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Estudo revela por que motivo dormir mais nem sempre é benéfico

25 de agosto de 2021, 12:13

(Foto: Reprodução)

Um novo estudo realizado na Índia sugere que passar horas extra na cama não significa muito em termos de benefícios para a saúde, se não se registar também um aumento correspondente no chamado sono de boa qualidade.  A pesquisa, divulgada no The Quarterly Journal of Economics e citada pelo site Science Alert, que envolveu 452 trabalhadores de baixo rendimento econômico ao longo de um mês em Chennai, descobriu igualmente que tirar um cochilo à tarde é mais benéfico do que uma hora adicional de sono durante a noite - pelo menos nos participantes do estudo que experienciaram um sono noturno bastante perturbado. As medições foram feitas com 'actigraphs': pequenos sensores de movimento vestíveis, capazes de monitorar os ciclos do sono que estão a suscitar cada vez mais interesse entre os cientistas.  Ao fornecer informações e incentivo, proporcionando adicionalmente melhorias nos ambientes de sono doméstico, os investigadores foram capazes de fazer com que os trabalhadores dormissem em média durante quase meia hora a mais por noite - contudo, não se registaram os benefícios esperados para a saúde. "Para nossa surpresa, essas intervenções de sono noturno não tiveram nenhum efeito positivo em nenhum dos resultados que medimos", disse o economista Frank Schilbach, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Esses resultados incluíram cognição, produtividade, tomada de decisão e bem-estar. Em média, o número de horas de trabalho também decresceu - talvez porque mais tempo na cama significava menos tempo para trabalhar. Os voluntários foram integrados num trabalho de entrada de dados projetado exclusivamente para o estudo, onde a atenção e produtividade dos participantes poderiam ser medidas. Esta baixa eficiência do sono parece prevenir o tipo de sono mais profundo e restaurador que pode ser tão vantajoso para a saúde em geral. Muitas pesquisas anteriores têm destacado as consequências de não dormir o suficiente todas as noites, incluindo um risco aumentado de demência. Segundo os cientistas, estudos futuros deverão concentrar-se na qualidade do sono em vez da duração, enquanto que fatores psicológicos - como o stress e a preocupação muitas vezes enfrentados pelas famílias com rendimentos mais baixos - também deverão ser tidos em conta.

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Bebê da capa do disco do Nirvana processa banda ao acusá-la de exploração sexual

25 de agosto de 2021, 12:01

Spencer Elden tinha quatro meses na época da foto, em 1991 (Foto: Reprodução)

Spencer Elden, o bebê que aparece na capa do disco "Nevermind" da banda Nirvana em 1991, então com quatro meses, agora, aos 30, processa a banda por exploração sexual. De acordo com o jornal The Guardian, o processo conta com 15 réus, dentre eles a viúva do vocalista Kurt Cobain, Courtney Love, e a gravadora que lançou e distribuiu o disco. Spencer Elden pede uma indenização de US$ 150 mil (o equivalente a R$ 787 mil) de cada uma das partes por "exploração sexual infantil comercial desde quando Elden era menor de idade até os dias atuais", diz a defesa.  Spencer Elden, hoje com 30 anos, pede indenização de US$ 150 mil (o equivalente a R$ 787 mil) Na imagem do disco, o bebê aparece nadando pelado indo atrás de uma nota de dólar. No processo consta que Elden alega ter sofrido uma produção de pornografia infantil com sua imagem. Danos permanentes por causa dessa exposição teriam afetado a cabeça dele o que incluiria "sofrimento emocional extremo e permanente com manifestações físicas". O jornal aponta que Elden diz que nunca teria sido pago pela imagem estampada no projeto. Mas informações prévias davam conta de que os pais de Elden receberam cerca de US$ 200 na época. Em entrevista em 2007, Spencer Elden disse ao Sunday Times que era "meio assustador que muitas pessoas me viram nu. Me sinto a maior estrela pornô do mundo". Em 2016, quando completou 25 anos, o álbum "Nevermind" já havia comercializado mais de 30 milhões de cópias desde o seu lançamento. À Folha de S.Paulo, em 2011, o fotógrafo Kirk Weddle contou que quase escolheram uma menina para a capa, tendo prevalecido a decisão da gravadora, que preferiu Elden. A ideia original de Kurt Cobain, vocalista do grupo, era fotografar um parto na água, opção descartada por ser muito difícil. Na época, o fotógrafo pagou US$ 200 a um casal de amigos que lhe emprestou Elden, então com quatro meses. "Spencer não sabia nadar. A mãe dele o segurou, mas ele chorou, então encerramos logo. Gastei meio rolo de filme e cinco minutos", disse. Folhapress

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Pesquisadores descobrem segredo da proteção de crianças contra COVID-19

24 de agosto de 2021, 11:25

O sistema imunológico de uma criança parece estar mais preparado para a COVID-19 do que o dos adultos porque as células em seu trato respiratório superior estão em alerta máximo constante (Foto: Reprodução)

Os cientistas pegaram algumas células da mucosa nasal de 42 crianças saudáveis e infectadas e de 44 adultos. Eles analisaram, entre outras coisas, a atividade de certos genes nas células individuais. "Queríamos entender por que a defesa contra o vírus aparentemente funciona muito melhor em crianças do que em adultos", explicou Irina Lehmann, a chefe do grupo de Epidemiologia Molecular no Instituto de Saúde de Berlim no Hospital Charité. Os pesquisadores explicam que, para combater o vírus rapidamente, os chamados receptores de reconhecimento padrão devem ser ativados. Este sistema é mais ativo em células do trato respiratório superior infantil e em determinadas células do sistema imunológico das crianças do que nos adultos. Se o vírus infetar a célula, o corpo produz interferons, que começam a combater a infecção. O sistema de alerta precoce dos adultos não reage tão rápido, o vírus não é combatido de forma eficaz e pode propagar-se pelo corpo. Em caso de infecção, as crianças podem combater rapidamente o vírus antes que ele se multiplique maciçamente. Esta descoberta provavelmente explica por que as crianças têm muito menos chances de ter a COVID-19 grave. "Aprendemos com este estudo que existem, obviamente, não só fatores de risco para casos graves da COVID-19, mas também fatores de proteção", segundo Lehmann. Os cientistas afirmam que os resultados do estudo abrem caminho para mais pesquisas para descobrir se os pesquisadores podem estimular preventivamente uma resposta imune em pacientes em situação de risco para fornecer-lhes um nível similar de proteção como têm as crianças expostas ao vírus.

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Município de Caém adere ao Programa Trilha de Educação em parceria com o Sebrae

24 de agosto de 2021, 10:43

Prefeito Arnaldo Oliveira (primeiro à esquerda), participou do lançamento de vídeo conferência (Foto: Reprodução)

Coordenado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), aconteceu na tarde desta segunda-feira (23), através de vídeo conferência, o lançamento da ‘Trilha de Educação Empreendedora’, com as participações de gestores, secretários de educação e equipes pedagógicas dos municípios de Caém, Campo Formoso, Jaguarari, Jacobina e Senhor do Bonfim. Como parte do programa Cidade Empreendedora, o Trilha de Educação tem como objetivo, apoiar as gestões municipais na elaboração e concretização de um plano de ação para implantação e manutenção da educação empreendedora nos municípios, através de um processo de ensino e aprendizagem com metodologias que buscam o desenvolvimento das competências pessoais e implementação de projetos de empreendedorismo. O prefeito de Caém, Arnaldo Oliveira, avalia a parceria entre a gestão municipal e o Sebrae como uma ação inovadora e de resultados positivos a curto e longo prazo, uma construção de oportunidades que visa o desenvolvimento social e econômico do seu município. “A educação é transformadora, um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento social e econômico de uma cidade e a oferta de empreendedorismo no currículo escolar irá contribuir e estimular o desenvolvimento de nossa cidade”, salienta o prefeito. O secretário de Educação de Caém, Ronaldo Oliveira, que também participou do evento virtual, destaca que a educação empreendedora existe para despertar o empreendedorismo nas pessoas, utilizando técnicas que articulam o fazer e o conhecimento, o aprender fazendo. O secretário lembrou que o empreendedorismo faz parte das novas organizações curriculares, com foco na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). “A educação empreendedora está dentro do que prega a BNCC estimular o desenvolvimento a partir de competências como criatividade, observação de oportunidades de negócios, geração de fontes de renda e estímulo às novas tendências. Vamos orientar o professor quanto a transposição didática da BNCC para sua prática diária”, destacou o secretário.

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Menina de 9 anos com QI maior que Albert Einstein e Stephen Hawking quer ser astronauta

24 de agosto de 2021, 08:58

Pérez terminou a escola aos 8 anos, e agora cursa duas faculdades (Foto: Reprodução)

Com apenas 9 anos a mexicana Adhara Pérez planeja ser astronauta quando crescer. E se a maioria de nós também sonhava em voar entre as estrelas na infância, o caso da jovem natural da cidade de Véra Cruz tem um importante diferencial: com um QI de 162 que supera o quociente de grandes gênios de todos os tempos como Albert Einstein e Stephen Hawking, ambos com índice estimado em 160, Pérez já é uma sensação nos círculos acadêmicos por seus feitos impressionantemente precoces – e pelo futuro promissor que se sugere: o sonho de se tornar astronauta possivelmente se tornará realidade nesse caso. Ainda que o ofício esteja ainda em seu futuro, o caminho da mexicana para o espaço já começou, e não é por acaso que ela veste com todo orgulho um boné da NASA em algumas de suas mais recentes publicações: em novembro próximo ela irá participar do IASP, o Programa Internacional Aéreo e Espacial, ligado à Agência estadunidense. Reunindo jovens promissores do mundo todo em Huntsville, no estado do Alabama, nos EUA, por cinco dias o programa irá reunir engenheiros da NASA e estudantes para um mergulho em temas como trabalho de equipe, solução e comunicação para a “adaptação e solução de qualquer problema inesperado”. O boné da NASA é o primeiro sinal para o futuro pelo qual Pérez trabalha – no espaço A participação no programa é mais um passo rumo ao futuro que deseja sem conter suas ambições, e além de viajar ao espaço, Pérez pretende participar das missões colonizadoras de Marte. Para isso ela não economiza esforços e, após concluir a escola com 8 anos, ela atualmente se dedica a dois cursos universitários: Engenharia de Sistemas na CNCI, e Engenharia Industrial na UNITEC, ambas no México. Antes de chegar ao espaço, portanto, seus planos imediatos ainda são terrenos, e a garota prodígio sonha em migrar para os EUA a fim de estudar para justamente se tornar uma astronauta. Como era de se esperar, o caminho para chegar à Marte não é fácil, e com Pérez não foi diferente: diagnosticada com um quadro leve de Síndrome de Asperger aos 3 anos, ela sofreu bullying intenso em sua escola antes de ter seu quadro compreendido e seu potencial verdadeiramente estimulado – a situação levou a jovem a desenvolver um quadro de depressão nos primeiros anos de estudo. Felizmente tudo mudou, e hoje Instituições importantes nos EUA, como a Universidade do Arizona e a Rice University já convidaram a futura astronauta para estudar: as dificuldades financeiras da família, porém, fazem com que cada passo seja devidamente planejado – até chegar às estrelas.

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24 haitianos são encontrados vivos entre escombros mais de uma semana após terremoto

23 de agosto de 2021, 16:52

Ao menos 344 pessoas estão desaparecidas e outras 12.268, feridas (Foto: Reprodução)

Uma semana após um terremoto de magnitude 7,2 atingir a parte sudoeste do Haiti, 24 pessoas foram encontradas vivas na região montanhosa do Pic de Macaya, localizada entre as cidades de Les Cayes e Jérémie, duas das mais afetadas pelo sismo. Dos sobreviventes, quatro são crianças. Segundo informou a Proteção Civil haitiana neste domingo (22), o grupo foi transportado de helicóptero para a cidade de Camp-Perrin, a noroeste de Les Cayes, para receber assistência médica e alimentar. A contagem oficial de mortos após o abalo que atingiu o país em 14 de agosto subiu para 2.207 no último fim de semana. Ao menos 344 pessoas estão desaparecidas e outras 12.268, feridas. Mais danos materiais também são observados à medida que as autoridades locais conseguem avançar, lentamente, nos territórios afetados. Cerca de 130 mil casas tiveram a estrutura comprometida pelo tremor, e 600 mil haitianos foram diretamente afetados --o país tem pouco mais de 11 milhões de habitantes. Na noite de domingo, um tremor secundário, de magnitude 4,5, foi registrado pelo centro sismológico haitiano na cidade de Barradères, no departamento de Nipples. As autoridades não confirmaram novos estragos, mas a Proteção Civil pediu que os cidadãos tomem cuidado com prédios que já estejam rachados. De acordo com informações do jornal haitiano Le Nouvelliste, 266 escolas das redes pública e privada foram destruídas ou parcialmente danificadas durante o terremoto, sendo que muitas ainda estavam sendo reconstruídas após a passagem do furacão Matthew, que há cinco anos deixou mais de 800 mortos no país caribenho. Três estudantes morreram. Autoridades haitianas têm encontrado dificuldade para distribuir água e alimentos em lugares remotos devido à presença de gangues locais, que têm intensa atuação comunitária desde a década de 1990 e vêm bloqueando algumas vias. "Temos um problema de segurança que está cada vez mais evidente", disse à agência de notícias AFP o diretor da Proteção Civil, Jerry Chandler. Na sexta-feira (20), comboios humanitários da organização cristã Food for the Poor que rumavam para as cidades mais afetadas foram saqueados nas cidades de Camp-Perrin, Duchity e Riviere Glace. Outro desafio é o de não repetir as estratégias adotadas no terremoto de 2010 --que deixou mais de 220 mil vítimas-- e que, hoje, são consideradas malsucedidas. Uma delas culminou na concentração de pessoas em grandes acampamentos informais, os chamados campos de deslocados, que tomaram conta do país após a tragédia e a letárgica ajuda internacional. À AFP, a coordenadora da OIM (Organização Internacional para as Migrações), Federica Cecchet, disse que essa é uma prioridade. "Não haverá distribuição de barracas, nem criação de acampamentos", afirmou. "Vamos adotar estratégias que permitam às pessoas reparar e reconstruir suas casas." A destruição em larga escala de 2010 danificou 300 mil casas, deslocando mais de 1,6 milhão de haitianos. A situação agravou a insegurança alimentar no país --algo que, projeta-se, deve se repetir após o terremoto de 14 de agosto. A precariedade da infraestrutura urbana foi um dos fatores que agravaram os impactos do sismo. Somou-se a isso a passagem da tempestade tropical Grace um dia após o tremor, dificultando o resgate das vítimas do terremoto. A ajuda humanitária internacional continua a chegar no país. No domingo, chegaram as doações brasileiras: aproximadamente sete toneladas de equipamentos de emergência e 3,5 toneladas de medicamentos. O Brasil também enviou 32 bombeiros para ajudar no trabalho de resgate das vítimas. A Suiça doou 1 milhão de francos (R$ 5,9 milhões) para a Cruz Vermelha, que atua no país. Também enviou na quinta (19) uma equipe com dois especialistas em saneamento, dois engenheiros e um especialista em desastres naturais para ajudar na reconstrução das áreas destruídas. A União Europeia (UE), que mobilizou 3 milhões de euros (R$ 18,9 milhões) para o país, anunciou o envio de uma equipe de 12 especialistas e dois oficiais do Centro de Coordenação de Respostas a Emergência europeu. Folhapress

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Pesquisa mostra que 72% dos professores enfrentam problemas de saúde mental

23 de agosto de 2021, 10:06

Falta de estrutura educacional, conhecimento das ferramentas digitais e sobrecarga na rotina escolar agravou estado de saúde mental de 72% dos professores (Foto: Reprodução)

Muito se olhou para os professores durante a pandemia. Muito se elogiou a capacidade deles de superação das adversidades e a persistência em dar aulas. Fosse do jeito que fosse, eles não deixaram de comparecer em nenhum momento nesses últimos dezesseis meses. Segundo estudo recente da UNICEF Brasil, 79% dos alunos assistiram aula pelo whatsapp neste período e isto só foi possível porque professores da rede, cerca de 2,6 milhões, passaram horas do dia fotografando páginas de apostilha de atividades para mandar aos alunos, além de gravar pequenos vídeos com explicações de conteúdo, entre tantas outras coisas. Sem contar nos que foram bater na porta do aluno que não aparecia ou não dava sinais de fumaça. Os esforços foram estrondosos e o reconhecimento foi - e é - notável, tanto por parte das famílias dos alunos quanto da sociedade civil de forma geral. Mas é também incontestável a pressão que estes profissionais têm sofrido com todos os desafios que a pandemia impôs. Não à toa, 72% teve a saúde mental afetada e precisou buscar apoio, segundo pesquisa realizada com 9557 profissionais pela Nova Escola. A classe de trabalhadores é uma das que mais sofre do chamado burnout, síndrome de esgotamento físico e mental, ainda enfrenta as angustias, medos e ansiedades por uma pandemia tão cheia de incertezas e que não se encerra no momento em que as aulas retornam ao formato presencial. Os calendários das escolas exigem uma maleabilidade de todos. Das famílias que reorganizam com o leva-e-traz nem sempre diário e os horários alternativos de entrada e saída, da gestão escolar que precisa flexibilizar planejamentos e, claro, dos professores que enfrentam as incertezas de ambos os lados somadas ao contexto próprio de cada um. O resultado é um número alto de professores com problemas de saúde mental. Entre os fatores apontados está a dupla jornada, a falta de formação no ambiente remoto, o excesso de atividades e a insegurança do futuro. As mulheres, que representam 85% da classe, apresentaram um maior nível de estresse por conta da jornada extra com casa e filhos. Os responsáveis por resgatar muitos alunos da depressão, ansiedade e do estresse, se viram mergulhados no mesmo mar sem fim. E quem tanto cuidou, também precisou ser cuidado - o que era de se imaginar. Nas escolas privadas, o apoio e suporte vieram mais rápidos. A Escola Vera Cruz, por exemplo, organizou uma jornada de cursos e formações para que os professores, e também coordenadores, pudessem se familiarizar com metodologias digitais, além do próprio ambiente e as ferramentas mais específicas. O mesmo aconteceu no Colégio Santa Cruz, na zona oeste da capital. Ana Paula Gaspar, assessora de tecnologia educacional da escola Vera Cruz, conta que em uma semana a equipe dela organizou junto à gestão escolar um plano de contingência. "Quando a escola fechou totalmente ano passado, já tínhamos uma estrutura de apoio desenhada com equipes de atendimento e ações de suporte de tecnologia educacional". A escola também criou uma Jornada Digital que continua aberta e disponível a qualquer outra escola. Em um semestre, fizeram mais de 5mil atendimentos individuais de equipes. Com recursos financeiros e equipamentos tecnológicos, escolas como o Vera Cruz conseguiram rapidamente responder a uma demanda que era emergencial, mas mesmo sendo uma das queixas dos professores não foi o suficiente. Professores precisavam - e precisam - de apoio emocional, de escuta. De um espaço para que possam ser cuidados. Principalmente porque a demanda de trabalho é tamanha, que o esgotamento parece ser inexaurível. Foi exatamente o que sentiu a professora Tânia Sztutman. "O trabalho não tinha fim, os problemas não tinham fim", desabafa. "A gente estudou, adaptou aulas e atividades para o ambiente remoto, aprendeu a se vincular através da tela, a acolher à distância, e quando parecia que tudo iria ficar bem, que tínhamos uma rotina que funcionava, uma nova diretriz pública - pautadas nas normas de segurança da saúde - nos fazia refazer e começar mais uma vez do princípio". Para Tânia, a palavra "reinvenção" nunca fez tanto sentido e ela só foi perceber o tamanho do desgaste quando, no primeiro dia de retorno, foi colocar uma calça e se deu conta que nenhuma cabia. "Foram 12 quilos a mais e muito aprendizado acumulado". Na rede, obviamente, não foi diferente, mas quando estado e prefeitura se deram conta, rapidamente lançaram mão de programas e parcerias já existentes para expandir o atendimento aos educadores. No estado, o projeto Saúde Mental na Escola, em parceria com o Instituto Ame Sua Mente, envolveu 10 escolas estaduais da cidade de São Paulo com ações de sensibilização e rodas de acolhimento sobre as questões que envolveram a promoção da saúde mental, considerando o contexto crítico do início da pandemia e o momento delicado que os educadores se encontravam em meio a tantos desafios. Criado e presidido pelo psiquiatra Rodrigo Bressan, a equipe do Instituto vem trabalhando em estratégias que auxiliam a comunidade escolar, partindo do princípio de que a saúde mental é um elemento imprescindível na condução tanto do período de distanciamento social, como no momento da reabertura das escolas. Foram mais de 3200 profissionais atendidos. 97,5% deles dizem que o programa o ajudou a lidar com a própria saúde mental. 95% achou útil ou extremamente útil para compreender o impacto da pandemia e desenvolver estratégias de autocuidado, e outros 92.5% compreenderam a importância para vida pessoal. Segundo Fatima Santana de Almeida, gestora da escola estadual Dom Agnelo, o programa Ame já era corriqueiro nas escolas, mas com a pandemia ele se estruturou, além de dar voz e vez aos profissionais. "Alguns tiveram muito, muito, medo de voltar e houve uma perda de autoestima muito grande", conta. A gestora atribui a isto o longo período dentro casa, isolados dos colegas, sem ter com quem conversar e imersos nas próprias questões. "Alguns foram até o fundo do poço e precisaram de ajuda pra sair. Fizemos inúmeras reuniões, rodas de conversa e deixamos os canais com a gestão sempre abertos". O programa foi vital para recuperar os profissionais da educação. "Eu fico emocionada com os resultados porque eu vi a necessidade deste cuidado", conta. "Na escola, sempre pensamos no acolhimento, na ideia de cuidar de quem cuida e quando a gente cuida do professor e do funcionário, eles passam a cuidar mais dos alunos e o resultado aparece no desempenho geral da escola. Se eu não tenho um professor emocionalmente estável, eu não tenho uma sala emocionalmente estável e os índices começam a cair. É um ofício de formiguinha e fico muito feliz que as secretarias tenham se reunido pra desenvolver esse trabalho com especialistas". A meta agora é formar os educadores pra que identifiquem sinais de estresse mental entre seus alunos, em sala de aula, para que eles não cheguem a desenvolver doenças como síndrome do pânico, distúrbios alimentares entre outros. Razões pelas quais, alguns chegam a abandonar a escola e cometerem suicídio. "Temas como ansiedade e depressão já estão sendo trabalhados nos encontros formativos, tanto na turma de maio quanto na que teve iniciou agora em agosto. A perspectiva é atingir 70 escolas da Rede Estadual Paulista e beneficiar, aproximadamente, 300 educadores, entre lideranças escolares (diretores, vice-diretorias, supervisores de ensino), professores e núcleos pedagógicos", conta Rodrigo Bressan. Segundo ele, uma vez que os educadores recebem uma formação prática para lidar com alunos que já tenham algum tipo de transtorno ou que, eventualmente, possam desenvolver, os índices entre eles melhoram consideravelmente o que impacta, diretamente o desempenho escolar. E mais do que nota boa ou nota alta, estamos falando de aprendizado. Daquele que o aluno é realmente capaz de internalizar e carregar pela vida. Este ganho é saudável. Nas escolas municipais, o programa foi implementado em parceria com o NAAPA, Núcleo de Apoio e Acompanhamento para Aprendizagem que atua no desenvolvimento de práticas pedagógicas para para crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade de qualquer instância. E para este momento da pandemia, ampliou o atendimento aos professores e educadores da rede com um programa de olhar específico à saúde mental. Foram quase 3600 reuniões voltadas ao acolhimento dos profissionais com acompanhamento psicológico. Principal tema desenvolvido nas rodas de conversa? Medo. Medo de morrer, medo do futuro, medo das inúmeras possibilidades totalmente fora de controle. Professores sentiram - e sentem - medo. E para que a gente tenha, na ponta, alunos saudáveis, com capacidades plenas e integrais de aprendizado, é preciso cuidar deste sujeito que também cuida. O atendimento integral aos professores deve ser um olhar constante dentro das práticas educacionais e programas de formação continuada. É preciso pensar que, para além do intelectual, professores carregam um corpo físico e emocional que também precisam de atenção e cuidado. Eles se esgotam e têm os limites pessoais. Professores choram e isto está longe de ser uma frase piegas. É pra que a gente não esqueça de que na frente da sala de aula existe um ser humano capaz de sentir emoções e sensações como todos nós. A vulnerabilidade é intrínseca. Estadão

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Bebê de apenas dois meses morre de Covid-19

23 de agosto de 2021, 09:53

Criança já tinha 90% do pulmão comprometido (Foto: Reprodução)

Um bebê de apenas dois meses, infectado com Covid-19 e internado em estado grave, em Mato Grosso, acabou morrendo neste último fim de semana. A informação consta no painel epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde este domingo (23) e, segundo o G1, foi também foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. O menino estava internado há cerca de dez dias, depois de ser diagnosticado com a doença, e estava com 90% do pulmão comprometido. A criança tinha nascido prematura, mas saudável, após uma gravidez de risco. Há 20 dias começou a ter sintomas de tosse e, só ao terceiro teste, obteve diagnóstico positivo para a Covid-19. Os pais, que tinham criado uma conta para depósito de ajudas com as despesas médicas e tratamento do bebê, estiveram ausentes do trabalho para acompanhar o filho, internado a mais de 500 quilômetros de distância de casa. O casal tem ainda dois filhos, de 6 e 7 anos.

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MP-RJ denuncia líder religiosa que pregou contra posts ‘de gente preta, de gay

22 de agosto de 2021, 20:47

No fim do mês passado, em transmissão ao vivo na Igreja Sara Nossa Terra, em Nova Friburgo, Karla pregou contra pessoas que ficam 'postando coisa de gente preta, de gay' (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou, nesta sexta-feira, 20, a líder religiosa Karla Cordeiro dos Santos Tedim, por praticar, induzir e incitar o preconceito e a discriminação contra pessoas negras e pertencentes à comunidade LGBTQIA+. No fim do mês passado, em transmissão ao vivo na Igreja Sara Nossa Terra, em Nova Friburgo, Karla pregou contra pessoas que ficam 'postando coisa de gente preta, de gay'. De acordo com a denúncia, 'a pretexto de enaltecer sua 'bandeira', Karla induziu e incitou menosprezo pelas pessoas de cor preta e por aquelas integrantes da comunidade LGBTQIA+, praticando discriminação e preconceito contra aquelas e suas causas ao enfatizar a 'vergonha' que tais 'bandeiras' importariam se fizessem parte das manifestações sociais dos seus ouvintes'. As informações foram divulgadas pela Promotoria. "Karla agiu com menoscabo e preconceito contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queers, intersexuais, assexuais, não binários e pessoas com orientação sexual e identidade de gênero diversas, ao zombar da sigla representativa da comunidade que os agrega", diz o documento. Em nota, a Promotoria fluminense ressaltou ainda que 'a prática criminosa se deu através de discurso endereçado a jovens, destilando intolerância a pautas sociais de inclusão e cidadania com alcance presencial e remoto, potencializando o alcance da mensagem e, assim, o desvalor do resultado e as consequências do delito'. Na live, realizada no dia 31 de julho, Karla afirmou: "É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha. Desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi, é Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira. Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay. Para. Posta a palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta". O Ministério Público do Rio afirmou que não foi proposto acordo de não persecução penal, no caso, sob o entendimento de que Karla praticou crime violador da dignidade da pessoa humana, princípio fundamental da Constituição. Após a repercussão do vídeo, a pregadora divulgou nota em que pede desculpas 'pelos termos que usou' durante a transmissão ao vivo e dizendo que 'não tem preconceito com pessoas de outras raças'.

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Apresentador de rádio morre de covid aos 42 anos

22 de agosto de 2021, 20:38

O apresentador e produtor do programa Pretinho Básico, da Rádio Atlântida, tinha 42 anos. Infectado pelo coronavírus, ele estava internado em estado grave há duas semanas no CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Em janeiro deste ano, o comunicador revelou que enfrentava uma doença neurológica, impactando na fala e na mobilidade. Magro Lima deixou a esposa Lisangela Preissler e o filho Fernando, de 5 anos. (Foto: Reprodução)

O comunicador Marco Lazzarotto, conhecido como Magro Lima, morreu neste domingo (22) no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), em decorrência da Covid-19. O apresentador e produtor do programa Pretinho Básico, da Rádio Atlântida, tinha 42 anos.Infectado pelo coronavírus, ele estava internado em estado grave há duas semanas no CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Em janeiro deste ano, o comunicador revelou que enfrentava uma doença neurológica, impactando na fala e na mobilidade. Magro Lima deixou a esposa Lisangela Preissler e o filho Fernando, de 5 anos.

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Novo decreto estadual estabelece normas para flexibilização de medidas de prevenção ao coronavírus

21 de agosto de 2021, 08:43

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, Governo da Bahia flexibiliza medidas sanitárias. Na imagem, novas doses de vacina são armazenadas por equipe da SESAB para distribuição aos municípios (Foto: Reprodução)

O Governo da Bahia publica no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado (21), o decreto que estabelece normas para flexibilização das medidas de prevenção e controle da pandemia do coronavírus. A flexibilização das atividades acontece de acordo com a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 nos municípios. O decreto, com validade deste sábado (21) até 31 de agosto de 2021, autoriza eventos e atividades com público de até 500 pessoas, como cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, circos, parques de exposições, solenidades de formatura, passeatas, funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins. A realização de shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes, segue suspensa em todo território do Estado da Bahia, até 31 de agosto de 2021. Nos municípios integrantes de Regiões de Saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid se mantenha, por cinco dias consecutivos, superior a 50%, os eventos e atividades devem acontecer com público de até 100 pessoas. O decreto mantém a orientação relacionada à realização de atividades esportivas, que devem permanecer sem a presença de público. Espaços culturais como cinemas e teatros devem obedecer a limitação de 50% da capacidade de pessoas no local. Em museus, parques de exposições e afins deve ser garantido o distanciamento mínimo de um metro e meio entre os visitantes e a realização de excursões para visitações está proibida. Atos religiosos podem acontecer, desde que sejam respeitadas as orientações sanitárias de distanciamento e uso de máscaras, e a limitação da ocupação máxima de 50% da capacidade do local. O funcionamento de academias e estabelecimentos voltados para a realização de atividades físicas está autorizado em todo o estado, desde que também respeite a ocupação máxima de 50% da capacidade de pessoas no local. Excepcionalmente para realizar estudos sociais e diagnósticos, observados os protocolos sanitários estabelecidos, pode ser realizado evento monitorizado de avaliação, seguindo as normas dos municípios que mantenham a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid inferior a 50% por cinco dias consecutivos. Em relação às atividades letivas nas unidades de ensino públicas e particulares, as aulas poderão ocorrer de forma semipresencial nos municípios integrantes de Região de Saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid se mantenha, por cinco dias consecutivos, igual ou inferior a 75%, obedecendo a ocupação de 50% da capacidade das salas de aula.

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Bahia: Grupos produtivos do município de Saúde irão comercializar R$120 mil para o PNAE

19 de agosto de 2021, 17:51

Entre os itens que serão entregues para distribuição na merenda escolar do município estão hortaliças, frutas, verduras e produtos fabricados a partir do processamento da mandioca e de frutas cultivadas nos roçados e quintais das famílias agricultoras (Foto: SDR/CAR)

Os grupos produtivos Coisas dos Quintais e Doces das Oliveiras, do município de Saúde, apoiados pelo Governo do Estado, por meio do projeto Pró-Semiárido, irão comercializar R$120 mil em produtos da agricultura familiar para o Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE). Os grupos receberam investimentos para equipar as cozinhas comunitárias, em capacitações, aquisição de fardamentos, barracas para comercialização e são acompanhados continuamente pela equipe técnica do projeto e de Assessoramento Técnico Contínuo (ATC). Entre os itens que serão entregues para distribuição na merenda escolar do município estão hortaliças, frutas, verduras e produtos fabricados a partir do processamento da mandioca e de frutas cultivadas nos roçados e quintais das famílias agricultoras, como beijus, biscoito, farinha, polpas de frutas, dentre outros. A equipe técnica do Pró-Semiárido assessorou os grupos em todas as etapas do processo de seleção realizado pela prefeitura, por meio de edital público. “A participação e credenciamento das entidades conveniadas e representantes das comunidades foi uma conquista para os grupos e para nós, equipe do Pró-Semiárido, por meio da integração dos componentes produtivo e social, políticas públicas e agroindústria, com os agricultores e agricultoras”, destaca o técnico em agroindústria, Marcos Andrade. O acesso a mercados institucionais, a exemplo do PNAE, faz parte da estratégia de sustentabilidade do projeto Pró-Semiárido, com o objetivo de dar autonomia aos grupos para que as atividades desenvolvidas tenham continuidade após o fim do projeto. “Nós auxiliamos cada grupo na construção das propostas, para que eles pudessem participar da licitação de forma tranquila, e o resultado veio, serão 120 mil em produtos! Este é um trabalho que busca cumprir o objetivo do projeto, que é de ir além das metas estabelecidas nos planos e assegurar a sustentabilidade das ações desses grupos após a conclusão do projeto”, assinala o assessor de políticas públicas, Izaías Reis. A secretária da Associação Comunitária da Fazenda Mamão, representante do grupo Coisas dos Quintais, Sônia Maria Araújo, comemora a comercialização dos produtos e ressalta o quanto tem sido importante o apoio recebido do Governo do Estado para o fortalecimento da comunidade: “Essas pessoas são como anjos para nós, pois foi o apoio do Pró-Semiárido, da Cofaspi (entidade de ATC) e da prefeitura que nos motivaram a participar da licitação e a levar nossos produtos para população, produtos saudáveis, vindo direto da roça dos agricultores e agricultoras da nossa comunidade, dando a oportunidade a muitos em relação a renda. O acesso ao PNAE foi muito mais do que a gente planejou”. O Pró-Semiárido é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). Ascom SDR/CAR

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