Padre indiciado por estupro de vulnerável está foragido

07 de março de 2022, 16:59

Inquérito foi aberto no ano passado, após jovem, de 20 anos, fazer denúncia contra Delson Zacarias dos Santos; vítima diz ter sofrido abusos desde os 13 anos (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil informou que o padre Delson Zacarias dos Santos, que atuava em uma paróquia no Distrito Federal, está foragido. O sacerdote foi indiciado por estupro de vulnerável contra um jovem de 20 anos e outros adolescentes. As informações são do G1 e do portal Metrópoles.

Investigado desde de junho do ano passado, após denúncia de um dos jovens, o padre foi afastado de suas funções religiosas pela Arquidiocese de Brasília. O caso está sob sigilo, por envolver situações de abusos que aconteceram quando a vítima tinha menos de 18 anos.

Segundo a reportagem do portal Metrópoles, os crimes teriam acontecido entre os anos de 2014 e 2021. A violência sexual praticada com uma das vítimas começou quando ele tinha 13 anos. Conforme o rapaz, os abusos duraram cerca de seis anos e meio, quase semanalmente.

O padre teria começado os abusos em 2014, na casa paroquial, quando perguntou ao jovem se ele se masturbava ou assistia pornografia. O adolescente teria respondido que não, segundo relatou ao Metrópoles, mas o religioso insistiu no assédio, pedindo para que o jovem abaixasse as calças, pois queria ver seu pênis.

“Eu resisti e ele me disse para não ter medo, que ele não faria nada. Nesse momento fiquei assustado, mas confiei. Abaixei as calças e ele tocou no meu pênis”, disse o jovem.

De acordo com o rapaz, o padre percebeu que ele tinha ficado assustado e pediu para que levantasse a calça. Pediu para que ele não contasse a seus pais e prometeu que aquilo não aconteceria mais. No entanto, duas semanas depois os ataques voltaram a acontecer.

“Ele me convidou para o quarto de visitas e pediu que eu me deitasse na cama, para que fizesse uma massagem. Ele me prometeu que não faria nada. Confiei e deixei. Então, eu tirei minha camisa e deitei. O Pe. Zacarias pegou o creme, passou em minhas costas e começou a fazer a massagem, em instantes peguei no sono”, disse o rapaz.

Na ocasião, ele lembra que acabou acordando sem o shorts e com o padre alisando suas nádegas e pernas. O jovem conta que o mesmo aconteceu em outras oportunidades, mas que sempre se sentiu desconfortável com os atos, mas que se sentia coagido a fazer aquilo. Posteriormente, as massagens evoluíram para masturbação e sexo oral.

Ao Metrópoles, a vítima contou que, por diversas vezes, contou ao padre que não gostava dos abusos e pedia para que parassem, e que o sacerdote prometia que pararia, mas acabava sempre retomando os abusos.

Segundo o jovem, o padre chegou a estuprá-lo e ele tentava resistir, mas percebeu que “aceitar e ficar em silêncio era menos dolorido do que fazer força para dificultar o ato”.

O último abuso aconteceu em 2021, quando o rapaz decidiu dar um basta e denunciá-lo para a polícia.

O Metrópoles procurou a Arquidiocese de Brasília na época que disse, em nota, que a igreja presta assistência protetiva e psicológica aos envolvidos e instaurou um processo de investigação, além de ter afastado o padre de seu ofício sacerdotal.

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