Primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil é confirmado na cidade de SP

08 de junho de 2022, 15:44

Paciente, um homem de 41 anos que viajou à Espanha, está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital (Foto: Reprodução)

O primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil foi confirmado nesta quarta-feira (8) na cidade de São Paulo. O paciente, um homem de 41 anos que viajou à Espanha, está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital. Além deste caso, a Prefeitura de São Paulo também monitora o estado de saúde de uma mulher de 26 anos hospitalizada com suspeita de ter contraído varíola dos macacos. Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a paciente passa bem. Familiares e pessoas que residem próximo à mulher também são acompanhados pela gestão municipal. Sobre o caso suspeito, a gestão municipal afirmou em nota publicada na terça (7) que "no momento, o Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) estadual e a prefeitura de São Paulo investigam um paciente para descartar qualquer hipótese da doença". Já em nota divulgada nesta segunda (6), o Ministério da Saúde informou que sete casos estão em investigação. Segundo a pasta, os estados de Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo têm um caso suspeito cada um, e há ainda dois casos em monitoramento em Rondônia. Segundo a pasta, os pacientes "seguem isolados e em recuperação, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde. A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial". Mundo Até o fim de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia registrado mais de 300 casos confirmados ou suspeitos da varíola do macaco em 23 países onde o vírus não é endêmico. Não houve mortes relatadas. A OMS disse que a varíola do macaco traz um "risco moderado" para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica. “O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, disse a OMS. A organização diz que não há recomendação de uso de vacina da varíola para casos de varíola do macaco. Sintomas e transmissão Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. "Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração", explica Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo. "O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés", completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos. G1

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Vacina contra covid evitou até 600 mortes por dia entre fevereiro e outubro de 2021, diz estudo

08 de junho de 2022, 13:36

Estudo realizado pela consultoria GO Associados aponta a imunização em massa como mais eficiente medida de controle do coronavírus (Foto: Reprodução)

Somente nos primeiros quatro meses da vacinação contra a covid-19 no Brasil, entre fevereiro e junho de 2021, foram evitadas 500 mortes por dia. O número aumentou para 600 ao longo dos quatro meses seguintes, mesmo com a imunização escalonada por idade. As conclusões estão em levantamento apresentado nesta quarta-feira, 8, em estudo sobre o impacto socioeconômico das vacinas durante a pandemia de covid-19, apresentado pelo economista Gesner Oliveira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). trabalho foi feito por encomenda da Pfizer Brasil e revela que a vacinação foi o melhor investimento durante a pandemia. “A vacina concilia objetivos sanitários e econômicos de curto prazo, mas também de longo prazo, como os impactos vistos no sistema de saúde e no sistema educacional”, afirmou o economista. A pediatra Isabella Balallai, da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), que também participou do evento da Pfizer no Rio, lembrou que embora a cobertura vacinal contra a covid-19 esteja em 80% – um percentual considerado alto –, ela está abaixo do esperado no caso da prevenção do sarampo e da pólio, por exemplo. “Outras vacinas devem também ser nossa prioridade ou teremos um retrocesso inimaginável”, disse a médica. Impacto no PIB Segundo o estudo, além de evitar as mortes, os R$ 22 bilhões investidos pelo País em vacinas contra a covid-19 em 2021 geraram um impacto positivo de R$ 200 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja, para cada real investido em vacina gerou-se um impacto positivo de R$ 9. “A vacina é uma das melhores ferramentas de política econômica”, afirma Gesner Oliveira. “Das várias medidas para combater a pandemia, a maioria delas afetava diretamente a economia, como os lockdowns. Eram objetivos que nem sempre conseguíamos conciliar no curto prazo: economia e saúde. O lockdown reduzia a disseminação do vírus, mas provocava uma piora no desemprego. Mas se não houvesse lockdown, a pandemia se agravaria ainda mais. Esse não é o caso da vacina. A vacina combate a pandemia, estimulando a economia, ao restabelecer a circulação das pessoas.” Segundo Oliveira, a cobertura vacinal é fundamental para o bom funcionamento da economia. “Eu lido muito com saneamento básico, que tem um elevadíssimo retorno social. Mas pelos cálculos da ONU, cada real investido em saneamento gera uma economia de R$ 4 a R$ 5 no PIB. No caso das vacinas, estamos falando de um impacto nove vezes maior.” Para o economista, um instrumento que reduza em 500 ou 600 o número de mortes por dia e ainda estimula a economia deve estar “no topo da prioridade das políticas públicas”. Estadão

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Brasil: 33,1 milhões de pessoas estão passando fome

08 de junho de 2022, 09:34

Em muitos lares brasileiros, há dias em que as panelas e os pratos estão vazios (Foto: Reprodução)

Pesquisa mostra que 58,7% da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau – leve, moderado ou grave (fome) Cerca de 33,1 milhões de brasileiros passam fome atualmente. Em pouco mais de um ano, houve um incremento de 14 milhões de pessoas na condição de não ter o que comer todos os dias. É o que aponta o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, lançado nesta quarta-feira. A pesquisa também revela que mais da metade (58,7%) dos brasileiros convive hoje com algum grau de insegurança alimentar. A situação leva o país para o mesmo patamar da década de 1990, um retrocesso de 30 anos. É o que aponta o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, lançado nesta quarta-feira. A pesquisa também revela que mais da metade (58,7%) dos brasileiros convive hoje com algum grau de insegurança alimentar. A situação leva o país para o mesmo patamar da década de 1990, um retrocesso de 30 anos. O estudo sobre insegurança alimentar foi realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), com execução em campo do Instituto Vox Populi. O projeto conta com o apoio das organizações não-governamentais Ação da Cidadania, ActionAid Brasil, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga, Oxfam Brasil e Sesc. As estatísticas datam de novembro de 2021 a abril de 2022, período em que o Auxílio Brasil, benefício que substituiu o Bolsa Família, começou a ser pago. Foram feitas entrevistas em 12.745 lares brasileiros, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e no Distrito Federal. O nível de insegurança alimentar foi medido pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), metodologia também utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa da Rede Penssan revela ainda uma dura realidade por quem convive com a fome no país: 15,9 milhões de pessoas, ou 8,2% das famílias entrevistadas, relataram sensação de vergonha, tristeza ou constrangimento pelo uso de meios que ferem a dignidade para conseguir colocar comida na mesa. A fome é maior onde o chefe de família está desempregado (36,1%), tem emprego informal (21,1%) ou trabalha na agricultura familiar (22,4%). Nos lares onde o chefe da família trabalha com carteira assinada, a segurança alimentar chega a mais da metade (53,8%) dos domicílios. Entre os entrevistados que relataram endividamento, quase metade (49,1%) convive com algum grau de restrição de alimentos ou fome. Quando considerados aqueles que precisam vender bens ou equipamentos de trabalho para comer, 48,7% passavam pela insegurança alimentar moderada ou grave. 'Patamar assombroso' Para Renato Maluf, coordenador da Rede Penssan, o país atingiu um "patamar assombroso" quando se trata de fome. Ele lembra que são 14 milhões de novos famintos em pouco mais de um ano, o equivalente à cidade de São Paulo, que hoje conta com cerca de 13 milhões de habitantes. Maluf, que também é professor do Departamento de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (DDAS) da UFFRJ, considera que a pandemia e a alta nos preços dos alimentos agravaram a situação de insegurança alimentar e fome no país, mas observa que esse cenário é o desdobramento de uma deterioração mais longa. "Temos uma crise econômica e política que começou entre 2015 e 2016, além do desemprego crescente, precarização do trabalho, queda do salário mínimo e desmonte de programas. Houve ainda uma radicalização no governo atual com relação ao desmonte, que incluiu o fechamento do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, instituído em 1993) no primeiro dia do governo Bolsonaro." Seis em cada dez famílias em insegurança alimentar Além do patamar recorde de brasileiros em situação de fome, a pesquisa revela uma piora no nível de insegurança alimentar. Seis em cada dez domicílios no país não conseguem manter acesso pleno à alimentação. Há 125,2 milhões de brasileiros sob algum grau de insegurança alimentar. O número representa um aumento de 7,2% desde a edição de 2020, e de 60% em comparação com 2018. De acordo com o IBGE, o conceito de insegurança alimentar abarca uma escala que vai desde aqueles indivíduos que têm risco de passar fome em um futuro próximo, passando pelos que restringem a quantidade de comida para a família até os que não têm alimento na mesa. É uma situação como a de Sara da Silva Pestana, de 35 anos. Morando com os quatro filhos em uma casa de ocupação no Rio Comprido, zona norte do Rio, ela tem dificuldades para manter a despensa cheia. Trabalhando há quatro anos como autônoma, fazendo alongamento de unha de 'acrigel' e cílios postiços, Sara sentiu o impacto na renda com a perda da clientela na pandemia e o encarecimento dos produtos. Depender de doações de cestas básicas e do auxílio do governo tem sido frequente para colocar comida no prato, e mesmo assim, não é garantia de uma alimentação farta, ela conta: "Tem dia que falta comida, sim. A gente não passa fome, mas tem dificuldade de alimentação. Hoje, por exemplo, não tinha pão para comer, tive que fazer bolinho de farinha de trigo e dar para as crianças no café da manhã. Faltam açúcar, leite, biscoito… Na semana passada eu tive que deixar de comer para dar alimentos para as crianças. Ser mãe é isso. Muitas vezes eu deixo de comer para dar para eles. Vamos um vivendo um dia de cada vez. Pedindo para Deus prover." Negros, menos escolarizados e mulheres são mais vulneráveis Casos como o de Sara - que se declara parda, é mãe solo e estudou até o 1º ano do ensino médio - não são isolados. Segundo a pesquisa, a fome é historicamente maior nos lares chefiados por mulheres e com crianças menores de 10 anos, além de penalizar mais pretos e pardos e menos escolarizados. Nas casas em que a mulher é a pessoa de referência, a fome já fazia parte de 11,2% desses domicílios em 2020. Em 2022, passou para 19,3%, quase o dobro. Nos lares que têm homens como responsáveis, a fome passou de 7,0% para 11,9% no mesmo período. Em pouco mais de um ano, a fome dobrou nas famílias com crianças menores de 10 anos: de 9,4% em 2020 para 18,1% em 2022. Na presença de três ou mais pessoas com até 18 anos no grupo familiar, a fome atingiu 25,7% dos domicílios. Nos lares com apenas moradores adultos, por outro lado, a segurança alimentar chegou a 47,4%, número maior do que a média nacional. "Crianças se encontram sob risco grande quando vivem essa situação de fome pelo comprometimento que isso gera no seu crescimento e nas suas capacidades física e cognitiva. É preciso prestar atenção se o atraso ou falta de medidas para enfrentar o problema já não está trazendo algum comprometimento de uma geração para o futuro, que já lidou com maiores fragilidades na pandemia, e agora vive essa tragédia", diz Francisco Menezes, analista de políticas da ActionAid e ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar. Também sofrem mais com a fome os lares em que os responsáveis possuem baixa escolaridade, com quatro anos ou menos de estudo. Em 2022, 22,3% dos domicílios com essa característica enfrentam a fome. Em 2020, esse percentual era de 14,9%. Na outra ponta, os chefes de família que tem escolaridade mais alta lidam menos com esse problema. O maior percentual de segurança alimentar é em domicílios cujos responsáveis têm mais de oito anos de estudo: 50,6%. A fome também tem cor e se tornou ainda mais grave pelo recorte de raça nos últimos anos, segundo a pesquisa. Enquanto a segurança alimentar está presente em 53,2% dos lares onde a pessoa de referência se autodeclara branca, esse indicador cai para 35% quando os responsáveis são pretos ou pardos. Isso significa que 65% dos domicílios chefiados por negros passam por alguma dificuldade de pleno acesso aos alimentos. Na comparação com a edição de 2020 da pesquisa, a fome saltou de 10,4% para 18,1% em 2022 entre os lares comandados por pretos e pardos. Quando consideradas as grandes regiões do Brasil, os números mostram que a fome é maior no Norte e Nordeste. Respectivamente, 71,6% e 68% dos lares nestas regiões lidam com algum grau de insegurança alimentar – índices maiores do que a média nacional, de 58,7%. No Norte, a fome fez parte da rotina de um quarto das famílias (25,7%). No Nordeste, esse percentual foi de 21%, enquanto a média nacional é de 15% e, no Sul, 10%. O campo também sofre mais para colocar comida no prato. A insegurança alimentar fez parte de seis em cada dez lares nas áreas rurais. Destes, 18,6% das famílias convivem com a fome. Nem mesmo os lares de agricultores familiares e pequenos produtores de alimentos escapam dessa realidade: a fome atingiu 21,8% desses domicílios. Salário mínimo é insuficiente para garantir segurança alimentar O estudo mostra ainda que a obtenção de um salário mínimo por pessoa não é mais sinônimo de acesso à alimentação de forma adequada. Em 2020, brasileiros que moravam em lares com renda maior que um salário mínimo por pessoa não conviviam com a fome. Agora, 3% dos lares nesta condição tem seus moradores em situação de fome, 6% convivem com algum grau de restrição de alimentos (insegurança alimentar moderada) e 24% não conseguem manter a qualidade adequada de sua alimentação (insegurança alimentar leve). "O salário está perdendo a corrida da inflação. Nos lares com renda per capita abaixo de meio salário mínimo, ou então um quarto de salário mínimo, as carências são ainda maiores. A precariedade já é grande e a capacidade aquisitiva fica muito baixa, inclusive considerando que as pessoas são obrigadas a garantir moradia e outras despesas básicas", destaca Francisco Menezes, analista de políticas da ActionAid. De acordo com a pesquisa da Rede Penssan, cerca de metade das famílias que relataram ter deixado de comprar arroz, feijão, frutas e vegetais nos últimos 3 meses anteriores à pesquisa estão em situação de insegurança alimentar moderada ou passam fome. Entre as famílias que deixaram de comprar carnes nesse mesmo período, 70,4% estão famintas. Entre os que precisaram parar de estudar para contribuir com a renda familiar, são 55,2% nesses recortes mais graves de insegurança alimentar. Conjunto de ações Especialistas lembram que o Bolsa Família já lidava com a falta de correção em termos nominais, e agora o novo programa Auxílio Brasil permanece com valor insuficiente para apoiar as famílias vulneráveis quando se observam os preços. Menezes chama atenção ainda para a fila de espera do programa, e considera equivocada a aposta do governo de incluir beneficiários por meio de aplicativo. "Essa medida não resolve quando você têm situações de extrema pobreza que estão nos rincões mais afastados, em que se quer a população tem acesso à internet. Isso não pode se chamar de modernização do sistema." Maluf pondera que é preciso um conjunto de ações integradas, já que não há um único instrumento capaz de equacionar a fome e a insegurança alimentar: "O Brasil hoje carece de estoques de alimentos para regular preços e abandonou a política de agricultura familiar. Se quisermos enfrentar a promoção da segurança alimentar nas suas várias dimensões, precisaremos atuar no acesso aos alimentos e no enfrentamento à crise econômica, com ampliação do emprego e valorização dos salários. Também é preciso atuar sobre as desigualdades de gênero e raça, já que a sociedade brasileira é uma das mais desiguais no mundo." Último Segundo

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Qual é o melhor tipo de sal para a saúde?

08 de junho de 2022, 09:12

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a ingestão diária de sal não deve ultrapassar as cinco gramas (Foto: Reprodução)

Todo o sal é constituído por cloreto de sódio. No entanto, a quantidade de sódio, a presença de outros minerais, a textura, aparência e sabor, permitem identificar diferentes tipos de sal. Atualmente, o sal é considerado um dos grandes inimigos da saúde, mas a realidade é que se trata de um mineral  fundamental para a transmissão de impulsos nervosos que permitem o bom funcionamento de todo o sistema neuromuscular, incluindo o cardiovascular.  De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a ingestão diária de sal não deve ultrapassar as cinco gramas, no caso de um adulto, quantidade esta que é equivalente a uma colher de chá. Uma redução drástica do consumo de sal não é recomendada, visto que promove o aumento da resistência à insulina e dos triglicerídeos.  Existem vários tipos de sal à escolha -  sal de mesa refinado, sal grosso, sal marinho, flor de sal e o sal do Himalaia. Qual é o mais saudável? O sal do Himalaia é considerado um sal mais puro, livre de toxinas e poluentes, sendo um dos tipos de sal mais antigos de que há registro. É, por isso, o mais indicado para incluir numa alimentação equilibrada. O sal do Himalaia tem, na sua composição, ferro, sódio, cálcio, potássio, enxofre, fósforo, magnésio e iodo. Dada a sua riqueza, este tipo de sal é utilizado, tanto na culinária, como para fins terapêuticos.

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Eleições: Entenda regras que podem levar a punição por fake news

08 de junho de 2022, 08:29

Além de cassação de Francischini, tese fixada em julgamento da chapa Bolsonaro-Mourão e resolução do TSE serão referências para pleito de outubro (Foto: Reprodução)

A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve a cassação do deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (União-PR) reforçou o precedente da Justiça Eleitoral em futuros casos de propagação de desinformação sobre as eleições, mas não é o único parâmetro para punir candidatos por fake news sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral nas eleições de outubro. O GLOBO reuniu recentes decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o tema que servirão como referência ao longo do pleito, inclusive para decisões de tribunais regionais. Na decisão no caso Francischini, o relator no TSE, ministro Luis Felipe Salomão, cujo votado foi acompanhado pela maioria do plenário, entendeu que o então deputado deveria ser enquadrado por uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político e de autoridade por dizer sem provas, durante uma live, que as urnas eletrônicas estavam fraudadas para impedir a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência. A live foi realizada no dia do primeiro turno das eleições de 2018. Foi a primeira vez que a Corte eleitoral cassou um parlamentar pela propagação de fake news. Os magistrados entenderam que a "exacerbação do poder político" e o uso das redes sociais para promover "infundadas acusações" contra a democracia pode significar abuso do poder político e o uso indevido dos meios de comunicação. A decisão tem como base o art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 1990, que determina que qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral "poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias" e "pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político". Em seu voto nesta terça-feira, o ministro Gilmar Mendes, que se posicionou contra a liminar Nunes Marques, enfatizou que ataque sistemático às urnas configuram "gravidade ímpar" e pode "comprometer o pacto social em torno das eleições". "O discurso de ataque sistemático a confiabilidade às urnas não pode ser considerado como tolerável no estado democrático de direito, especialmente por um pretendente a cargo político com larga votação. Tal conduta ostenta gravidade ímpar, que pode comprometer o pacto social em torno das eleições", disse Gilmar. Tese na cassação da chapa Bolsonaro-Mourão Embora o TSE tenha rejeitado por unanimidade, no ano passado, o pedido de cassação dos diplomas e a consequente inelegibilidade por oito anos do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão, o julgamento da ação foi marcado pela fixação de uma tese segundo a qual disparos em massa contendo desinformação podem configurar abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social, o que pode levar até à cassação do registro de candidatura. Esse entendimento, que depende da efetiva gravidade da conduta e de cada caso concreto, deverá seguir como parâmetro para as eleições de 2022. A acusação contra Bolsonaro e Mourão era de impulsionamento ilegal de mensagens em massa via WhatsApp durante a campanha, bem como uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular utilizados para garantir os disparos. Os ministros entenderam, no entanto, que as provas não eram suficientes para atestar a gravidade dos fatos, requisito para a cassação da chapa. Resolução sobre propaganda eleitoral A resolução da Corte que normatiza a propaganda eleitoral nas eleições de 2022, aprovada por unanimidade em dezembro do ano passado, veda a divulgação de “fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados” que atinjam a integridade do processo eleitoral, incluindo processos de votação, apuração e totalização de votos. O trecho prevê que a Justiça Eleitoral, a partir de requerimento do Ministério Público, determine que o conteúdo desinformativo seja retirado do ar e apure a responsabilização penal, abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. A resolução também pune a veiculação de notícias falsas ou contendo injúrias, calúnias ou difamações com o intuito de beneficiar candidatos, partidos, federações ou coligações. A divulgação de fatos sabidamente inverídicos para influenciar o pleito pode ser punida com prisão de dois meses a um ano e pagamento de multa. O texto estabelece ainda punição com prisão de dois a quatro anos e multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil a quem contratar terceiros para enviar mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou a imagem de candidato, partido, federação ou coligação. Último Segundo

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Terremoto de magnitude 6,5 atinge região norte do Brasil

08 de junho de 2022, 08:19

Tremor foi registrado por volta das 21h55 com epicentro no Acre; às 22h53, outro abalo sísmico de 4,8 foi registrado (Foto: Reprodução)

Um terremoto de 6,5 atingiu a região da Amazônia por volta das 21h55 de ontem (7). O alerta foi feito pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos. Segundo os especialistas, o tremor teve magnitude de 6,5; e o epicentro localizado no Acre, a 100 km da cidade de Tarauacá. O abalo sísmico aconteceu a uma profundidade de 616 quilômetros. Os tremores mais próximos da superfície, com profundidade entre 10 e 20 quilômetros, costumam causar mais dados do que os abalos semelhantes a esse. Um outro tremor, réplica do principal, com magnitude de 4,8 e a 603 quilômetros de profundidade foi regustrado às 22h53. As réplicas são comuns após um grande terremoto. Em 26 de maio, um abalo de magnitude 7,2 atingiu a região do Peru e da Bolívia, na região de Puno, que pode ser sentido no Chile, Equador, La Paz a em Rio Branco, no Acre, a uma profundidade de 212 quilômetros. Segundo a MetSul Meteorologia, os abalos sentidos no Acre tem origem no Peru, com hipocentros ocorrendo a 600 quilômetros de profundidade, o que pode diminuir efeitos na superfície, mas, por outro lado, amplia o alcance. "Isso explicaria o fato de terremotos ocorrerem no Peru e serem sentidos no Acre, visto que quanto maior a profundidade que o sismo ocorre maior é sua capacidade de propagação da onda. É que o que faz com que cidades acreanas como Tarauacá e Feijó sintam com frequência abalos em solo peruano", explicam os especialistas.

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Prefeito de Caém se reúne com os comandantes da CIPM e da BPRv de Jacobina para discutir a segurança da festa de São Pedro

07 de junho de 2022, 17:03

A reunião aconteceu no comando da 24a CIPM de Jacobina (Foto: Ascom/PMC)

O prefeito de Caém, Arnaldo Oliveira (Arnaldinho), esteve reunido na tarde desta terça-feira (7), com o comando da 24a. Companhia Independente da Polícia Militar (24 CIPM) e da 2ª Companhia do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv), para discutir sobre a segurança dos festejos do São Pedro no município. O prefeito apresentou um mapa da área onde acontecerá o evento e relatou as estratégias pensadas pela organização da festa com relação ao uso dos espaços onde se concentrará as apresentações musicais e seu entorno. O comandante da 24a. CIPM, tenente coronel Fernandes, destacou a iniciativa do Executivo de Caém em provocar com antecedência a reunião com as forças de segurança regional. Queremos parabenizar o prefeito Arnaldo por procurar a corporação para discutir sobre a segurança dos cidadãos durante este grande e importante evento da nossa região", ressaltou Fernandes, ao se comprometer em fazer o melhor para garantir o sucesso do São Pedro de Caém. "Não vamos medir esforços para contribuir com o sucesso da festa e manter a tranquilidade e o espírito familiar da festa junina", concluiu o comandante. Partiparam também reunião, o tenente Raimundo e os capitães Juliano Rodrigues e Rafael. Pelo município de Caém, acompanharam o prefeito, o presidente da Câmara de Vereadores, Pablo Piauhy, os secretários Antônio Carlos Oliveira (Saúde) e Creso Júnior (Planejamento) e o chefe da Guarda Municipal , Magno Santana.

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Âncora do ‘Balanço Geral’ da Bahia leva bronca por agredir o ex-presidente Lula

07 de junho de 2022, 13:33

Adelson Carvalho, apresentador do Balanço Geral (Foto: Reprodução)

Adelson Carvalho, apresentador do Balanço Geral, levou uma bronca da Record por ter ofendido o ex-presidente e pré-candidato Lula da Silva. Durante uma reportagem na última semana, Adelson disse que Lula era “ex-presidiário” –em referência ao período em que ele ficou preso por condenações na operação Lava Jato. O processo, em resumo, foi considerado inválido pela Justiça por condução parcial do então juiz Sérgio Moro. As informações são do Notícias da TV. A advertência foi dada não somente pelo comando da Record em Salvador, mas também por Antonio Guerreiro, executivo número um de Jornalismo da TV de Edir Macedo. Mesmo que preze pela liberdade de opinião de seus âncoras nos programas populares, a emissora interpretou que houve um excesso por parte do apresentador. Um novo caso pode acarretar em uma punição, como suspensão ou até demissão. MSN

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Alimentos que nunca (mas mesmo nunca) deve colocar na geladeira

07 de junho de 2022, 09:04

No Dia Mundial da Segurança Alimentar, que assinala nesta terça-feira, 7 de junho, revelamos cinco alimentos que devem ser mantidos longe do frio (Foto: Reprodução)

Não perca tempo achando que guardar alimentos no geladeira conserva-os por mais tempo. Nem sempre essa é a escolha mais acertada. Embora o calor possa prejudicar um ingrediente, o frio também o faz. A pensar nisso, o portal Megacurioso cinco alimentos que não deve guardar na geladeira. Confira abaixo a lista: 1- Bolo Os bolos devem ser mantidos em temperatura ambiente, a menos que contenham ingredientes frescos ou que derretam caso não sejam conservados no frio.  2- Café A mudança de temperatura pode fazer com que o sabor diminua. Além disso, o café pode absorver odores de outros alimentos. 3- Molho de pimenta O vinagre e o sal que habitualmente fazem parte desta mistura conservam naturalmente o produto.  4- Batata Ao guardá-las no frigorífico, o amido das batatas transforma-se em açúcar e faz com que estas fiquem adocicadas e com uma textura de ‘areia’. O ideal é armazená-las num local fresco e escuro, mais quente que a geladeira e mais frio que a temperatura ambiente. 5- Mel O mel não precisa de ser guardado na geladeira, pois possui bastante ácido e um baixo nível de água, sendo resistente às bactérias.

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Menino de dois anos mata pai com tiro acidental nos EUA

07 de junho de 2022, 08:57

O pai e a mãe da criança estavam em liberdade condicional, depois de acusados de múltiplos delitos de negligência infantil e consumo de drogas (Foto: Reprodução)

Um menino de dois anos disparou acidentalmente e matou o pai na Flórida, Estados Unidos, depois de os pais terem deixado uma arma carregada sem vigilância, segundo declarações das autoridades locais nesta segunda-feira. Quando os agentes da polícia, alertados por uma chamada do 911, chegaram a casa da vítima perto de Orlando, no dia 26 de maio, encontraram a mãe da criança, Marie Ayala, tentando reanimar o marido, Reggie Mabry. Segundo a AFP, os agentes acreditavam inicialmente que o homem de 26 anos - que morreu pouco depois no hospital - havia se suicidado, mas o mais velho dos três filhos do casal disse mais tarde aos investigadores que o gatilho tinha sido puxado pelo seu irmão de dois anos. A arma estava num saco que Mabry tinha deixado no chão e a criança deparou-se com ela e disparou nas costas do seu pai enquanto este jogava no computador, foi dito em tribunal. Os cinco membros da família, incluindo uma menina de cinco meses de idade, estavam na mesma sala no momento do incidente. O pai e a mãe das crianças estavam em liberdade condicional na altura, após múltiplos delitos de negligência infantil e consumo de drogas, disse o xerife responsável pelo caso.  A mãe foi detida por negligência.  Este incidente ocorre num momento em que a discussão sobre armas nos Estados Unidos está acalorada, uma vez que inúmeros tiroteios têm causado um número elevado de mortos.  Notícias ao Minuto

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Ações populistas reforçam cenário de ameaça à liberdade de imprensa

07 de junho de 2022, 08:47

Falta de transparência, notícias falsas e negacionismo estão entre os fenômenos que põem em risco o direito da sociedade à informação (Foto: Reprodução)

A liberdade de imprensa, um dos pilares das democracias liberais, sofre investidas no mundo e no Brasil na mesma medida em que governantes populistas de direita e de esquerda procuram corroer o estado democrático de direito. No diagnóstico de analistas ouvidos pelo Estadão, na data de hoje, em que se comemora o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, a reflexão que se impõe é de como o direito à informação é abalado em um contexto de notícias falsas e distorcidas, falta de transparência e negacionismo. A avaliação é de que a censura estatal das ditaduras cedeu lugar à opacidade dos governos iliberais. Ela desafia as democracias na mesma medida que ações buscam sufocar financeiramente empresas jornalísticas e processos e ofensas tentam intimidar jornalistas. Este quadro se completa com dois fenômenos mais recentes: o negacionismo à ciência e as redes de desinformação. Um consórcio de veículos formado por Estadão, Rádio Eldorado, TV Globo, GloboNews, G1, O Globo, Extra, Valor Econômico, Folha de S.Paulo, UOL e CBN se uniu para celebrar a data em uma ação para reforçar a importância do acesso à informação de qualidade pela sociedade e defender a integridade dos jornalistas profissionais que sofrem, cada vez mais, com ataques e ameaças no exercício da profissão. "No Brasil e em sociedades altamente polarizadas, o grande desafio é mostrar que a liberdade de imprensa é, antes de tudo, a liberdade de a sociedade tomar conhecimento do que fazem e como agem governos, poderes, organizações, pessoas públicas, partidos e assim por diante. O papel da imprensa não é agradar a todos, mas muitas vezes denunciar, investigar e, sobretudo, conferir a veracidade do que se divulga nas redes sociais", observou o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech. Na visão do professor da Escola de Comunicação e Artes da USP Eugênio Bucci, os ataques à liberdade de imprensa são feitos atualmente de tal forma que a sociedade desaprenda a importância desse direito, a sua função social e da necessária atividade de fiscalização do poder. "Isso mina não apenas o estado de direito, mas também a cultura democrática na sociedade", disse. "É uma característica dessas autocracias o golpe em gerúndio, que vai acontecendo. A Hungria é um caso particular, assim como a Turquia e a Rússia. Mas a gente observa em todos esses lugares a corrosão por dentro, a cupinização. É como se o estado democrático de direito fosse exaurido por fadiga e esvaziamento", afirmou o jornalista. Para o professor de Filosofia e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Renato Janine Ribeiro, a verdadeira vítima desses ataques é a cidadania. "A liberdade de imprensa é uma liberdade cujo titular não é o jornalista ou a empresa, mas a cidadania, o coletivo. O jornalista e o empresário são uma espécie de fiel depositário da liberdade de expressão que deve exercê-la para o bem comum. Ele tem a obrigação da verdade e deve contribuir para o melhor debate público." MORDAÇAS A história da liberdade de imprensa no Brasil é também a da forma como os governantes tentaram controlá-la. Assim como outros veículos, O Estado de S. Paulo foi alvo de governantes durante toda a República. A Primeira Guerra trouxe ao País o estado de sítio e ao Estadão, uma mordaça que durou de 24 de novembro de 1917 a 28 de fevereiro de 1918. A direção do jornal resistiu à ação da censura, controlada pelo governador de São Paulo, Altino Arantes, do Partido Republicano Paulista (PRP), deixando em branco o espaço de artigos inteiros ou trechos amputados pelo gabinete de polícia. Ao todo, a ação autoritária golpeou 22 vezes o jornal. Com o Estado Novo, o Estadão foi novamente alvo. Soldados da ditadura de Getúlio Vargas invadiram a sede do jornal em 25 de março de 1940 sob a falsa acusação de que a direção participava de uma conspiração. Armas foram colocadas no forro do prédio pela polícia para forjar provas. Os proprietários do jornal foram acusados de armazenar metralhadoras para derrubar o governo. Francisco Mesquita foi preso e levado para o Rio, onde o detiveram por 40 dias. Sem provas, ele foi solto, mas impedido de reassumir suas funções no jornal, que passou a ser gerido pela ditadura. O ditador confiscou o jornal e o pôs a serviço de sua propaganda, indicando um interventor para comandá-lo. O jornal voltou às mãos da família Mesquita em 6 de dezembro de 1945. Ele seria novamente alvo em 13 de dezembro de 1968, quando a edição que trazia o editorial As instituições em frangalhos, escrito por Julio de Mesquita Filho, foi impedida de circular pela polícia política. Com o Ato Institucional 5 (AI-5), censores se instalaram na redação, que passou a publicar versos de Camões, enquanto o Jornal da Tarde, também editado pelo grupo, publicava receitas de bolo no espaço dos textos cortados pelos censores. Após a Constituição de 1988 a liberdade de imprensa voltou a ser ameaçada no País por decisões judiciais, como a censura imposta ao Estadão pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, no fim de julho de 2009, que proibiu o jornal de publicar notícias sobre a Operação Boi Barrica da Polícia Federal - que apurou o envolvimento de Fernando Sarney, filho do então presidente do Senado, José Sarney (MDB-AP), em esquema de contratação de parentes e afilhados políticos do clã por meio de atos secretos. A mordaça durou 3.327 dias. Além de decisões judiciais, a liberdade de imprensa se viu ameaçada por atos e investidas de governos, desde as tentativas de controle da mídia surgidas no governo de Luiz Inácio Lula da Silva às ameaças aos anunciantes dos jornais feitas por Jair Bolsonaro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Pastor chama de ‘aberração’ uso de nome social por criança trans na BA

07 de junho de 2022, 08:38

Casa de menino transgênero de 12 anos teve a janela quebrada a pedradas em Poções, na Bahia (Foto: Reprodução)

Menino de 12 anos teve casa apedrejada na cidade de Poções, na Bahia; MPE investiga se líder religioso incentivou atos de transfobia Após classificar como "aberração" um projeto de lei para regulamentar o uso de nome social na cidade de Poções, na Bahia, o pastor evangélico Luciano de Jesus Novais afirmou que não é homofóbico. O líder religioso da Primeira Igreja Batista gravou um áudio em 23 de maio no qual ataca a proposta. Depois da circulação da mensagem, em grupos de WhatsApp, a casa de uma criança transgênero moradora da cidade foi apedrejada. O pastor nega qualquer relação com os ataques. Mas o Ministério Público Estadual (MPE) investiga se o pastor "estaria incentivando a transfobia e o ódio ao adolescente". Na gravação, pastor Luciano convida os membros da sua comunidade evangélica a pressionarem os vereadores para eles não votarem a favor do projeto que "pede nome fantasia" para "mulheres que querem ser chamadas por nomes de homem, e homem sendo chamados de nome de mulher". A proposta em pauta seria para regulamentar no município o uso de nome social no município, conforme já consta no decreto federal 8.727/2016, que estabelece esse direito no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. "Você que tem um tempo disponível, lá na Câmara às 19h, para a gente criar uma força para que na hora que os vereadores forem votar, olhar que a comunidade evangélica está atuando, faz parte da cidade, e eles se sentirem inibidos e não votarem a favor dessa aberração, desse projeto ruim", disse o pastor. "Vamos ver quem vai votar nesse projeto, quem vai apoiar para a gente ficar ligado para as próximas eleições, mas acredito que ele não vai passar porque alguma coisa vai acontecer", afirmou o religioso, em outro trecho do áudio. Em nota enviada ao GLOBO, pastor Luciano afirmou que acompanhar o projeto não é crime e que "em momento algum o áudio incentiva ataques a homossexuais e pessoas trans". No comunicado, o pastor também coloca em dúvida os ataques relatados pela família da criança transgênero. O líder religioso menciona um "suposto apedrejamento" que ocorreu "sem qualquer evidência". "Em reação ao áudio, este, que sequer menciona algum endereço ou nome civil, mas estão tentando influenciar e comover a opinião pública de eu ser responsável pelo ódio e ataques dirigidos a adolescente trans, convenientemente ocorrido sem qualquer evidência, tentando relacionar o vazamento do áudio com o suposto apedrejamento, não oferecendo nenhuma prova que foi causado por pessoas da igreja", diz o texto. Apedrejamento De acordo com a mãe da vítima, Janaína Britto, a residência da família foi atacada quatro vezes desde que a gravação passou a circular nas redes sociais. O menino reivindica, com o apoio de sua mãe, o direito de ser chamado pelo nome social na escola onde estuda. Mas, de acordo com Janaína, a escola alegou que não há uma regulamentação municipal para que o decreto federal tenha validade em Poções. Com a negativa, a mãe da criança procurou uma vereadora para pautar o tema. No entanto, uma articulação liderada pelo pastor Luciano conseguiu pressionar os vereadores e a votação foi cancelada. A expectativa é de que o tema volte a ser pautado na próxima segunda-feira. Bilhete deixado na casa de menino transgênero em poções, na Bahia "Algumas vezes passaram aqui e falaram para meu filho sair "para ver se ele é homem mesmo". Outros passam e gritam "veado". No ataque mais grave eles quebraram minha janela com uma pedrada", afirmou Janaína, em entrevista ao GLOBO. Procurada, a Prefeitura de Poções afirmou que "não compactua com qualquer tipo de violação a direitos" e acrescentou que "não cabe ao Poder Executivo a atribuição de responsabilização, sendo tal competência dos sistemas de justiça e segurança pública". A Polícia Militar da Bahia informou que foi iniciado um processo administrativo para apurar "a ausência da guarnição logo após o acionamento, após conversar com a família". A corporação acrescentou que foi acionada na última quarta-feira para verificar mais uma denúncia de pessoas jogando pedras em uma residência onde mora um adolescente transgênero. Na ocasião, os suspeitos não foram localizados e os policiais orientaram a família a registrar ocorrência na delegacia. Último Segundo

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