NOTÍCIAS EM DESTAQUE


SAC Móvel permanece em Jacobina até dia 11 de maio

23 de abril de 2021, 07:12

(Foto: Reprodução)

Serviços disponíveis são RG, CPF, Antecedentes Criminais e Ouvidoria Geral do Estado (OGE); atendimento é 100% agendado através do SAC Digital O SAC Móvel permanece na cidade de Jacobina, a 329 km de Salvador, até o dia 11 de maio. A população encontra a carreta na Praça Presidente Kennedy, na região central do município, com atendimento de 7h às 15h. Os serviços disponíveis são RG, CPF e Antecedentes Criminais, além da Ouvidoria Geral do Estado (OGE). O atendimento no SAC Móvel é realizado 100% por agendamento, através do SAC Digital. Para ter acesso à plataforma, é só baixar o aplicativo SAC Digital ou digitar o endereço www.sacdigital.ba.gov.br na internet. Para outras informações, a Secretaria da Administração (Saeb) disponibiliza o site institucional do SAC (www.sac.ba.gov.br) e o call center: (71) 4020-5353 (ligação de celular) ou 0800 071 5353 (ligação de fixo). Medidas de segurança - A Rede SAC reforça a necessidade de redobrar a atenção aos cuidados recomendados pelo Governo do Estado e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ao se dirigir ao SAC Móvel. Entre as medidas de segurança adotadas pela Rede SAC estão a disponibilização de dispensers com álcool a 70%; reforço na higienização das dependências da carreta, bem como dos móveis; reorganização do espaço de espera para promover o distanciamento, e controle da quantidade de agendamentos. Além disso, não está sendo permitido o acesso de acompanhantes durante o atendimento. Secom/Bahia

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

O que fez Cabral em 1500? Descobriu ou conquistou o Brasil?

22 de abril de 2021, 18:28

Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500, obra do pintor Oscar Pereira da Silva (Oscar Pereira da Silva) (Foto: Reprodução)

Daqui a menos de uma semana, estaremos comemorando 521 anos da descoberta do Brasil, pelo navegador Pedro Álvares Cabral. No entanto, esse registro histórico é contestado por muitos historiadores que, com muita propriedade, se perguntam se o termo certo seria mesmo “descoberta” uma vez que, antes da chegada dos portugueses, já havia pessoas morando aqui, nas terras brasileiras Utilizar o termo “descobrimento” representa, portanto, repetir o discurso do colonizador português que, com base em seu etnocentrismo, tinha uma visão de mundo centrada em sua própria nação, seu próprio povo, seus domínios. Dessa forma, os portugueses em momento algum levaram em consideração que os índigenas já conheciam o território que, vamos combinar, era deles. Quando a expedição de Cabral chegou às terras do sul da Bahia naquele longínquo 1500, não se tratava de um descobrimento, pois já havia um povo na terra que os europeus então conheceram. Portanto, o que ocorreu foi o início de uma conquista, ou seja, domínio, exploração das riquezas e, o que é pior, aculturamento dos habitantes. Não se pensou nem em estabelecer qualquer tipo de relacionamento, somente a imposição de uma cultura que, já em um primeiro momento, buscou cristianizar e escravizar os indígenas para dar início a um processo colonizador. E qualquer tentativa de conflito entre os dois povos, que possuíam cultura e modos de viver tão distintos, seria resolvido eliminando-se os nativos da terra, como continua sendo feito até hoje. Os portugueses foram mesmo os primeiros a chegar ao Brasil? Além de a “descoberta” do Brasil ser descartada, a própria afirmação de que a esquadra de Cabral foi a primeira a aportar aqui tem sido questionada por historiadores, que apontam documentos da época indicando que outros navegadores já haviam chegado às terras brasileiras, como o navegador português Duarte Pacheco Pereira, o italiano Américo Vespúcio e os espanhóis Vicente Yañes Pinzón e Diego de Lepe. Além disso, a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil nada teve de acaso ou de eventos climáticos. Tratava-se, isso sim, de garantir deliberadamente os direitos de Portugal sobre as terras garantidas pelo tratado de Tordesilhas, acordo firmado entre o rei Dom João II de Portugal e os reis católicos da Espanha (Isabel de Castela e Fernando de Aragão). Fonte: Mundo Educação

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

O que pode ter acontecido com o submarino indonésio desaparecido?

22 de abril de 2021, 15:50

Oficiais da Marinha da Indonésia trabalham com a possibilidade de que uma falha elétrica durante a submersão tenha causado o afundamento do submarino (Foto: Reprodução)

A Marinha da Indonésia continua, nesta quinta-feira (22), as buscas pelo submarino desaparecido em Bali ontem (21) com 53 pessoas a bordo, enquanto realizava manobras de treinamento nas águas da região. O KRI Nanggala-402 perdeu contato depois de receber autorização para mergulhar. Lutando contra o tempo para encontrar a embarcação, uma vez que as reservas de oxigênio da tripulação só devem durar até as 3h de sábado (24) no horário local (16h de sexta-feira em Brasília), as autoridades tentam entender o que teria acontecido com o submarino indonésio. Uma mancha de óleo avistada perto do local da submersão é a principal pista até o momento. Segundo o chefe do Estado-Maior da Marinha da Indonésia Yudo Margono, o vazamento pode ter sido causado por um mergulho muito profundo da embarcação ou estar acontecendo deliberadamente, com a tripulação liberando peso para tentar fazê-la flutuar até a superfície. A área onde se encontra o derramamento de petróleo está sendo explorada por dois navios equipados com sonar de varredura lateral, equipamento capaz de mapear o fundo do mar. Uma outra embarcação, carregando um sonar mais sofisticado, que pode indicar a posição exata do submarino, já se dirigiu à região para ajudar nas buscas. Submarino pode ter se partido Oficiais da Marinha da Indonésia trabalham com a possibilidade de que uma falha elétrica durante a submersão tenha causado o afundamento do submarino. Diante do problema, a embarcação teria perdido o controle e mergulhado a até 600 ou 700 metros de profundidade, sem conseguir acionar os mecanismos de emergência. Caso isto tenha acontecido, o especialista em resgates marítimos Frank Owen considera ser grande a chance de o KRI Nanggala-402 ter se partido em pedaços, uma vez que ele foi construído para suportar a pressão a uma profundidade máxima de 250 metros. Nestas condições, o resgate dos tripulantes seria complicado e pode demorar a acontecer. Também não está descartada a possibilidade de que o submarino esteja operando normalmente e a tripulação enfrenta apenas alguma falha no sistema de comunicação, impossibilitando o contato com a Marinha temporariamente. Mas conforme Owen apontou ao The Guardian, esta hipótese é a menos provável no momento.  

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Bahia: Médicos prometem em outdoor “cura” da covid com tratamento precoce

22 de abril de 2021, 13:54

Um dos outdoors instalados em Feira de Santana (Foto: Reprodução)

Ao menos 30 outdoors defendendo o tratamento precoce para a Covid-19 foram instalados em Feira de Santana (BA) em nome da Associação Médicos pela Vida. Na peça publicitária, o texto afirma que a “Covid tem cura” e sugere que o paciente “procure um médico e peça tratamento precoce”. As informações são do Uol. O suposto tratamento até hoje não teve a eficácia comprovada por nenhum órgão internacional respeitado. A Organização Mundial da Saúde e o FDA, agência norte-americana que regula medicamentos, desestimulam o tratamento precoce. Membros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também já refutarem a existência de tratamento precoce contra a covid-19. Um dos outdoors instalados em Feira de Santana foi fotografado pelo advogado Theo Almeida, de 55 anos, que divulgou a imagem nas redes sociais. Em entrevista ao Uol, ele contou que estava passando pelo local de bicicleta e que ficou surpreso ao ver a peça. Ainda segundo Theo, ele ligou para empresa responsável pelos outdoors para tentar descobrir quem bancou a instalação. “Fui informado que foi um médico da cidade que pagou para colocar 15 placas”, afirmou ao Uol. Conforme a reportagem do Uol, o médico citado pelo advogado é o cirurgião Eduardo Leite, um dos coordenadores dos Médicos Pela Vida. De acordo com Leite, a ideia da mensagem foi criação dele e foi inicialmente divulgada por meio de cartões, que foram distribuídos pela cidade. “Um empresário me ligou perguntando se eu autorizava fazer outdoor com o cartão. Eu disse que não tinha problema nenhum. Então ele fez um grupo de WhatsApp chamado Unidos pelo Tratamento Precoce e me colocou lá com vários empresários”, explicou o cirurgião. Ainda segundo o médico, os empresários “fizeram uma cotação entre si com duas empresas de outdoor”. Leite ressalta que a ideia do outdoor não partiu da Associação Médicos Pela Vida. “Como não podiam usar o nosso nome sem autorização, eu disse que tudo bem [usar]. Me perguntaram quanto era a autorização, e eu disse que era de graça”, afirmou o médico. Em Curitiba (PR), outdoors com uma mensagem parecida em defesa do tratamento precoce também foram instalados por um empresário que procurou Leite. No entanto, em março, o Ministério Público do estado mandou retirar as peças publicitárias.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Jacobina: Operação é referência no combate às irregularidades no trânsito

22 de abril de 2021, 13:20

A OPT de Jacobina conta com a participação da Polícia Militar, através do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) e do Serviço Municipal de Tráfego e Transportes (SMTT) (Foto: BPRv)

Criticada pelos que defendem erros e elogiada pela população e entidades civis que defendem a vida, a Operação Paz no Trânsito realizada pelo Departamento de Trânsito da Bahia (Detran), realizada em diversos municípios baiano tem conseguido tirar das ruas e punido condutores com veículos com  irregularidades e principalmente sob efeito do álcool. Conforme a capitã PM Virgínia, coordenadora do BPRV, de modo geral as pessoas que reclamam estão andando irregular, seja sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), com veículos sem placas, descarga alterada ou sobre efeito de alcoolemia. Justificando a operação, a oficial disse que é preciso melhorar o trânsito e garantir a segurança da população. Realizada geralmente às sextas-feiras ou no sábado, a partir das 14 horas, indo até às 22 horas, a OPT de Jacobina conta com a participação da Polícia Militar, através do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) e do Serviço Municipal de Tráfego e Transportes (SMTT). O local escolhido pelas autoridades policiais para as diligências é o início da Avenida Luís Alberto Dourado de Carvalho, próximo ao bairro Nazaré. Segundo a capitã Virgínia o principal objetivo da Operação é tirar os condutores que dirigem sobre efeito de álcool das ruas, para que inocentes não venham a morrer ou ter ferimentos graves, como tem acontecido comumente. “Nós policiais rodoviários temos entre nossas missões, o de realizar educação e fiscalização de trânsito e, principalmente, prestar segurança aos usuários das rodovias, atuando inclusive na prevenção e enfrentamento de crimes. Por tanto estaremos sempre dando apoio às ações que garantam a segurança da população e trabalhando intensamente para melhorar o nosso trânsito”, ressaltou.     

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

‘Planejamento da vacinação foi improvisado’, diz o senador Otto Alencar que vai comandar 1ª sessão da CPI da Covid

21 de abril de 2021, 18:34

Além de dar início ao que pode se transformar na maior investigação contra o governo Bolsonaro, Otto Alencar deverá ter um papel decisivo no equilíbrio das forças dentro da CPI, já que integra a chamada ala independente (Foto: Reprodução)

Mais velho entre os integrantes da CPI da Covid, o senador Otto Alencar (PSD-BA) comandará a primeira sessão da comissão que vai sacramentar a escolha de Omar Aziz (PSD-AM) como presidente e Renan Calheiros (MDB-AL) como relator dos trabalhos. Além de dar início ao que pode se transformar na maior investigação contra o governo de Jair Bolsonaro, Otto deverá ter um papel decisivo no equilíbrio das forças dentro da CPI, já que integra a chamada ala independente, cujos voto pesarão nos rumos dos trabalhos. Mesmo evitando fazer juízo prévio, o senador baiano não tem dúvida de apontar a gravidade dos erros cometidos pelo governo no combate à pandemia. Especialmente na indicação de medicamentos sem eficácia no tratamento da covid-19 e na demora para a compra de vacinas. "Você sabe que todo o planejamento para comprar a vacina foi feito este ano. Devia ter sido feito no ano passado. Só quem planejou o ano passado foi o governador João Doria com a Sinovac", diz Otto. "Tanto é que falharam todas as perspectivas feitas pelo governo de suprimento de vacina. Tudo o que foi planejado veio faltando 30, 40%. Tanto no mês de março, quanto no mês de abril. Foi tudo improvisado, tudo correndo. Tanto é que, de cada dez vacinas, 8,5 são da Coronavac. Se o Ministério da Saúde tivesse feito o que o Doria fez, já estávamos com vacina para ter imunizado 50% da população." Caberá ao senhor presidir a primeira sessão da CPI. O que o senhor espera dos trabalhos da comissão? Eu acho que uma CPI como essa vai ser diferente de todas que já foram feitas. Porque vai funcionar no curso da doença, no curso da crise. Nunca é assim em CPI. CPI você sempre faz depois que os fatos acontecem. Essa não. Os fatos estão acontecendo e você vai ter de investigar. E sob um clima emocional muito grande por causa do número de mortes... Um clima emocional muito grande. E, além disso, vai ser uma CPI que deverá não ser só investigativa, mas também propositiva. Por exemplo, sei que o ministro novo da Saúde (Marcelo Queiroga) admitiu os protocolos que o mundo admitiu. Usar máscara, pedir para que se faça esse distanciamento físico das pessoas. Ele já admitiu isso. Ele admite a vacina. Ele chegou com os protocolos que o mundo adotou. Só quem ficou contra isso foi o presidente da República. E eu não sei por quê. Talvez por capricho. Certamente por conhecimento científico não foi, porque ele não é formado em medicina. A medicina não sabe como é a doença, imagina ele que nunca estudou? Eu não sei por que e baseado em que ele teve essa iniciativa a favor de hidroxicloroquina, anita, tratamento precoce, essas bobagens todas que aconteceram. O senhor entende que a CPI deve começar ouvindo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga? O ministro da Saúde precisa ir na CPI para dizer algumas coisas que estão acontecendo. O que está faltando, como é que ele recebeu a estrutura organizacional. Há uma série de cargos importantes lá, como secretário-executivo, diretor de compras de insumos e de imunizantes. Todos esses agentes de Estado que estavam por lá precisam ser ouvidos. E, certamente, isso vai merecer muito trabalho. E muita reunião justamente no curso de um momento muito difícil da vida nacional, de crise econômica grave e dos problemas todos que estamos vivendo. Com muitas pessoas comprometidas com subnutrição. Porque voltou a ter subnutrição. É uma CPI que não pode ser contaminada pela política. O senhor acha que há esse risco? Pode ser que queiram contaminar pela política por parte de algum setor do governo. Nós queremos fazer a CPI com isenção e total imparcialidade. Tanto que eu não faço juízo de valor e pré-julgamento de absolutamente ninguém. Eu quero ouvir. Especialmente os agentes de Estado que estão ou estavam à frente desse processo. Não é uma Comissão Parlamentar de Condenação. É de inquérito, de investigação. Mas essa politização já não está sendo feita a partir do momento em que o governo se moveu para tentar barrar a CPI ou quando pediu para trocar seus integrantes, como parece que foi tentado até em relação ao senhor e ao senador Omar Aziz? Eu não tive essa abordagem. De nenhum agente do governo. Tenho certeza que também o meu colega Omar Aziz não teve essa abordagem. A análise que faço é muito realista. Por exemplo, Renan e Omar têm apoio do líder do governo, que é Fernando Bezerra. Ele deu apoio a Omar e a Renan para presidir e relatar a CPI. Ele é o líder do governo no Senado Federal. Quem é o Renan no Senado? É o líder da maioria. Quais partidos formam a maioria? MDB e PP, que é da base governista. Você acha também que todos os senadores do MDB não foram ouvidos para a escolha do Renan? Ele teve unanimidade na escolha. A CPI pode propor mudanças legislativas para tentar padronizar ações futuras de combate a pandemias como essa? Nunca tivemos nenhuma crise sanitária dessa extensão, com exceção da Gripe Espanhola, que matou até um presidente eleito, Rodrigues Alves. Mas está muito distante isso. Foi cem anos atrás. Na minha opinião, precisamos estabelecer alguma legislação que, nesses casos, em que se decretasse calamidade pública, o Ministério da Saúde possa, talvez, funcionar sob um comando tripartite ou com a participação de Estados e representações dos Municípios e do Judiciário, do Ministério Público. Uma coisa dessa natureza. Para que não aconteça de um presidente da República sozinho tomar decisões equivocadas, como tomou o presidente. Ou de estimular aglomeração, não usar máscara. Achar que não precisava vacina. O senhor acredita que o presidente errou no seu comportamento em relação à pandemia? No fim do ano passado, ele chegou a dizer que o vírus estava indo embora. Como se o vírus fosse pegar um avião para sair do Brasil. É uma coisa sem precedentes. Olhe bem, a medicina não conhece ainda as manifestações clínicas da doença. Não conhece. Ela tem uma variação clínica de uma pessoa para outra muito grande. Você pega um paciente idoso, que fica assintomático e pega um jovem que, em cinco dias, tem uma pneumonia virótica, tem uma micro trombo-embolia e morre de insuficiência respiratória. Você vê o Major Olímpio (senador que morreu de covid no mês passado). Ele esteve comigo no dia 25 de fevereiro na Comissão de Assuntos Econômicos. Fiz uma sessão extraordinária para ele poder aprovar um projeto de interesse da capital do Estado de São Paulo. Quando ele saiu, me abraçou. Ele estava com duas máscaras. Eu tenho a foto e pus até no Instagram. Aí, ele foi embora. Quando chegou em São Paulo, no outro dia, ele já estava com a doença. Ele já saiu do Senado doente. E outra coisa. O senador mais forte do Senado era o Major Olímpio. Você pegava no braço do cara parecia que era uma perna. E era novo. Se a medicina não conhece, se os infectologistas não conhecem, sanitaristas, médicos, ninguém conhece direito as manifestações clínicas, as variantes de um paciente para outro... quem vai conhecer é o presidente da República? O presidente Bolsonaro que não tem formação médica? É o Pazuello, que é um general de Exército, que disse que não conhecia o SUS? Isso é de uma falta de compreensão e de responsabilidade muito grande. O ex-ministro general Eduardo Pazuello cuidou da Saúde durante o maior período da pandemia. Que justificativas o senhor espera que ele dê para a própria atuação? Não sei o que ele vai dizer. Quando ele esteve antes no Senado, não conseguiu responder às perguntas. Inclusive, o questionamento mais forte feito a ele no Senado foi do Major Olímpio. Foi o mais consistente. Ele perguntou: o senhor me disse em agosto que não ia comprar vacina porque não ia ter demanda. O senhor botou no site do Ministério da Saúde a hidroxicloroquina como droga de escolha para tratar a doença e depois tirou do site. O senhor ainda acha que a hidroxicloroquina é a medicação que cura a doença? Foi a pergunta do Major Olímpio. O senhor pretende repetir essa pergunta ao ex-ministro na CPI? Provavelmente. O senhor entende que há elementos para a responsabilização do presidente Bolsonaro e ou do general Pazuello? Eu não posso me manifestar para não acharem que estou fazendo pré-julgamento. Tenho de ser isento e imparcial. Mas o senhor concorda que está claro que houve problemas no Ministério da Saúde? A gente tem de ver os processos, as licitações. Por que deixou de comprar vacina, por que comprou atrasado. Essas coisas todas. A CPI não pode ter um alvo. O Ministério da Saúde tem uma estrutura organizacional muito grande. Esse pessoal todo tem de ser ouvido. A decisão sobre as vacinas e a compra de medicamentos podem ser os principais pontos de investigação da CPI? Acho que sim. A vacina é a arma para combater o vírus. Você sabe que todo o planejamento para comprar a vacina foi feito esse ano. Devia ter sido feito no ano passado. Só quem planejou no ano passado foi o governador João Doria com a Sinovac. Tanto é que falharam todas as perspectivas do governo de suprimento de vacina. Tudo o que foi planejado, veio faltando 30, 40%. Tanto no mês de março quanto no mês de abril. Foi tudo improvisado, tudo feito correndo. Tanto é que, de cada dez vacinas, 8,5 são da Coronavac. Se o Ministério da Saúde tivesse feito o que o Doria fez, já estávamos com vacina para ter imunizado 50% da população. O senhor acha que essa foi a maior falha do governo nesse processo todo? Sem dúvida nenhuma. A falta de planejamento estratégico para ter vacina suficiente para imunizar o povo brasileiro. Fonte: Estadão 

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

4 mitos e verdades sobre o ensino remoto

20 de abril de 2021, 18:42

Os professores tiveram que criar do zero e rapidamente um novo modelo de ensino (Foto: Reprodução)

Aulas online em casa, quem é mãe ou pai com crianças em idade escolar com certeza está vivendo este grande desafio. De uma lado temos famílias sobrecarregadas e, de outro, professores fazendo tudo o que podem para lidar com os desafios do ensino remoto. A pedagoga Bruna Cardoso que tem recebido muitas questões das mães e dos pais sobre o assunto, completa: “Em um momento como este, a parceria entre a família e a escola precisa se fortalecer, sabemos que a mãe e o pai não são professores, e nem precisam ser, mas precisam oferecer apoio para as crianças.” Muito se ouve por aí sobre ensino remoto, por isso é preciso desvendar alguns mitos e verdades sobre o assunto: 1- O ensino remoto substitui o presencial MITO! O ensino remoto foi criado em caráter emergencial. Ele tem durado mais tempo que o esperado, mas é o que temos – e traz bons resultados na aprendizagem quando acontece em condições ideais. Ou seja, quando bem estruturado, é possível que as crianças aprendam bastante. No entanto, ele não substitui o ensino presencial. Estar com os colegas, relacionar-se socialmente, aprender com o outro, aprender com o ambiente são alguns exemplos de pontos insubstituíveis do ensino presencial. 2- O ensino remoto facilita a vida dos professores MITO! Os professores tiveram que criar do zero e rapidamente um novo modelo de ensino. Criar e adaptar atividades, projetos e sequências didáticas pensando nas ferramentas digitais envolve estudo e muita pesquisa. Não se trata de simplesmente dar aula na frente do computador. Além disso, mediar as interações virtuais, preocupar-se com a aprendizagem de todos os alunos e avaliar têm sido um enorme desafio. 3- As crianças não aprendem com o ensino remoto MITO! Crianças maiores de 5 anos, com internet, um dispositivo digital, material, um modelo de ensino remoto que priorize as abordagens ativas e com a parceria da família conseguem aprender, sim. A questão é que nem todas as mães e pais podem dar este apoio tão necessário, pois precisam trabalhar. Para casos assim, a Plataforma Ler o Mundo, por exemplo, possui um curso sobre como as famílias podem participar da alfabetização das crianças no dia a dia, sem estresse, nos momentos de folga. No entanto, nem todas as crianças possuem acesso à internet e computador/tablet/celular ou um contexto domiciliar favorável para a aprendizagem. Por isso, temos visto uma quantidade enorme de crianças em defasagem, isso é muito sério. Com a volta às aulas gradual, o grande desafio será oportunizar, para quem não conseguiu aderir ou acompanhar o ensino remoto, as aprendizagens necessárias, ou seja, uma reorganização curricular para que todos possam caminhar do ponto em que pararam. 4- O ensino remoto proporciona outras aprendizagens VERDADE! O ser humano tem uma capacidade enorme de se adaptar. As crianças que seguiram no ensino remoto avançaram enormemente no letramento digital. Além de dominarem recursos e ferramentas, temos visto as escolas investindo na educação midiática, algo muito importante nos dias atuais. Desenvolver o pensamento crítico e a autonomia para lidar com as fake news e a desinformação, por exemplo, é uma capacidade essencial hoje em dia. Além disso, estão usando as criatividade para lidar com o tempo livre dentro de casa e desenvolvendo resiliência para conseguir passar por um momento tão adverso e cheio de desafios, por exemplo. Fonte: IstoÉ 

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Câmara deve colocar em votação pedido para ‘urgência’ de projeto de privatização dos Correios

20 de abril de 2021, 15:21

A urgência torna a proposta prioritária na fila de votação de projetos da Casa e permite que ela possa ser pautada no plenário a qualquer momento (Foto: Reprodução)

A Câmara deve discutir nesta terça-feira, 20, requerimento de urgência para o projeto de lei que cria um novo marco postal e abre espaço para a privatização dos Correios. A urgência torna a proposta prioritária na fila de votação de projetos da Casa e permite que ela possa ser pautada no plenário a qualquer momento. No Twitter, líderes da oposição se movimentam contra a proposta. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, por meio de sua conta no Twitter, que o tema é importante e que a discussão do tema está prevista para começar às 15h. Mas não há acordo entre as lideranças para aprovar o pedido, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A líder do PSOL, Talíria Petrone (RJ), disse que vai votar contra a medida. "Arthur Lira e a base do governo querem aprovar, no dia de hoje, a urgência do PL 591/21, que autoriza a privatização dos Correios sem ouvir a categoria e o povo. Votaremos contra mais esse ataque ao nosso patrimônio", relatou no Twitter. Também na rede social, o vice-líder do PCdoB, Orlando Silva (SP), afirmou que Lira quer votar o requerimento de urgência a toque de caixa. "Não admitiremos. Vamos parar o Congresso e impedir esse ataque à soberania nacional. A ECT é uma empresa fundamental para o País. Não à privatização dos Correios", postou. O líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que pretende obstruir os trabalhos para impedir a aprovação do requerimento. "Não à privatização dos Correios", publicou. Na mesma linha, o vice-líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE), disse que a bancada do PT vai se posicionar contra o projeto. O projeto de privatização dos Correios foi entregue em mãos pelo presidente Jair Bolsonaro a Lira no dia 24 de fevereiro. Na semana passada, o governo incluiu a empresa no Plano Nacional de Desestatização (PND) por decreto, o que permite a contratação de estudos para privatizar a estatal. A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do Ministério da Economia, Martha Seillier, disse que o governo tem a intenção de vender o controle acionário da empresa, mas ainda não decidiu se vai se desfazer de 100% das ações ou se manterá participação minoritária. A privatização dos Correios depende da aprovação de um projeto de lei de autoria do Executivo que permite que a iniciativa privada preste serviços que hoje apenas os Correios podem operar. A previsão, por ora, é que o leilão ocorra em 2022. Para que isso ocorra, o governo precisa que a proposta seja aprovada na Câmara e no Senado até agosto.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Covid explode em cidade do interior de SP governada por ‘Bolsonaro caipira’

20 de abril de 2021, 10:24

Sodario também é um cético da Coronavac, assim como Bolsonaro (Foto: Reprodução)

 Os irmãos Gustavo e Alessandra Bortoleti, de Mirandópolis (SP), viveram o calvário da Covid-19 de forma simultânea. Começaram a sentir os primeiros sintomas da doença na última semana de março. No dia 31 daquele mês, com algumas horas de diferença, o comerciante Gustavo, 44, e a esteticista Alessandra, 45, foram internados no Hospital Regional da cidade. Em 2 de abril, ambos foram para a UTI. No dia 9, Gustavo morreu por volta de 18h. Sua irmã, pouco antes da meia-noite. A tragédia familiar chocou a cidade no noroeste do estado, a 595 km de São Paulo, e se tornou simbólica do momento crítico vivido por seus 30 mil moradores. O drama também colocou os holofotes sobre a gestão do prefeito Everton Sodario (PSL), 27, apoiador inconteste do presidente Jair Bolsonaro, que desde o início da pandemia seguiu o receituário pregado pelo governo federal: minimizou a doença, pregou contra o distanciamento social e as restrições ao comércio, atacou a vacina do Butantan e promoveu o chamado "tratamento precoce", sem eficácia comprovada. No período de 19 de março a 19 de abril, o total de mortes contabilizadas pela prefeitura desde o início da pandemia passou de 24 para 65, um salto de 170,8%. Já o número de casos confirmados subiu 52,5% no período, chegando a 1.853. Como comparação, o aumento de mortes no estado de São Paulo nesse mesmo intervalo foi de 32,5%, e o de casos, 20,6%. No país, as mortes cresceram 29,1% e os casos, 17,7% no período.A situação levou ao colapso total o hospital estadual onde os irmãos morreram, o principal da região, mesmo após a capacidade de leitos de UTI para Covid ter sido ampliada de 10 para 18. Em 29 de março, seu diretor, Nivaldo Francisco Alves Filho, emitiu uma circular dizendo que a ocupação de leitos de UTI para Covid era de 185%. Em outras palavras, quase metade dos pacientes estava sendo atendida de forma improvisada, em leitos montados onde houvesse espaço. "Cheguei num determinado momento em que não tinha mais onde colocar doente", relata o diretor. Duas vezes no último mês, ele precisou suspender temporariamente o recebimento de pacientes, por absoluta incapacidade de acomodá-los. Segundo relato colhido pela reportagem dentro do hospital, no auge da crise havia pacientes internados na enfermaria e em locais como a sala de endoscopia. Houve momentos com falta de material como luvas, seringas e agulhas. Medicamentos usados para sedar pacientes antes da intubação, como midazolam e fentanil, foram substituídos por outros menos indicados, como diazepam e morfina. O diretor nega a escassez de material e remédio, mas admite a situação crítica do hospital, com as equipes extenuadas. "Temos óbitos todos os dias. Chegamos a ter cinco num único dia", diz ele. A situação é agravada, afirma ele, pela entrada de pacientes que vêm de municípios vizinhos, cerca de 40% do total. Na última quinta-feira (15), quando Alves Filho falou com a reportagem, a ocupação de leitos de Covid estava um pouco menos dramática, em 111%. Segundo o diretor, isso se deve ao medo das pessoas, que passaram a ficar mais em casa. E demonstra, segundo ele, que o isolamento social funciona. "A gente tem um prefeito que abriu o comércio, enquanto todo mundo estava buscando restringir. E acabou gerando esse transtorno, porque teve maior circulação de pessoas", afirma. Conhecido como "Bolsonaro caipira", Sodario é um ex-ativista de direita que foi eleito para um mandato tampão como prefeito em 2019 e reeleito no ano passado. Nas redes sociais, ataca de maneira dura o governador João Doria (PSDB) por causa da pandemia, a quem já chamou de "canalha", "traidor do povo" e "calcinha apertada". Desde o início da pandemia, insurgiu-se contra o Plano São Paulo, mantendo o comércio aberto, o que lhe valeu uma multa de R$ 40 mil e o bloqueio dos bens pelo Ministério Público. Rotineiramente, Sodario aparece em fotos sem máscara perambulando pela cidade, dizendo que "aqui não tem home office". Ele também é defensor do uso de medicamentos como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina contra a Covid, apesar de não terem eficácia comprovada pela grande maioria da comunidade científica. A prefeitura gastou desde o início do ano R$ 22 mil na compra de 26 mil comprimidos destes remédios para o serviço municipal de saúde, ignorando as evidências e o riscos à saúde que representam. As compras seguiram a todo o vapor mesmo no auge da piora dos casos. Em 30 de março, foram mais 3.000 pílulas de azitromicina adquiridas com dinheiro público. Sodario também é um cético da Coronavac, assim como Bolsonaro. "Sou o primeiro a não tomar essa vacina chinesa e não obrigarei meu povo a tomar essa porcaria", escreveu, em 16 de outubro de 2020. Em conversa com a reportagem, o prefeito não moderou o discurso, apesar de recentemente ter feito alguns acenos a seus críticos, como ter colocado outdoors na cidade pedindo para as pessoas usarem máscara. Ele atribuiu o salto de casos na cidade à chegada de pacientes de fora, que trouxeram variantes mais agressivas da doença. "Tivemos no ano passado todo 12 óbitos pelo vírus chinês. Mas temos um hospital que é referência na região, que começou a receber pessoas de todo o estado, e as variantes começaram a circular", afirmou. Sodario atribui ao governo Doria a maior responsabilidade pelas mortes. "Tivemos mortes por causa da falta de leitos, de insumos, da inércia do governo de estado", diz. Mesmo com a explosão da doença, ele afirma ser desnecessário apertar as restrições de circulação, embora Mirandópolis agora esteja seguindo o Plano São Paulo, depois da multa que o prefeito levou. "Não é o comércio que faz o vírus se propagar, aqui são lojas pequenas", afirma. Ele segue se dizendo convencido de que o "tratamento precoce" funciona. "Não tenho dúvida de que os remédios amenizaram a situação. Os médicos aqui têm o medicamento à disposição, caso queiram usar. O município não sai distribuindo, precisa do receituário", diz. O prefeito diz já ter aplicado 6.500 doses da vacina, embora pessoalmente mantenha posição contrária a elas. "Eu não tomo a Coronavac, porque tem uma eficácia bastante baixa. Todas essas vacinas foram feitas de forma bastante precipitada. Mas não vou proibir o munícipe de tomar", diz o prefeito, que afirma fazer a divulgação dos postos de vacinação e ter instalado um sistema drive-thru. Sobre a pecha de ser negacionista, diz que é injusta. "Negacionistas são os que são contra o tratamento precoce, ou os que não entendem que as pessoas precisam também trabalhar. Apenas tenho pensamento divergente da maioria dos prefeitos e governadores", diz.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

CFM diz no Senado que não aprova tratamento precoce contra Covid-19

20 de abril de 2021, 08:51

(Foto: Reprodução)

Durante audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19 do Senado na manhã desta segunda (19), o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Donizette Giamberardino Filho, esclareceu que “o Conselho Federal de Medicina não recomenda e não aprova tratamento precoce e não aprova também nenhum tratamento do tipo protocolos populacionais [contra a covid-19]”. Ano passado, o conselho aprovou parecer que facultou aos médicos a prescrição da cloroquina e da hidroxicloroquina para pacientes com sintomas leves, moderados e críticos de Covid-19. Segundo o médico, o que o CFM fez foi uma autorização fora da bula [off label] em situações individuais e com autonomia das duas partes, “firmando consentimento esclarecido [médico] e informado [paciente]”. Em nenhum momento ele [o CFM] autorizou qualquer procedimento experimental fora do sistema CRM/CFM. “Esse parecer não é habeas corpus para ninguém. O médico que, tendo evidências de previsibilidade, prescrever medicamentos off label e isso vier a trazer malefícios porque essa prescrição foi inadequada, seja em dose ou em tempo de uso, pode responder por isso”, avaliou Donizette. Perguntado por senadores sobre uma revisão de posicionamento do CFM diante de evidências científicas de ineficiência dessa prescrição, o médico disse que a entidade está frequentemente reavaliando condutas, mas que nesse caso, especificamente, só uma decisão de plenário poderia reverter a orientação dada em abril do ano passado. “O Conselho Federal estuda a todo momento. Esse parecer pode ser revisto? Pode, mas é uma decisão de plenária, eu não posso fazer isso por minha opinião. O que eu repito é que a autonomia é limitada ao benefício. Quem ousa passar disso, responde por isso”, garantiu. Politização Já a microbiologista Natália Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (ICQ), da Universidade de São Paulo (USP), ressaltou que existem vários tipos de estudos científicos que têm sido reportados para tentar validar o uso do chamado kit covid ou tratamento precoce, que causaram controvérsia no Brasil. Segundo ela, os melhores estudos nessa área mostram que vários componentes desse kit já foram desmentidos. “Não é que não existem evidências ainda; é que já existem evidências de que esses medicamentos não funcionam. Para cloroquina e hidroxicloroquina, nós temos mais de 30 trabalhos feitos no padrão ouro que mostram que esses medicamentos não servem para Covid-19. Para ivermectina, nós temos trabalhos também que demonstram que não serve e uma série de trabalhos que são muito malfeitos e muito inconclusivos. Infelizmente, muitos médicos acabam se fiando nisso”, criticou. A pesquisadora defendeu que a ciência vem para ficar de mãos dadas com a Medicina e com a saúde pública, e não para antagonizá-la. “A ciência serve para embasar a medicina, para que médicos tenham a tranquilidade de receitar medicamentos que eles sabem que passaram por esses testes e que, por isso, por haver uma base científica, podem receitar”, acrescentou. Para a especialista o Brasil não precisa de posturas públicas que confundam orientações sanitárias. “Nós não precisamos de que a tragédia da pandemia seja utilizada como mecanismo de busca de poder, ou seja, politizada; nós não precisamos de que empresas patrocinem a publicidade do kit covid; não precisamos de posturas públicas alarmistas. Precisamos, sim, de transparência. Precisamos de informação”, defendeu. Natália Pasternak apontou a municipalização das condutas para evitar a disseminação do vírus como um erro. Para a especialista, o ideal seria que as medidas de distanciamento social atingissem micro e macrorregiões onde haja a circulação das pessoas. Ainda segundo ela, não há sentido, numa região metropolitana, determinado prefeito não fazer o distanciamento, pois essa conduta pode atrapalhar muito a eficácia da medida. Então, nós temos que ter ações mais conjuntas. A municipalização é um direito, mas a descentralização tem limites para sua eficiência”, ponderou. Outros medicamentos Os senadores ouviram ainda as considerações da doutora Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz). A especialista condenou a utilização de alguns  fármacos, que considerou estarem sendo usados de forma “arbitrária” no tratamento do novo coronavírus. Segundo ela, essas drogas não passam de “saquinhos da ilusão”. “São antibióticos que não têm a menor indicação para uma doença que é viral – antibiótico é remédio usado em doença causada por bactéria –, misturando com vitaminas, com zinco, com corticosteroides, que é um medicamento que só tem indicação em casos específicos de Covid-19, com critério médico abalizado naturalmente, e isso mais com anticoagulante, o que piora mais ainda a situação. Anticoagulante também tem indicação na covid-19, porém deve ser usado criteriosamente a partir da avaliação de determinados marcadores clínicos da Covid, com os quais nós estamos muito acostumados a lidar”, avaliou.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Homens com Covid têm risco seis vezes superior de sofrer de impotência

20 de abril de 2021, 07:44

Segundo um novo estudo italiano, homens infectados com o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19, apresentam um risco seis vezes mais elevado de sofrerem de disfunção erétil (Foto: Reprodução)

Apesquisa - denominada 'Vacine-se para que possa ejacular' - foi liderada por Emmanuele A. Jannini, professor de endocrinologia e de sexologia, na Universidade de Roma Tor Vergata, na Itália. O novo estudo divulgado na publicação científica Andrology, apurou que o risco de disfunção erétil é seis vezes superior em homens que sofreram previamente de Covid-19. Mais ainda, os investigadores detectaram que a condição, capaz de impossibilitar o desenvolvimento ou manutenção da ereção durante o sexo, pode ser temporária ou persistir a longo prazo.  Números preliminares também indicam que os homens que padecem de disfunção erétil têm mais de cinco vezes de probabilidade de adoecerem com Covid-19. Apesar dos dados apurados, alguns especialistas afirmam que ainda não existem provas científicas suficientes que indiquem uma ligação direta entre disfunção erétil e o novo coronavírus. Atualmente, os pesquisadores italianos estão prosseguindo com o estudo de modo a entenderem melhor como as duas condições de saúde podem estar relacionadas. 

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Corte em crédito rural no Orçamento de 2021 ameaça agricultura familiar

19 de abril de 2021, 07:57

A verba é usada não apenas para bancar o plantio diretamente, mas para sustentar empréstimos nas linhas do Pronaf que chegam a superar R$ 30 bilhões (Foto: Reprodução)

Produtores rurais se mobilizam para tentar reverter cortes feitos no Orçamento de 2021 que reduzem em 35% os repasses para o setor mais sensível do campo, a agricultura familiar. No fim de março, o Congresso aprovou o projeto orçamentário para o próximo ano com corte de R$ 2,5 bilhões na subvenção econômica ao crédito rural. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) perdeu R$ 1,35 bilhão. Pela proposta original do governo, o programa receberia R$ 3,8 bilhões neste ano. A verba é usada não apenas para bancar o plantio diretamente, mas para sustentar empréstimos nas linhas do Pronaf que chegam a superar R$ 30 bilhões. A agricultura familiar é praticada em 77% das propriedades produtivas do país, que corresponde a 23% da área agrícola, e garante renda e alimento para 10 milhões de brasileiros, de acordo com o mais recente Censo Agropecuário do IBGE, relativo a 2017. O valor de produção desse tipo de plantio, porém, é inferior ao alcançado nas grandes propriedades, representando 23% do total. "O corte no Pronaf surpreendeu muito o setor porque, em São Paulo, por exemplo, 78% dos agricultores são pequenos e cerca de 90% usam o programa", afirma Tirso Meirelles, vice-presidente da Faesp (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo). Nessa categoria estão, por exemplo, os produtores do cinturão verde, que abastecem a região metropolitana com hortaliças. Para a Faesp, o enxugamento do programa preocupa muito porque compromete não apenas o próximo Plano Safra, mas também afeta a renda dos produtores na etapa final da safra de 2020/2021, que se encerra em 30 de junho deste ano. A redução nos repasses pode levar até mesmo a interrupção imediata de linhas de financiamento rural, de acordo com a federação. O setor trabalha para que o valor seja recomposto em um projeto de lei a ser apresentado pela Câmara dos Deputados. A meta é igualar o volume da subvenção de 2021 ao de anos anteriores Por causas desse e outros cortes, bem como da adição de emendas de parlamentares, questionados por economistas e integrantes da equipe econômica, o Orçamento deste ano ainda está parado no Congresso. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem até 22 de abril para sancionar a proposta. Representantes da agropecuária, que fazem parte da base aliada ao governo Bolsonaro, buscam uma articulação com parlamentares e membros do Ministério da Agricultura para tentar reverter a situação. Lideranças de federações agrícolas e da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) pediram à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na terça-feira (13), que intervenha em favor dos pequenos produtores. Segundo Aristides Veras dos Santos, presidente da confederação, a ministra teria tranquilizado produtores ao afirmar que não faltarão recursos para a agricultura familiar. "Mesmo assim, vamos manter a coalizão", afirma Santos. Dedicada ao mercado interno, a agricultura familiar é mais sensível a mudanças de subvenção do que a agricultura tradicional e exportadora de matérias-primas, que tem recursos com venda futura e mais capital de giro. O valor médio dos custeios do Pronaf, segundo especialistas, é de R$ 40 mil por ano, o que custa ao governo cerca de 10% e mantém uma média de três pessoas ocupadas por ano. João Luiz Guadagnin, especialista em crédito rural e diretor no Ministério de Desenvolvimento Agrário no governo durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, diz que os repasses para Pronaf já são insuficientes e o Congresso tem alternativas para remanejar os recursos, manter a verba original prevista para o pequeno produtor e evitar o que chama de "o caos" no financiamento agrícola. "Tem que tirar dinheiro das emendas parlamentares ou dos militares, que tiveram reajuste no orçamento", afirma. "Se não houver remanejamento, a Secretaria do Tesouro terá que pedir, no máximo em maio, para que parem as contratações com o recurso subvencionado." O remanejamento de recursos na peça orçamentária também afetou o Ministério da Agricultura. Inicialmente, a dotação orçamentária prevista era de R$ 11,9 bilhões. Após a redução no Congresso, a pasta ficou com R$ 9,15 bilhões, redução de 23%. Também foram afetadas operações de crédito, subvenção de seguro rural, operações de investimento, custeio e alongamento de dívidas e programas de apoio à comercialização também serão afetadas. Em nota, o Ministério da Agricultura afirma que os impactos das alterações no orçamento ainda estão em avaliação pela área técnica da pasta.

Leia mais...

DIVULGUE A NOTÍCIA

Boas Festas!

VÍDEOS