Municípios

1880, histórias de uma década

26 de julho de 2019, 13:47

Foto: Gervásio Lima

*Por Gervásio Lima – 

Foi no século XIX (1801 – 1900), a partir da sua segunda metade, que a sociedade brasileira passou por mudanças fundamentais nos campos políticos e sociais. Nesse período se mudou a forma de governo, foi feita a Constituição, se iniciou a substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado e as fazendas de café e outras lavouras se modernizaram. As cidades cresceram e nelas as primeiras indústrias se instalaram.

A década de 1880 foi marcada por diversos e importantes fatos históricos no Brasil. Entre os de maior relevância estão a independência do Brasil (1822), abolição da escravatura (1888), a e proclamação da república (1889). Neste espaço de tempo, mas precisamente em 28 de julho de 1880, foi elevada à categoria de cidade por uma Lei Provincial, a “Agrícola Cidade de Santo Antônio de Jacobina”. Um reconhecimento que aconteceu somente 160 anos depois da localidade ser promovida a distrito (1720); 158 anos após ter se tornado município (1722) e 128 anos depois de ser pronunciada como ‘freguesia’ (1752).

A cidade do Ouro, nome carinhoso dado por conta das minas de ouro que atraíram os portugueses e bandeirantes paulistas no início do século XVII, chega aos seus 139 anos de emancipação política com os mesmos problemas de uma localidade que não possui ‘vida própria’. Famosa por suas belezas naturais, culturais e arquitetônicas, Jacobina vem sendo devassada há mais de 250 anos. Sua capacidade de se transformar em um dos principais municípios do Estado da Bahia, do ponto de vista econômico, através da oferta dos mais diversos tipos de serviços, é barrada na incapacidade daqueles que a população ao longo das últimas décadas vem acreditando. Urge a necessidade da discussão e elaboração de um plano de desenvolvimento por toda a sociedade jacobinense. Identificar, de forma coletiva, os gargalos que têm limitado o desempenho e a capacidade de o município avançar se faz necessário.

Possuir atrativos turísticos e não saber usar é como ter a chuteira e a bola e não ter um local para jogar, ter igrejas, festas religiosas e não saber rezar ou orar, ter o ouro e não possuir a jóia e ser hospitaleiro e não receber visitas.

Esperar que as soluções para tornar-se auto-sustentável apareçam apenas com a ajuda externa é uma aposta arriscada. Explorar o potencial que possui com políticas sérias é uma estratégia inteligente e beneficiará todo o conjunto. O bom gestor não é sinônimo de administrador e sim aquele que ousa, encoraja, intenciona e age.

A certeza de dias melhores só existe quando as obrigações são realmente cumpridas e a maior festa de aniversário de uma cidade é a comemoração por este cumprimento.

Coragem e força Jacobina. Feliz aniversário!

*Jornalista e historiador

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Passa de 22 milhões o número de palmas distribuídas pelo Governo da Bahia

25 de julho de 2019, 15:15

Foto: Gervásio Lima

O Governo do Estado, através da Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf), órgão vinculado a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), está garantindo a segurança alimentar do rebanho de mais de 22 mil agricultores e agricultoras familiares do semiárido baiano.

O programa que iniciou em 2015, já entregou até este mês de julho, mais de 22 milhões de mudas de palma forrageira miúda (doce), resistente a doenças como a Cochonilha do Carmim. A ação, que é executada pela Suaf, em parceria com a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), prefeituras municipais e entidades da agricultura familiar, tem como objetivo fortalecer e garantir a segurança alimentar do rebanho de caprinos, ovinos e bovinos do Estado, especialmente em municípios com longos períodos de estiagem.

Nesta terça-feira (23), foi atingida a marca de mais de 2 milhões de mudas distribuídas no Território de Identidade da Bacia do Jacuípe, beneficiando mais de 2 mil agricultores de 17 município, a partir de convênio firmado com a Cooperativa Agroindustrial de Pintadas (Cooap), que acaba de ser concluído com a entrega de 113 mil mudas de palmas no município de Gavião.

Já no Oeste do Estado, o convênio com a Rede de Organização em Defesa das águas (Roda), de Santa Maria da Vitória, que estava responsável pelo fornecimento das mudas, garantiu a distribuição de mais de 3 milhões de raquetes de palmas.

O programa, que fortalece a convivência com o semiárido em 22 territórios baianos, além das entregas, tem disponibilizado capacitações por técnicos da SDR, voltadas para o plantio e manejo das mudas. Até o final de 2019, deverão ser entregues ainda, mais de 5 milhões de mudas.

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Irrigação compartilhada promete aumentar a produtividade de agricultores familiares

15 de julho de 2019, 13:53

Foto: Divulgação Aiba

Assentamento Santa Rita pode ser a primeira área a contar com essa tecnologia na Bahia – 

Por: Agrolink Com. Inf. de Assessoria -Aliados da agricultura empresarial, os pivôs centrais viabilizam a produção em grandes áreas cultivadas. O que poucos sabem é que eles também já são utilizados na agricultura familiar. Em alguns países da África, por exemplo, o compartilhamento destes equipamentos entre pequenos agricultores tem contribuído para o fortalecimento da atividade, rendendo mais produtividade aos pequenos produtores que cultivam sob o pivô e, consequentemente, proporcionando transformação social para a categoria.

Esse modelo de agricultura pode ser adotado no Oeste da Bahia. Técnicos da Aiba e do Iaiba, acompanhados de pesquisadores da Ufob e UFV e representantes do Incra e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Barreiras, visitaram o Assentamento Santa Rita, para estudarem a viabilidade de instalar um pivô central na comunidade agrícola. A ideia é que o equipamento sirva aos pequenos produtores de lá, de forma compartilhada. O objetivo da experiência é que, com um sistema eficiente e inteligente de irrigação, eles passem a produzir mais, aumentando, assim, a sua competitividade no mercado.

O projeto é visto com bons olhos pelos assentados. O pequeno agricultor Adenilson Santos, do Sítio Sucupira, se alegrou com a possibilidade. “Quanto mais frente de trabalho conseguirem para as famílias estaremos ajudando a amenizar o sofrimento de muitos que buscam tirar o sustento da terra, mas que não têm condições de investir em tecnologia. Esses pivôs seriam de grande salvação”, pontua.

Com dedicação à agricultura de pequeno porte, a presidente da Associação do Assentamento, Maria da Conceição, entende que os pivôs centrais só agregariam ao negócio familiar, uma vez que daria viabilidade à atividade durante todo o ano, aumentando a produtividade sem aumentar a área cultivado. “Sem essa tecnologia, temos produzido pouco e, com isso, os lucros têm sido pequenos, o que nos leva a recorrer a outras atividades para complementar o nosso sustento. Isso interferiu no desempenho da própria agricultura, colocando em risco a nossa principal atividade. No caso da minha família, por exemplo, tínhamos também uma criação de porcos, mas, com a falta de recursos, perdemos muitos animais e acabamos abrindo mão para trabalhar fora e garantir o sustento”, observa.

“O acesso às tecnologias disponíveis para o desenvolvimento agrícola da região deve chegar aos pequenos produtores como forma de fortalecer a agricultura familiar. Durante nossa visita ao Assentamento Santa Rita foi possível constatar a existência de ações já desenvolvidas pela CERB, mas que requerem continuidade e disponibilidade de apoio técnico para fixação das famílias assentadas e, consequentemente, possibilitar geração de renda. Destaca-se a possibilidade de compartilhamento do equipamento e aprimoramento de técnicas para o uso de maneira sustentável dos recursos hídricos existentes no local, viabilizado pela utilização de tecnologia compatível com os interesses daquela comunidade”, enfatizou Jacques Miranda, professor e vice-reitor da Ufob.

A possibilidade de ampliar sua produção animou a pequena agricultora Maria de Fátima Perim, que vê na irrigação compartilhada a solução mais eficiente para o seu cultivo de morangos e maracujás. “Não se trata apenas de aumentar a produtividade, mas a renda e as perspectivas das famílias. Se na África está dando certo aqui também dará. Onde há tecnologia há desenvolvimento social”, defende.

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Barragem se rompe na Bahia e deixa moradores da cidade ilhados

11 de julho de 2019, 15:34

Foto: Tribuna Sisaleira

Na manhã desta quinta-feira (11) uma barragem se rompeu na cidade de Pedro Alexandre, localizada a cerca de 435 quilômetros de Salvador, na Bahia, e deixou os moradores ilhados.

Segundo Carla Leão, coordenadora da Defesa Civil da cidade, não há feridos, mas os moradores estão ilhados em meio a lama.

“Algumas casas foram invadidas, mas não teve feridos. Ainda não conseguimos contato com esses moradores porque o povoado está ilhado. Tem muita lama e água no caminho. Apesar disso, sabemos que eles não foram atingidos porque entramos em contato antes, e eles deixaram as casas antes do rompimento”, afirmou a coordenadora, segundo o portal G1.

De acordo com a Superintendência de Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec), o rompimento ocorreu por volta das 11h e as estradas da região estão bloqueadas.

A Defesa Civil local informou que acionou o Corpo de Bombeiros de uma cidade vizinha para ajudar no atendimento da região.
O acidente fez os moradores da cidade de Coronel João Sá, vizinha à Pedro Alexandre, a evacuarem suas casas.

“A preocupação é com a cidade de Coronel João Sá. Ela está na rota que a lama seguirá. Então, pedimos que as pessoas procurem ajuda. Já fiquei sabendo que a prefeitura está fazendo o trabalho de retirada dos moradores. Muitos já foram para abrigos”, completou a coordenadora.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pedro Alexandre tem cerca de 16.695 moradores e Coronel João Sá tem uma população que chega a 17.066.

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No RS, prefeitura convida médico cubano para ser secretário de saúde

18 de novembro de 2018, 13:25

Foto: © Pixabay

‘Gostaríamos que ele continuasse no município, porque ele foi muito bem aceito pela comunidade. É um bom médico, nunca nos deixou na mão’, diz prefeito de Chapada

Anotícia de que Cuba decidiu sair do programa Mais Médicos, depois de cinco anos de parceria com o governo brasileiro, na quarta-feira (14), repercutiu na cidade gaúcha de Chapada (a 336 km de Porto Alegre). Com uma população de 9.597 habitantes, a preocupação era perder o único médico cubano da cidade.

O prefeito Carlos Alzenir Catto (PDT) resolveu pensar rápido. Por sugestão da atual secretária municipal de Saúde, ainda na quarta, chamou o médico Richel Collazo Cruz, 36, para conversar em seu gabinete e propor que ele assumisse a pasta.

“Gostaríamos que ele continuasse no município, porque ele foi muito bem aceito pela comunidade. É um bom médico, nunca nos deixou na mão. Se entrar na nossa página no Facebook, vai ver os elogios. Claro que gostaríamos que ele continuasse médico aqui, mas se não dá…”, diz o prefeito, que ainda não recebeu a resposta de Collazo ao convite.

Quinze dias antes da decisão do governo de Cuba, uma equipe da prefeitura foi a Brasília pedir mais profissionais dentro do programa Mais Médicos.

Richel Collazo Cruz, quando chegou a Chapada, em 2014

No começo de outubro, Chapada abriu um edital para contratar três médicos especializados em saúde da família, num regime de 40 horas semanais, pelo salário de R$ 11 mil, durante um ano. O mesmo valor que recebe o prefeito. Catto chegou a prorrogar o prazo de inscrições, mas não apareceram interessados.

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No RS, prefeitura convida médico cubano para ser secretário de saúde

‘Gostaríamos que ele continuasse no município, porque ele foi muito bem aceito pela comunidade. É um bom médico, nunca nos deixou na mão’, diz prefeito de Chapada

© Pixabay

HÁ 1 HORA POR FOLHAPRESS

BRASIL CHAPADA

Anotícia de que Cuba decidiu sair do programa Mais Médicos, depois de cinco anos de parceria com o governo brasileiro, na quarta-feira (14), repercutiu na cidade gaúcha de Chapada (a 336 km de Porto Alegre). Com uma população de 9.597 habitantes, a preocupação era perder o único médico cubano da cidade.

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O prefeito Carlos Alzenir Catto (PDT) resolveu pensar rápido. Por sugestão da atual secretária municipal de Saúde, ainda na quarta, chamou o médico Richel Collazo Cruz, 36, para conversar em seu gabinete e propor que ele assumisse a pasta.

“Gostaríamos que ele continuasse no município, porque ele foi muito bem aceito pela comunidade. É um bom médico, nunca nos deixou na mão. Se entrar na nossa página no Facebook, vai ver os elogios. Claro que gostaríamos que ele continuasse médico aqui, mas se não dá…”, diz o prefeito, que ainda não recebeu a resposta de Collazo ao convite.

Quinze dias antes da decisão do governo de Cuba, uma equipe da prefeitura foi a Brasília pedir mais profissionais dentro do programa Mais Médicos.

Richel Collazo Cruz, quando chegou a Chapada, em 2014

No começo de outubro, Chapada abriu um edital para contratar três médicos especializados em saúde da família, num regime de 40 horas semanais, pelo salário de R$ 11 mil, durante um ano. O mesmo valor que recebe o prefeito. Catto chegou a prorrogar o prazo de inscrições, mas não apareceram interessados.

“Essa história de que há profissionais sobrando é de quem está nos grandes centros, na capital. Tem que sair da casinha e ver o que acontece nos municípios menores. Quem perde com essa saída de 8.000 médicos é o povo de baixa renda, nós estamos tentando segurar o nosso”, afirma ele.

Catto está no quarto mandato como prefeito da cidade, que tem renda per capita de R$ 37.423,52. Nas últimas eleições, os eleitores deram 63,7% dos votos válidos para o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Sobre a qualidade de atendimento dos cubanos, o prefeito faz questão de contar que ele e toda a família já se consultaram no posto municipal com Collazo. Além do cubano, há outros dois médicos atendendo em tempo integral na rede pública local.

“Sempre fomos muito bem atendidos, não tem trabalho escravo aqui. Ele sempre foi pontual, faz a carga horária, está inserido na comunidade. Eu torço para que ele fique como médico, se não for assim, como secretário”, diz.

Collazo chegou à cidade em março de 2014. Uma comitiva de Chapada foi recebê-lo ainda em Porto Alegre. Na primeira semana, já apresentaram o cubano a uma partida de futebol local e a uma festa no interior da cidade, para que ele fosse conhecendo a comunidade. Dois anos depois, o médico estava casado com uma moradora de lá.

Depois da repercussão da notícia e de outras entrevistas, Collazo preferiu não falar mais com a imprensa. À Rádio Gaúcha, ele disse: “Ninguém vem de Cuba para cá enganado. Todo mundo sabe o que vai ganhar e a parte com a qual o governo vai ficar. Quando você chega aqui, vem com a mente de que é isso. Quando a gente vê essa diferença, de R$ 300 para R$ 3.000, é uma grande diferença. Esses R$ 3.000 correspondem a um grande salário lá em Cuba”.

Durante o fim de semana, o prefeito encaminhou um pedido à Câmara de Vereadores para alterar a lei orgânica do município, que prevê que apenas brasileiros podem ocupar o cargo em secretarias. Assim, se Collazo aceitar o convite, não terá empecilhos para assumir. Com informações da Folhapress.

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Mais de 600 cidades do País podem ficar sem médicos após saída de cubanos

18 de novembro de 2018, 11:23

Foto: Reprodução

Alerta é do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde

 

Com a saída dos 8.332 médicos cubanos que integram o programa Mais Médicos, ao menos 611 cidades brasileiras podem ficar sem médicos a partir do próximo ano, de acordo com estimativa de secretarias municipais de saúde.

O alerta foi feito neste sábado, 17, por Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Segundo ele, os médicos cubanos foram os únicos a aceitar trabalhar em unidades de saúde localizadas nas cidades mais distantes, isoladas ou pobres do País. Junqueira afirma que dificilmente será possível substituir todos os profissionais nessas localidades, tendo em vista que os médicos brasileiros preferem trabalhar nos grandes centros urbanos.

O Conasems calcula que os médicos cubanos representam mais da metade dos profissionais contratados pelo programa, que permitiu acesso à saúde a cerca de 29 milhões de brasileiros. No País, 79,5% dos municípios (3.243 de 5.570) são beneficiados pelo Mais Médicos e os cubanos representam 90% dos profissionais que aceitaram atuar em postos de saúde em aldeias indígenas. Além disso, compõem 100% do quadro em 611 cidades.

“O cancelamento abrupto de seus contratos representará uma perda cruel para toda a população, especialmente a mais pobre”, alertou, em comunicado, o Conasems. “Algumas regiões provavelmente ficarão sem médico por um período entre 60 e 90 dias. Tudo vai depender da rapidez do Ministério da Saúde para contratar os substitutos. O Conselho Federal de Medicina assegura que há médicos disponíveis no Brasil. Vamos rezar para que todos se inscrevam”, afirmou Junqueira.

A possibilidade de que milhões de brasileiros fiquem sem assistência médica levou a Defensoria Pública da União a apresentar um recurso na última sexta-feira, 16, à Justiça Federal para obrigar o governo a manter as regras atuais do programa.

Na última quarta-feira, 14, o governo de Cuba anunciou a decisão de abandonar o programa após declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Ele afirmou que os profissionais trabalham em condições de escravidão e condicionou a permanência do programa à realização do processo de revalidação do diploma. Também falou que o acordo poderia ser renovado se os profissionais pudessem trazer a família ao Brasil e recebesse pagamento integral – sem repasses ao governo cubano. Os médicos cubanos devem sair do Brasil nas próximas semanas.

O Ministério da Saúde anunciou que vai lançar, ainda neste mês, um edital para contratação de médicos brasileiros e de outros países que possam substituir os cubanos.

Soluções emergenciais

A Associação Médica Brasileira (AMB) emitiu uma carta onde apresenta soluções emergenciais para evitar que pacientes fiquem sem assistência médica no País. A entidade foca em três pontos: a reformulação do Piso de Atenção Básica (PAB), o reforço no atendimento em áreas indígenas e de difícil acesso e o incentivo à adesão ao programa por profissionais jovens.

No que diz respeito ao PAB, a associação sugere que a União aumente o valor repassado para que os municípios possam contratar profissionais da região e que o cálculo seja reformulado para que municípios menores recebam mais recursos.

Para as áreas mais remotas, a proposta é aumentar o investimento nas Forças Armadas, que, segundo a entidade, tem experiência em regiões de difícil acesso e poderia levar “não somente médicos para esses locais, mas toda a infraestrutura necessária para a saúde: transporte de medicamentos, deslocamento de profissionais, hospitais de campanha, helicópteros e barcos para remoção em locais de difícil acesso. Para isso, usaria o efetivo atual de médicos das Forças Armadas, incrementaria o efetivo por concurso e selecionaria também novos Médicos Oficiais Voluntários para atuarem de forma temporária.”

No caso dos profissionais em início de carreira, a proposta da AMB seria a criação de subsídios e incentivos aos jovens médicos com dívida no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “Durante o período em que os médicos atuarem no programa, as parcelas do financiamento ficam suspensas. Além disso, haverá o benefício de descontos no montante geral da dívida, de acordo com o tempo de permanência e o município ou região escolhido (quanto menor o município ou de mais difícil provimento, maiores os descontos). Também é preciso garantir as mesmas condições ofertadas aos cubanos hoje: moradia, alimentação e transporte.”

Em seu posicionamento, a AMB criticou o programa e o classificou como “eleitoreiro”. Afirmou que o problema da assistência médica no Brasil não está relacionada à falta de médicos, mas de “políticas públicas que atraiam e fixem esses médicos nos municípios”. Para a entidade, a solução definitiva para o problema seria a criação de uma carreira médica de Estado. Segundo a AMB, há 458.624 médicos no País e esse número é suficiente para as demandas da população. (Jornal do Brasil – com agências)

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Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade

23 de agosto de 2018, 11:43

Por Gervásio Lima  –  

A demora por tomadas de decisões afeta consideravelmente governos que possuem todas as prerrogativas para serem considerados de excelência. Já criar expectativa para outrem é uma falta séria de compromisso com a dignidade e o sentimento alheio. Não se promete o que não pode ser cumprido, isto é fato e, infelizmente, uma prerrogativa usada por poucos.

O Brasil que os brasileiros querem é utópico por conta do comportamento dos próprios brasileiros. Corruptores criticam corruptos e o que deveria ser uma obrigação é caracterizado de virtude, com a moral e a ética não sendo mais valores intrínsecos, passando a serem ‘princípios em extinção’.

Não basta apenas achar que o erro se encontra no outro sem antes se auto avaliar. Ao descobrir e corrigir suas falhas inevitavelmente mudará suas, até então, atitudes equivocadas. Enquanto isso não acontecer não será possível cobrar o que não contribuiu para se tornar realidade. É bom sempre lembrar que o bem é fruto de um conjunto de ações positivas e do envolvimento de todos que almejam o mesmo objetivo.

Nas gestões públicas a palavra ‘errar’ não deve se quer ser pronunciada, até porque, parafraseando o ditado popular, ‘errar é para humanos’. Conforme Paulo Daniel Barreto Lima, especialista em gestão pública, em seu livro “Gestão é a capacidade de fazer o que precisa ser feito” (2006), em uma gestão pública não se pode esquecer a capacidade de se atentar e permanecer no posicionamento da organização planejada, para que assim, a missão possa ser cumprida, que neste caso primordial é o desenvolvimento da cidade em benefício ao povo que nela reside. Lima ainda acredita que uma boa organização na gestão pública está relacionada à uma alta capacidade de gestão, que por sua vez, relaciona-se com a melhor relação entre recurso, ação e resultado”.

Em uma infeliz, mas real e cotidiana, inversão de valores, a crítica sobrepõe o elogio ao correto, principalmente quando se refere à política e aos políticos, assuntos na moda atualmente. Nunca na história deste país o provérbio, ‘o sujo falando do mal lavado’ esteve tão presente, sendo inclusive a frase mais coerente para o momento. É fácil condenar o outro pelos erros que também se comete.

Hipocrisias e falsos moralismos andam de mãos dadas e, o pior, são seguidos por uma legião que torce pelo quanto pior melhor. A mentira não é mais antagônica da verdade. Já dizia Joseph Goebbels, que foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista, exercendo severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.

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Vereador é preso por naturalizar eleitores em troca de votos

29 de maio de 2018, 11:52

Para atrair os eleitores, ele teria oferecido lotes em um condomínio de Araçariguama

O vereador de Araçariguama Genivaldo Vidal dos Santos (PSB), atual vice-presidente da Câmara Municipal, foi preso pela Polícia Civil nesta segunda-feira (28). O político conhecido como “Tubaína” deve cumprir oito anos de prisão por corrupção eleitoral. Ele foi condenado após “naturalizar” eleitores de outras cidades para ganhar votos nas urnas.

Conforme relata o G1, o caso começou a ser investigado quando a polícia percebeu que o número de eleitores de Araçariguama era maior que o de moradores do município.

Genivaldo foi apontado como um dos chefes do esquema em torno da falsificação de documentos para a “naturalização” de moradores de outras cidades, a fim de transferirem os seus votos para Araçariguama. Para atrair os eleitores, ele teria oferecido lotes em um condomínio daquele município.

O vereador já havia sido preso em 2016, junto com outros dois assessores, mas vinha respondendo ao processo em liberdade. Naquele mesmo ano, ele conseguiu se reeleger no primeiro turno, com 347 votos.

Em 2016, Genivaldo chegou a ser preso junto com outros dois assessores, mas foi solto para responder ao processo em liberdade. No mesmo ano, se candidatou e foi reeleito com 347 votos no primeiro turno. A Prefeitura e a Câmara de Vereadores ainda não se manifestaram sobre o caso.

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Homem que quebrou coluna em pula-pula recebe alta após 10 meses

27 de fevereiro de 2018, 14:47

O vaqueiro de 44 anos ficou tetraplégico após quebrar a coluna durante aniversário de um ano da filha

Após dez meses internado, o vaqueiro Admilson Santana Santos, que fraturou a coluna em uma cama elástica enquanto festejava o aniversário de um ano da filha, em abril de 2017, recebeu alta nesa segunda-feira (26). Admilson, 44 anos, estava no Hospital Clériston Andrade, localizado em Feira de Santana, cidade a cerca de 211 km de Euclides da Cunha.
Segundo revela o G1, o vaqueiro ficou tetraplégico após quebrar a coluna e o quadro dele é irreversível, informou a assessoria de imprensa do Hospital Clériston Andrade.

Admilson sofreu 11 paradas cardíacas em dois meses e, ainda segundo a assessoria da unidade hospitalar, ele sofreu mais de 20 paradas cardiorrespiratórias durante esses 10 meses de internação.

A assessoria do hospital contou ainda que em alguns momentos Admilson respirou somente com a ajuda de aparelhos. Os médicos da unidade de saúde entendem que o propósito da desospitalização de pacientes como Admilson, que passam longa permanência no hospital, é permitir que eles voltem a conviver com as famílias e que não sejam moradores da unidade de saúde.

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Comerciantes e clientes reclamam das condições de funcionamento do Ceasa de Simões Filho

26 de fevereiro de 2018, 08:24

A mega feira de 4,6 mil metros quadrados e seus diversos galpões, possui problemas tão grandes quanto sua estrutura.

Prestes a completar 45 anos de construção (28 de março), o maior centro de abastecimento da Bahia, o popular Ceasa, localizado no município de Simões Filho, na rodovia CIA-Aeroporto (BA 526), não tem recebido atenção na mesma altura da sua importância. Construído com o objetivo de promover, desenvolver, regular, dinamizar e organizar a comercialização de produtos da hortifruticultura a nível de atacado para suprir a demanda de toda a região metropolitana, o equipamento carece da presença do Estado, que seria o responsável por sua manutenção e conservação.

A movimentação inicia na madrugada, mesmo com pouca iluminação
Apesar de enunciar publico e institucionalmente que o Ceasa tem o compromisso de manter “a garantia do fluxo contínuo, qualidade e condições higiênico-sanitárias dos produtos ofertados ao consumo, estruturando o mercado com informações de preços de hortifrútis praticados no atacado”, a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), autarquia da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), não demonstra na prática a preocupação de manter ou realizar o que se propõe.
Os problemas se arrastão há anos. A falta de organização e segurança no local, estão dando lugar para a sujeira e as constantes ocorrências de roubo e outros delitos. Várias são as reclamações dos comerciantes e clientes que iniciam suas atividades ainda no início da madrugada. No escuro, com ajuda do flash de um aparelho de celular, o vendedor de abacaxis anota alguns pedidos e reclama da falta de reciprocidade da administração do Ceasa junto aos comerciantes que pagam uma taxa pela permissão de comercialização e o condomínio. “Isso é uma falta de respeito. Nós comerciantes e nossos clientes não merecemos ser tratados desta forma Não dispomos de segurança, limpeza e outros apoios básicos como um controle de fluxo de veículos”, reclamou um comerciante que pediu para não ser identificado.

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