por consequência, nas alíquotas que incidem sobre esses. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro chegou a 1,16%. O índice, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o maior para o mês de setembro desde 1994. Em 12 meses, o índice está em 10,25%. O Impostômetro é um painel luminoso fixado na sede da Associação Comercial, na Rua Boa Vista, no centro de São Paulo. Ele também pode ser acessado na internet. Com informações da Agência Brasil

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Brasil gasta 20 Bolsas Famílias com áreas pouco eficientes e servidores

14 de outubro de 2021, 16:24

Especialistas defendem que parte do dinheiro dos benefícios tributários seja direcionada ao reforço de programas sociais (Foto: Reprodução)

O baixo crescimento da economia, com aumento da miséria e urgência em reforçar programas sociais focalizados, explicita a necessidade de o Brasil rever o destino de bilhões de reais alocados em incentivos empresariais considerados pouco eficientes e concentradores de renda. Neste ano, o Brasil deixará de arrecadar cerca de R$ 310 bilhões com benefícios tributários concedidos a empresas e setores. Somados a outros incentivos creditícios, o valor equivale a quase dez vezes o Bolsa Família, principal programa com foco na pobreza extrema.O montante também se aproxima ao de todos os salários e encargos com servidores civis ativos e inativos (R$ 335,4 bilhões), a segunda maior despesa direta do governo federal -atrás da Previdência (cerca de R$ 700 bilhões). Especialistas defendem que parte do dinheiro dos benefícios tributários seja direcionada ao reforço de programas sociais, sobretudo os voltados à primeira infância, para interromper o ciclo de pobreza intergeracional -que leva filhos de pais pobres a se tornarem, no futuro, pais de crianças pobres. Em outra frente, dizem ser imprescindível uma reforma administrativa para diminuir o peso do funcionalismo público no gasto federal, abrindo espaço no Orçamento para investimentos e programas de renda focalizados. O próprio orçamento da área social, de 25% do PIB, poderia ser reformado –o Bolsa Família, por exemplo, leva apenas 0,5% do PIB. Os chamados benefícios tributários, financeiros e creditícios a setores e empresas chegaram a dobrar nos governos Lula e Dilma Rousseff (2003-2016) e hoje equivalem a quase 4,5% do PIB. Embora o governo Jair Bolsonaro (sem partido) tenha prometido reduzi-los, não houve alteração significativa até agora. Só em setembro, após quase três anos, Bolsonaro enviou ao Congresso projeto de lei para promover corte de R$ 22 bilhões nesses benefícios fiscais. Análise do Banco Mundial sobre políticas de incentivos em Brasil, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Holanda e México concluiu que só o caso brasileiro resultou na combinação de aumento dos gastos tributários e queda na arrecadação -sugerindo que eles não aceleraram o crescimento. Os benefícios tributários no Brasil representam quase um quarto das receitas administradas pela Receita Federal e, do ponto de vista regional, também são fontes de desigualdades. Estudo do Ministério da Economia mostrou que estados mais pobres como Maranhão, Piauí, Acre, Alagoas e Pará receberam menos de um terço da média nacional dos benefícios tributários per capita em 2018. Já Amazonas (por causa da Zona Franca de Manaus), Santa Catarina e São Paulo se beneficiaram mais de renúncias tributárias do que contribuíram, proporcionalmente, para o crescimento do PIB. Para Vinicius Botelho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) e ex-secretário nacional nos ministérios de Desenvolvimento Social e da Cidadania, há margem para reformulação com o objetivo de ampliar programas sociais. "Essa é uma discussão básica, de realocação de recursos de áreas que não demonstram bons resultados para outras prioritárias", afirma. Segundo relatório de avaliação do TCU (Tribunal de Contas da União), "os benefícios fiscais, em geral, representam distorções ao livre mercado e resultam, de forma indireta, em sobrecarga fiscal maior para os setores não beneficiados". "Em um contexto de restrição [orçamentária], como o enfrentado pela União, os valores associados a esses benefícios devem ser considerados com maior atenção, em virtude do impacto nas contas públicas", diz o TCU. Para o economista Alexandre Manoel, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, embora um eventual corte dos benefícios tributários possa resultar em aumento da carga tributária, isso seria positivo, pois deixaria de haver tratamento privilegiado a alguns setores. Manoel suspeita que boa parte da diminuição da capacidade do governo nos últimos anos de produzir superávits primários (economia para reduzir a dívida pública) tenha relação com o aumento dos benefícios tributários, que diminuíram a receita tributária federal. A queda dos superávits a partir do início da década passada, que levou à aceleração da dívida bruta e à forte recessão no biênio 2015-2016 (quando o PIB encolheu 7,2%), coincidiu justamente com a escalada dos benefícios tributários. Segundo especialistas, o aumento da dívida bruta (equivalente a 82,7% do PIB e a maior entre os grandes emergentes) e a insegurança fiscal atual estão na raiz do crescimento medíocre da economia nos últimos anos. No passado, várias tentativas de diminuir os incentivos tributários foram seguidas de forte lobby de seus beneficiários. Mas um corte linear hipotético de apenas 10% para todos os favorecidos quase dobraria o Bolsa Família. "De um lado, há todo um esforço para encontrar dinheiro e reforçar o Bolsa Família. De outro, uma conta bilionária que favorece a concentração de renda", afirma Paulo Tafner, diretor-presidente do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS). Para o economista Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper e colunista da Folha, os subsídios tributários e financeiros acabam protegendo empresas e setores ineficientes, que não contribuem para o crescimento da produtividade, da economia e do emprego. "O fundamental é acelerar a produtividade e inserir os mais pobres numa economia em crescimento. Não é sustentável só redistribuir uma renda que, no geral, não tem aumentado", diz Mendes. Além de reavaliar os benefícios tributários, especialistas defendem reformar o Estado para aumentar sua produtividade e o espaço no Orçamento para reforço de programas sociais. Considerada imprescindível, a reforma administrativa proposta pelo Ministério da Economia sofria até pouco tempo resistência até do presidente Bolsonaro. No fim de setembro, uma comissão especial no Congresso manteve no texto da reforma a estabilidade aos servidores, fato considerado um retrocesso pelos que defendem mudanças mais ambiciosas. Além de mantida a estabilidade, o próprio Bolsonaro pretende ampliar em quase 70 mil o total de servidores (um recorde em seu governo) no próximo ano eleitoral, segundo dados do projeto de Orçamento de 2022. Como proporção do PIB, o Brasil despende o equivalente a 13,1% com o funcionalismo federal, estadual e municipal -mais que Chile e México (abaixo de 9%) e acima da média dos países ricos (10,5%), segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. O gasto anual com servidores federais ativos faz com que eles ganhem 67% mais do que seus equivalentes na iniciativa privada, considerando cargos e nível educacional semelhantes, segundo análise do Banco Mundial em 53 países. Dados da FGV Social a partir do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) mostram grande concentração de rendimentos nos funcionários públicos federais em relação ao resto da população. Entre as 10 ocupações mais bem pagas no Brasil, 6 estão no setor estatal. Por causa dos servidores em Brasília, o Distrito Federal tem o maior rendimento médio entre as 27 unidades da Federação (considerando quem declara ou não o IRPF) e entre declarantes apenas. Comparada ao resto do país, a renda no DF é mais que o dobro da média nacional. Os dados do FGV Social, a partir do IRPF de 2018, incluem todos os rendimentos declarados, inclusive de aplicações financeiras e dos chamados PJ (pessoa jurídica), muitas vezes indivíduos que operam por meio de empresas individuais e recolhem menos tributos através do Simples. O Simples é quem lidera os benefícios tributários, com 24,6% do total. Em seguida vêm a agricultura e agroindústria (setor de grande concentração de renda), rendimentos isentos e não tributáveis, entidades sem fins lucrativos e a Zona Franca de Manaus. Para Pedro Ferreira de Souza, pesquisador do Ipea, os benefícios tributários e a tributação via IRPF demonstram que existe um "conflito distributivo puro" no Brasil. "De um lado, os ricos e a classe média formam um grupo de interesse que obtém benefícios tributários, são pouco onerados via IR e não pagam imposto sobre dividendos. De outro, os pobres, que não têm canais de pressão e suportam grande carga via impostos sobre o consumo", diz Souza. "O resultado é que temos ganhos concentrados para poucos e perdas difusas para muitos." Em sua opinião, o Brasil precisaria aumentar a tributação sobre a renda para além dos atuais 15% da população que declaram IR (menos que a média latino-americana e de muitos países do sul da Europa). Na outra ponta, seria preciso diminuir os impostos indiretos que incidem sobre o consumo -o que leva os pobres a pagarem, proporcionalmente, muito mais impostos do que os ricos. Folhapress

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Sinal de rádio vindo do centro da galáxia está intrigando cientistas

14 de outubro de 2021, 16:10

Na prática, a luz estava vindo para a direção da Terra em parafuso, com um ritmo e razão desconhecidos e acabou desaparecendo depois de ter sido detectada (Foto: Reprodução)

Uma equipe de astrônomos na Austrália identificou, no decorrer de 2020, um conjunto de ondas de rádio provenientes do centro da galáxia. Depois destes ‘primeiros encontros’, tentaram calibrar instrumentos de monitorização mais precisos, mas o sinal acabou desaparecendo, assumindo um comportamento diferente daquele que tinha tido anteriormente. Ziteng Wang, astrofísico que liderou o estudo publicado no Astrophysical Journal, explica que “a propriedade mais estranha deste novo sinal é que tem uma polarização muito elevada. Isto significa que a luz oscila só numa direção, mas essa direção roda com o passar do tempo”. Na prática, a luz estava vindo para a direção da Terra em parafuso, com um ritmo e razão desconhecidos e acabou desaparecendo depois de ter sido detectada. A primeira detecção foi feita com leituras de um radiotelescópio . Tara Murphy, coautora do estudo, afirma que “este objeto é único no sentido em que começou invisível, tornou-se brilhante, desapareceu e depois reapareceu. Este comportamento é extraordinário”. O objeto acaba por ser novamente detectado com o MeerKAT, um telescópio localizado na África do Sul, mas desapareceu no próprio dia e ainda não foi visto novamente. Os pesquisadores atribuem este desaparecimento a instabilidades no campo magnético, levando a equipe a acreditar que o objeto não parou de emitir, mas sim que está emitindo apenas esporadicamente. Quanto à origem, há múltiplas teorias, sem que nenhuma seja completamente esclarecedora, com o objeto a ter características semelhantes às de uma classe conhecida por Galactic Centre Radio Transients, um grupo de objetos que emite ondas de rádio de perto do centro da Via Láctea. A expetativa da comunidade é que o Square Kilometre Array, o maior radiotelescópio do mundo, com 130 mil antenas, possa ser usado em observações futuras e acabe por pegar novamente vestígios deste sinal.

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Jacobina contará com Fórum Permanente de Agroecologia

13 de outubro de 2021, 15:35

(Da Assessoria) - A partir da iniciativa Agroecologia nos Municípios, que tem Jacobina como foco no estado da Bahia, representantes de organizações sociais do campo e da cidade, em parceria com o Poder Público Municipal vêm construindo coletivamente algumas estratégias de incidência política. Uma delas é o Seminário para Construção do Fórum Permanente Agroecológico de Jacobina, que será realizado no próximo dia 21 de outubro, das 9h às 17h, no Auditório da FEPPAHJA, no Caminho das Árvores no bairro da Serrinha, em Jacobina. O fórum tem por objetivo levantar discussões sobre os modelos de produção e sistemas agroalimentares do território e seus impactos ambientais e socioeconômicos, para construir um documento capaz de subsidiar a formulação de políticas públicas como programas, projetos e leis municipais de apoio à agricultura familiar e à segurança alimentar e nutricional e fortalecimento da agroecologia. O evento será organizado por meio de eixos temáticos: ATER Agroecológico e Agricultura Familiar, Educação Contextualizada, Segurança Alimentar e Nutricional, Associativismo, Cooperativismo e Organizações de Base, Preservação Ambiental, Turismo Sustentável, Gênero e Geração. Ao propor a criação de um Fórum que une diferentes olhares da sociedade na reflexão sobre as perspectivas e limites de avançarmos para sistemas agroalimentares mais sustentáveis, espera-se dar visibilidade e aprofundar ainda mais a pauta agroecológica Comunicação @cofaspi

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Polícia cumpre mandado de prisão contra suspeito de matar estudante de medicina

13 de outubro de 2021, 15:10

Por parte da Polícia Militar, trabalharam no caso equipes da CIPE Semiárido, da Rondesp e do 7º BPM (Foto: Reprodução)

O suspeito de matar o estudante de medicina Caíque Souza Martins, de 22 anos, no último domingo (10), em Canarana, foi preso nesta quarta-feira (13), no município, por policiais da 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Irecê). Ele já tinha passagem pela polícia pelo crime de tentativa de homicídio. Assim que tomou conhecimento do caso, a Polícia Civil esteve no local do delito e iniciou o trabalho de investigação e identificação do suspeito. Em seguida, pediu a prisão temporária do envolvido por homicídio qualificado, crime hediondo. A solicitação foi deferida pelo juiz da comarca de Canarana e, nesta quarta, a determinação judicial foi cumprida – conforme afirmou o coordenador da 14º Coorpin, Ernandes Reis Júnior. "Desde o momento em que ocorreu o crime, todas as forças, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar, realizaram diligências ininterruptas com a finalidade de efetuar a prisão desse homem. Esse trabalho foi essencial para o cumprimento do mandado de prisão temporária deste envolvido. O reconhecimento dele por testemunhas oculares confirmou as diligências investigativas que já vinham sendo realizadas", declarou o delegado. Por parte da Polícia Militar, trabalharam no caso equipes da CIPE Semiárido, da Rondesp e do 7º BPM. Ascom-PC

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10 palavras em inglês que não significam exatamente o que parecem

12 de outubro de 2021, 05:39

(Foto: Reprodução)

Chocolate, hospital, banana, drama. Esses são apenas alguns exemplos de palavras que você pode usar sem medo, em português ou em inglês, porque significam exatamente o mesmo nos dois idiomas. Basta obedecer às regras de pronúncia em cada língua. Há muitas outras expressões com essa mesma característica, o que facilita para quem está aprendendo inglês. Contudo, é preciso cuidado, porque há outras tantas que parecem ser o que não são - e que podem causar confusão na hora da comunicação. De acordo com o consultor pedagógico do PES English, Yuri Gaspar Braga, mesmo quem já fala inglês há muito tempo, às vezes se atrapalha ao usar alguns desses falsos cognatos. “Não é à toa que essas palavras são popularmente conhecidas como ‘falsos amigos’. É fácil esquecer que elas têm significados completamente diferentes em inglês. Por isso, é preciso estudar vocabulário e ficar sempre atento”, aconselha. O especialista aponta dez casos comuns dos chamados falsos cognatos. ResumeEmbora parecida com uma das conjugações do verbo “resumir”, “resume” nada tem a ver com a palavra em português. Na verdade, “resume”, em inglês, quer dizer recomeçar. Sensible“Essa palavra pode ser confundida com a palavra ‘sensível’, em português. Mas seu real significado é ‘sensato’. Em inglês, para dizer que alguém é sensível, usamos a palavra ‘sensitive’”, explica Braga. CompromiseQuem não gosta de ceder, quer distância da palavra “compromise”, que nada tem a ver com compromisso. Ao contrário do que parece, “compromise” quer dizer “acordo” ou “concessão”, encontrar um meio-termo que não contemple completamente nenhum dos lados de uma situação. Já compromisso, em inglês, pode ser traduzido como “commitment” ou “appointment”. RealizeBraga afirma que esse é um dos erros mais comuns. Enquanto a palavra “realize” lembra o verbo “realizar” em português, em inglês o termo significa “perceber” ou “compreender”. Já realizar, no sentido de conquistar algo, pode ser traduzida como “perform” ou “accomplish”. JournalSe você quiser se informar, saber quais são as notícias do dia ou da semana, esqueça de procurar por um “journal”. Muito parecida com a portuguesa “jornal”, essa palavra na verdade se refere a uma revista acadêmica - dessas em que são publicados estudos científicos, por exemplo - ou aos famigerados diários. Em inglês, “jornal” se diz “newspaper” - literalmente um papel de notícias. Pretend“Um erro muito frequente que falantes nativos de português cometem é formular frases como ‘I pretend to be a doctor’, o que vai colocar em dúvida a honestidade de quem fala. Isso porque a palavra ‘pretend’ significa ‘fingir’. Se você pretende ser médico, o verbo correto a usar é ‘to intend’. A frase correta então seria ‘I intend to be a doctor’, ou seja, ‘é a minha intenção’”, detalha Braga. LegendQuando se vai assistir a um filme em outro idioma, é comum que ele esteja legendado em português. No entanto, a palavra “legend” nada tem a ver com as legendas. Ela quer dizer “lenda”. Para falar sobre as legendas, por sua vez, deve-se usar o termo “subtitles”. TaxNinguém gosta de pagar taxa alguma, mas “tax” se refere especificamente àquelas taxas que pagamos ao governo, os impostos. Outros tipos de taxa, como taxas de inscrição, por exemplo, são chamadas de “fee” ou “rate”. Lunch“A palavra pode lembrar o termo ‘lanche’, em português, mas significa ‘almoço’. Em inglês, ‘lanche’ é traduzido como ‘snack’”, destaca o consultor pedagógico do PES English. Culturalmente falando, o ‘American lunch’, por ser mais rápido, assemelha-se ao nosso lanche, mas é realizado na nossa hora do almoço. Pretend“Um erro muito frequente que falantes nativos de português cometem é formular frases como ‘I pretend to be a doctor’, o que vai colocar em dúvida a honestidade de quem fala. Isso porque a palavra ‘pretend’ significa ‘fingir’. Se você pretende ser médico, o verbo correto a usar é ‘to intend’. A frase correta então seria ‘I intend to be a doctor’, ou seja, ‘é a minha intenção’”, detalha Braga. LegendQuando se vai assistir a um filme em outro idioma, é comum que ele esteja legendado em português. No entanto, a palavra “legend” nada tem a ver com as legendas. Ela quer dizer “lenda”. Para falar sobre as legendas, por sua vez, deve-se usar o termo “subtitles”. TaxNinguém gosta de pagar taxa alguma, mas “tax” se refere especificamente àquelas taxas que pagamos ao governo, os impostos. Outros tipos de taxa, como taxas de inscrição, por exemplo, são chamadas de “fee” ou “rate”. Lunch“A palavra pode lembrar o termo ‘lanche’, em português, mas significa ‘almoço’. Em inglês, ‘lanche’ é traduzido como ‘snack’”, destaca o consultor pedagógico do PES English. Culturalmente falando, o ‘American lunch’, por ser mais rápido, assemelha-se ao nosso lanche, mas é realizado na nossa hora do almoço. BalconyAo entrar em uma loja ou em um bar, dificilmente será possível encontrar um “balcony”. Parecido com a palavra portuguesa “balcão”, o termo não serve para descrever o móvel sobre o qual se debruçam vendedores e garçons. “Balcony”, na verdade, significa sacada, varanda. O móvel, por sua vez, é ‘counter’.

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Aos 18 anos, estudante mineira descobre asteroide em projeto da Nasa

12 de outubro de 2021, 05:26

Desde fevereiro, a estudante brasileira Laysa Peixoto Sena Lage participa do programa de caça a asteroides da Nasa em parceria com a IASC (sigla em inglês que nomeia um programa internacional de colaboração em pesquisa astronômica) (Foto: Reprodução)

A estudante brasileira Laysa Peixoto Sena Lage, 18, descobriu um novo asteroide por meio de uma campanha da Nasa, a agência espacial americana. O reconhecimento da descoberta aconteceu em agosto e o astro foi batizado de LPS0003, de acordo com suas iniciais. Futuramente, a jovem poderá escolher um outro nome para ele. Lage mora na cidade de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela sempre estudou em escolas públicas e, atualmente, está no segundo período do curso de física na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), onde também é monitora no Observatório Astronômico Frei Rosário. Desde fevereiro, a estudante mineira participa do programa de caça a asteroides da Nasa em parceria com a IASC (sigla em inglês que nomeia um programa internacional de colaboração em pesquisa astronômica). As imagens do espaço que Lage e os demais participantes recebem são geradas pelo telescópio Pan-STARRS, que fica no Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí. "As imagens que eles enviam são processadas pelo software Astrometrica e, através dele, eu faço as análises. As imagens são em preto e branco e é preciso analisar cada pixel, porque tem coisas muito pequenas que podem passar despercebidas", explica a jovem. Após meses de procura, a estudante identificou alguns objetos e enviou relatórios desses achados para o projeto. Um dos pontos que ela localizou foi, enfim, confirmado pela Nasa como sendo um asteroide. "Quando eu vi meu nome na lista, fiquei muito feliz e emocionada, mal pude acreditar. Foram meses difíceis, passei algumas noites fazendo as análises para conseguir mandar a tempo. É muito gratificante poder contribuir dessa forma com a ciência", conta ela. Desde criança, ela gosta de observar as estrelas e se interessa por astronomia, segundo conta. Mas foi durante o ensino médio que ela teve a oportunidade de participar de algumas olimpíadas científicas e, com isso, se sentiu mais motivada para aprofundar os estudos nessa área. Em 2020, a jovem de Minas Gerais foi medalhista de prata na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Neste ano, ela ganhou a medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica. "Acho muito importante que os alunos tenham conhecimento das olimpíadas científicas, porque elas podem incentivar e transformar a vida dos estudantes, principalmente das escolas públicas", diz. Para o futuro, a estudante deseja realizar o curso Advanced Space Academy, da Nasa. Esse é um treinamento imersivo na rotina de trabalho de um astronauta, que resulta em uma missão espacial simulada. Para conseguir realizar o sonho de estudar na Nasa, a jovem criou uma vaquinha virtual. Ela pretende arrecadar R$ 15 mil para pagar os custos do curso e da viagem para os Estados Unidos. "Esse é um dos meus próximos passos. Mas também quero terminar a minha graduação e seguir na área da astrofísica e da cosmologia, como pesquisadora, para encontrar mais coisas e contribuir da melhor forma possível", resume. Folhapress

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Nobel completa 120 anos premiando poucas mulheres e nenhum brasileiro

11 de outubro de 2021, 16:48

Prêmio foi instituído em 1901 pelo químico Alfred Bernhard Nobel (Foto: Reprodução)

Ao anunciar, nesta segunda-feira (11), os nomes dos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia, a Real Academia de Ciências da Suécia encerrou as condecorações deste ano em que o mais cobiçado prêmio mundial completou 120 anos de existência. Os economistas David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens se somaram as 947 pessoas e 28 organizações laureadas desde 1901, quando o prêmio foi instituído, por inspiração do químico e inventor sueco, Alfred Bernhard Nobel (1833-1896). As informações são da Agência Brasil. Também empresário, Nobel ficou milionário ao desenvolver uma forma de ampliar a produção de nitroglicerina, inventar a dinamite e criar um detonador que tornou mais seguro o uso de explosivos em várias atividades. Um ano antes de morrer, o inventor determinou, em testamento, que, após seu falecimento, a maior parte de sua fortuna fosse destinada a uma fundação que levaria seu nome e ficaria encarregada de premiar, anualmente, "a quem tiver feito a descoberta mais importante" nos campos da Física, Química, Medicina, Literatura e para promover a paz. Inspirado na iniciativa de Nobel, o banco central da Suécia criou, em 1968, o chamado Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas, que passou a ser chamado de o prêmio Nobel de Economia --ainda que, originalmente, o inventor sueco não o tenha previsto. Não só porque a categoria Ciências Econômicas foi instituída 67 anos após as primeiras, mas também porque houve anos em que a Fundação Nobel não concedeu o prêmio em um ou mais campos, o total de láureas já entregues a cada área difere. Assim como o número de premiados, já que é comum que duas ou mais pessoas dividam o prêmio em uma mesma área do saber. Dos 609 Nobéis distribuídos até hoje, 115 reconhecem a importância de descobertas e invenções no campo da Física e 114 distinguem as contribuições mais relevantes à Literatura. As condecorações foram entregues 113 vezes para estudos e invenções ligadas à Química e 112 para a Medicina. A Fundação Nobel também já distribuiu 103 prêmios da Paz, enquanto o Nobel da Economia (o único distribuído ininterruptamente) foi concedido em 53 ocasiões. MULHERES No total, 947 pessoas e 28 organizações receberam o Prêmio Nobel entre 1901 e 2021. Destas, apenas 58 são mulheres. Por outro lado, desde 2014, cabe a uma mulher, a paquistanesa Malala Yousafzai, o título de pessoa mais jovem a receber o prêmio: por seu ativismo em prol do acesso de crianças e mulheres à educação, Malala também recebeu o Nobel da Paz quando tinha apenas 17 anos de idade. Além disso, a cientista polonesa Marie Curie é uma das quatro únicas pessoas que conseguiram o feito de serem laureadas duas vezes - com o detalhe de que Marie Curie obteve dois Nobéis em áreas diferentes: Física, em 1903, e Química, em 1911, feito só alcançado pelo químico Linus Pauling (vencedor em Química, em 1954, e da Paz, em 1962). A família Curie ainda faturou outros dois prêmios: em 1903, o prêmio de Física também foi concedido ao marido de Marie, Pierre Curie. E , em 1935, foi a vez da filha do casal, Iréne Joliot-Curie ser escolhida uma das vencedoras em Química. Entre os 13 ganhadores deste ano, há apenas uma mulher, a jornalista filipina Maria Ressa, que dividiu com o também jornalista russo Dmitry Muratov o Prêmio Nobel da Paz. A título de comparação, no ano passado, quatro dos 11 premiados eram mulheres. Em 2009, ano com o maior número de ganhadoras, cinco pesquisadoras foram agraciadas. Este ano, além de Ressa, Muratov e dos economistas David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens, também foram agraciados o escritor Abdulrazak Gurnah, da Tanzânia, que recebeu o Nobel de Literatura; os neurocientistas norte-americanos David Julius e Ardem Patapoutian, laureados com o Nobel de Medicina, e os pesquisadores Benjamin List, que é alemão, e David MacMillan, norte-americano, em Química. Já o prêmio de Física foi concedido ao norte-americano nascido no Japão Syukuro Manabe, ao alemão Klaus Hasselmann e ao italiano Giorgio Parisi. Os ganhadores de cada categoria dividem, entre si, um prêmio de 10 milhões de coroas suecas, ou cerca de R$ 6,3 milhões, além de uma medalha e um diploma. Ao longo do tempo, só duas pessoas recusaram a distinção voluntariamente: o filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre, que, em 1964, se negou a receber o prêmio de Literatura, e o político vietnamita Le Duc Tho, um dos fundadores do Partido Comunista da antiga Indochina e que, em 1973, receberia o Nobel da Paz por, junto com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger, ter negociado o acordo de paz que selou o fim da guerra do Vietnã. Além destas duas ocasiões, quatro vencedores foram forçados a recusar o prêmio . No fim da década de 1930, o ditador Adolf Hitler proibiu três cientistas alemães (Richard Kuhn e Adolf Butenandt, em Química, e Gerhard Domagk, em Medicina) de aceitarem o prêmio - os três receberam suas medalhas e diplomas posteriormente, mas já não puderam receber a premiação em dinheiro. Em 1958, foi a vez das autoridades da extinta União Soviética coagirem o ganhador do Nobel de Literatura de 1958, Boris Pasternak, a não aceitar o reconhecimento a sua obra. BRASIL Apesar de, oficialmente, nenhum brasileiro jamais ter ganhado a maior honraria científica, literária e cultural mundial, há, entre os 975 premiados, uma pessoa que nasceu em solo brasileiro. Filho de pai libanês e de mãe inglesa, o ganhador do Nobel de Medicina de 1960, o biólogo Peter Brian Medawar, nasceu em Petrópolis (RJ), em 1915. Sócio de um então importante fabricante de instrumentos odontológicos e ópticos, o pai de Medawar e a família mudaram-se para o Brasil a fim de inaugurar uma revendedora no país, a Óptica Inglesa. Com dupla cidadania, o futuro cientista cresceu entre a capital fluminense e Petrópolis até que, na adolescência, seus pais o enviaram para estudar na Inglaterra. Aluno aplicado, Medawar logo recebeu uma bolsa de estudos do governo britânico. Segundo a versão mais conhecida, foi para que Medawar não perdesse a chance de prosseguir com os estudos que sua família recorreu à influência do ex-ministro da Aeronáutica e ex-senador, Salgado Filho. Padrinho do futuro vencedor do Nobel, Filho pediu diretamente ao então ministro da Guerra, o futuro presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1951), que ajudasse o rapaz a ser dispensado de retornar ao Brasil para cumprir o serviço militar obrigatório. Como o pedido não foi atendido e Medawar não retornou para se alistar, acabou perdendo sua nacionalidade brasileira, tornando-se unicamente cidadão inglês e graduando-se pela prestigiada Universidade de Oxford. Medawar morreu em Londres, em 1987, 27 anos após ser mundialmente reconhecido por seus estudos a respeito da tolerância imunológica e o transplante de órgãos. Folhapress

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