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Gastrite: Quatro causas e seis sintomas. Esteja atento

22 de setembro de 2019, 06:50

Agastrite ocorre quando o revestimento do estômago está inflamado devido ao consumo excessivo de álcool, uso de anti-inflamatórios, altos níveis de ansiedade, stress ou qualquer outra causa que afete o bom funcionamento do estômago.

Dependendo da causa, os sintomas podem surgir de repente ou vão se agravando gradualmente. 

Eis os sintomas mais comuns que deve ter em atenção:

– Dor de estômago constante e em forma de pontada;

– Barriga inchada e dolorida;

– Sensação de enjoo ou de estômago enfartado;

– Digestão lenta e arrotos frequentes;

– Perda de apetite, vômitos ou ânsia de vômito;

– Dor de cabeça e mal estar generalizado. 

Os sintomas da gastrite podem ser leves e surgir ao comer algo picante, gorduroso ou após a ingestão de bebidas alcoólicas, enquanto que os sintomas da gastrite nervosa surgem sempre que o indivíduo está ansioso ou estressado.

Existem vários fatores que podem levar ao desenvolvimento de uma inflamação no revestimento da parede do estômago.

As causas mais comuns incluem:

– Infecção por H. pylori: é um tipo de bactéria que se fixa no estômago, causando inflamação e destruição do revestimento do estômago;

– Uso frequente de anti-inflamatórios, como Ibuprofeno ou Naproxeno: este tipo de remédios reduzem uma substância que ajuda a proteger as paredes do efeito irritante do estômago do ácido gástrico;

– Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: o álcool causa irritação da parede do estômago e também deixa esse órgão desprotegido da ação dos sucos gástricos;

– Níveis elevados de estress: o estress crônico altera o funcionamento gástrico, facilitando a inflamação da parede do estômago.

Adicionalmente, pessoas com doenças autoimunes, como SIDA, também apresentam maior risco de ter uma gastrite.

Embora seja fácil de tratar, quando o tratamento não é feito adequadamente, a gastrite pode resultar em complicações como úlceras ou hemorragias gástricas. 

 

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Oito décadas depois, novas descobertas reacendem debate sobre como morreu Lampião

22 de setembro de 2019, 06:10

Foto: Bijamin Abrahão/MS

O jornalista e historiador João Marcos Carvalho, que produziu documentário sobre os últimos dias do cangaceiro, pediu análise das peças que Lampião usava ao morrer.

 

Mais de oito décadas se passaram, e a história ainda não chegou à conclusão de como Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi morto. O debate ainda rende entre pesquisadores do cangaço e segue longe de um consenso sobre como se deram os últimos suspiros de Lampião. Há até mesmo quem duvide de sua morte.

Uma novidade trouxe mais elementos a um debate que parece não ter fim. Trata-se de uma perícia feita nas roupas e objetos que estavam com Lampião no dia da emboscada policial na grota do Angico, sertão de Sergipe, em 27 de julho de 1938. Após as mortes, as cabeças de Lampião, sua esposa Maria Bonita e outros cangaceiros foram cortadas e expostas ao público como troféu no Recife.

As peças estavam guardadas intocáveis até então no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas – como a operação que caçou o cangaceiro na caatinga foi feita pela Polícia Militar do Estado, Alagoas herdou o material e o guarda como relíquia até hoje.

A análise foi feita pelo perito Victor Portela, do Instituto de Criminalística de Alagoas. A BBC News Brasil teve acesso ao documento inédito, datado de 19 de julho de 2019, que atesta que Lampião teria recebido três tiros.

Mas a morte do rei do cangaço apresenta teses e mais teses. Uma delas é que Lampião e o bando foram envenenados antes do tiroteio, e que a polícia disparou contra o grupo já morto. Há quem defenda que o rei do cangaço não morreu em Angico, mas, sim, um sósia – o verdadeiro cangaceiro teria morrido com 100 anos em Minas Gerais.

Segundo perícia, tiro acertou o punhal usado por Lampião e foi desviado para a região umbilical
Foto: Ingryd Alves / BBC News Brasil
 

“Se quiser, conto as duas mil teses que existem sobre a morte”, brinca o historiador e jornalista João Marcos Carvalho, autor do documentário ainda inédito Os Últimos Dias do Rei do Cangaço. Foi ele quem pediu ao perito alagoano uma análise das peças, que deve reabrir um debate que parecia ter encontrado seu fim no ano passado, quando o escritor Frederico Pernambucano de Mello publicou livro Apagando Lampião.

Na publicação, o pesquisador do cangaço afirma que Lampião morreu com um único tiro disparado a oito metros de distância pelo cabo Sebastião Vieira Sandes. A versão ainda diz que o tiro certeiro foi dado de fuzil, conforme relatado pelo próprio policial alagoano autor do disparo – que o procurou quando estava com doença terminal em 2003 para revelar o que seria o maior segredo.

Debate

Para Carvalho, a tese de Frederico está errada. Ele diz que Lampião foi morto pela polícia em uma emboscada e estava com outros integrantes do grupo quando foi surpreendido.

Em busca de mais detalhes sobre o enigma da morte do cangaceiro, Carvalho pediu um laudo ao perito alagoano. “Procurei o perito Victor Portela e solicitei a análise daqueles objetos que estavam guardados e nunca tinham sido mexidos”, explicou.

À BBC News Brasil, o perito disse que de imediato aceitou a missão. Ainda em 2018, ele iniciou a análise no punhal, nas cartucheiras e nos bornais (tipo de bolsas usadas pelo cangaço) de Lampião. Segundo ele, foram percebidos pontos de impacto e perfurações nos materiais utilizados.

Perito Victor Portela, que fez análise das roupas e objetos que lampião estava usando na hora de sua morte
Foto: Ingryd Alves / BBC News Brasil
 

O laudo de Portela diz que foram três tiros. O primeiro deles acertou o punhal, e a bala acabou desviada para a região umbilical; outro atravessou a cartucheira – que era utilizada no ombro – e atingiu o coração; e o terceiro atingiu cabeça.

Para o perito, é impossível saber qual dos tiros – ou se a combinação deles – matou Lampião. Mas ele destaca que sua experiência como perito aponta um dado controverso das teorias até então: os disparos no peito e na barriga não matariam o cangaceiro instantaneamente.

“Ele poderia morrer alguns minutos depois pelo sangramento. Só o tiro na cabeça o mataria rápido, mas não temos como dizer a cronologia dos disparos”, explicou.

Um dos pontos novos apresentados no laudo veio da análise dos bornais feitos por Dadá (famosa cangaceira do grupo), que tinham duas marcas de tiros. João Marcos crê que Lampião não teve tempo de vesti-los no momento do tiroteio. “Quando o bando chegou à grota, o local não estava em um silêncio de catedral. Lampião estava vestindo a cartucheira, o punhal e tomou os tiros ali. Não deu tempo de ele vestir os bornais”, explicou.

Perícia também analisou bornais (bolsas usadas pelo cangaço) de Lampião
Foto: Ingryd Alves / BBC News Brasil

Neta rechaça ideia de um tiro

Vera Ferreira, neta de Lampião, disse à BBC News Brasil acreditar que a perícia recente sustenta a teoria mais correta a respeito da morte do avô.

Ferreira não acredita na versão de tiro único, nem de envenenamento, muito menos de que seu avô sobreviveu e morreu em Minas Gerais. “Quando o corpo do meu avô foi periciado, apontou-se três tiros”, disse.

Questionada sobre a versão de que o cabo Sandes ter matado o avô, Vera afirmou que não é possível saber quem matou Lampião. “Quem deu o tiro de misericórdia? Imagine várias pessoas atirando ao mesmo tempo, o mesmo alvo, ninguém sabe”, completou.

O ‘julgamento’ de Lampião

Além da polêmica da forma da morte, a história de Lampião também levanta o questionamento: herói ou bandido? Matar Lampião era um desejo das autoridades brasileiras desde a segunda metade da década de 1930. A ordem foi dada pelo então presidente Getúlio Vargas. Atendendo a pedidos de políticos nordestinos, ele impôs uma longa caçada ao bando.

Neta de Lampião, Vera Ferreira rebate tese de que cangaceiro morreu com apenas um tiro
Foto: Ingryd Alves / BBC News Brasil
 

Um seminário marcado para 2020, em Piranhas, sertão de Alagoas, vai levar as teses da morte e “julgar” se Lampião era herói ou bandido. “Existem aqueles que defendem que Lampião era bandido, mas alguns dizem que o cangaceiro era uma vítima da sociedade. Vamos analisar isso”.

O júri será composto por promotores, juízes, advogados e os historiadores, aos quais serão apresentadas as versões, casos e opiniões.

O perito Victor Portela também contou que na ocasião será apresentado o laudo. “Vamos utilizar a perícia para excluir teorias que não são compatíveis com os fatos que foram levantados. Vamos filtrar e excluir teorias que realmente não batem”, disse. “Além do julgamento queremos posteriormente fazer uma análise no local com reprodução simulada para ver os pontos de impacto no local”, disse.

 
 
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Cura para Alzheimer pode estar nas células de gordura do corpo humano

21 de setembro de 2019, 11:03

Foto: Alzheimer

Um estudo com dez participaram, com uma média de 76 anos e a viver há cerca de seis anos com a doença foram administradas entre uma a oito doses de células estaminais do tecido adiposo autólogo (do próprio).

Os resultados de um ensaio clínico recente, realizado nos EUA, indicam que a administração de células do tecido adiposo em doentes com Alzheimer é capaz de atrasar o declínio nas capacidades cognitivas, característico desta doença.

No estudo participaram dez doentes, com uma média de 76 anos e a viver há cerca de seis anos com a doença, aos quais foram administradas entre uma a oito doses de células estaminais do tecido adiposo autólogo (do próprio), obtidas através de lipoaspiração.

Em vez da progressiva deterioração cognitiva que tipicamente se observa na doença de Alzheimer, os investigadores observaram, em oito doentes, uma estabilização ou mesmo melhoria nas capacidades cognitivas. Em três dos doentes notou-se, ainda, uma melhoria da performance nos testes de memória e nos níveis de proteína tau (uma das proteínas com papel fundamental na doença de Alzheimer). Para além disso, em dois doentes observou-se o aumento do volume do hipocampo – zona do cérebro relacionada com a memória – o que indica que houve crescimento da massa cerebral nesta região. Apenas dois doentes apresentaram complicações, que foram rapidamente resolvidas.

Estes resultados estão em concordância com um estudo anteriormente realizado em modelo animal, onde se demonstraram melhorias na capacidade de aprendizagem e memória nos ratinhos tratados com células estaminais do tecido adiposo, comparativamente aos não tratados, diminuição da proteína beta amiloide acumulada no cérebro e um aumento da formação de novos neurónios no hipocampo.

Agora, os investigadores planeiam avançar com um ensaio clínico de fase II, de forma a demonstrar, com maior robustez, a eficácia das células estaminais do tecido adiposo no tratamento da doença de Alzheimer.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora no Departamento de I&D da Crioestaminal, “com o aumento da população em idade avançada, é cada vez mais importante a realização de estudos que permitam desenvolver terapias inovadoras para o tratamento da doença de Alzheimer”.

“Há, no entanto, um longo caminho a percorrer até que este tipo de terapia possa ser disponibilizado de forma abrangente, incluindo a realização de ensaios clínicos com maior número de doentes.”, acrescenta a investigadora.

A doença de Alzheimer é a principal causa de demência a nível mundial, estimando-se que haja mais de 28 milhões de pessoas a viver com esta doençaEm Portugal, pensa-se que atinja mais de 120 mil pessoas, número que poderá ascender a 200 mil já em 2037. A doença de Alzheimer é causada pela acumulação das proteínas tau e beta amiloide no cérebro, resultando na morte de células cerebrais e, consequentemente, em declínio cognitivo progressivo, atualmente irreversível. Os sintomas incluem perda de memória e alterações na capacidade de concentração e aprendizagem. Atualmente, os tratamentos disponíveis para gerir a doença são incapazes de impedir a sua progressão, visando fundamentalmente melhorar os sintomas. Desta forma, é de extrema importância encontrar soluções terapêuticas capazes de prevenir e tratar a doença de Alzheimer.

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Mudanças climáticas começam a ter impactos na saúde humana

21 de setembro de 2019, 07:47

Foto: Reprodução

As mudanças climáticas estão acentuando e agravando doenças, atingindo principalmente crianças, grávidas e idosos.

Das doenças cardíacas às alergias, o impacto da crise já está sendo sentido em todas as especialidades da medicina. Um artigo publicado em agosto no New England Journal of Medicine apresenta diversos estudos para mostrar como a crise climática afeta cada área da saúde humana. A coautora do relatório e professora de medicina de emergência na Harvard Medical School Renee Salas, ressalta que “a crise climática está afetando não apenas a saúde de nossos pacientes, mas também a maneira como prestamos atendimento e nossa capacidade de realizar nosso trabalho. E isso está acontecendo hoje”.

Alergias

À medida que as temperaturas aumentam, as plantas produzem mais pólen por períodos mais longos, intensificando as estações das alergias. O aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera pode fazer as plantas crescerem mais e causar mais pólen de grama, causa de alergias em cerca de 20% das pessoas. O dióxido de carbono também pode aumentar os efeitos alérgicos do pólen.

A especialista em ouvido, nariz e garganta da Faculdade de Medicina George Washington, em Washington DC, Neelu Tummala, afirma que atende muitos pacientes com rinite alérgica ou inflamação da cavidade nasal, congestão e gotejamento pós-nasal. “Antigamente, o pólen das árvores era apenas na primavera, as gramíneas eram apenas no verão, e a ambrósia era no outono. Mas isso está mudando”.

Grávidas e recém-nascidos

As grávidas são mais vulneráveis ??ao calor e à poluição do ar, fatores que estão se agravando devido às mudanças climáticas. A ginecologista obstetra de San Diego, Bruce Bekkar, compilou 68 estudos feitos nos Estados Unidos sobre a associação entre calor, poluição e as partículas de poluição provenientes de combustíveis fósseis e como eles estão relacionados com os números de nascimentos prematuros, baixo peso ao nascer e natimortos.

Fonte: Divulgação/Pixabay. 

A pesquisadora afirmou que ela e sua equipe encontraram uma associação significativa em 58 dos 68 estudos, que abrangem, ao todo, 30 milhões de nascimentos nos EUA. “Estamos descobrindo que temos um número crescente de crianças nascidas em um estado enfraquecido devido ao calor e à poluição do ar. É um impacto muito mais difundido e contínuo do que pensar nas mudanças climáticas como a causa dos furacões na Flórida”.

Além disso, doenças transmitidas por insetos, como o vírus Zika, também são um risco para o desenvolvimento de fetos.

Doenças cardíacas e pulmonares

O aumento da poluição do ar acaba estressando o coração e os pulmões e está diretamente ligado ao aumento de hospitalizações e mortes por doenças cardiovasculares e outros problemas respiratórios, como os crescentes ataques de asma.

Desidratação e problemas de rim

Os dias muito mais quentes tornam mais difícil a hidratação, intensificando desequilíbrios eletrolíticos, pedras nos rins e insuficiência renal. Pacientes que precisam de diálise devido à problemas renais podem ter problemas para realizar tratamento durante eventos climáticos extremos.

Doença de pele

Temperaturas mais altas e o enfraquecimento da camada de ozônio aumentam o risco de câncer de pele. Os mesmos gases que danificam a camada de ozônio contribuem para as mudanças climáticas.

Doenças infecciosas

A mudança de temperatura e os padrões de precipitação permitem que alguns insetos se espalhem mais e transmitam doenças como a malária e a dengue. A cólera e a criptosporidiose transmitidas pela água aumentam com a seca e as inundações.

Fonte: Divulgação/Pixabay. 

Doenças digestivas

O calor está associado a riscos mais altos de surtos de salmonela e campylobacter. Chuvas extremas podem contaminar a água potável. Microrganismos prejudiciais que prosperam em temperaturas mais altas também podem causar problemas gastrointestinais.

Doenças mentais

A American Psychological Association criou um guia de 69 páginas sobre como as mudanças climáticas podem induzir estresse, depressão e ansiedade. Pessoas expostas ou deslocadas por condições climáticas extremas, como furacões, correm um risco maior de enfrentar problemas de saúde mental. Calor extremo também pode piorar algumas doenças mentais.

O Howard Center para Jornalismo Investigativo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, descobriu que as chamadas de emergência relacionadas a condições psiquiátricas aumentaram cerca de 40% em Baltimore no verão de 2018, quando o índice de calor subiu acima de 39º C.

Fonte: Divulgação/Pixabay.

Doenças neurológicas

A poluição por combustíveis fósseis pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral. A combustão de carvão também produz mercúrio – uma neurotoxina que atinge fetos. Doenças transmitidas por mosquitos e carrapatos aumentam a chance de problemas neurológicos.

Nutrição

As emissões de dióxido de carbono estão diminuindo a densidade nutricional das culturas alimentares, reduzindo os níveis de proteína, zinco e ferro das plantas e levando a mais deficiências nutricionais. O suprimento de alimentos também é interrompido pela seca, instabilidade social e desigualdade ligadas às mudanças climáticas.

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Trump impõe ao Irã “sanções mais severas jamais aplicadas a um país”

20 de setembro de 2019, 16:03

OPresidente norte-americano, Donald Trump anunciou hoje novas sanções contra o sistema bancário iraniano, assegurando tratar-se das “mais severas jamais impostas a um país”.

“Acabamos de sancionar o banco nacional do Irã. Acabamos mesmo de o fazer”, disse Trump a partir da Sala Oval da Casa Branca, após um encontro com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison.

Segundo Trump, as novas sanções “dirigem-se diretamente ao mais alto nível” e explicou que essa entidade atua como banco central iraniano.

As novas sanções surgem na sequência dos ataques de sábado com “drones” (veículos não tripulados) a um campo petrolífero da Arábia Saudita, em que Washington responsabilizou o Irã, o que é desmentido por Teerão.

Os Estados Unidos já têm em curso uma série de sanções ao Irã desde que abandonaram o acordo nuclear, em novembro de 2018.

Ao falar também aos jornalistas, o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, considerou que as mais recentes sanções impostas ao Irã demonstram que os Estados Unidos estão a manter “pressão máxima” sobre Teerão.

“Cortamos agora todos os fundos para o Irã”, afirmou, explicando que, desta forma, ataca-se “a última fonte de rendimento do banco central iraniano e do Fundo Nacional de Desenvolvimento”.

“Isso significa que os fundos soberanos serão cortados do nosso sistema bancário, pelo que não seguirá mais dinheiro para os ‘Guardas da Revolução’ [exército de elite do poder iraniano] para financiar o terrorismo”, acrescentou.

Segundo o Tesouro norte-americano, o banco central iraniano e o Fundo Nacional de Desenvolvimento têm “financiado em milhões e milhões de dólares os ‘Guardas da Revolução’ e a sua ‘Força Qods'”, encarregada das operações exteriores, e ainda o “seu aliado terrorista, o Hezbollah” libanês.

Os três grupos são considerados por Washington como “organizações terroristas”.

O banco central iraniano e grande parte das entidades financeiras iranianas estão já sob sanções norte-americanas desde novembro de 2018, após a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear.

Por outro lado, o governador do banco central do Irã foi integrado em maio de 2018 na “lista negra” elaborada pelos Estados Unidos por “financiamento ao terrorismo”.

Na quarta-feira, o presidente norte-americano anunciou ter ordenado um “aumento substancial” das sanções contra o Irã, após a polêmica criada pelo ataque às refinarias sauditas.

“Acabo de ordenar ao secretário do Tesouro que aumente substancialmente as sanções contra o Irã”, escreveu então Trump na rede social Twitter.

Trump prevê examinar hoje as várias opções militares contra o Irã, mas continua a autorizar uma intervenção de grande escala como retaliação aos ataques de sábado.

Segundo o jornal The New York Times, vários membros da equipa de segurança nacional de Trump terão estado reunidos na quinta-feira para ultimar uma lista de possíveis objetivos no Irã que Washington poderia atacar.

O secretário da Defesa norte-americano, Mark Esper, e o chefe do Estado Maior Conjunto, general Joseph Dunford, devem apresentar essas opções ainda hoje a Trump durante uma reunião do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, acrescentou o mesmo jornal.

O The New York Times, citando uma fonte oficial, refere ainda que, entre as opções que propõe o Pentágono, não está incluída a possibilidade de ataques em grande escala, centrando-se mais em “operações clandestinas” a locais de onde o Irã lança os “drones” e mísseis de cruzeiro, bem como aos paióis de munições.

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Cinco benefícios da salsa e todas as propriedades deste alimento

20 de setembro de 2019, 13:28

Foto: Reprodução

Além do seu sabor agradável e de aprimorar o gosto de outros alimentos, a salsa também oferece benefícios para a saúde. 

Propriedades

Cada 100 gramas de salsa crua possui:

– Água: 88,7%;

– Energia: 33 kcal;

– Proteína: 3,3 g;

– Lipídos: 0,6 g;

– Hidratos de carbono: 5,7 ;

– Cálcio: 179 mg;

– Ferro: 3,2 mg;

– Magnésio: 21 mg;

– Fósforo: 49 mg;

– Potássio: 711 mg;

– Sódio: 2 mg;

– Zinco: 1,3 mg. 

Benefícios da salsa

1. Age contra a retenção de líquidos

Os óleos essenciais presentes na erva têm uma ação diurética que aumenta o fluxo de urina e, deste modo, ajuda a eliminar os líquidos retidos no organismo. 

A vitamina C presente na salsa age como um antioxidante, combatendo estruturas que prejudicam as células saudáveis e que geram o envelhecimento precoce.

3. Previne gripes e constipações

A ação de flavonoides como a luteolina combate o aparecimento de alergias, gripes e constipações. 

4. Combate infeções urinárias

A ação diurética da salsa aumenta o fluxo urinário e a antibacteriana combate micro-organismos patogénicos. Juntas, essas propriedades ajudam a tratar infecções urinárias. 

5. A salsa emagrece

Além de ter poucas calorias, a salsa pode ser usada para substituir o sal, visto que é um tempero saboroso, e assim reduzir a quantidade de sódio ingerida. Como consequência, há uma menor tendência a inchaço, contribuindo para a eliminação de líquido excedente, o que se reflete positivamente na balança.

Como consumir

A salsa in natura ou desidratada pode ser usada na preparação de chás e sumos detox, assim como no tempero de carne, peixe e outros cozinhados. 

Não existe uma quantidade limite para consumo o diário. A única contraindicação refere-se a pessoas alérgicas a salsa, porém a sua incidência é rara. 

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Polícia identifica suspeito da morte da menina Rachel Genofre após quase 11 anos

20 de setembro de 2019, 10:59

Foto: Reprodução

Quase 11 anos depois, a Polícia Civil identificou o principal suspeito pelo assassinato brutal da menina Rachel Genofre, em novembro de 2008. O suspeito é Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, que já está preso no estado de São Paulo. A identificação foi feita a partir da integração da base de dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) com as forças de segurança de São Paulo e Brasília. “Pode ter certeza de que o caso está encerrado. Não há o que livre ele dessa prisão”, destacou o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Riad Braga Farhat.

Segundo a pasta, a análise do material genético teve 100% de compatibilidade, o que faz a secretaria ter certeza de que ele é o responsável pela morte da garota. A descoberta foi feita na tarde da última quarta-feira (18), mas a revelação foi feita apenas nesta quinta em uma entrevista coletiva para a imprensa. Os delegados responsáveis pelo caso pediram desculpas à família de Rachel, que esteve presente durante a revelação.

Santos está preso em Sorocaba (SP) desde 2016, condenado a 22 anos de prisão, e possui um histórico criminal extenso que inclui crimes que vão desde estupro, atentado violento ao pudor e estelionato até roubo e falsificação de documentos. Com o seu envolvimento no caso Rachel, ele passa a ser acusado de quatro crimes sexuais — sendo dois deles contra menores de idade. Em 1985, ele teria cometido um atentado violento ao pudor contra um garoto em contra uma criança. Além disso, em 2002, teria cometido ainda outros dois estupros em São Paulo.

Já no ano da morte de Rachel, em 2008, ele morava em Curitiba e era segurança em São José dos Pinhais, na região metropolitana, segundo informou a Sesp. As investigações apontam que ele não tinha nenhum vínculo com a menina, mas que morava perto do caminho que Rachel usava para ir à escola, no Centro da capital paranaense.

Com a identificação do suspeito, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná espera trazê-lo para o estado para poder interrogá-lo e tentar reconstruir a cena do crime. O material genético de Santos foi coletado há cerca de uma semana e, de acordo com a Sesp, o cruzamento de banco de dados foi fundamental na identificação. “Se já existisse esse cruzamento em 2016, quando ele foi preso, já teríamos descoberto seu envolvimento no caso Rachel na época”, frisou Farhat.

A Polícia Civil informou que vai enviar ainda nesta quinta-feira um pedido para a 2ª Vara de Execuções Penais de Sorocaba para que o suspeito seja transferido para o Paraná para que ele seja ouvido pelo delegado responsável pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marcos Fernando da Silva Fontes.

Relembre o caso

O corpo da menina Rachel Genofre, de 9 anos, foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba no dia 5 de novembro de 2008, dois dias depois de a menina desaparecer, na saída do Instituto de Educação, escola onde a garota estudava no Centro de Curitiba. Rachel foi posta na bolsa envolvida em dois lençóis. Havia sacolas plásticas na cabeça e a menina estava nua da cintura para baixo. Laudos técnicos comprovaram que Rachel sofreu violência sexual e diversas agressões.

Nas investigações ao longo dos anos, a Polícia Civil chegou a prender diversos suspeitos. Cerca de 100 exames de confronto de DNA foram realizados, mas todos deram negativo. Investigadores chegaram a viajar a quatro estados para interrogar suspeitos.

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Ensino a distância triplica e presencial tem menos calouros

20 de setembro de 2019, 10:44

Onúmero de ingressantes em cursos de graduação presencial no País em 2018, 2,07 milhões, foi o menor dos últimos sete anos, mostra o Censo de Educação Superior, divulgado nesta quinta-feira, 19. De cada dez calouros na graduação, quatro foram para o ensino a distância. Desde 2011, a modalidade EAD cresceu mais de três vezes – passando de 431,5 mil ingressantes, em 2011, para 1,37 milhão em 2018.

Preparado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, (Inep), o censo deixa clara a concentração do mercado de ensino a distância – apenas 244 instituições privadas ofertam essa modalidade de ensino. Mais de 80% dos estudantes de EAD estão matriculados em 20 instituições – 19 privadas. E, pela primeira vez, foram ofertadas em 2018 mais vagas de cursos a distância do que na modalidade presencial: 7,1 milhões de vagas EAD, ante 6,3 milhões nos cursos presenciais.

No universo das particulares, Pedagogia concentra o maior porcentual de matrículas de cursos a distância, 23,4%. Em seguida, vem Administração e Contabilidade com, respectivamente, 11,4% e 7%. Na rede federal, os cursos a distância de Pedagogia também são maioria. Eles respondem por 12,9% das matrículas. Em seguida, vem Matemática, com 11,9%.

Questionado se isso não aumentaria o risco de professores serem formados sem nunca ter dado uma aula em sala, o presidente do Inep, Alexandre Ribeiro Lopes, se amparou nas regras existentes. De acordo com ele, a abertura de cursos cumpre o que é determinado por lei.

O crescimento de cursos a distância ganhou força exatamente graças a uma decisão do governo federal. Em 2017, o MEC publicou uma portaria tornando mais simples as regras para a criação de graduações nessa modalidade. Anteriormente, a abertura de polos estava condicionada a uma vistoria feita por técnicos. Com a mudança, basta que alguns indicadores de qualidade sejam atendidos.

O estudo mostra ainda a expansão do mercado privado no ensino superior. No ano passado, a cada 4 alunos matriculados nos cursos de graduação, apenas 1 estava em uma instituição pública. No período 2017-2018, a rede pública cresceu 1,6%, enquanto a privada, 2,1%.

O fenômeno é identificado em todo o País. Em alguns casos, a diferença é muito marcante. Em São Paulo, por exemplo, são 4,6 alunos na rede pública para cada aluno na rede privada, quando se consideram os cursos presenciais. Em todo o País, só Roraima apresenta mais matrículas na rede pública.

Ressalvas

O fenômeno da expansão de cursos de graduação a distância é visto de diferentes formas pelos especialistas. Parte tem ressalvas sobre a qualidade da modalidade a distância, pela dificuldade de acompanhar alunos, interagir com colegas e professores e ofertar atividades práticas. Outro problema apontado é o nível maior de desistência nas graduações EAD.

Para Celso Niskier, presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), porém, “uma modalidade de ampla aceitação mundial está expandindo”. “Esse avanço do EAD vem acontecendo por motivos econômicos e financeiros, mas também por uma mudança da sociedade, que passa a aceitar melhor a educação mediada por tecnologias, além do alcance das pequenas e médias cidades, que a abertura de polos EAD abrange.”

Olavo Nogueira Filho, diretor de políticas educacionais do Todos pela Educação, ainda considera preocupante o avanço da participação de cursos a distância em Pedagogia e nas licenciaturas. “É como acontece com Medicina. Ninguém avalia ter um médico que recebeu apenas conhecimentos teóricos”, compara. Ele acredita que o fato de graduações voltadas à docência serem agora majoritárias na modalidade de cursos a distância certamente poderá comprometer a qualidade do profissional. “Não se trata apenas de alguns indicadores. O professor precisa, para além do teórico, saber transmitir os ensinamentos aos alunos.”

Desistência

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, chamou a atenção para as altas taxa de abandono dos cursos de ensino superior. Antes de os dados serem apresentados, ele observou que as taxas de desistência superam os 50% no País. São alunos que ingressam, mas não completam o curso. “A conclusão é óbvia. Se a gente reduzisse significativamente essa deficiência, a gente conseguiria dobrar o ensino superior”, afirmou.

Instituições privadas são as campeãs de desistência. Dados do censo mostram que 59,9% dos alunos desistiram do curso. Em seguida, vêm alunos das universidades federais (com 47,6% de desistência) e das estaduais (com 41,9%).

Há também atrasos. De acordo com o censo, 33% dos alunos matriculados concluem o curso no tempo que seria inicialmente programado para a graduação. Esse desempenho é um pouco superior do que o apresentado por Portugal (29%), Holanda (28%) e Áustria (26%), mas muito inferior, por exemplo, ao que é apresentados no Reino Unido, onde a taxa de conclusão é de 72%. Nos Estados Unidos, a taxa é de 38%.

De acordo com o censo, 19,6% das pessoas com 25 a 34 anos no Brasil têm educação superior. Um desempenho melhor do que o apresentado por faixas etárias mais altas. Entre 55 a 64 anos, 13,7% têm educação superior. 

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Tecnologias de reconhecimento facial são usadas em 37 cidades no país

20 de setembro de 2019, 08:47

Foto: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

OBrasil tem 37 iniciativas em cidades adotando, de alguma maneira, tecnologias de reconhecimento facial. Mais da metade, 19, foram lançados no período de 2018 a 2019. Essas soluções, em geral, são empregadas nas áreas de segurança pública, transporte e controle de fronteiras. O levantamento foi realizado pelo Instituto Igarapé e apresentado hoje (19) no 10º Seminário de Proteção à Privacidade e aos Dados Pessoais, evento organizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. O estudo mapeou iniciativas desde 2011, em todo o país.

O tema vem suscitando intensas polêmicas. Autoridades vêm apostando no reconhecimento facial como um instrumento sofisticado das formas de controle em políticas públicas. Por outro lado, essas ferramentas também são objeto de fortes questionamentos, já tendo sido proibidas em cidades dos Estados Unidos, como San Francisco e Oakland. Para além de governos e organizações da sociedade civil, até mesmo empresas de tecnologia, como a Microsfot, já defenderam a regulação dessa prática.

A pesquisadora do instituto autor do levantamento Louise Marie Hurel ressaltou que a opção por essas formas de identificação não é nova. Em 2004, um projeto de lei do então deputado Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio de Janeiro, já buscava regulamentar a utilização de biometria facial para autenticar acesso a dados tributários. No início desta década, cidades começaram a recorrer à tecnologia.

Os primeiros projetos foram fundamentalmente na área de transporte, de empresas intermunicipais que colocavam o reconhecimento como condição para o acesso a serviços. Esse setor foi responsável por 21 projetos mapeados pelo estudo. Nos últimos anos, ganhou força fundamentalmente em aplicações na segurança pública, como para o acesso a locais e monitoramento por meio de câmeras. Outras 13 iniciativas identificadas no documento têm essas finalidades.

Não somente governos mas empresas também implementaram a tecnologia. A concessionária de uma das linhas do Metrô de São Paulo instalou câmeras para analisar os sentimentos dos passageiros por meio de suas expressões faciais e subsidiar os anúncios nos vagões. A Hering, indústria especializada em vestuário, colocou sistemas semelhantes em uma loja da capital paulista com o intuito de examinar as atitudes dos consumidores, interesses e práticas como elemento a ser considerado em estratégias de marketing.

Os primeiros projetos foram fundamentalmente na área de transporte, de empresas intermunicipais que colocavam o reconhecimento como condição para o acesso a serviços. Esse setor foi responsável por 21 projetos mapeados pelo estudo. Nos últimos anos, ganhou força fundamentalmente em aplicações na segurança pública, como para o acesso a locais e monitoramento por meio de câmeras. Outras 13 iniciativas identificadas no documento têm essas finalidades.

Não somente governos mas empresas também implementaram a tecnologia. A concessionária de uma das linhas do Metrô de São Paulo instalou câmeras para analisar os sentimentos dos passageiros por meio de suas expressões faciais e subsidiar os anúncios nos vagões. A Hering, indústria especializada em vestuário, colocou sistemas semelhantes em uma loja da capital paulista com o intuito de examinar as atitudes dos consumidores, interesses e práticas como elemento a ser considerado em estratégias de marketing.

Juntamente com a disseminação desse recurso, vêm também a preocupação das autoridades. O levantamento identificou dois projetos de lei no Congresso Nacional e 21 em assembleias legislativas sobre o tema, sendo oito no Rio de Janeiro e dois em São Paulo. “O reconhecimento facial é colocado como uma espécie de bala de prata para segurança pública”, observou a pesquisadora Marie Hurel.

O Projeto de Lei 9.736, de 2018, do deputado Júlio Lopes (PP/RS), por exemplo, obriga o reconhecimento facial em presídios. O PL 11.140 de 2018, do líder do PSL, Delegado Waldir (GO), vai além, e determina registros não somente aos detidos, mas também a funcionários e até mesmo advogados que ingressem na unidades de internação.

O professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Rafael Mafei salientou os riscos associados a essa tecnologia. O primeiro é o do viés que gera discriminação, que, segundo o professor, pode ser uma consequência tanto da lógica de funcionamento de um sistema quanto resultante dos registros utilizados para alimentá-lo. Quanto menor a diversidade dos dados inseridos, menor a capacidade do programa de identificar adequadamente determinados tipos de face, disse Mafei.

O docente citou estudos cujas conclusões revelaram margens de erros maiores para mulheres, para negros e para mulheres negras. Em algumas empresas, o nível de erro na análise de uma imagem chegava a mais de 30%. O problema é que esses “falsos positivos” podem gerar prejuízos graves, como uma prisão de alguém inocente.

“Tecnologia que objetiva o reconhecimento com margens de erros arbitrárias e a depender de como a régua é modificada, as consequências são graves. O reconhecimento facial é tão perigoso quando mal usado que não vale o risco disso ser popularizado. Seria a tecnologia dos sonhos de governos autoritários”, disse Mafei.

A advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Bárbara Simão lembrou que pesquisas realizadas por diferentes institutos de pesquisa em países como Estados Unidos e Reino Unido mostraram um baixo nível de confiança das pessoas nesse tipo de tecnologia. Em uma dessas sondagens, apenas 7% concordaram com tecnologias voltadas ao rastreamento de seus comportamentos e direcionamento de publicidade.

Na opinião de Simão, a decisão de uma empresa por essa solução técnica deve levar em consideração uma série de critérios. O primeiro envolve considerar se ela de fato agrega algo, ou se a identificação poderia ser realizada por outros meios. A segunda diz respeito à transparência nessa operação, com relatórios de impacto. A terceira presume o direito da escolha da pessoa, e não adotar o reconhecimento facial como imposição. Por fim, são necessárias medidas antidiscriminação para impedir esse tipo de problema.

O reconhecimento facial começa com a coleta da imagem de um indivíduo. Um filtro verifica se o elemento em questão é uma face ou não. Em seguida, é realizada uma “normalização”, na qual as pessoas são classificadas em padrões.

No próximo passo, os traços e características do rosto são transformados em “pontos de referência”, que são analisados. Esse conjunto de informações é trabalhado como um identificador associado àquela pessoa. Em um serviço de autenticação, por exemplo, a câmera filma ou registra uma imagem e o sistema busca no banco de dados se há alguma face com determinado nível de semelhança.

Com informação: Agência Brasil

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Pela 1a vez, acordo com Brasil é vetado por um país europeu

19 de setembro de 2019, 15:53

Pela primeira vez, um parlamento de um país europeu aprova uma moção para forçar seu governo a vetar o acordo comercial entre a UE e o Mercosul. A decisão foi tomada pelo Parlamento Austríaco, na noite de quarta-feira, gerando fortes preocupações entre diplomatas brasileiros sobre a possibilidade de que Viena abra uma onda de rejeições pelo continente.

O acordo, depois de 20 anos de negociações, foi fechado em junho e comemorado pelo governo brasileiro como uma das principais conquistas diplomáticas do país. Mas, para que entre em vigor, todos os países da UE precisam aprova-lo no Conselho Europeu e, depois ratifica-lo, em seus respectivos parlamentos.

Oficialmente, os austríacos vetaram o acordo sob o argumento de que as políticas ambientais de Jair Bolsonaro seriam inaceitáveis. No Parlamento, chamou a atenção o fato de que praticamente todos os partidos – de direita, extrema-direita e socialistas – apoiaram o veto ao tratado. A única exceção veio dos liberais. A moção, assim, pede que o governo de Viena vete, no Conselho Europeu, a aprovação do texto.

O partido social-democrata, SPO, comemorou o veto. “Trata-se de um grande triunfo para os consumidores, para o meio ambiente, a proteção de animais e para os direitos humanos”, declarou.

A surpresa, na votação, foi a decisão do partido conservador de também dar seu apoio. O OVP considerou que não há como retomar o processo negociador.

Mas diplomatas alertaram que a crise ambiental pode estar sendo instrumentalizada. Antes mesmo dos incêndios, o governo de Viena era um dos que mais resistia ao acordo com o Mercosul, alegando que não estaria disposto a abrir seu mercado agrícola. Ao lado da França, os austríacos chegaram a escrever uma carta para protestar contra o ritmo acelerado que a Comissão Europeia havia adotado no processo de diálogo.

“Encontraram agora um motivo que forte apelo popular para justificar seu protecionismo”, criticou um diplomata brasileiro de alto escalão na Europa.

No Itamaraty, o temor agora é de que o veto austríaco seja repetido por outros parlamentos.

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