Bahia: Ourolândia, Mirangaba e Capim Grosso receberão aporte financeiro do Governo do Estado para o combate à pobreza

13 de julho de 2021, 10:02

O município de Capim Grosso será beneficiado Os convênios preveem atividades na área produtiva e social, nas 36 comunidades selecionadas, dos oito municípios, com investimento de cerca de R$3,8 milhões em infraestruturas (Foto: Notícia Limpa)

Os municípios de Casa Nova, Sobradinho, Juazeiro, Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Ourolândia, Mirangaba e Capim Grosso, localizados na região semiárida da Bahia, vão ter mais aporte financeiro do Governo do Estado, para o fortalecimento das ações de combate à pobreza e promoção do desenvolvimento rural. Isso é resultado dos convênios firmados com as prefeituras destes municípios, para a ampliação das ações do Pró-Semiárido e atendimento a mais famílias do campo. “Esse acordo de cooperação com as prefeituras se insere na estratégia de consolidar a sustentabilidade do projeto, para a manutenção das atividades iniciadas. É com muita alegria que a gente assina esses convênios, dando início a essa parceria concreta entre o projeto, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com os municípios de abrangência do Pró-Semiárido. A gente espera que as prefeituras internalizem a metodologia, os valores e propósitos do projeto, no sentido de cada vez mais garantir a autonomia dessas comunidades”, explicita o coordenador geral do Pró-Semiárido, Cesar Maynart. Os convênios preveem atividades na área produtiva e social, nas 36 comunidades selecionadas, dos oito municípios. Para tanto, serão investidos cerca de R$3,8 milhões em infraestruturas, que garantam o aumento da capacidade de produção das famílias agricultoras, a diversificação de cultivos, melhoria da segurança alimentar e nutricional e, consequentemente a renda dessas famílias. Além disso, as comunidades terão acesso a formações e acompanhamento na gestão de recursos; ações de acesso a mercados e outras políticas públicas e o fortalecimento institucional. Para Marcio Passos, presidente da Cooperativa de Empreendedores Rurais de Cacimba do Silva e Região (Coopercar), de Juazeiro, a expectativa é que a ação contribua com o fortalecimento e aprimoramento da produção e comercialização dos produtos: “Esse convênio está chegando numa hora que a gente precisa. Nós temos a produção e com a chegada desses convênios chegam também as unidades de beneficiamento e a queijaria. Isso ajuda a nós produtores, além de produzirmos bem, conseguirmos vender, porque temos estrutura. Isso vem melhorar e fortalecer nosso produto da agricultura familiar”. A parceria une associação comunitária, prefeitura e Governo do Estado e como contrapartida, são as prefeituras as responsáveis pela contratação do jovem Agente Comunitário Rural (ACR) e do profissional que vai fazer o acompanhamento das famílias, por meio da Assistência Técnica Continuada (ATC). A prefeita do município de Juazeiro, Suzana Ramos, fala dos passos que vai dar a partir desta parceria: “Eu, como mulher sertaneja e do campo, sei da importância da CAR e destes convênios. Isso só vai ajudar o nosso município e o povo do interior, nesta parceria com a agricultura familiar. A gente está aqui para colocar estes produtos, quando já tiverem selo, na merenda escolar. O que nós queremos é o desenvolvimento da nossa cidade e do nosso interior. Nós sabemos o quanto é importante essas ações no interior, é o homem ficando no campo, não precisando se deslocar, e escoando seus produtos”. O Pró-Semiárido é um projeto é executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) que é vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) por meio de acordo de empréstimo feito entre o Governo do Estado e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). Ascom SDR/CAR

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Bahia: Faculdade expulsa homem com vitiligo por suposta fraude em política de cotas raciais

12 de julho de 2021, 15:42

Santos, que afirma ser pardo, não quis comentar a decisão da UFSB, mas em reportagem do dia 18 de junho declarou à Folha de S.Paulo que a universidade atuava para destruir sua "identidade social, sonhos e futuro" (Foto: Reprodução)

A UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) decidiu anular as matrículas de quatro estudantes de medicina que ingressaram por meio de cotas raciais e, segundo a instituição, não têm traços fenotípicos de pessoas negras ou pardas. A decisão sobre a anulação, divulgada pelo Comitê de Acompanhamento da Política de Cotas da UFSB na quarta-feira (7), diz respeito aos estudantes Luísa Acrux Gusmão, Letícia Lacerda de Oliveira, Carina Oliveira de Carvalho e Gildásio Warllen dos Santos. De acordo com a decisão, os universitários, que estão nos anos finais do curso de medicina, não têm direito a aproveitar as disciplinas, e qualquer certificado emitido pela UFSB durante o curso perde validade. Outros quatro estudantes que aparecem no mesmo relatório de averiguação foram considerados como negros ou pardos. O caso que mais chama a atenção é o de Gildásio Warllen dos Santos, 33, cujo corpo é 100% despigmentado por causa do vitiligo, doença com a qual convive desde os 2 anos. Ele conseguiu uma decisão temporária do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) para manter sua matrícula até o Judiciário terminar de analisar sua situação. A UFSB recorreu. Santos, que afirma ser pardo, não quis comentar a decisão da UFSB, mas em reportagem do dia 18 de junho declarou à Folha de S.Paulo que a universidade atuava para destruir sua "identidade social, sonhos e futuro". Na avaliação do comitê da UFSB, "em que pese o seu vitiligo universal, do qual é portador, antes e depois da despigmentação, [Santos] não tem traços fenotipicamente negroides, como nariz e boca negroides". "Além disso, sua pele anterior à despigmentação foi considerada branca. A boca do denunciado é fina e o nariz do denunciado não tem dorso largo nas narinas, além de outras características. De todos os denunciados, os traços do denunciado, mesmo antes de passar por uma despigmentação, sempre foram não negroides", afirma o relatório do comitê da UFSB. O comitê da UFSB considera como traços fenotípicos de pessoas negras ou pardas a cor de pele escura, retinta, ou escurecida; o cabelo crespo; o nariz negroide, com dorso largo e narinas largas; e lábios grossos e carnudos. "Esses traços, utilizados para a heteroidentificação neste processo, são aqueles utilizados por racistas para reconhecer, humilhar e excluir a população negra brasileira", afirma o relatório de averiguação sobre os traços fenotípicos dos alunos. Com esses casos, agora já são oito matrículas anuladas em 2021 por suposta ausência dos traços fenotípicos nos estudantes investigados. Outras três matrículas foram anuladas em 2020, dois por suposta fraude nas cotas para transgêneros e um nas cotas para negros e pardos. Entre 2020 e 2021, foram averiguadas cerca de 60 denúncias, de acordo com o comitê da UFSB, segundo o qual a maioria dos estudantes envolvidos são de medicina -já houve também casos de alunos do BI (bacharelado interdisciplinar) em saúde. Na universidade, um estudante para se graduar em medicina tem de cursar primeiro o BI (duração de três anos) em saúde, dois anos de ciclo clínico e mais dois de internato. No caso dos estudantes que tiveram as matrículas anuladas, todos estão na fase de ciclo clínico. Ao comentar as anulações de matrículas, o presidente do Comitê de Acompanhamento da Política de Cotas da UFSB, Gabriel Nascimento dos Santos, disse à Folha que "na maioria das vezes fica claro para a gente que os denunciados querem, em suas vicissitudes, ocupar um lugar de poder". "Vão fazer uso da ambiguidade que o racismo brasileiro causa, ao estereotipar uma dada população negra, ao mesmo tempo em que busca desidentificar essa população negra quando se trata de poder e política pública", diz. No caso da estudante Carina Oliveira de Carvalho, o comitê da UFSB avaliou que ela "só tem um traço mais evidente que pode ser reconhecido como negroide, não podendo ser heteroidentificada enquanto tal. Prejudicada a posição de a identificar como negroide em seus traços, seu cabelo não é crespo e sua pele é clara". Letícia Lacerda de Oliveira "foi reconhecida como não tendo nenhum traço reconhecidamente negroide" e Luísa Acrux Gusmão "como tendo um traço mais próximo ao perfil de nariz negroide (narinas largas), não podendo ser assim heteroidentificada para fins desta política com dois ou mais traços. Sua cor é clara e seu cabelo não é crespo, não sendo assim possível reconhecer a denunciada como negroide". A Folha não localizou a estudante Letícia Lacerda de Oliveira para comentar o caso. As alunas Luísa Acrux Gusmão e Carina Oliveira de Carvalho responderam por meio do advogado Guilherme Moreira, para quem "o comitê está sendo utilizado de maneira incorreta". Para o advogado, o comitê da UFSB não respeita a legislação que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. A lei diz que "o direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé". "As estudantes ingressaram em 2015 e estamos em 2021, já decaiu o prazo. Além disso, em nenhum momento houve má-fé por parte delas. Ninguém se disfarçou de negro ou pardo para conseguir uma vaga", afirmou. O advogado disse que não é contra o comitê da UFSB: "Acreditamos que eles são necessários para que se dê a devida utilização da lei de cotas raciais. Entretanto, a maneira que a UFSB utiliza o comitê está infringindo normas legais". Guilherme Moreira informou que tenta obter liminar em favor de Luísa e Carina na Justiça Federal, mas que ainda não houve decisão. As estudantes, segundo ele, foram orientadas a recorrerem da decisão no âmbito administrativo. A UFSB, ao comentar sobre supostamente estar atuando fora do prazo, informou que "depois de anos a universidade ainda pode anular seus próprios atos, quando maculados por fraude". O Comitê de Acompanhamento da Política de Cotas da UFSB é composto por 20 pessoas. Primeiro, os casos dos alunos são avaliados por uma comissão formada por três membros do comitê, que elaboram um relatório com parecer sobre o caso. O parecer é submetido ao comitê, cujos integrantes também dão sua opinião a respeito do assunto. Ao final, eles fazem um relatório com o resultado. Caso o estudante opte por recorrer da decisão do comitê, é criada outra comissão independente (com três pessoas) e feita nova avaliação.

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Cientistas testam vacina contra HIV

12 de julho de 2021, 15:31

Ciência/HIV (Foto: Reprodução)

O desenvolvimento em tempo recorde de várias vacinas contra a covid-19 parece ter dado o impulso que faltava para a criação de um imunizante contra o HIV. Quarenta anos depois do início da pandemia de aids, o mundo parece estar perto de ter um produto eficaz na prevenção da infecção. Um estudo com mais de 6 mil pessoas está sendo conduzido em vários países da África, Europa, América do Norte e América Latina, inclusive no Brasil. Para especialistas, é o mais promissor em quatro décadas. O estudo está dividido em duas frentes. A primeira delas, na África Subsaariana, testa 2.637 mulheres heterossexuais. Uma segunda, chamada de Mosaico, conduzida na Europa, na América do Norte e na América Latina, está testando 3.600 voluntários, entre homens homossexuais e pessoas trans. No Brasil, o estudo ocorre em oito centros de pesquisa em São Paulo, no Rio, em Minas e no Paraná. A pesquisa está na fase 3, que testa a eficácia em larga escala. As fases 1 e 2, com menos voluntários, determinam a segurança do produto e a dose apropriada. Numa fase anterior, em macacos, o imunizante apresentou uma proteção de 67% contra a infecção. É por conta deste número que os cientistas estão otimistas. Até hoje, o candidato a vacina contra a aids mais eficaz já testado no mundo apresentava proteção de 30% - e sua pesquisa foi deixada de lado. "Nas fases 1 e 2, a vacina se mostrou muito segura. Os efeitos colaterais são parecidos aos da AstraZeneca contra a covid: dor local, febre por um dia, dor de cabeça", afirma o infectologista Ricardo Vasconcelos, coordenador da fase 3 no Hospital das Clínicas, em São Paulo. "A imunogenicidade do produto, ou seja, o quanto ele conseguiu induzir uma resposta imune, foi considerada muito satisfatória. Resta saber se essa resposta é capaz de reduzir a incidência da infecção." A vacina está sendo aplicada em pessoas soronegativas que tenham o risco aumentado de exposição à infecção. Os voluntários serão acompanhados por 30 meses. Metade receberá placebo e a outra metade, o imunizante. Cada um tomará quatro doses, com intervalos de três meses entre cada uma. Mutações A grande capacidade de mutação do vírus HIV - muito superior à do Sars-CoV-2 - sempre foi o maior obstáculo para a criação de uma vacina eficaz. A tecnologia usada no novo imunizante é similar à da AstraZeneca desenvolvida contra a covid-19. Um adenovírus inativado é usado como um 'cavalo de Troia' para levar fragmentos genéticos do HIV para dentro da pessoa a ser imunizada, "treinando" o seu sistema imunológico a combater o vírus real. A diferença é que, neste novo produto, estão sendo usados milhares de fragmentos genéticos. "São muitos tipos diferentes de vírus circulando pelo mundo, a ideia é conseguir cobrir o maior número possível de variantes", explica Vasconcelos. "(Essa pesquisa) se chama Mosaico porque reúne milhares de fragmentos de HIV." Mas, afinal, por que várias vacinas contra a covid foram desenvolvidas em menos de um ano e ainda não se chegou a um imunizante contra o HIV? "A principal resposta é que são vírus diferentes. Não é porque chegamos rápido a uma vacina contra o coronavírus que poderemos chegar na mesma velocidade a um imunizante contra outro vírus", pondera Vasconcelos. "Muitas pessoas pegaram covid e se curaram. Ninguém se curou da infecção pelo HIV. Ou seja, de partida, sabemos que é possível curar a covid. A resposta imune contra o HIV é muito menos eficaz." Por outro lado, a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 pode ser desenvolvida em menos de um ano porque a plataforma do adenovírus já tinha sido desenvolvida na Universidade de Harvard, em 2015. Sem falar, é claro, do interesse político e do alto investimento financeiro. Agora, as plataformas de RNA mensageiro inéditas, criadas para a covid, podem facilitar, num futuro próximo, o surgimento de mais candidatos a imunizante contra a aids. "Foram 40 anos de evolução nas pesquisas, houve várias tentativas, pelo menos seis estudos muito grandes", diz o infectologista Bernardo Porto Maia, coordenador da pesquisa Mosaico no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. "Mas o HIV é um vírus com uma capacidade de mutação muito grande. A diversidade genética inviabilizava a criação de uma vacina, sobretudo com as tecnologias antigas que tínhamos." Atualmente, 38 milhões de pessoas vivem com HIV no planeta, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Até hoje, pelo menos 33 milhões de pessoas morreram vítimas da infecção. Com a evolução nas técnicas de prevenção e nos tratamentos, a mortalidade caiu de 1,7 milhão em 2004, no pico da epidemia, para 690 mil em 2019 - uma redução de 60%. A taxa de infecção também caiu. De 2,8 milhões de novas infecções ao ano em 1998 para 1,7 milhão em 2019, queda de 40%. "Os avanços mais recentes, como a profilaxia pós-exposição, estão mudando o rumo da epidemia. A situação melhorou, mas é inaceitável termos quase 700 mil mortes ao ano por uma doença que sabemos como prevenir e como tratar", afirma Maia. "Nada melhor que a imunização em massa para combater uma pandemia." Confiança Ativista do coletivo Colid, em prol da diversidade, o pesquisador de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro Thauan Carvalho, de 26 anos, é um dos voluntários brasileiros do estudo Mosaico, que testa o mais novo e promissor imunizante contra o HIV já desenvolvido em 40 anos de pandemia. A fase 3 da pesquisa tem a participação de 3.600 voluntários em oito países da Europa, da América do Norte e da América Latina, incluindo o Brasil. Carvalho tomou no dia 2 de junho a primeira dose do imunizante - no total, são indicadas quatro para a vacina. A próxima está prevista para agosto. O cientista já teve um relacionamento sorodiscordante (em que uma pessoa é soropositiva e outra é soronegativa) e sabe o quanto a aids é cercada de estigma e preconceito. Ele acredita que seu gesto pode ajudar a reduzir esses danos. "Para combater o preconceito, precisamos de conhecimento", diz o pesquisador, que está concluindo um doutorado. "Vivemos em meio a um negacionismo muito forte, um obscurantismo muito grande. Me senti muito feliz de poder ajudar." Em macacos, o novo imunizante conseguiu reduzir a infecção em 67% dos casos, um marco na pesquisa da vacina contra a aids. "Estou muito confiante de que teremos boas notícias vindas da ciência", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Governo Bolsonaro cita Deus para barrar apoio a festival de jazz antifascista na Bahia

12 de julho de 2021, 15:18

O processo foi analisado dentro do âmbito da Fundação Nacional das Artes, a Funarte, num documento carregado de referências religiosas (Foto: Divulgação)

Um festival de jazz na Bahia foi impedido de captar recursos via Lei Rouanet pela gestão Mario Frias, que comanda a Cultura no governo Bolsonaro. O processo foi analisado dentro do âmbito da Fundação Nacional das Artes, a Funarte, num documento carregado de referências religiosas. O parecer desfavorável ao Festival de Jazz do Capão, que está em sua nona edição, começa com a frase "o objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de Deus e a renovação da alma", atribuída a Johann Sebastian Bach. No Facebook, o Festival de Jazz do Capão, na Chapada Diamantina, postou em 1º de junho uma imagem se declarando "antifascista e pela democracia". A postagem é apontada pelo parecer como uma das motivações do parecer ter sido negativo. "Localizamos uma postagem do dia 1º de junho de 2020, com uma imagem, contendo um 'slogan' para 'divulgação', com a denominação de Festival Jazz do Capão, na plataforma Facebook, a qual complementou os fundamentos para emissão deste parecer técnico", afirma o parecer. Na seção "Sobre a aplicabilidade da lei federal de incentivo à cultura em objeto artístico cultural" do parecer, a primeira frase é "por inspiração do canto gregoriano, a música pode ser vista como uma arte divina, onde as vozes em união se direcionam à Deus (sic)". O parecer é ainda recheado com citações, versos em latim e frases como "A Arte é tão singular que pode ser associada ao Criador". A conclusão é que o projeto traria "desvio de objeto, risco à malversação do recurso público incentivado com propositura de indevido uso do mesmo". Segundo Tiago Tao, produtor-executivo do Jazz no Capão, o festival já havia sido aprovado na Rouanet outras vezes, as mais recentes de 2017 a 2019. "Geralmente o parecer tem um teor bem técnico", afirma Tao, sobre a diferença entre os documentos em anos anteriores e o conteúdo do parecer de 2021, que tem versos de Beethoven, diálogo entre Platão e Glauco, além de menções ao "Criador". O parecer é assinado por Ronaldo Gomes, assessor técnico da presidência da Funarte. Uma semana depois, Gomes foi exonerado do cargo. O documento também é assinado por Marcelo Nery Costa, diretor-geral da Funarte, nomeado em maio pelo general Luiz Eduardo Ramos. Nery ocupava um cargo de assessoria no Escritório de Governança do Legado Olímpico, estrutura criada para ser responsável pela gestão de instalações construídas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. A reportagem entrou em contato com a Funarte, questionando o uso de justificativas de teor religioso num parecer técnico, mas não obteve resposta até a publicação desta nota. A gestão do ex-"Malhação" foi responsável recentemente por um expurgo de livros entendidos pelo governo como problemáticos da Fundação Cultural Palmares --parte do material foi dividido em grupos como "iconografia delinquencial", "sexualização de crianças" e "livros de e sobre Karl Marx". Frias e seu secretário de Fomento, André Porciuncula, participaram de lives direcionadas a artistas cristãos, dando dicas sobre Lei Rouanet. Tanto o mecanismo de fomento quanto a Agência Nacional do Cinema têm andado em marcha lenta nos últimos tempos, o que é atribuído pelo governo a prestações de contas atrasadas. Quando uma live de temática LGBT foi cancelada na véspera pela prefeitura de Itajaí, em Santa Catarina, Frias comemorou. Folhapress

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Seleções da Copa América trouxeram nova variante do coronavírus ao Brasil

12 de julho de 2021, 14:56

Funcionário da Conmebol espirra álcool em bola da Copa América seguindo protocolo de segurança (Foto: Reprodução)

Ao menos uma nova variante do coronavírus que não circulava no Brasil foi introduzida no País por causa da Copa América. Amostras colhidas do Mato Grosso com duas pessoas diferentes, que estavam com a doença, foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, que identificou a variante de interesse B. 1.216, até então inédita em território brasileiro. Os testes positivos foram de um colombiano e um equatoriano. Colômbia e Equador se enfrentaram na Arena Pantanal, em Cuiabá, na abertura do torneio, em 13 de junho. No último balanço divulgado pela Conmebol, em 24 de junho, 166 pessoas relacionadas à Copa América estavam com o vírus. Os Estados mandaram para o instituto fazer a sequência de amostras vindas dos jogadores, comissão e delegações dos países. A possibilidade que jogadores estrangeiros que viessem ao Brasil pudessem trazer novas variantes do coronavírus foi um dos motivos para especialistas e autoridades criticarem a realização do torneio no País. Alguns Estados, como São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio Grande do Sul chegaram a vetar a realização de partidas em seus Estados. A variante encontrada nos testes é originária da Colômbia, mas já chegou no Caribe, nos Estados Unidos e em algumas localidades da Europa. Variantes de interesse, como a B 1.216, são aquelas mutações que precisam ser acompanhadas mas que, até o momento, não trouxeram indicação de desenvolverem formas mais letais ou contagiosas da doença. Há ainda as variantes de preocupação, como a Delta, que têm essas características. Desde que o governo federal e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciaram a realização da Copa América no Brasil, o Ministério da Saúde solicitou auxílio do Adolfo Lutz para a realização do mapeamento genômico dos testes de covid-19 realizados no pessoal envolvido na competição. É o mapeamento que permite a identificação de novas variáveis. Após confirmar a identificação da nova variável, o Adolfo Lutz enviou alertas para o Estado do Mato Grosso, território onde o material foi coletado, e ao Ministério das Saúde. Durante os jogos, além do Mato Grosso, a seleção da Colômbia teve partidas contra Venezuela, Peru, Brasil, Argentina e Uruguai em Goiás, no Rio e no Distrito Federal. Já o Equador só saiu do Mato Grosso para enfrentar o Brasil, no Rio. O país também jogou contra Venezuela, Peru e Argentina. Só em São Paulo, Estado onde fica o Adolfo Lutz, já foram identificadas 21 variantes diferentes do coronavírus, segundo balanço do Instituto Butantan do último dia 26. A variante Gama, originária de Manaus, é a mais comum em circulação. A variante B. 1.216, por de interesse, ainda não tem outro nome. A reportagem não conseguiu contato com o governo do Mato Grosso neste domingo para saber quais medidas haviam sido adotadas para monitorar pessoas que eventualmente tiveram contato com os contaminados. O Ministério da Saúde foi procurado, mas não se manifestou sobre o caso.

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Bahia: Novo tremor de 2,3 na Escala Richter preocupa moradores de Jacobina

10 de julho de 2021, 13:36

A quantidade de tremores de terra em Jacobina preocupa moradores e silencia as autoridades municipais (Foto: Notícia Limpa)

Por volta das 2 horas da madrugada deste sábado (10), mais um tremor de terra foi registrado em Jacobina, desta vez com 2,3 mR de magnitude prelimina. O evento sísmico foi registrado pelas estações sismográficas operadas pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O último abalo de terra ocoorido no município ocorreu no final do mês de junho, com 1.8 mR de intensidade. Até o momento não há informações de moradores que tenham escutado ou sentido o evento deste sábado. O geofísico Eduardo Menezes do Laboratório Sismológico (LabSis) da UFRN, ressalta que o a instituição segue monitorando e divulgando toda atividade sísmica que ocorra no estado da Bahia e também na região Nordeste do país e que as ocorrências de Jacobina precisam de um estudo específico para identificar as prováveis causas. A empresa mineradora de ouro que atua no município garante que as detonações nas suas galerias subterrâneas não são responsáveis pelos tremores e que a barragem de rejeito é segura, não oferecendo riscos para a população. A Defesa Civil Municipal ainda não se pronunciou publicamente sobre o problema.

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CBPM lança o Mapa Tectônico-Geocronológico da Bahia para o público

10 de julho de 2021, 08:21

O mapa e a sua nota explicativa foram editados em português e inglês, e estão disponíveis para o público no site CBPM (Foto: Reprodução)

Está disponível, na sede e no site da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), o Mapa Tectônico-Geocronológico do estado da Bahia e suas Implicações Metalogenéticas. O projeto é resultado de um longo trabalho da equipe técnica da CBPM, realizado entre 2018 e 2020, e figura como 24º em uma série de publicações especiais. O mapa  abrange a parte norte do Cráton do São Francisco e possibilita a identificação de novos depósitos minerais, atraindo, consequentemente, novos investimentos em pesquisa e produção mineral. Esta identificação de áreas é possível através das informações disponibilizadas pelo mapa, que contribuem para o reconhecimento do potencial mineral da Bahia e para a valorização desses ambientes geológicos.  A partir dos resultados dessas pesquisas, a CBPM lançará licitações para que novas empresas venham para o estado desenvolver projetos mínero-industriais, o que impulsiona o desenvolvimento socioeconômico dos municípios. A instalação de mineradoras na Bahia mantém mais de 17 mil empregos diretos, o que alimenta as economias locais, fazendo o dinheiro circular e aquecendo o comércio. Sobre o projeto, Antonio Carlos Tramm, presidente da CBPM, afirma que a pesquisa é só a primeira etapa. “A Bahia é um dos estados mais bem estudados geologicamente. Esse mapa é fruto de um trabalho de pesquisa realizado pelos nossos técnicos. A partir do mapa, mostramos o enorme potencial mineral da Bahia e seguimos na nossa missão de trazer investimentos privados para o estado, que vão impulsionar o desenvolvimento, gerando emprego e renda para os baianos”, diz.  A CBPM é uma empresa centrada na ampliação e aprimoramento do conhecimento geológico do território baiano. São mais de 70 publicações técnicas, ao longo de 48 anos de história, com destaque para trabalhos como “Geologia da Bahia” e “Geofísica da Bahia”, que funcionam como grandes instrumentos de estudo e prospecção mineral e também estão disponíveis no site da empresa. Lá, empresários, geólogos e demais interessados encontram todo material necessário para se orientar quanto ao potencial mineral da Bahia, que passou a ser o terceiro maior produtor de minérios no ranking nacional.  Para o diretor técnico da CBPM, Rafael Avena, o lançamento do Mapa Tectônico-Geocronológico do estado da Bahia e suas Implicações Metalogenéticas representa muito para a geociência e para o setor mineral brasileiro. “É mais uma contribuição da CBPM e da CPRM no desenvolvimento desse setor, trazendo para os acadêmicos e para os investidores, informações confiáveis e de alto nível.  Sabemos que sem ciência nada mais se descobre. Atualmente é necessário muito estudo e conhecimento e é esse o papel do estado. Disponibilizar obras desse quilate é o que faz da CBPM e da CPRM os dois grandes baluartes no setor mineral brasileiro”, disse. Com palestras técnicas e debates, a videoconferência de lançamento do Mapa Tectônico-Geocronológico do estado da Bahia aconteceu na última quinta-feira (08) e está disponível no canal do YouTube do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), parceiro da CBPM no projeto. Participaram do evento Frederico Bedran Oliveira, diretor do Departamento de Geologia e Produção Mineral da SGM (Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral); Antonio Carlos Tramm, presidente da CBPM; Esteves Colnago, diretor-presidente da CPRM; Rafael Avena, diretor-técnico da CBPM; e Márcio Remédio, diretor de geologia e recursos minerais da CPRM; e os representantes da equipe de pesquisa professor Johildo Barbosa (CBPM) e Basílio da Cruz (SGB/CPRM). O mapa e a sua nota explicativa foram editados em português e inglês, e estão disponíveis para o público no site CBPM – Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – Governo da Bahia. Assessoria de comunicação – AscomCompanhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM

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Caém: Novos gestores escolares são empossados após serem eleitos democraticamente

09 de julho de 2021, 15:46

A solenidade de posse aconteceu no Colégio Padre Alfredo Haasler, com as presenças do prefeito do município e representantes da APLB Sindicato e do Legislativo (Foto: Notícia Limpa)

A Prefeitura de Caém, através da Secretaria Municipal de Educação realizou na manhã desta sexta-feira (9), a solenidade de posse dos novos diretores e vice-diretores das unidades escolares do município que foram eleitos democraticamente através de um processo eleitoral que envolveu professores, alunos e seus familiares. Durante o evento que aconteceu no Colégio Municipal Padre Alfredo Haasler, o secretário de Educação, Ronaldo Alves, destacou o trabalho e o empenho dos profissionais em educação em buscar ‘incansavelmente’ melhorias para a área, prezando pela qualidade do ensino e o respeito à profissão. “Acreditamos na potencialidade e profissionalismo dos nossos colegas que trabalham com amor e dedicação para oferecer o melhor para a comunidade estudantil e consequentemente para a sociedade”, salientou Ronaldo, parabenizando e agradecendo a todos os envolvidos na organização e realização da eleição que escolheu os novos gestores escolares. O prefeito Arnaldo Oliveira (Arnaldinho), também não escondeu a satisfação em ter a oportunidade em empossar os novos gestores após as escolhas terem sido realizadas através de um democrático processo eleitoral. Para o prefeito a posse dos eleitos é motivo de comemoração, pelo envolvimento de toda a categoria e a forma como foi conduzida a eleição, coordenada pela própria categoria que escolheu seus candidatos e candidatas. “Temos avançado muito na área da educação e iremos avançar muito mais com parcerias com o corpo docente, discente, a população e com a APLB, entidade representativa desta importante classe, responsável pelo desenvolvimento do nosso município. Trabalhamos com vontade e comprometimento, como sempre fizemos, unidos para fazer melhor. Não mediremos esforços para continuar transformando a área educacional de Caém. Parabéns a todos os que foram eleitos democraticamente através de um processo eleitoral e os que foram nomeados por não ter havido candidatos nas instituições que atuam. Parabéns também para o nosso secretário de Educação Ronaldo Alves e toda a sua equipe, principalmente aos que participaram da organização da eleição”, parabenizou. O presidente da APLB Sindicato, núcleo de Caém, Gilvando Inácio de Oliveira, ressaltou a parceria entre a instituição e a Prefeitura, através da Secretaria de Educação. Conforme o dirigente sindical, quem mais ganha é a educação e a sociedade. “Construir relações estabelecidas com garantias dos direitos dos profissionais, independente da opção política dos mesmos contribui para que aconteça de verdade uma gestão democrática e independente”, disse Gilvando. Enaltecendo a qualidade do quadro de docentes do município, o presidente da Câmara de Vereadores, Pablo Piauí, externou seu contentamento pela forma das escolhas das novas direções dos educandários caenenses, exaltando a relação entre os poderes constituídos do município e as instituições. “A gente entende que educação não se faz apenas nas salas de aula, é uma construção de um plano que envolve um grande coletivo e nós legisladores estaremos sempre presentes”. Após o juramento da função, todos os eleitos e nomeados tomaram posse oficialmente.

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Aécio afirma não acreditar em ‘fraudes nas urnas em 2014’

09 de julho de 2021, 08:53

Após a eleição de 2014, Aécio e o PSDB contestaram o resultado da eleição em recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Foto: Reprodução)

Aécio Neves (PSDB-MG) discordou da afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que teria havido fraudes nas urnas eletrônicas nas eleições de 2014 e que o tucano teria derrotado a petista Dilma Rousseff. No entanto, Aécio afirmou que defende uma atualização no modelo de apuração. "Não acredito que tenha havido fraudes nas urnas em 2014, tão pouco acredito que nós estejamos fadados a viver eternamente com as urnas eletrônicas de primeira geração. O mundo inteiro que utiliza urnas eletrônicas avançou para algum tipo de auditagem." Após a eleição de 2014, Aécio e o PSDB contestaram o resultado da eleição em recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um ano depois do pleito, a Corte disse que o partido não encontrou indícios de fraude na disputa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Fatores genéticos ajudam a explicar por que alguns têm Covid grave e outros não

09 de julho de 2021, 08:39

Dois desses 13 locais no genoma estão próximos a genes ligados ao câncer de pulmão ou a doenças imunológicas que afetam os pulmões (Foto: Reprodução)

Um estudo multicêntrico publicado nesta quinta (8) na revista Nature chega mais perto de responder a uma questão intrigante desde o início da pandemia: por que há pessoas que após a infecção por Sars-CoV-2 desenvolvem formas graves, muitas vezes fatais, enquanto outras apresentam apenas sintomas leves ou nenhum? A partir de uma rede global que investiga o papel da genética humana na infecção pelo coronavírus e na gravidade da Covid-19, da qual o InCor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas da USP faz parte, os pesquisadores descobriram a existência de 13 locais no genoma (marcadores genéticos) associados à infecção ou a gravidade da doença. Dois desses 13 locais no genoma estão próximos a genes ligados ao câncer de pulmão ou a doenças imunológicas que afetam os pulmões. "A gente sabe que o pulmão é um órgão alvo da Covid. Agora precisamos saber como isso tudo funciona, onde esses genes são expressos, como eles funcionam", diz José Eduardo Krieger, diretor do Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do InCor e um dos autores do estudo. No trabalho, são descritos os resultados de três meta-análises com 46 estudos envolvendo 49.562 pacientes que tiveram Covid-19 em 19 países. Krieger afirma que o entendimento sobre como essa diversidade genética influencia a infecção permitirá desenvolver novos medicamentos ou reposicionar drogas existentes para aumentar a eficiência do tratamento aos pacientes. "Para controlar a pandemia, vamos precisar de vacina e, eventualmente, de medicamentos antivirais. Mas um outro caminho é aproveitar essa variabilidade interindividual da infecção ou da manifestação da doença." Um outro achado da pesquisa foi a identificação de outros dois locais no genoma humano que têm mais incidência entre pessoas de ascendência do leste e do sul asiático do que naqueles de ascendência europeia. "Isso só apareceu porque o trabalho tem gente do mundo todo. Na população europeia, uma dessas variantes correspondia a apenas 3% e dificilmente seria pescada, enquanto no Oriente Médio chegava a 20%, 30%." Há outros estudos investigando os marcadores genéticos associados à Covid, mas nenhum com essa quantidade e variabilidade de amostras. Segundo Krieger, a participação do Brasil tem uma importância especial devido à heterogeneidade da população. "Nós temos a mistura do ameríndio, do negro da África e do branco europeu. Nenhum país tem a característica que nós temos. Mesmo que a gente não tivesse recursos para fazer a genotipagem, eles queriam [e bancariam], mas nós fizemos." O InCor participou do consórcio internacional com 800 amostras de pacientes. Antes de se unir ao grupo, o instituto já desenvolvia a sua própria pesquisa com amostras de DNA de 5.000 pessoas também para responder por que uns desenvolvem a forma grave da doença e outros não. Além do suporte das agências brasileiras de fomento à pesquisa, como Fapesp e CNPq, os recursos para esse estudo vieram principalmente de editais abertos pela iniciativa privada. A JBS investiu perto de R$ 1,5 milhão, e outros R$ 250 mil vieram de outras empresas. Krieger se diz ansioso para saber dos resultados das 5.000 amostras brasileiras. "Dada a particularidade da nossa população, queremos saber se vão aparecer as mesmas coisas com intensidade diferente ou se eventualmente vão aparecer coisas novas." Para ele, a identificação de novos fatores genéticos associados à Covid-19, com essa velocidade sem precedentes, só foi possível devido à união de pesquisadores em genética humana que compartilham dados, resultados, recursos e estruturas analíticas. Em outra linha de estudo, pesquisadores do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano da USP, dirigido pela geneticista Mayana Zatz, também tentam desvendar a superimunidade à Covid-19 e qual o papel chave dos genes na proteção ao vírus. Na pesquisa foram estudados genes de mais de 80 casais para entender por que dos parceiros têm Covid e outros não. Uma das hipóteses é que as pessoas resistentes podem estar associadas a uma ativação mais eficiente de células de defesa, chamada de NK (do inglês "natural killers", ou assassinos naturais). Nas pessoas resistentes, os NK são ativados mais rapidamente dos que nos infectados. Observou-se ainda que as mulheres são duas vezes mais resistentes.

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Bahia: Decreto modifica horário de toque de recolher e libera eventos para até 100 pessoas

09 de julho de 2021, 06:24

No município de Jacobina as restrições têm passado despercebidas (Foto: Reprodução)

O Governo do Estado decidiu prorrogar a restrição de locomoção noturna até o dia 23 de julho, em todo o território baiano. A partir desta sexta-feira (9), a medida passa a valer das 24h às 5h. Além do toque de recolher, decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), nesta sexta-feira (9), autoriza a realização de eventos e atividades com público inferior a 100 pessoas. A partir de 15 de julho, os eventos com até 200 pessoas poderão ocorrer somente nos municípios integrantes de região de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid permaneça, por cinco dias consecutivos, igual ou inferior a 60%. Os shows e festas, públicas ou privadas, independentemente do número de participantes, continuam proibidos até 23 de julho. Também em toda a Bahia, os estabelecimentos comerciais que funcionem como restaurantes, bares e congêneres deverão encerrar o atendimento presencial às 23h, permitidos os serviços de entrega em domicílio (delivery) de alimentação até as 24h. Espaços culturais Os eventos desportivos coletivos e amadores estão autorizados, mas sem a presença de público. Já os espaços culturais como cinemas e teatros funcionarão obedecendo a limitação de 50% da capacidade do local. Os museus, parques de exposições e espaços congêneres também podem funcionar, desde que seja garantido o distanciamento mínimo de 1,5m, sendo vedada a realização de excursões para visitações desses equipamentos. O decreto mantém os atos religiosos litúrgicos com a ocupação limitada a 50% da capacidade do local. Academias também podem manter o funcionamento, desde que limitem a ocupação a 50% da capacidade. Transporte De 9 de julho até 23 de julho, a circulação dos meios de transporte metropolitanos fica suspensa no período das 0h30 às 5h. Também de 9 a 23 de julho, os ferry boats não circulam das 23h às 5h, respeitadas as normas editadas pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). Aulas Conforme o decreto, as unidades de ensino públicas e particulares podem manter as atividades de forma semipresencial. Para que isso ocorra, é necessário que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 esteja abaixo de 75%, por cinco dias consecutivos, nas regiões de saúde. A realização das atividades letivas semipresenciais fica condicionada à ocupação máxima de 50% da sala de aula.

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Um erro não justifica o outro

08 de julho de 2021, 16:16

*Por Gervásio Lima - ‘Justificar um erro é errar duas vezes’. Uma verdade sincera e sábia absolvida apenas por quem prega a humildade e possui a capacidade de reconhecer suas falhas, fazendo uma autocrítica ao analisar os seus próprios erros sem apontar outras alternativas de culpa, como encontrar um bode expiatório. Uma das atitudes mais medíocres e covardes é tentar apontar o erro de alguém como se isso fosse capaz de diminuir ou justificar o próprio erro. 'Mas fulano também fez e sicrano fez pior…' Um erro não justifica o outro, fato. O que mais se ouve ultimamente são discursos fraudulentos, tendo como pano de fundo a imagem da família e da religião, usando levianamente o nome de Deus na tentativa de valorizar os mais bizarros comportamentos. Nunca se viu tantos falsos profetas e paladinos da moralidade pregando uma coisa na teoria e pecando nas atitudes, na prática. Muitas são as falas ‘de boca para fora’. Mas como diz o ditado popular, ‘quem fala demais dá bom dia a cavalo', muitos têm aberto a boca quando deveriam ficar calados. A verdade está em extinção e, o pior, os que mais diziam defendê-la agora viajam literalmente numa espécie de nave carregada de mentiras e enganações delirantes, com destino incerto. Comportamentos toscos, misturados com barbáries,  revelam à sociedade sujeitos que em um certo momento foram considerados pessoas normais, empáticas, solidárias e de paz, mas que hoje, incentivados e espelhados por seus verdadeiros semelhantes, espalham o ódio e o medo aos que ousam discordar daquilo que defendem. As relações humanas não são mais as mesmas, e isso tem assustado os indivíduos do bem. Quem conhece ou presenciou a história brasileira a partir de meados da década de 1960 até meados da década de 1980 estão vivendo um verdadeiro ‘Déjà Vu’. *Jornalista e historiador

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