Em teste para Tóquio, baiano Isaquias mostra que é favorito a 2 medalhas

17 de maio de 2021, 22:53

O brasileiro ganhou duas medalhas na Copa do Mundo disputada na Hungria, no fim de semana (Foto: Reprodução)

Foram quase dois anos sem competir, sem mostrar ao mundo sua força. E na primeira vez em que caiu na água para remar ao lado de adversários, Isaquias Queiroz mandou o recado: segue o mesmo de sempre. O brasileiro ganhou duas medalhas na Copa do Mundo disputada na Hungria, no fim de semana, e confirmou que é favorito a repetir a dose da Rio-2016 e subir ao pódio em todas as provas possíveis em Tóquio. Desta vez, em duas. Por uma cultura que o técnico Jesús Morlan trouxe ao Brasil e que foi mantida depois de sua morte, Isaquias precisa entregar seu melhor no Mundial, na Olimpíada e, se possível, no Pan. As outras competições, incluindo Copas do Mundo, são testes para esses eventos maiores. Por conta da pandemia, esses testes deixaram de existir depois do fim da temporada 2019 e só foram retomados com essa etapa de Copa do Mundo na Hungria, onde Isaquias foi muito bem. No C1 1.000m, conquistou a medalha de prata, superado pelo alemão Conrdad-Robin Scheibner, testado pela Alemanha no lugar do bicampeão olímpico Sebastian Brendel. Como na Olimpíada só é possível inscrever um barco por país por prova, apenas um deles vai a Tóquio. Atual campeão mundial na distância, Isaquias deixou para trás todos os outros principais nomes da prova: o tcheco Martin Fuksa, em terceiro, o cubano José Ramon Cordova, em quarto, e mais atrás, o moldavo Serghei Tarnovschi, que voltou depois de quatro anos suspenso após ter sido pego no doping na Olimpíada. Depois, Isaquias voltou para a raia para competir no C2 1.000m, a outra prova olímpica da canoa. Seu parceiro habitual, Erlon Souza, se recuperou recentemente de uma lesão no quadril e foi poupado, substituído por Jacky Godmann. E a dupla fez bonito, ganhando o bronze na competição, derrotada pelos barcos da Alemanha e de Cuba, mas à frente de Polônia e República Tcheca, outros rivais importante. Atual campeão mundial, o barco chinês não participou. No Rio, Isaquias ganhou três medalhas -duas pratas e um bronze- porque havia três provas de canoa no programa. Agora são apenas duas, uma vez que o C1 200m foi retirado para a inclusão de mais uma competição feminina.

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Toque de recolher é prorrogado até 25 de maio na Bahia; confira medidas

17 de maio de 2021, 06:59

Jacobina está entre os 227 municípios que o toque de recolher vale das 20h às 5h (Foto: Notícia Limpa)

O governo da Bahia prorrogou o toque de recolher em todo o estado até o dia 25 de maio. A restrição da locomoção noturna de pessoas é das 21h às 5h. A medida, que tem como objetivo conter a disseminação do novo coronavírus, foi publicada em decreto neste domingo (16), na versão on-line do Diário Oficial do Estado (DOE). Em 227 municípios, o toque de recolher vale das 20h às 5h. [Veja lista completa das cidades no final da matéria] De acordo com o governo, nos municípios em que a taxa de ocupação de leitos de UTI se mantiveram igual ou inferior a 75%, por cinco dias consecutivos, a restrição na locomoção será válida das 22h às 5h. Segundo o governo, o toque de recolher em Salvador continua em vigor das 22h às 5h, pois o município alcançou a meta determinada pelo estado. A venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos fica proibida, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery), das 18h de 21 maio até as 5h de 24 de maio. Para a comercialização de bebida alcoólica aos fins de semana, continua a valer a determinação de que as regiões de saúde precisam alcançar a taxa de 75% ou menos de ocupação de leitos de UTI, por cinco dias consecutivos. Por isso, em Salvador, segue permitida a venda de bebidas alcoólicas durante o fim de semana. Transporte A circulação dos meios de transporte metropolitanos continua suspensa no período das 22h30 às 5h, até 25 de maio. Também segue proibida a circulação dos ferry boats das 22h30 às 5h, ficando vedado o funcionamento nos dias 22 e 23 de maio. A circulação das lanchinhas deve ser suspensa também das 22h30 às 5h, até 25 de maio, limitada a ocupação ao máximo de 50% da capacidade da embarcação nos dias 22 e 23 de maio. Aulas As unidades de ensino públicas e particulares podem manter as atividades de forma semipresencial. Para que isso ocorra, é necessário que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid esteja abaixo de 75%, por cinco dias consecutivos, nas regiões de saúde. Em Salvador, o governo estadual havia autorizado o retorno das aulas, respeitando tais critérios. Além disso, as atividades letivas devem ficar condicionadas à ocupação máxima de 50% da capacidade de cada sala de aula e ao atendimento dos protocolos sanitários estabelecidos. Eventos e shows Os eventos e atividades que envolvam aglomeração de pessoas continuam proibidos, em todo o território da Bahia, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados. Segue suspensa ainda a realização de shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes, em todos os municípios baianos, até 25 de maio. Municípios com toque de recolher das 20h às 5h: Abaíra, Acajutiba, Adustina, Alagoinhas, Alcobaça, América Dourada, Anagé, Andaraí, Angical, Antas, Aporá, Araçás, Aracatu, Aramari, Baianópolis, Banzaê, Barra, Barra da Estiva, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barreiras, Barro Alto, Belmonte, Belo Campo, Boa Vista do Tupim, Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Serra, Boninal, Bonito, Boquira, Botuporã, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Brumado, Buritirama, Caatiba, Caculé, Caém, Caetanos, Caetité, Cafarnaum, Caldeirão Grande, Canápolis, Canarana, Candiba, Cândido Sales, Capim Grosso, Caraíbas, Caravelas, Cardeal da Silva, Carinhanha, Catolândia, Catu, Caturama, Central, Cícero Dantas, Cipó, Cocos, Condeúba, Contendas do Sincorá, Cordeiros, Coribe, Coronel João Sá, Correntina, Cotegipe, Crisópolis, Cristópolis, Dom Basílio, Encruzilhada, Entre Rios, Érico Cardoso, Esplanada, Eunápolis, Fátima, Feira da Mata, Firmino Alves, Formosa do Rio Preto, Gentio do Ouro, Guajeru, Guanambi, Guaratinga , Heliópolis, Iaçu, Ibiassucê, Ibicoara, Ibicuí, Ibipeba, Ibipitanga, Ibiquera, Ibirapuã, Ibitiara, Ibititá, Ibotirama, Igaporã, Iguaí, Inhambupe, Ipupiara, Iraquara, Irecê, Itabela, Itaberaba, Itaetê, Itagimirim, Itaguaçu da Bahia, Itamaraju, Itambé, Itanagra, Itanhém, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itarantim, Itororó, Ituaçu, Iuiu, Jaborandi, Jacaraci, Jacobina, Jandaíra, João Dourado, Jucuruçu, Jussara, Jussiape, Lagoa Real, Lajedão, Lajedinho, Lapão, Lençóis, Licínio de Almeida, Livramento de Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Macajuba, Macarani, Macaúbas, Maetinga, Maiquinique, Mairi, Malhada, Malhada de Pedras, Mansidão, Marcionílio Souza, Matina, Medeiros Neto, Miguel Calmon, Mirangaba, Mirante, Morpará, Morro do Chapéu, Mortugaba, Mucugê, Mucuri, Mulungu do Morro, Muquém do São Francisco, Nova Canaã, Nova Redenção, Nova Soure, Nova Viçosa, Novo Horizonte, Novo Triunfo, Olindina, Oliveira dos Brejinhos, Ouriçangas, Ourolândia, Palmas de Monte Alto, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Paripiranga, Pedrão, Piatã, Pindaí, Piripá, Piritiba, Planalto, Poções, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Dutra, Presidente Jânio Quadros, Quixabeira, Riachão das Neves, Riacho de Santana, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal, Ribeirão do Largo, Rio de Contas, Rio do Antônio, Rio do Pires, Rio Real, Ruy Barbosa, Santa Cruz Cabrália, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, Santana, São Desidério, São Félix do Coribe, São Gabriel, São José do Jacuípe, Sátiro Dias, Saúde, Seabra, Sebastião Laranjeiras, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Serrolândia, Sítio do Mato, Sítio do Quinto, Souto Soares, Tabocas do Brejo Velho, Tanhaçu, Tanque Novo, Tapiramutá, Teixeira de Freitas, Tremedal, Uibaí, Umburanas, Urandi, Utinga, Várzea da Roça, Várzea do Poço, Várzea Nova, Vereda, Vitória da Conquista, Wagner, Wanderley e Xique-Xique. . G1

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Biden mantém política de Trump e enviará 1º voo de deportados ao Brasil

16 de maio de 2021, 21:35

Biden mantém política de Trump e enviará 1º voo de deportados ao Brasil (Foto: Reprodução)

O governo Joe Biden decidiu enviar na quinta-feira (20) ao Brasil o primeiro voo de imigrantes brasileiros deportados, ou seja, pessoas que foram detidas na fronteira ao tentarem entrar nos Estados Unidos sem documento. Segundo diplomatas envolvidos nas negociações, a previsão é que cerca de 130 brasileiros sejam mandados de volta no avião providenciado pelos americanos nesta semana, mas o número exato só deve ser fechado no dia do embarque. A informação foi noticiada primeiro pelo jornal O Estado de S.Paulo, e confirmada pela reportagem. Há alguns dias, brasileiros detidos na fronteira entre EUA e México começaram a relatar a autoridades consulares terem ouvido informações sobre o voo, pedindo mais detalhes, mas ainda não havia comprovação oficial. Este tipo de voo fretado foi uma marca da política anti-imigração de Donald Trump. As aeronaves contratadas pelo governo americano sob o republicano chegaram a levar brasileiros algemados e em condições questionadas por autoridades diplomáticas e defensores de direitos humanos. Durante a campanha, Biden prometeu um tratamento mais humanitário para os imigrantes que tentam entrar nos EUA sem documento, mas a imigração acabou se tornando a maior crise que o democrata enfrenta até agora.Justamente por causa da sensação de portas abertas -que o governo americano insiste em dizer que é ilusória- o fluxo de pessoas que tentam entrar nos EUA sem documentos tem aumentado vertiginosamente, e já é o maior em 20 anos. Entre os brasileiros, o número alcançou o pico entre outubro de 2018 e setembro de 2019, quando 18 mil pessoas tentaram entrar sem documentos nos EUA desde o Brasil. Para tentar frear esse movimento, Trump lançou mão de várias medidas -inclusive restrições por causa da pandemia- e incluiu os brasileiros no programa que envia para o México os imigrantes que tentam entrar nos EUA de forma irregular, e os fazem esperar no país latino-americano pela análise de seus processo.

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Novo golpe rouba senha da verificação em duas etapas no WhatsApp

16 de maio de 2021, 21:28

Criminosos solicitam recuperação do código de duas etapas do WhatsApp para roubar conta das vítimas -Reprodução (Foto: Reprodução)

Empresa de cibersegurança descobre novo golpe do WhatsApp clonado nesta quinta-feira (13). Os golpistas estão usando a engenharia social para enganar as vítimas e driblar a dupla autenticação do WhatsApp. Informações são do TechTudo. O golpe do WhatsApp clonado não é uma novidade, ele vem sendo praticado por criminosos há pouco mais de dois anos. Agora esse golpe evoluiu e criminosos conseguem burlar a dupla autenticação do mensageiro. De acordo com a Kaspersky, esse novo golpe começa com uma mensagens dos criminosos, que alegam ser do Ministério da Saúde e perguntam se podem realizar uma pesquisa sobre a Covid-19. Em seguida, os golpistas pedem o código de verificação enviado para o celular, alegando que isso é necessário para completar a pesquisa. Na segunda parte do golpe, os criminosos, após conseguirem o código de verificação, finalizam a falsa pesquisa. Depois, eles fazem uma nova ligação para a vítima, se passando pelo suporte do WhatsApp, falando que identificaram atividades suspeitas na conta. Para resolver essas tais atividades suspeitas, eles enviam um e-mail para que o usuário cadastre outra senha de dupla verificação. Entrando nesse link a vítima desabilita a proteção para criar uma nova senha, e, com isso, os golpistas conseguem burlar o sistema e roubar o WhatsApp. A proteção mais efetiva, asseguram pesquisadores da Kaspersky, é desconfiar do golpe e saber antecipadamente que ele existe. A empresa recomenda que os usuários do aplicativo de mensagens continuem utilizando a dupla autenticação para proteger a conta e nunca desativem a proteção. IstoÉ

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Lacen confirma variantes da Covid-19 em Ponto Novo, Senhor do Bonfim, Pindobaçu, Campo Formoso e Euclides da Cunha

15 de maio de 2021, 19:53

(Foto: Reprodução)

O Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (Lacen-BA) sequenciou 25 genomas completos do Sars-CoV-2 em pacientes residentes de 88 municípios baianos. Um boletim sobre o sequenciamento foi divulgado nesta sexta-feira (14), mostrando resultados da análise dos casos de abril, confirmando a predominância das variantes mais agressivas em todo estado, sobretudo da P.1 (Manaus). O trabalho de sequenciamento vem sendo feito há oito meses e detectou 21 linhagens do coronavírus em circulação na Bahia, entre elas oito cepas e três variantes de atenção apontadas pelo Ministério da Saúde: a P.1 (Manaus), a P.2 (Rio) e a B.1.1.7 (Reino Unido).Segundo o Boletim da SESAB foram detectados casos de Variantes do Covid – 19 nos Municípios de Senhor do Bonfim, Ponto Novo, Pindobaçu, Campo Formoso e Euclides da Cunha. Durante o período de 18 de setembro até o dia 16 de abril de 2021, a equipe do LACENBA realizou o sequenciamento de 225 genomas completos do SARS-CoV-2, provenientes de pacientes com sintomas de infecção por COVID-19, dos noveNúcleos Regionais de Saúde da Bahia.

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Método de acupuntura auxilia no tratamento de doenças patológicas femininas

14 de maio de 2021, 21:17

A prática oferece inúmeros benefícios para patologias dolorosas (Foto: Reprodução)

A acupuntura se trata de um método que vem sendo utilizado com o intuito de melhorar a imunidade e auxiliar no tratamento de problemas emocionais e físicos. A prática desta técnica garante efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, sendo geralmente  recomendadas pelos próprios médicos, a fim de restaurar o equilíbrio adequado do corpo.   Para as mulheres, o uso da acupuntura como tratamento é uma ótima solução para aquelas que possuem patologias dolorosas, principalmente quando estão relacionadas às cólicas menstruais, dores pélvicas e dores associadas à endometriose. Além disso, a técnica também pode ser utilizada para amenizar os efeitos causados pela Tensão Pré-Menstrual, diminuindo até mesmo mastalgias - dores nas mamas durante a fase que antecede o ciclo menstrual.  Outro benefício dado pela ação da acupuntura é o tratamento de sintomas da menopausa, especialmente contra os calores e a sudorese noturna. As aplicações também agem contra o ressecamento vaginal - o que é bem comum durante esse período . O procedimento também pode ser feito para a regulação do ciclo menstrual e para a melhora da ovulação. A técnica costuma ser indicada em patologias ginecológicas, reforçando o tratamento clínico ginecológico convencional, sendo definida conforme o diagnóstico dado durante a realização de uma avaliação.  Em entrevista ao Portal da RedeTV!, o Dr. Luciano Curuci, Ginecologista e médico Acupunturista do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, relatou que toda pessoa pode se submeter à acupuntura, independente de sua idade ou patologias prévias associadas.  Luciano também ressalta que, além do procedimento ajudar em problemas como a cólica menstrual e dores pélvicas, ele auxilia casos de cefaléia menstrual, fluxos menstruais aumentados (menorragia), síndrome dos ovários policísticos, anovulação crônica, dispareunia (dor nas relações sexuais), insônia, sintomas do climatério (menopausa), náuseas e vômitos na gestação e também nas lombalgias que acometem 70% das gestantes. Desta maneira, vemos que a prática deste método está sendo cada vez mais utilizada em questões que envolvem à saúde, garantindo o bem-estar e leveza durante o tratamento de determinados diagnósticos.

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Novo tratamento para o suor em excesso

14 de maio de 2021, 21:08

Cirurgia, procedimentos com eletricidade, botox e medicamentos tópicos são algumas das sugestões dos especialistas (Foto: Reprodução)

A expressão “suar em bicas” pode parecer exagero para muita gente. Não para o corretor de imóveis Hamilton Fernando Silva, 41 anos, portador de hiperidrose – um distúrbio nas glândulas sudoríparas no qual elas trabalham demais e levam a pessoa a transpirar muito além do normal. Para evitar o constrangimento do excesso de suor descendo pelo rosto, fizesse frio ou calor, Silva criou o hábito de andar sempre com uma toalhinha. A companheira inseparável, porém, foi aposentada há oito meses. Na verdade, substituída. Em vez do pedaço de pano, ele agora leva consigo comprimidos de oxibutinina, que toma uma vez por dia. “É maravilhoso. Antes precisava enxugar o rosto o tempo todo. Com a medicação, isso acabou”, comemora. Silva é um dos participantes de um estudo recém-concluído da Universidade de São Paulo sobre o uso da oxibutinina para o tratamento da hiperidrose. Os resultados desse trabalho, coordenado pelo médico Nelson Wolosker, professor do departamento de cirurgia vascular, são alentadores: entre 50% e 70% dos pacientes responderam bem ao medicamento. “Antes, as opções disponíveis para tratar o problema eram a cirurgia ou o botox”, fala Wolosker. No entanto, o efeito da toxina botulínica não é definitivo e a substância precisa ser reaplicada periodicamente. O procedimento cirúrgico também não é garantia de cura. Há pessoas que, após a operação, passam a suar exageramente em outras regiões do corpo. É a chamada hiperidrose compensatória. As tentativas de usar remédios contra a hiperidrose não são novidade. Substâncias da mesma família da oxibutinina são testadas há décadas, sem muito sucesso devido aos efeitos colaterais. O avanço obtido pelo grupo brasileiro foi testar a oxibutinina e minimizar as reações adversas. “Dor de cabeça e boca seca eram as principais reclamações”, conta Wolosker. Além disso, a oxibutinina provou ser uma solução para quem desenvolve a forma compensatória da doença. Por isso há expectativa pelo uso do tratamento por outros especialistas. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Guilherme Pitta, o órgão aguarda apenas a publicação dos estudos para divulgar a nova diretriz aos seus associados. “Com a comprovação científica da eficiência do método, podemos orientar outros médicos a usá-lo também”, diz Pitta. Fonte: IstoÉ 

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Prova de vida do INSS volta a valer a partir de junho nas agências

13 de maio de 2021, 21:42

Quem não atender convocação terá benefício bloqueado (Foto: Reprodução)

A partir de junho, os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que deixarem de realizar a prova de vida voltarão a ter o benefício cortado, informou nesta quinta-feira (13) o órgão. A exigência estava suspensa desde março de 2020, por causa da pandemia de covid-19. Inicialmente, a retomada da prova de vida estava prevista para maio, mas foi adiada em um mês pela Portaria 1.299 do Ministério da Economia, publicada nesta quinta no Diário Oficial da União. Em maio, ocorrerá o bloqueio de 160 mil beneficiários que deveriam ter feito a prova de vida em fevereiro de 2020, antes do início da pandemia. Estes devem ir à agência regularizar a situação. De março de 2020 em diante, os prazos serão retomados de forma gradual, para evitar aglomerações nas agências bancárias. Os beneficiários escolhidos para a comprovação digital por reconhecimento facial e que não fizeram o procedimento no aplicativo Meu Gov.br terão o benefício cortado neste mês. Neste caso, o desbloqueio do pagamento poderá ser feito por reconhecimento facial no próprio aplicativo. Segundo o INSS, cerca de 340 mil pessoas selecionadas que fizeram a prova de vida digital nos últimos meses não correm o risco de ter o benefício bloqueado.

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Torcida que for à final da Liga dos Campeões terá de deixar Portugal em 24 horas

13 de maio de 2021, 18:11

Serão seis mil fãs de cada um dos finalistas, Manchester City e Chelsea (Foto: Reprodução)

A Uefa confirmou o estádio do Dragão, na Cidade do Porto, para a decisão da Liga dos Campeões da Europa com a presença de 12 mil torcedores. Serão seis mil fãs de cada um dos finalistas, Manchester City e Chelsea. Mas ninguém poderá "fazer turismo" em Portugal e serão obrigados a retornarem à Inglaterra no mesmo dia, de acordo com a ministra de Gabinete, Mariana Vieira da Silva. Com as restrições impostas em todo o planeta por causa da pandemia da covid-19, os torcedores ingleses terão de respeitar regras e viver em uma bolha em Portugal. Eles terão duas "fan zones" à disposição, além do palco da decisão do próximo dia 29. "As pessoas que vierem à final da Liga dos Campeões terão de regressar no mesmo dia", informou Mariana Vieira da Silva. "Com testes obrigatórios feitos ainda antes de entrarem no avião e estarão sempre em situação de bolha", seguiu a ministra do Gabinete de Portugal. Os torcedores serão conduzidos para as "fan zones" antes de serem direcionados para o estádio do Dragão. Ainda ficarão distribuídos nas arquibancadas com distanciamento social e terão de estar usando máscara de proteção. Também não poderão comemorar a conquista do título de seu clube nas ruas do país, como habitualmente acontece. Assim que o jogo terminar e a premiação ocorrer, já terão a obrigação de deixar o local e regressar para o aeroporto. "É do estádio para o aeroporto, ficando em Portugal menos de 24 horas. Quem vier de avião (para estar na Cidade do Porto durante o jogo, mas que não no estádio) terá de cumprir as regras estabelecidas e medidas de segurança em vigor", concluiu a ministra.

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Enem 2021 só deve ser realizado em janeiro do ano que vem

13 de maio de 2021, 17:59

Segundo o presidente do Inep, Danilo Dupas, o Exame Nacional do Ensino Médio deverá ser aplicado só em janeiro do ano que vem (Foto: Reprodução)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá ser aplicado só em janeiro do ano que vem. A informação foi dada pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Danilo Dupas, em reunião com o Conselho Nacional da Educação (CNE). Depois que a informação foi divulgada, Dupas passou a negar a decisão. Na reunião, o presidente do Inep disse haver problemas no orçamento para a realização da prova. Segundo o Estadão apurou, estava pronta inclusive uma portaria sobre o adiamento do Enem para 2022, que seria publicada nesta sexta-feira, 13. Após a divulgação na imprensa, Dupas passou a enviar como resposta um trecho de áudio da reunião em que ele não deixava claro quando seria a prova. Procurada, a assessoria de imprensa do Inep informou que está ainda planejando o cronograma de aplicação do Enem e não confirmou qualquer data. Na mesma reunião, Dupas afirmou que uma versão apenas com uma amostra de estudantes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) será feita em novembro. O Inep não havia confirmado ainda se realizaria o exame este ano, o que levou a críticas de educadores. A prova é importante para manter a série histórica de avaliações no País e para diagnosticar os déficits por causa do tempo de escolas fechadas na pandemia. É a partir do Saeb que é feito o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O Inep também informou que o edital para pedidos de isenção da taxa de inscrição do Enem já foi publicado e o sistema para solicitações de isenção será aberto no dia 17 de maio. Uma portaria nesta quarta-feira, 11, com as metas do Inep não incluía a aplicação do Enem, o que levantou dúvidas sobre a realização do exame este ano. O Inep, órgão ligado ao MEC, é o responsável pela aplicação da prova. Dupas assumiu a presidência do Inep este ano, logo após a realização da edição de 2020 do teste. A prova relativa a 2020 foi adiada em função da pandemia e foi realizada só em janeiro de 2021, com abstenção recorde de alunos. Estadão

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Lei Áurea: Como foi a abolição da escravatura no Brasil há 133 anos

13 de maio de 2021, 14:23

Em meio a uma multidão de admiradores, princesa Isabel assinou o documento na tarde de 13 de maio de 1888 (Foto: Reprodução)

A trajetória da princesa regente seguia enquanto trajava rendas valencianas com ornamentos confeccionados com sedas peroladas; com tais roupas, se destacava em meio a uma aglomeração estimada em 10 mil transeunte que a esperava no balcão do Paço, no Rio de Janeiro. Com a passagem livre, subiu a sacada após ser recebida com pétalas de rosas, jogadas por admiradoras no local. Com tal calor humano, foi recebida na sala do trono para assinar a marcante lei 3.353, usando uma caneta tinteira composta por uma pena de ouro em sua extremidade. O ato, concretizado por volta das 14h45, sancionou a Lei Áurea, que abolia à escravidão, deixando a multidão fervorosamente feliz, acumulados em meio a berros comemorativos. Festa parecida com a que tomou a ilha de Itaparica, na Bahia: por três dias e três noites, tambores e batuques ecoaram pelas copas das mangueiras. Mas os relatos de uma velha escrava da ilha contam que, acabada a comemoração, o senhor do engenho reuniu todos os escravos e os mandou embora, um a um. Os negros partiram dali sem terra, sem comida, sem dinheiro, sem sapatos, vestidos em roupas velhas de algodão grosso. Naquela dispersão miserável começava a liberdade. De acordo com os termos da Abolição — de 13 de maio de 1888 —, a lei oficializou o princípio jurídico da igualdade. "Muitos foram os que saíram dos engenhos e fazendas para buscar a liberdade na pesca e na mariscagem, outros para seguir Antônio Conselheiro.Houve os que se embrenharam nas matas para constituírem os novos quilombos. Para todos esses rurais, o preço da liberdade era a miséria. Para a grande maioria, no entanto, a impossibilidade de acesso à terra tolhia os sonhos de liberdade", escreveu o historiador Ubiratan Castro de Araujo, no artigo Reparação Moral, Responsabilidade Pública e Direito à Igualdade do Cidadão Negro no Brasil. O regime escravocrata já estava enfraquecido desde o início do século 19, e a lei significou, na prática, o fim do sistema mercantil que vigorou no país desde a chegada do primeiro navio negreiro, em 1531. Dos cerca de 10 milhões de negros capturados em diversas regiões da África para serem vendidos como escravos destinados às Américas, aproximadamente 4 milhões desembarcaram na costa brasileira. Nagôs, jejes, angolas e benguelas foram algumas das principais etnias obrigadas a viver por aqui. Representam muito do que somos hoje: uma nação que conviveu com três séculos e meio de escravidão e apenas 132 anos de trabalho livre. Também é impossível entender o processo de abolição da escravatura sem o retrato do mundo rural no interior do país. Ao contrário do que muitos defendem, a abolição não é fruto de uma simples pressão inglesa ao país, que não pode resistir às vontades do império europeu. O século 19 brasileiro, a partir prinicipalmente da década de 1870, foi repleto de motins, revoltas escravas e grandes levantes nas fazendas monocultoras. Inclusive, revoltas que chegaram ao ponto de matarem os senhores, mas esses movimentos foram apagados da História nacional. A abolição foi um projeto conservador que visou, principalmente, conter a possibilidade de uma grande revolta escrava generalizada (como foi no Haiti) e a tentativa de reforma agrária que poderia exigir terra aos negros que atingiam a liberdade. Vende-se humanos A escravidão não é invenção dos portugueses, já existia na África e no Mediterrâneo. Mas o tráfico mercantil, liderado por Portugal e depois pelo Brasil, espalhou a prática em escala sem precedentes no oceano Atlântico."Perversidade intrínseca: escravos eram adquiridos pelos traficantes em troca de mercadorias produzidas pela força de trabalho escrava", escreveu o historiador Jaime Pinsky em A Escravidão no Brasil.  Eram embarcados entre 200 e 600 negros na África, a cada viagem. Vinham amarrados por correntes e separados por sexo. Sofriam, além do desconforto físico, falta de água e doenças. No século 19, dos que vinham da Angola, 10% morriam na travessia, que demorava de 35 a 50 dias. Assim que chegavam ao Brasil, eram postos em quarentena, a fim de evitar mais perdas por doenças. E, para causarem boa impressão, eram submetidos à engorda e besuntados em óleo de palma, que escondia feridas e dava vigor à pele. Faziam exercícios para combater a atrofia muscular e a artrose. Depois, seguiam para os mercados de negros da cidade, como o Valongo, na Gamboa, região central do Rio de Janeiro. De cabelos raspados, velhos, jovens, mulheres e crianças eram avaliados pela clientela, que apalpava dentes, membros e troncos. Um viajante alemão, em viagem à Bahia no século 19, descreveu: "Assim, pelados, sentados no chão, observando, curiosos, os transeuntes, pouco se diferenciam, aparentemente, dos macacos". A existência do mercado chegou a se tornar problema de saúde pública, porque os mercadores atiravam cadáveres de africanos em um terreno próximo. Um juiz do distrito, em 1815, ordenou aterrar a área e proibiu a prática: "Mande notificar a todos os negociantes que recolherem pretos no Valongo para que nunca mais se atrevam a lançar para ali cadáveres". Hoje, não resta quase nada desses mercados. "A urbanização, apoiada pela consciência culposa, destruiu esses vestígios", afirma a historiadora Katia de Queirós Mattoso no livro Ser Escravo no Brasil. O mesmo ofício que proibiu covas rasas no pântano do Valongo impôs, como penalidade, multa de 30 mil-réis aos armazéns responsáveis, identificados pelas marcas feitas a ferro quente na pele dos escravos. Segundo documentos do Arquivo Nacional, os negros ganhavam, ainda na África, as iniciais do traficante; e, ao chegarem aqui, as letras de seus proprietários. A cada vez que fossem vendidos, seriam novamente marcados. Dom Manuel, rei de Portugal, foi um dos primeiros a adotar essa prática dolorosa, no início do século 16, com os escravos da coroa. Também era comum gravar uma cruz no peito dos que eram batizados. E, em 1741, o governador da capitania do Rio, Gomes Freire de Andrade, determinou que os negros fugitivos, uma vez pegos, fossem marcados com um F e obrigados a usar um cordão de estacas. De modo que, se escapassem uma segunda vez, teriam como castigo adicional uma orelha cortada. As marcas e mutilações só seriam extintas com o Código Criminal do Império, em 1842. Imensa minoria Esse povo marcado ia tocando a vida em frente e se misturando à cultura brasileira. "A alforria e a miscigenação geraram uma população mestiça livre que gradualmente se tornou, já na época colonial, quase tão numerosa quanto a escrava, tendo limitações, entretanto, no exercício do sacerdócio, na tropa de primeira linha ou no preenchimento de cargos públicos", escrevem os pesquisadores Ida Lewkowicz, Horacio Gutiérrez e Manolo Florentino no livro Trabalho Compulsório e Trabalho Livre na História do Brasil. Segundo eles, em 1872, pardos e mulatos livres já eram maioria, ou 42% da população: 4.2 milhões, em comparação ao 1.5 milhão de escravos. Ou seja, os negros estavam em vastas áreas rurais e ocupavam as ruas das principais cidades da colônia. No cenário posterior à Abolição, surgiram tentativas de estabelecer novas relações de trabalho para esse grande contingente. "O fim da escravidão era uma possibilidade de recomeço", escreveu Ubiratan Castro de Araujo. Ele cita o caso raro do advogado Leovigildo Filgueiras, que chegou a criar uma entidade para intermediar contratos entre ex-escravos e novos patrões, a Sociedade Treze de Maio. Mas em vão: "Nem mesmo essa tentativa de precoce terciarização [criação de um setor terciário, de serviços] funcionou. Continuaram os favores, as obrigações e as clientelas". Outra experiência foi a Guarda Negra — segundo o historiador, um movimento político de apoio à princesa Isabel e ao Terceiro Reinado, que pretendia arregimentar simpatia popular e abrir frentes de trabalho onde antes só havia brancos. "Assistimos então pelos jornais baianos ao debate entre negros da Guarda e negros republicanos, que identificavam a monarquia com a escravidão. Uma vez vitoriosa a República em 1889, a Guarda Negra foi suprimida e os seus líderes mais ativos banidos para a Amazônia, como foi o caso do baiano Manuel Benício dos Santos, conhecido como Macaco Beleza." A sociedade branca não queria perder seus privilégios. E tratou de reforçar todos os comportamentos que distanciassem os negros na hierarquia social e na divisão do trabalho. Salvador, a terceira cidade com o maior número de negros no Brasil no século 19 (a primeira era o Rio), exemplificou a recusa: "Após 1888, a sociedade baiana torna-se um corpo assentado, fechado. Suas camadas superiores assumem uma consciência, aguda como nunca antes, de tudo do que pode separar o homem branco do preto ou do mestiço. A cor da pele, antes 'esquecida', torna-se, entre ricos e pobres, uma fronteira nítida. O branco da terra que não teve sucesso econômico passa a ser um negro. (...) Nas relações humanas fortalecem-se todas as regras da humildade, da obediência e da fidelidade dos séculos de escravidão", afirma Kátia Mattoso. No caso dos negros dispensados em Itaparica, por exemplo, a pesquisadora diz que "muitos atravessam a baía, refugiam-se na grande cidade, acrescentam-se a uma população marginal que tem todas as dificuldades do mundo para arranjar trabalho". Nos meados do século 16, a introdução da cana-de-açúcar encadeia a escravidão africana na América portuguesa. Trocas comerciais com o golfo de Guiné e Angola consolidam a importação de africanos. Persistindo ainda em São Paulo e na Amazônia, a escravidão indígena torna-se secundária na segunda metade do século 17. O crescimento constante do tráfico negreiro dá origem às fugas de escravos, ampliando a repressão contra os quilombos em Palmares e noutras regiões. Segundo uma lei régia de 1741, todo grupo com mais de cinco escravos fugidos, ou suspeitos de fuga, era considerado um quilombo, arriscando-se, desde logo a ser massacrado ou reduzido à escravidão por capitães de mato. Nas cidades, diversificam-se os empregos para escravos — artesãos, vendedores ambulantes — usados por seus senhores ou transformados em "escravos de ganho" e alugados a terceiros. Mediante cláusulas testamentárias de proprietários ou concessões para que os escravos pudessem comprar sua própria liberdade, as alforrias se multiplicam. Submetida à vontade dos senhores, a promessa de alforria também funcionava como um fator de controle e de exploração dos escravos. Depois da Independência, o Brasil apresenta-se como o único país independente das Américas que pratica o tráfico de africanos. Proibido em 1831, o tráfico prossegue ilegalmente até 1850. De 1550 a 1850 desembarcaram cerca de 4 milhões de escravos, transformando o Brasil no maior país negreiro das Américas. Tais circunstâncias explicam as três características do escravismo brasileiro: a) a presença de donos de escravos em todas as camadas da população livre, tanto entre os fazendeiros como entre as famílias remediadas; b) a extensão do escravismo nas cidades; c) a prática difundida de alforrias. Com 266 mil habitantes em 1849, dos quais 110 mil eram escravos (41,3%), o Rio de Janeiro possuía a maior concentração urbana de escravos das Américas. Em 1871 é votada a Lei do Ventre Livre , decretando a liberdade dos filhos das escravas nascidos. Todavia, o efeito da lei é diminuído pelo dispositivo assegurando aos senhores o usufruto desses indivíduos até a idade de 21 anos. O primeiro recenseamento nacional, de 1872, mostrou que o país tinha 9.915.000 habitantes, entre os quais 1.509.000 escravos (15,2% da população). Em 1885, a Lei dos Sexagenários decretava a liberdade dos escravos com mais de 60 anos, idade que poucos atingiam na época. Entretanto, tomava corpo um movimento abolicionista, presente no Parlamento, no corpo de magistrados e de advogados, assim como nos setores radicais urbanos, pregando o fim da escravidão. Ao mesmo tempo, aumentava a resistência dos escravos trazidos das zonas rurais estagnadas do Nordeste para as fazendas de café do Centro-Sul, onde a cadência do trabalho era mais dura. A convergência entre o movimento abolicionista nas cidades e as revoltas de escravos no interior do estado de São Paulo acelera a crise do sistema. No dia 13 maio de 1888, o Parlamento vota a Abolição imediata, sem indenização para os proprietários de escravos. Assim, o Brasil será o último país americano a extinguir a escravidão. Ao mesmo tempo em que perdia o apoio de muitos fazendeiros opostos à Abolição, a monarquia não conseguia limitar o avanço dos republicanos no setor urbano: um ano mais tarde ocorre a proclamação da República. Na realidade, a maioria dos republicanos havia pactuado com os fazendeiros, isolando a fração dos abolicionistas, composta tanto por monarquistas quanto por republicanos, que defendia uma reforma agrária, visando acabar com "a escravidão e com os males que a escravidão criou", como escreveu o líder abolicionista e monarquista Joaquim Nabuco. Cidade negra O Brasil foi o país de maior e mais longa escravidão urbana. Nas cidades, o escravo tinha mais independência do que no campo. "Ele circulava nas ruas, estabelecia vínculos com os homens livres humildes", escreveu Kátia. Havia mais chances de encontrar membros da mesma etnia, em festas e confrarias religiosas realizadas em praça pública, e a presença do senhor era menos opressiva. Os escravos, mestiços, forros, libertos circulavam fornecendo serviços, e podiam ser alugados. Os acordos com os senhores também eram flexíveis: havia escravos que recebiam somente comida e roupa, outros, "escravos de ganho", repassavam ao senhor uma porcentagem dos pagamentos feitos pelos seus clientes. Eles vendiam doces, refrescos, frutas, aves e ovos, roupas, chaleiras, velas, estatuetas de santos, poções de amor. Ou atuavam nos demais ofícios, como barbeiros, ferreiros, quitandeiros, parteiras, doceiras, mascates, lixeiros, carregadores. Transportavam tudo nos ombros e nos braços, até pessoas — brancos brasileiros e estrangeiros acomodados em cadeirinhas almofadadas. O dinheiro acumulado na prestação desses serviços podia um dia comprar a carta de alforria. Sabendo disso, os senhores renovavam as exigências na negociação. Uma escrava costureira, libertada em 1728, aceitou continuar servindo de graça a sua senhora. E o mulato Isidoro Baptista teve a liberdade prometida para "uma hora antes da morte" de seu senhor. Na década de 1880, sentindo o fim da escravidão, muitos senhores emitiram dezenas de alforrias de uma só vez, sob a condição de que os escravos trabalhassem mais sete anos.  Nas cidades era possível, se difícil, comprar a alforria. Nas fazendas de café ou nos canaviais era muito mais raro. Os engenhos de açúcar impunham uma rotina brutal. Durante a safra, eles funcionavam por até 20 horas por dia, com 80 a 100 pessoas na lida, a maioria homens africanos. Entre plantar, limpar, colher e transportar, as funções eram distribuídas de modo que cada escravo cumprisse uma parte, mas só o engenho fizesse açúcar. Isso mesmo, no Brasil Colônia já havia uma espécie de "fordismo" tropical. Surgem cargos como mestre-de-açúcar e caldeireiro, que podiam ganhar recompensas e até salários. Escravos mulatos ou nascidos no Brasil, conhecidos como crioulos, eram favorecidos na disputa desses postos, em relação aos africanos, vindos, principalmente, da Costa da Mina, noroeste do continente, e região de Angola. "A mão de obra escrava foi a força motriz dos principais ciclos econômicos do país", afirma Gustavo Acioli, doutor em História Econômica pela USP. Em 1700, um negro adulto (de 14 a 45 anos) custava cerca de 100 mil-réis. Mas o valor variou conforme a demanda nos vários setores, em especial açúcar, algodão e café. Segundo afirma Stuart Schwartz, historiador da Universidade de Yale, no livro Escravos, Poceiros e Rebeldes, "o que os agricultores ofereciam como incentivos, para alcançar seus objetivos, podia ser interpretado pelos escravos como uma oportunidade que talvez lhes melhorasse a vida". Os escravos do açúcar tinham possibilidades mínimas de conquistar algum benefício, mas se agarravam a essas chances, submetidos à péssima condição que limitava sua expectativa de vida, no fim do século 18, a 23 anos, em média. As punições incluíam o chicote, as máscaras de flandres, o tronco, entre outras, mas eram raras, porque afetavam o rendimento do escravo e, de quebra, o do engenho. Queima de arquivo A situação dos escravos não era a mesma em todo o país. No século 18, os homens trazidos para procurar fortunas de ouro e diamantes no leito dos rios de Minas Gerais levavam uma vida bem diferente daquela dos engenhos de cana. Uma mina empregava no máximo 30 escravos. Curvado, com os pés na água, o negro procurava as sonhadas pedras por horas a fio, parando somente para comer e fumar. Mas, se vivia mais isolado, o mineiro tinha mais mobilidade. "A mineração, mais que outros setores econômicos, propiciou aos escravos maior acesso à alforria e alguma mobilidade social graças à possibilidade de reunir um pecúlio", escrevem os autores de Trabalho Compulsório e Trabalho Livre na História do Brasil. Uma única pepita podia comprar a liberdade. Isso estimulou outra característica peculiar da escravidão brasileira — a existência dos senhores negros, libertos que conseguiam acumular patrimônio e ter seus próprios escravos. Embora fosse a minoria da minoria (no Rio ou em Salvador, as alforrias não passavam de 2% da população), isso acontecia, especialmente nos centros urbanos e nas minas. Em 1888, o Brasil se tornou o último país do Ocidente a abolir a escravidão (na Mauritânia, a escravidão só se tornou um crime em... 2003). E os ex-escravos tiveram de se virar para serem absorvidos pela sociedade e sobreviverem. Dependendo da área em que atuavam — nas minas, na lavoura, nos ofícios urbanos —, foram integrados de forma diferente ao mercado. Alguns trabalhadores da cidade tiveram a grande vantagem de dominar um ofício e, em alguns casos, contar com uma clientela. No campo ou na capital surgiram os contratos que repetiam o clientelismo, o compadrio, quando não a própria violência física. "O caso exemplar é das escravas domésticas, que mantiveram suas relações com as patroas", afirma a historiadora Ynaê Santos, pesquisadora da escravidão urbana. Finalmente, muito dessa história se perdeu. Então ministro da Fazenda, Rui Barbosa mandou queimar, em 14 de dezembro de 1890, os registros de posse e movimentação patrimonial envolvendo todos os escravos, o que foi feito ao longo de sua gestão e de seu sucessor. A razão alegada para o gesto teria sido apagar "a mancha" da escravidão do passado nacional. Mas especialistas afirmam que Rui Barbosa quis, com a medida, inviabilizar o cálculo de eventuais indenizações que vinham sendo pleiteadas pelos antigos proprietários de escravos. Apenas 11 dias depois da Abolição, um projeto de lei foi encaminhado à Câmara, propondo ressarcir senhores dos prejuízos gerados com a medida. Mas, mesmo sem os papéis, a escravidão deixou marcas duradouras e traços para sempre visíveis na História do país. Fonte: Aventuras na História

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Jacobina: Autoridades ainda não se pronunciaram publicamente sobre os frequentes tremores de terra

12 de maio de 2021, 18:50

Moradores de Jacobina estão assustados e com medo dos frequentes tremores (Foto: Notícia Limpa)

De acordo com o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis), a terra está tremendo desde o mês de fevereiro deste ano em Jacobina. Até o dia 10 de maio já foram registrados dez tremores de magnitudes que vão de 2.OmR até quase 3.0mR (houve dois tremores em janeiro e fevereiro, três em março, um em abril e dois em maio). As notícias, que chegam primeiro por meio da imprensa da capital baiana, têm deixado moradores apreensivos e temerosos, principalmente os que habitam próximos dos chamados ‘epicentros’, nas regiões das comunidades de Canavieiras e Itapicuru, onde os abalos são sentidos com mais intensidades. O NOTÍCIA LIMPA conversou na manhã desta quarta-feira (12) com o geofísico Eduardo Menezes, do LabSis. Segundo Eduardo, as causas dos abalos sísmicos ocorridos em Jacobina ainda são desconhecidas e somente um levantamento mais apurado poderá indicar o que está provocando tais fenômenos. O geofísico esclarece que para isso se faz necessária a instalação de estações sismográficas no município para se fazer o monitoramento local e a partir daí realizar estudos e mapeamentos mais detalhados para identificar inclusive a origem dos eventos, já que a estação que mede os abalos sísmicos está instalada na cidade de Ponto Novo, a mais de 70 km distante de Jacobina. O geofísico tranquiliza a população sobre a gravidade dos tremores para a população local. De acordo com ele, a probabilidade de danos físicos e materiais é muito pequena, apesar de, dependendo da frequência dos acontecimentos e da aproximação da zona urbana, rachaduras poderem ocorrer em paredes e muros de construções civis. BARRAGENS DE REJEITOS DA JMC Por vários dias o NOTÍCIA LIMPA tentou, sem êxito, marcar uma entrevista presencial com a diretoria da mineração Yamana Gold/JMC para tratar sobre os abalos sísmicos sentidos por moradores próximos da mineradora e os potenciais perigos para as barragens de rejeitos da empresa. A JMC se limitou apenas em dizer, através de mensagem, que “Contratou uma equipe de sismologia que está realizando os estudos e análises nas áreas de riscos sísmicos". Informou que assim que tiverem os resultados dos estudos irão divulgar para a imprensa. "Nosso porta-voz está sem agenda no momento, mas estamos à disposição para atender os outros questionamentos por email, por meio de equipe técnica responsável”, justificou. Barragem B1 - A Barragem B1 operou até o ano de 2010. Atualmente, a B1 está em obra de fechamento para atendimento ao PRAD (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas) e consequentemente a descaracterização da barragem junto ao Órgão Ambiental. Barragem B2 - A Barragem B2 começou a ser implementada em 2008 e iniciou sua operação em 2010. Atualmente, encontra-se em obra da 1ª etapa da 5ª Fase de alteamento. A crista atual está na cota 605m e altura máxima de 92m. (Informações da JMC) DEFESA CIVIL DE JACOBINA A reportagem falou por telefone com a coordenadora da Defesa Civil de Jacobina, Natália Alves. Ela informou que algumas reuniões já aconteceram para tratar sobre o assunto, mas não detalhou. Quanto às ações efetivas com relação aos tremores, disse que ainda não ocorreram, pois a ‘Defesa Civil atua quando existe solicitação para atendimento ou demandas graves’, o que, segundo ela, ainda não aconteceu. A Prefeitura de Jacobina ainda não se manifestou publicamente com relação ao assunto. A Universidade de Brasília constatou cerca de dez abalos sísmicos na região de Mariana (MG) antes e durante o rompimento da barragem que matou 19 pessoas Possíveis tremores teriam sido a causa do desastre ocorrido no dia 5 de novembro de 2015 na barragem de Fundão, no município de Mariana, em Minas Gerais, em que  morreram 19 pessoas, no maior desastre ambiental do país. Na época, a Universidade de Brasília (UnB) chegou a confirmar que houve tremores antes do rompimento da barragem. Apesar de não confirmar que os tremores provocaram o rompimento da barragem, o professor George Sand França, do Observatório Sismológico da UnB, explicou à época que isso poderia ser possível. “As escavações e detonações podem desencadear tremores", disse. Registre-se que os abalos registrados em Mariana na época do desastre foram das mesmas intensidades dos que vêm ocorrendo em Jacobina.

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