Por que o tamanho da árvore mais alta da Amazônia intriga cientistas

17 de setembro de 2019, 18:47

A árvore mais alta da Amazônia brasileira é da espécie Angelim Vermelho e está localizada na Floresta Estadual do Parú, no Pará (Foto: TOBIAS JACKSON)

Nas últimas semanas, em meio a tantas informações preocupantes sobre desmatamento e incêndios na Amazônia, uma notícia curiosa e positiva chamou atenção. Uma equipe de cientistas britânicos e brasileiros publicou um artigo no qual afirma ter encontrado a árvore mais alta na porção brasileira da Floresta Amazônica. E a planta gigante está rodeada de outras árvores enormes, de cerca de 80 metros de altura. Os pesquisadores percorreram 220 quilômetros de barco e caminharam 10 quilômetros mata adentro até encontrarem um exemplar de 88 metros da espécie Dinizia excelsa , também conhecida como Angelim Vermelho, dentro de uma unidade de conservação estadual de uso sustentável— a Floresta Estadual do Parú, no Pará. Maior que o Cristo Redentor Essa Dinizia excelsa supera em 30 metros a árvore que detinha o recorde de altura até agora. O tronco tem 5,5 metros de diâmetro. Para comparação, a Estátua da Liberdade, em Nova York, tem 93 metros de altura, incluindo a base. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, mede 38 metros da base até o topo da cabeça. Ou seja, a árvore encontrada na Amazônia é um pouco menor que o principal símbolo de NY e bem maior que a estátua mais famosa do Brasil. A descoberta da equipe coordenada pelo professor Eric Bastos Gorgens, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), virou artigo na publicação acadêmica Frontiers in Ecology and the Environment , uma das mais conceituadas revistas de ecologia do mundo. Tecnologia a laser do Inpe ajudou os pesquisadores a identificar a área onde estão as árvores mais altas da floresta Como a árvore foi encontrada Entre 2016 e 2018, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) captou imagens de vastas extensões da Amazônia com tecnologia a laser. O Inpe rastreou 850 áreas de floresta, cada uma com 12 km de comprimento por 300 metros de largura. Sete dessas áreas apresentavam evidências de ter árvores que superam os 70 metros. A maioria delas ficava na região do Rio Jari, afluente do Rio Amazonas, entre os Estados do Amapá e Pará — uma zona remota, de difícil acesso. "Nós nos surpreendemos com a altura colossal da árvore mostrada pelas imagens do Inpe", escreveram os ecologistas Tobias Jackson, da Universidade de Cambridge, e Sami Rifai, da Universidade Oxford, coautores da investigação. "Por isso, empreendemos a expedição para confirmar os achados com nossos próprios olhos e determinar a espécie dessas árvores gigantes." Depois de seis dias de travessia no meio da selva, os pesquisadores chegaram à região das árvores gigantes. Para medir os troncos, eles escalaram e, do topo, simplesmente soltaram uma corda até o solo. As árvores gigantes ficam numa região remota, de difícil acesso, o que as protege de madeireiros e incêndios criminosos E por que essas árvores alcançaram mais de 80 metros? Usando esse método com cordas, os pesquisadores mediram 15 árvores de mais de 70 metros. Diante da ampla diversidade da Amazônia, os cientistas se surpreenderam com o fato de todas essas árvores serem da mesma espécie. Anteriormente, acreditava-se que as Dinizia excelsa só alcançavam 60 metros. O que explica essa altura surpreendente? Os cientistas não sabem dizer o como essas árvores conseguiram alcançar mais de 80 metros, mas dizem que é possível que a altura esteja relacionada com a grande distância de áreas urbanas e zonas industriais. Também pode estar ligada ao fato de essas árvores serem uma "espécie pioneira", ou seja, a primeira a habitar uma região após ela sofrer algum tipo de devastação. O próximo desafio para grupo de cientistas que participou da descoberta é justamente entender o que levou essas árvores a atingirem alturas tão elevadas na Amazônia, tanto do ponto de vista ambiental, quanto do ponto de vista fisiológico. Eric Gorgens, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), diz que estudos como esse levam muito tempo. "Por isso, é essencial valorizar as unidades de conservação e estabelecer políticas públicas de longo prazo de incentivo à pesquisa e monitoramento de nossa flora", avalia. Uma única árvore gigante é capaz de sequestrar a mesma quantidade de carbono da atmosfera que 300 a 500 árvores pequenas Gorgens classifica a existência de uma árvore de 88 metros de altura como "extraordinária" para a Amazônia brasileira. Segundo o professor, crescer em altura é um desafio para as árvores. "As árvores altas são mais propensas à quebra e à queda, seja por vento, ou seja por não aguentar o próprio peso. As rajadas causam um torque na base da árvore, levando a um alto estresse. Outro fator que limita o crescimento em altura é o suprimento de água para copa. À medida que as árvores se tornam mais altas, o aumento da resistência hidráulica e o peso da coluna de água aumenta o estresse hídrico". Portanto, árvores gigantes são consideradas um evento raro, diz ele. Cápsulas de carbono Cada Angelim Vermelho é capaz de reter a mesma quantidade de carbono que um hectare de selva tropical. Isso quer dizer que pode armazenar até 40 toneladas de carbono, o que equivale ao que absorveriam entre 300 e 500 árvores pequenas. "Nossa descoberta significa que a floresta pode ser um reservatório de carbono maior do que se pensava", dizem Jackson e Rifai. Os pesquisadores advertem que o estudo focou numa área muito pequena da Amazônia, portanto, é possível que haja muitas outras árvores gigantes, inclusive mais altas que a de 88 metros. Os cientistas esperam que esse tipo a pesquisa ajude a entender melhor estrutura da Floresta Amazônica e seu papel no ciclo global de carbono. "O fato de ainda haver descobertas como esta demonstra que ainda temos muito a aprender sobre esse incrível e misterioso ecossistema", dizem Jackson e Rifai.

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Jovem morre após explosão de churrasqueira no interior de SP

17 de setembro de 2019, 13:48

(Foto: Reprodução)

Natali Steffani Martins, de 22 anos, morreu na manhã dessa segunda-feira (16)  após a explosão de uma churrasqueira em sua casa em Vera Cruz, interior de São Paulo, no último domingo (15). Ela teve 98% do seu corpo queimado. As informações são do UOL. Segundo amigos da família, a explosão aconteceu quando Natali ajudava o marido, Wellington Matins, de 23 anos, a usar álcool para acender a churrasqueira portátil durante um churrasco. Ele teve 35% do corpo queimado e está internado na Santa Casa de Marília (SP). Amigos relataram à polícia que o casal recepcionava os amigos para um churrasco no sábado. De madrugada, Wellington e Natali foram reacender a churrasqueira e ocorreu o acidente. A churrasqueira utilizada era do tipo portátil, que é montada cada vez que é usada. O Corpo de Bombeiros de Marília alertou que a recomendação é nunca utilizar líquidos inflamáveis para acender a churrasqueira, como álcool ou gasolina. "Estes líquidos são voláteis e liberam vapores que tendem a se concentrar e no momento em que entram em contato com a faísca ou o fósforo podem vir a explodir", afirmou a corporação. No velório, no final da tarde de ontem, a vendedora Vanessa Osório de Lima, amiga de Natali, estava bastante abalada e afirmou que o casal sempre gostava de reunir os amigos aos finais de semana. "Era um casal festeiro. Gostavam de se divertir, sempre reuniam os amigos", disse.

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Governo aprova registro de mais 63 agrotóxicos, totalizando 325 em 2019

17 de setembro de 2019, 13:38

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Agricultura liberou nesta 3ª feira (17.set.2019) o registro de 63 pesticidas, totalizando 325 de janeiro a setembro deste ano. Uma das novidades é o fluopiram, da Bayer, considerado mais eficiente e menos tóxico, e que espera liberação há cerca de 10 anos. Muitos dos outros produtos (56) são genéricos e já existem no mercado. © Reprodução - Um dos produtos liberados pelo Ministério da Agricultura é para o cultivo de milho. Na foto, plantação do produto no Paraná A liberação foi publicada no ato nº 62 do Diário Oficial da União. O documento (íntegra) foi assinado por Carlos Venâncio, coordenador-geral de agrotóxicos e afins no ministério. A data de assinatura é 13.set.2019. Além do fluopiram, usado para combater fungos nas culturas de batata, café, milho e etc, o governo liberou o uso de 6 produtos novos nesta 3ª. Em todo o ano de 2019, o ministério autorizou o uso de 15 pesticidas à base de novos ingredientes. O órgão afirma que o objetivo é aumentar a concorrência no mercado e diminuir o preço dos defensivos. Alega que isso faz cair o custo de produção. O número de pesticidas liberados pelo Ministério da Agricultura neste ano é o maior desde 2009. De janeiro a setembro de 2018 –ano em que foi registrado recorde de autorizações–, 302 agrotóxicos haviam sido permitidos. PROCESSO DE REGISTRO DE AGROTÓXICOS Para serem registrados, os pesticidas devem passar pela aprovação de 3 órgãos: Anvisa – que avalia os riscos à saúde humana; Ibama – que analisa os impactos ambientais; Ministério da Agricultura – que avalia a eficiência agronômica. É a pasta que formaliza o registro. Os 3 órgãos responsáveis pela liberação dos agrotóxicos estão trabalhando em conjunto para liberar mais defensivos. Muitos servidores foram realocados. De acordo com o ministério, há mais de 2.000 produtos na fila para serem avaliados. O prazo legal para a liberação é de 4 meses. No entanto, há pesticidas que estão na fila há mais de 10 anos. Perfil dos Defensivos Segundo dados disponibilizados pelo ministério (íntegra), o perfil dos defensivos liberados em 2019 para o uso em lavouras está dentro da média dos últimos 10 anos. Pouco diminuiu a aprovação de produtos de maior risco à saúde e ao meio-ambiente. De 2009 a julho de 2019, foram liberados 1.238 produtos para serem usados no campo, os chamados químicos “formulados” e “orgânicos”.  Segundo o jornal Valor Econômico, 47% desses produtos foram classificados pela Anvisa como “extremamente” ou “altamente” tóxicos. Além disso, 47% foram classificados pelo Ibama como “altamente” ou “muito” perigosos ao ambiente.

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Marinha dos EUA confirma autenticidade dos VÍDEOS de OVNIs no céu

17 de setembro de 2019, 13:12

(Foto: Reprodução)

A Marinha dos EUA reconheceu que vídeos de objetos não identificados, postados nas redes e filmados por pilotos americanos, são autênticos, relata Popular Mechanics. Os vídeos foram filmados em 2004 e 2015. Eles mostram dois objetos executando manobras complexas que a tecnologia existente é incapaz de executar. https://youtu.be/wxVRg7LLaQA A publicação os objetos gravados em vídeo de OVNIs, mas os militares dos EUA os cobsuderam "fenômenos aéreos inexplicáveis". https://youtu.be/6rWOtrke0HY Assim, a Marinha dos EUA caracteriza qualquer aeronave não identificada ou não registrada que tenha sido observada na área de responsabilidade de instalações militares. https://youtu.be/tf1uLwUTDA0 No início deste ano, o Departamento de Defesa norte-americano declarou ao The Black Vault que os vídeos foram desclassificados, mas não tornados públicos, e que não  houve nenhum processo de revisão dentro do Pentágono para liberá-los ao público.

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Laboratório que armazena vírus mortal explode na Rússia

17 de setembro de 2019, 12:38

Vírus da varíola foi erradicado em 1980. Além do laboratório russo, apenas o Centro de Controle de Doenças dos EUA tem autorização para armazená-lo (Foto: Reprodução)

 Um laboratório russo que guardava amostras do vírus da varíola, doença erradicada em 1980, explodiu na última segunda-feira (16). A informação foi divulgada pela direção do próprio laboratório, o Centro Russo de Pesquisa em de Biotecnologia e Virologia (Vector), e repercutiu em veículos de imprensa internacionais. A varíola foi declarada erradicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1980 e o último foco foi registrado na Somália. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, estima-se que a doença tenha matado 800 milhões de pessoas em 80 anos de existência e é considerada uma das piores doenças infecciosas já vistas. De acordo com informações divulgadas pelo Vector, o incidente aconteceu durante uma inspeção sanitária e apenas um funcionário se feriu. O cômodo que incendiou, continuou a nota oficial, não armazenava nenhum tipo de material biológico e a explosão não comprometeu a estrutura do prédio. Localizado nas proximidades da cidade de Novosibirsk, maior cidade da Sibéria que está a cerca de 3 mil quilômetros de Moscou, Vector foi um dos centros de desenvolvimento de armas biológicas durante a Guerra Fria, informou a CNN. Além deste, outro laboratório autorizado a armazenar este vírus é o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

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O que é o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)?

17 de setembro de 2019, 12:28

Os sintomas do TOD podem aparecer em qualquer momento da vida, mas é mais comum entre os 6 e 12 anos (Foto: Reprodução)

Uma criança que tem Transtorno Opositivo-Desafiador é extremamente opositiva, desafiadora, que discute por qualquer coisa, que não assume seus erros ou responsabilidades por falhas e que costuma sempre se indispor com os demais de seu grupo ou de sua família de maneira a demonstrar que a cada situação será sempre difícil convencê-lo. Os sintomas do TOD podem aparecer em qualquer momento da vida, mas é mais comum entre os 6 e 12 anos. Essas crianças têm intolerância às frustrações, reações agressivas, intempestivas, sem qualquer diplomacia ou controle emocional. Elas costumam ser discriminadas, perdem oportunidades e desfazem círculos de amizades. Não raro, sofrem bullying e são retiradas de eventos sociais e de programações da escola por causa de seu comportamento difícil. Os pais evitam sair ou passear com elas e muitas vezes as deixam com parentes ou em casa. Entre os irmãos, são preteridos, mal falados e considerados como “ovelhas negras”. São tratados como diferentes e mais criticados pelos pais. O Transtorno Opositivo-Desafiador necessita de acompanhamento profissional para que suas características sejam diminuídas e desapareçam. No entanto, é preciso dizer que quanto antes for descoberto, mais fácil será o controle da situação. Caso a criança chegue à adolescência, o TOD pode evoluir para distúrbios que tornarão a situação ainda mais séria, como o surgimento do Transtorno de Conduta, por exemplo. Além disso, o abuso de álcool e outras drogas podem se intensificar. As intervenções se pautam em psicoterapia infantil. O especialista vai analisar também o ambiente familiar em que a criança vive e qual a relação social que ela demonstra em situações que requerem sua participação em determinados meios.  A terapia para a família também não está descartada. Vale dizer que a psicoterapia visa trabalhar aquelas situações em que a criança precisa lidar com alguma frustração (onde surgem os momentos de raiva e outros traços já mencionados anteriormente). A orientação dada aos pais tem o objetivo de ajudá-los no comportamento e nos métodos a serem aplicados dentro de casa.

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Anvisa suspende marcas de lenços umedecidos contaminados

17 de setembro de 2019, 07:27

Segundo a Anvisa, os produtos são de fabricação da Kimberly Clark Brasil Indústria e Comércio de Produtos de Higiene Ltda (Foto: Reprodução)

AAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da comercialização e da distribuição de dois lotes de lenços umedecidos de duas diferentes marcas. Os produtos devem ser recolhidos voluntariamente após verificação de contaminação pela bactéria Enterobacter gergoviae. A medida atinge o lote 219/2019 da marca Huggies Max Clean e o lote 024/2019 da marca Baby Wipes. Segundo a Anvisa, os produtos são de fabricação da Kimberly Clark Brasil Indústria e Comércio de Produtos de Higiene Ltda. Em nota, a agência disse que o problema foi identificado pelo controle de qualidade da própria empresa, que o comunicou à Anvisa. Segundo a empresa, a bactéria identificada não oferece riscos para pessoas saudáveis, mas pode causar infecções mais graves em pessoas que estejam com o sistema imunológico debilitado. Em nota publicada em seu site, a Kimberly Clark informou que, em casos extremos em pessoas hospitalizadas, a infecção pode se tornar severa e requerer assistência médica adicional para se evitar risco de vida. "A Kimberly-Clark afirma que este chamamento não representa qualquer custo ao consumidor e reforça seu comprometimento com a qualidade de seus produtos e responsabilidade com a satisfação de seus consumidores". A empresa ofereceu o telefone 0800 709 5599 para informações aos consumidores e o site kimberly-clark.com.br/contato.

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Governo avalia autorizar congelamento do salário mínimo

17 de setembro de 2019, 07:19

Para o ano que vem, o governo prevê que o reajuste levará o mínimo de R$ 998 para R$ 1.039 (Foto: Reprodução)

O Ministério da Economia estuda um mecanismo para autorizar o congelamento do salário mínimo em situações de aperto fiscal. A ideia é retirar da Constituição a obrigatoriedade de que o valor seja corrigido pela variação da inflação.A medida seria incluída na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que altera regras fiscais e está em tramitação no Congresso. De autoria do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), o texto está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara e é debatido por um grupo de parlamentares, representantes do Ministério da Economia e técnicos de Orçamento no Congresso. A proposta traz gatilhos que seriam acionados em situações de risco de descumprimento de regras fiscais. A versão original da matéria não prevê o congelamento do salário mínimo, mas o governo articula a inclusão desse novo gatilho no texto. A regra que viabilizava reajuste do salário mínimo acima da inflação deixou de valer neste ano. Agora, a nova mudança iria além, permitindo o congelamento do mínimo, sem reposição da inflação.Pedo Paulo confirma que a previsão é uma proposta do Ministério da Economia. Para o deputado, entretanto, antes de qualquer iniciativa desse tipo, o governo deveria se empenhar na defesa da proposta."Enquanto o governo não se manifestar claramente a favor da PEC, não tem que ficar discutindo colocar mais medidas", disse. A Constituição define que o salário mínimo deve ter reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo. Com a medida estudada pelo governo, essa previsão deixaria de existir. O congelamento do salário mínimo seria permitido para ajudar no ajuste fiscal por um período. Uma das hipóteses é que o valor fique travado por dois anos. Como o governo tem gastos atrelados ao salário mínimo, como as aposentadorias, a medida traria alívio ao Orçamento. Hoje, para cada real de reajuste do piso salarial do país, a União amplia suas despesas em R$ 300 milhões. Para o ano que vem, o governo prevê que o reajuste levará o mínimo de R$ 998 para R$ 1.039. O aumento leva em conta apenas a inflação. Caso, por exemplo, o governo congelasse o valor atual, a economia aos cofres públicos no ano que vem seria de R$ 12,3 bilhões. A proposta vai em linha com a defesa do ministro Paulo Guedes (Economia) de retirar amarras do Orçamento. O ministro argumenta que as contas públicas têm excesso de gastos obrigatórios, vinculados e indexados.

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Disputa por terras ameaça mil famílias no sertão da Bahia

16 de setembro de 2019, 20:58

(Foto: Reprodução)

Um vento frio cortante corre no povoado de Ladeira Grande, zona rural de Casa Nova (BA), em uma manhã do início de agosto. Homens vestem os seus raros agasalhos, mulheres enrolam lenços na cabeça e famílias inteiras sobem na carroceria de um caminhão. Juntos, os camponeses vão ao cemitério do povoado, onde rezam uma novena para uma vizinha que havia morrido sete dias antes. É assim desde o tempo dos seus pais, avós e bisavós dos moradores locais, que há gerações ocupam a mesma porção da terra arenosa e formam comunidades de fundo e fecho de pasto. Este sentimento de comunidade, contudo, corre o risco de se dissolver frente à possibilidade de despejo de cerca de mil famílias que vivem na zona rural do município baiano, a cerca de 570 km de Salvador. A valorização das terras da região, com a chegada de usinas eólicas e a perspectiva de novos empreendimentos, provocou uma disputa pela posse de uma área que pode chegar a 600 mil hectares, o equivalente a cerca de seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Uma das maiores áreas é reivindicada pela empresa mineira Bioma Terra Nova Participações, que desde o ano passado iniciou uma ofensiva para cercar terrenos e tomar posse de terras na região. Certidões e contratos aos quais a reportagem teve acesso apontam que terras foram incorporadas ao patrimônio da Cia Agropecuária Amorim Passos, empresa com sede em Casa Nova, antes de serem vendidas para a Bioma Terra Nova. A reportagem não conseguiu contato com as duas empresas. A Prefeitura de Casa Nova alega que o setor de tributos identificou uma quantidade fora do comum de transferências de terras na região. A troca da posse, diz o prefeito, seria uma forma de "esquentar" documentos falsos. "Quando fomos pesquisar que áreas eram essas, percebemos que eram regiões já ocupadas por famílias. São terras que passaram de pai para filho. Não temos dúvida de que se trata de uma ação de grileiros", afirma o prefeito Wilker Torres (PSB). Um mapeamento das terras reivindicadas pelas empresas foi feito pela Comissão Pastoral da Terra com base em dados do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). O caso é investigado pelo Ministério Público do Estado da Bahia, que instaurou procedimento para apurar possíveis crimes de falsificação ideológica e formação de quadrilha (ver aqui). A apuração corre em sigilo. A Coordenação de Desenvolvimento Agrário, órgão do Governo da Bahia, informou que está fazendo avaliações técnicas e cartográficas para apurar se há inconsistências ou irregularidades no histórico das propriedades. O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes, afirma que o governo intensificou a regularização fundiária nas regiões com potencial eólico e que fará uma varredura completa na documentação das terras na zona rural de Casa Nova. "Temos certeza de que vamos encontrar muitas situações de terras devolutas. São áreas pouco propícias para a agricultura." Nas comunidades de fundo de pasto, o clima é de apreensão entre os agricultores. Desde o fim de 2018, empresas começaram a mapear terrenos com o uso de drones e enviar trabalhadores para desmatar e cercar terras dentro do município. Foi o que aconteceu no povoado de Ladeira Grande, a cerca de 50 km da zona urbana de Casa Nova, onde centenas de famílias vivem da criação de caprinos e ovinos, além da produção de mel. O agricultor Alonso Dias Braga, 68, que nasceu em Ladeira Grande, afirma que sua família vive nas mesmas terras há mais de cem anos. Ele diz que forasteiros começaram a desmatar e marcar terrenos próximos a sua casa no início deste ano, mas a comunidade se uniu para arrancar os piquetes instalados na região. "Por enquanto, a gente está aqui resistindo. Mas só Deus sabe o dia de amanhã", contou Braga, que vive no povoado com a mulher e seis filhos. Avelar Oliveira da Silva, 43, que também cria cabras e ovelhas no povoado, corre o risco de ver se repetir a mesma história que sua família viveu na década de 1980, quando foi desalojada de suas terras por causa da inundação causada pela construção do reservatório de Sobradinho. "Eu já nasci aqui. Mas meus pais e meus irmãos foram tirados lá do [povoado] Riacho Grande por causa da barragem. E, agora, isso de novo. A gente vai para onde?", questiona o agricultor. Nascido no povoado de Melancia, Silva mudou-se para Ladeira Grande após o casamento, quando passou a viver nas terras dos sogros, que nasceram e se criaram naquela localidade. Apontando para o retrato dos sogros pendurado na parede, diz que a família de sua mulher vive nas mesmas terras há décadas. Além dos desalojados com a construção da barragem de Sobradinho, a zona rural de Casa Nova possui histórico de décadas de disputas territoriais. Em 2008, centenas de famílias do povoado Areia Grande ficaram na iminência de serem desalojadas depois de a Justiça dar ganho de causa pela posse das terras para uma empresa da região. Na época, prepostos entraram nas comunidades e destruíram casas, chiqueiros, currais e roçados. Um ano depois, um dos líderes da comunidade, Zé de Antero, foi assassinado em um crime que ficou sem solução. Coordenadora da Comissão Pastoral da Terra na região, Marina Rocha classifica o cenário de disputas por terras como um problema histórico e grave em Casa Nova. E diz esperar que o poder público regularize as propriedades para garantir a segurança e estabilidade para os agricultores. "São famílias que vivem secularmente na região, criando e produzido. Mesmo que não tenham documentos, eles têm a posse da terra. Retirá-las de suas casas é um crime e uma ameaça ao jeito de viver destas populações", afirma. Bahia Notícias *João Pedro Pitombo 

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Justiça anula 96% dos pedidos de mineração em terra indígena no AM

16 de setembro de 2019, 17:59

(Foto: Reprodução)

Como não há regulamentação sobre o tema, em vez de indeferir e cancelar os pedidos, a ANM apenas os suspendeu, com a justificativa de estar esperando a criação de uma lei. A Justiça Federal atendeu a um pedido de liminar do Ministério Público Federal do Amazonas e cancelou 1.072 requerimentos (equivalente a 96% do total) relativos a pesquisa ou concessão para mineração em terras indígenas no estado. Ainda há 41 processos a serem analisados. Os pedidos cancelados pela Justiça estavam suspensos e encontravam-se em condição semelhante a uma lista de espera – aguardando uma lei que regulamentasse a mineração em terras indígenas. O artigo 231 da Constituição Federal prevê pesquisa e lavra de riquezas minerais em terras indígenas, mas para isso determina que sejam feitas regulamentações pelo Congresso Nacional, após ouvir as comunidades afetadas. Como não há regulamentação sobre o tema, em vez de indeferir e cancelar os pedidos, a ANM (Agência Nacional de Mineração), antigo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão responsável para autorizar atividade mineral no Brasil), apenas os suspendeu, com a justificativa de estar esperando a criação de uma lei. Ao não cancelar e manter em suspenso esses pedidos, a agência permite que se crie um direito de preferência sobre as áreas requeridas, explica o procurador da República José Gladston Correia. "Se uma empresa hoje quer minerar em uma determinada região [que não seja em reserva indígena], ela vai à Agência Nacional de Mineração, faz o pedido de pesquisa ou de lavra e, então, tem a prioridade sobre aquela área. Essas empresas estavam adotando essa prática em relação às terras indígenas e obtendo esse tipo de priorização, e isso não é lícito", diz Correia. "Porque se hoje não há ordenamento jurídico para a permissão a qualquer mineração em terra indígena, não há sentido em dar prioridade a quem faz o requerimento, que claramente deveria ser indeferido." Segundo dados levantados por estudo do WWF-Brasil, em fevereiro de 2018 havia no país 3.114 requerimentos de títulos minerários suspensos e incidentes sobre terras indígenas na Amazônia Legal, apenas na espera da criação de um marco regulatório. A região, que abrange os nove estados do Norte e o Maranhão, tem 1,1 milhão de quilômetros quadrados em terras indígenas homologadas, o equivalente a 22% de sua área total. No período do estudo do WWF, havia 138 requerentes de mineração no território de posse dos índios, dos quais 64% eram empresas e 36% eram pessoas físicas. O estudo aponta a Terra Indígena Yanomami, na fronteira com a Venezuela, como a área mais ameaçada. Basta ver a lista de minérios cobiçados neste território: ouro, diamante, tungstênio, estanho, nióbio, manganês, cobre, chumbo, tântalo, platina, césio, cassiterita, columbita, ilmenita, berílio, lítio, minério de estanho, prata, tantalita, esteatito e wolframita. "Quase cem pedidos alcançam uma área de 11 mil quilômetros quadrados, pouco mais de 10% do território homologado em 1992 e onde já foi detectada a presença de garimpo ilegal", diz o WWF. Essa área, no entanto, corta dois estados, Roraima e Amazonas. Se analisado apenas o território deste último, a terra indígena mais afetada é o Alto Rio Negro. Apesar da anulação dos requerimentos no Amazonas, a ANM ainda permite a sobreposição de pedidos de pesquisa e mineração em terras indígenas nos outros estados da Amazônia Legal.Na avaliação do especialista em políticas públicas do WWF, Jaime Gesisky, o fato de a ANM permitir essa sobreposição de bases de dados não significa necessariamente uma ação deliberada da agência. "Às vezes o título minerário foi pedido antes de a área ter sido homologada ou mesmo por problemas nas bases de dados. Também há problemas no georreferenciamento. Não há uma conspiração aí, mas problemas na base de dados." Um projeto de lei, apresentado em 1996 pelo ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), estabelecia que todos esses requerimentos seriam considerados prioritários em caso de liberação da mineração em terras indígenas. O projeto foi relatado na Comissão de Minas e Energia pelo então deputado Elton Rohnelt (PSDB), fundador de empresas que possuem requerimentos na região e ex-assessor do ex-presidente Michel Temer (MDB). Em 2019, foram apresentados requerimentos para criação de comissão especial para analisar o tema.Procurada, a ANM não respondeu aos questionamentos da reportagem porque a única pessoa responsável pela comunicação do órgão estava afastada. Sob condição de anonimato, pessoas que trabalham no setor disseram que a situação da agência é precária. Para elas, a ANM foi criada sem recursos, tem poucos funcionários e incapacidade técnica.

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MPF denuncia ex-governadores e deputado por desvio de R$ 35 mi

16 de setembro de 2019, 17:35

(Foto: Reprodução)

A denúncia foi apresentada no âmbito da Operação Ápia, deflagrada inicialmente em outubro de 2016, no Tocantins. OMinistério Público (MPF) Federal (MPF) denunciou os ex-governadores Wilson Siqueira Campos (DEM) e Sandoval Cardoso (SD) e o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), pelo suposto desvio de mais de R$ 35 milhões de obras de terraplenagem, pavimentação asfáltica e recuperação de vias públicas estaduais e vias urbanas em Tocantins. A denúncia foi apresentada no âmbito da Operação Ápia, deflagrada inicialmente em outubro de 2016. Os ex-governadores e o deputado são acusados de peculato, corrupção, desvio de finalidade e lavagem de dinheiro. Na época dos fatos, Eduardo Siqueira Campos era secretário de Relações Institucionais e de Planejamento e Modernização da Gestão Pública do Estado. O deputado foi alvo da 4ª fase da operação. A denúncia da Procuradoria abarca ainda o ex-secretário de Infraestrutura e presidente da Agência de Máquinas e Transportes do Estado do Tocantins (Agetrans) Alvicto Ozores Nogueira, o ex-superintendente de Operação e Conservação de Rodovias da Agetrans Renan Bezerra de Melo Pereira e o empresário Wilmar Oliveira de Bastos, proprietário da empresa EHL - Eletro Hidro. Quando a "Ápia" foi deflagrada, Sandoval foi alvo de mandado de prisão temporária e Siqueira Campos, que é pai de Eduardo, conduzido de forma coercitiva para depor. Os dois ex-governadores e o ex-presidente e Alvicto Nogueira já foram alvo de denúncia da Procuradoria, em dezembro de 2018, por suposta fraude a processos licitatórios e cartel. Em janeiro, o Ministério Público Federal apresentou denúncia contra oito empreiteiros pelos crimes de fraude em licitações e formação de cartel apurados na operação. Segundo a Procuradoria, "os agentes públicos, com autorização e supervisão dos ex-governadores, fraudaram licitação para que a Eletro Hidro realizasse as obras em vias públicas do Estado e realizaram ainda aditivos contratuais ilegais e medições fraudulentas". O grupo teria desviado recursos adquiridos pelo Estado junto ao Banco do Brasil, mediante três operações de crédito que totalizaram mais de R$ 1,2 bilhão, segundo a denúncia. Dois contratos foram assinados por Siqueira Campos e um por Sandoval. Do valor total das operações de financiamento, pelo menos R$ 971,4 milhões foram destinados para obras de pavimentação asfáltica e outras obras a ela relacionadas, indica o Ministério Público Federal. As investigações apontam que, para garantir a escolha da empresa nas licitações, o grupo cobrava de 10% a 17% do valor de cada pagamento das obras da Agetrans. Para lavar o dinheiro, afirma a Procuradoria, o grupo teria criado sociedades em conta de participação, usado notas fiscais frias de aluguel de tratores, contratado serviços advocatícios "inexistentes" e usado duas pessoas físicas como "laranjas". Além das condenações dos ex-governadores e do parlamentar, a Procuradoria pede que seja decretada a perda dos eventuais cargos públicos dos três e confisco de bens "ilegalmente acrescidos a seus patrimônios". Defesas A defesa do ex-governador Sandoval Cardoso informou que não irá se manifestar sobre a acusação. A reportagem busca contato com a defesa do ex-governador Siqueira Campos e de todos os outros denunciados pelo Ministério Público Federal. O espaço está aberto para as manifestações. A reportagem entrou com contato com o deputado Eduardo Siqueira Campos via assessoria de imprensa, mas não obteve resposta. O espaço está aberto para manifestação do parlamentar.

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Daniel Alves condena falta de padrão do São Paulo

16 de setembro de 2019, 13:57

Aos 36 anos, Daniel Alves comentou sobre a diferença das posições e alfinetou parte da imprensa ao dizer que a maioria dos jornalistas de São Paulo não joga futebol (Foto: Reprodução)

Neste domingo, Daniel Alves atuou pela primeira vez no São Paulo como lateral-direito, sua posição de origem. O time apenas empatou por 1 a 1 contra o CSA no estádio do Morumbi, na capital paulista, pela 19.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogador da seleção brasileira vinha sendo utilizado pelo técnico Cuca no meio de campo, lugar onde ele acredita ser mais importante à equipe por tocar mais na bola e poder ajudar os seus companheiros. Ele ganhou a camisa 10 de presente de Raí. Aos 36 anos, Daniel Alves comentou sobre a diferença das posições e alfinetou parte da imprensa ao dizer que a maioria dos jornalistas de São Paulo não joga futebol e, portanto, não entende do riscado. Ele afirmou ter feito uma "lavagem cerebral" antes de retornar ao Brasil no meio desta temporada, depois de 17 anos atuando na Europa. Na visão do jogador baiano, aqui "só os fortes sobrevivem". Disse isso para justificar o futebol mostrado pelo São Paulo em casa, empatando contra o CSA nos minutos finais da partida. O resultado, aliado ao que o time mostrou em campo, gerou vaias da torcida. Daniel Alves é o maior vencedor do futebol mundial, com 40 títulos conquistados desde que deu seus primeiros chutes no futebol profissional. Mesmo com tamanha experiência, ainda não consegue assimilar algumas críticas, como as que vêm das numeradas do estádio. No São Paulo, o jogador cobra mais "equilíbrio" e "estabilidade" para levantar mais um troféu na carreira - o time só disputa o Brasileirão nesta segunda metade da temporada. Ele acredita que a equipe tricolor precisa definir um padrão de jogo para aspirar objetivos maiores na competição. Atualmente o São Paulo ocupa a sexta colocação, com 32 pontos. Perdeu pontos importantes contra os reservas do Grêmio e do Internacional e agora diante do CSA, em casa. O que achou do empate contra o CSA e como foi atuar de lateral-direito, sua posição na seleção, pela primeira vez no Morumbi? Estamos decepcionados com o resultado, é evidente, mas temos de saber o que temos e o que aspiramos na competição. Não adianta ganhar um jogo e achar que vai ser o campeão brasileiro se não conseguir ganhar outros. Tem de ter equilíbrio, que é o que faz você desenvolver um bom trabalho dentro do clube. É para isso que vim aqui ao São Paulo. Sei o quão difícil é construir alguma coisa no futebol brasileiro. Vocês (da mídia) estão sempre para desestabilizar qualquer situação. Temos de ter bastante cautela nos momentos difíceis, senão entramos em situações que não nos beneficiam. A maioria da imprensa nunca jogou futebol e gera desconforto. Se eu jogo de lateral ou de meia, estou aqui para ajudar o São Paulo. Temos de ser bastante conscientes da situação que estamos e do futebol praticado em campo. O que muda quando você joga na lateral? Estamos aqui para construir juntos, posso ajudar os meus companheiros a eles serem melhores do que são. Eu jogando de lateral, passo muito tempo sem pegar na bola e é difícil fazer seus companheiros jogarem melhor assim. É evidente que a imprensa nunca vai saber disso porque nunca jogou futebol. Não é uma crítica, quero passar uma mensagem que não temos que nos posicionar sobre o que a imprensa fala. Senão gera uma instabilidade. Normalmente a imprensa está aí para isso, gerar instabilidade. Não estou criticando vocês, estou sendo honesto com vocês. Não podemos entrar nesses debates. Eu sou jogador do São Paulo e vou ajudar o São Paulo. Tudo que construí na minha vida foi sendo sereno e às vezes cego, surdo e mudo. Vou continuar sendo, porque essa é a forma de obter resultados. Como você analisa esse momento de quatro jogos sem vitórias do São Paulo? Estamos conscientes e entendemos o desconforto do torcedor. Estamos trabalhando pela vitória, mas precisamos ser estáveis no objetivo. O próprio Flamengo, quando foi eliminado da Copa do Brasil, as pessoas estavam falando que nem o (Jorge) Jesus resolvia. Ainda vão acontecer muitas coisas no Brasileirão. Estamos trabalhando para melhorar e precisamos ser um time estável para conseguir as coisas. O que o São Paulo precisa fazer para melhorar em campo? Temos de ter um padrão de jogo e definir esse padrão, ir até o fim confiando que esse padrão é o melhor para o São Paulo. Se começa a mudar muito, nunca vamos ter uma sequência. É um fato. Alternamos muito jogadores, precisamos manter um padrão, que é assim que se constrói as coisas, defendendo os conceitos. Sei o quão difícil é o futebol brasileiro. Nunca pequei por omissão, sempre vou estar na linha de frente. Antes de vir para o futebol brasileiro, fiz uma lavagem cerebral, porque aqui só os fortes sobrevivem. Como conseguir esse padrão? Às vezes as pessoas acham que padrão é feito em treinamento e é mais informação teórica do que prática. A galera trabalha bem, se dedica bastante no dia a dia. Vivemos de resultados, não adianta vir aqui contar histórias, mas estamos em busca dos resultados. Temos de continuar fazendo o trabalho, dando nosso melhor, porque é a única forma de conseguir aspirar coisas importantes no São Paulo.

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