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Bahia: Ações de preservação do bioma Caatinga recebem investimentos de mais de R$ 2 milhões do Governo do Estado

19 de julho de 2021, 17:25

Por meio do projeto Pró-Semiárido, estão sendo investidos mais de R$2 milhões em ações junto a comunidades tradicionais de fundo de pasto de 13 municípios do semiárido baiano (Foto: Reprodução)

A preservação do bioma Caatinga é uma das prioridades do Governo do Estado. Por meio do projeto Pró-Semiárido, estão sendo investidos mais de R$2 milhões em ações junto a comunidades tradicionais de fundo de pasto de 13 municípios do semiárido baiano. A ideia é implementar atividades e tecnologias que assegurem o uso racional da água, da biomassa e da energia gerada a partir da lenha de mata nativa e, com isso, além de preservar a Caatinga, assegurar que as famílias agricultoras acessem renda sem prejudicar o meio ambiente. “Estamos introduzindo ações para que as famílias possam gerar renda além da pecuária, utilizando a Caatinga em pé como é o caso da apicultura e da meliponicultora. Então, este trabalho de recaatingamento é muito interessante e nos remete à preservação e recuperação de um bioma muito importante e de uma riqueza muito grande”, explica o subcoordenador do Capital Produtivo e de Mercados do Pró-Semiárido, Carlos Henrique Ramos. Além das atividades de formação dos agricultores sobre o uso da Caatinga, estão sendo separadas e cercadas 20 áreas de 50 hectares cada, para recuperação da mata nativa e introdução de mudas de espécies em extinção. Outra ação importante está relacionada ao conjunto de tecnologias que estão sendo implantadas nas comunidades rurais. A ação é executada em parceria com o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa). Carlos Henrique ressalta que o Pró-Semiárido tem o compromisso de atuar nas mudanças climáticas, tornar mais resilientes os agroecossistemas com o trabalho do recaatingamento, no sentido de incorporar tecnologias que possam ajudar na energia, por exemplo, como biodigestores, fogões ecológicos, placas de energia solar. Ele destaca também a atuação com a gestão da água, a exemplo do sistema de reuso de água cinza e de resíduos totais. “Além disso, nós temos também a introdução de viveiros para que possamos reproduzir mudas para enriquecimento das propriedades e agroecossitemas com plantas nativas, no sentido também da geração de renda futura”, afirma. Dentro do recaatingamento, está prevista a construção de, pelo menos, 270 fogões ecológicos. Destes, seis já foram instalados no município de Remanso e estão fazendo a diferença na vida das famílias, como salienta a agricultora Finelina Sousa Pereira, moradora da comunidade Lagoa do Garrote: “a minha vida mudou muito, está ótimo. Com a construção do fogão não tem fumaça e diminuí a quantidade de lenha”. O técnico do Irpaa, Alan Duque, que faz o acompanhamento das famílias, com a construção do fogão, destaca a importância da iniciativa: “A construção desta tecnologia, tão importante, possibilita a melhoria na qualidade de vida das famílias do território, além de ser uma ação de preservação do meio ambiente. O fogão vem como uma tecnologia para melhorar a qualidade de vida, principalmente das mulheres que estão lidando com o fogão no dia a dia. Além disso, há o relato das próprias famílias sobre o uso de pouca lenha. Então, há um impacto na Caatinga, não só pela diminuição da retirada de lenha, mas também da emissão de gases”, explica o técnico em desenvolvimento produtivo e mercados do Pró-Semiárido, Emanoel Amarante. Uma outra tecnologia que já está implantada em algumas comunidades e tem assegurado que as famílias tenham condição de manter seus quintais e fazer a melhor gestão da água é a bioágua – um sistema de reúso de águas cinzas (águas utilizadas nas pias da cozinha e banheiro e do chuveiro). A agricultora Soliane Missarele Castro Silva, da comunidade Deodato, município de Casa Nova, conta como a tecnologia mudou a vida da sua família. “O bioágua foi muito importante, pois aqui não tem muita água e eu estou tendo um grande reaproveitamento. Com o bioágua eu irrigo as minhas fruteiras, mandioca e as palmas. E o que mudou com isso é porque a gente não está mais comprando as frutas cheias de agrotóxico e eu retiro diretamente da minha horta tudo diretamente pra casa por isso eu estou tendo um grande reaproveito”. Ascom SDR/CAR

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Igrejas silenciam vítimas de violência doméstica, dizem evangélicas

18 de julho de 2021, 17:06

Mulheres de fé também relatam mais dificuldade de quebrar o ciclo de agressões por aprenderem em suas igrejas que uma oração bem feita é melhor do que um boletim de ocorrência registrado (Foto: Reprodução)

 "Ei, mulher! O que está acontecendo?? Esse tempo de dor vai passar... Você não está sozinha. A violência e a opressão não vão te paralisar. Deus está cuidando de você!" Assim que disparou a mensagem em suas redes sociais, a cantora gospel Quesia Freitas, 36, começou a colher histórias de evangélicas que, como ela, foram alvo de violência doméstica, crime que afeta mulheres de todas as idades, religiões e classes. Há, contudo, particularidades na experiência cristã que, muitas vezes, viram fonte de silenciamento. Primeiro, há machismo embutido no discurso de alguns pastores que pregam a submissão feminina, baseados em versículos bíblicos como este do Novo Testamento: "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher" . Mulheres de fé também relatam mais dificuldade de quebrar o ciclo de agressões por aprenderem em suas igrejas que uma oração bem feita é melhor do que um boletim de ocorrência registrado. O caso de Quesia extrapolou as paredes do templo quando, em novembro de 2020, viralizaram imagens do então marido a arrastando num shopping carioca. Reincidente, ele tinha por hábito dar tapas nela, puxar seu cabelo e até ameaçá-la de morte, segundo a cantora. A brutalidade pública começou num dia de folga para os dois, ela conta à Folha. "Fomos tomar café da tarde e não tinha o achocolatado que ele queria. Ali ele já se estressou bastante. Depois fomos ao cinema, e ele continuava alterado. Meio irritado. Aí, comprei os ingressos para surpreendê-lo, e ele se irritou mais." Quesia diz que lhe perguntou o que estava acontecendo. "Do nada ele gritou: 'Vamos embora agora!'", reproduz sobre o homem com quem casara um ano antes. "Foi como um amor à primeira vista, mas ele já demonstrava ser uma pessoa estressada. Implicou com meu trabalho, minha família, meus amigos." Até na Agape Church, sua igreja, o marido a proibiu de ir sozinha, afirma. "Pra ele, todo mundo estava dando em cima de mim." O que Quesia passou só veio à tona porque seu irmão, o também cantor gospel Juninho Black, denunciou o cunhado na internet. "Resolvi trazer a publico o caso agora depois de perdoar varias vezes. [...] Familia, nao quero que minha irma caia nas estatisticas de feminicidio." Haveria uma complacência maior em ambientes cristãos com episódios como o de Quesia? Dois lançamentos literários sustentam que sim e veem a mesma Bíblia que prega o amor ser usada por pastores para abafar a violência contra as irmãs de fé. Dados com esse foco são escassos. A pesquisadora Valéria Vilhena, para sua tese de mestrado, levantou que quase 40% das atendidas na Casa Sofia, projeto social da Igreja Católica que acolhe vítimas de violência doméstica, se declaravam evangélicas. "Os discursos teológicos predominantes reforçam a necessidade de a mulher se submeter ao marido, uma submissão que implica, em geral, certa subalternidade", diz Marília de Camargo César, autora de "O Grito de Eva - A Violência Doméstica em Lares Cristãos" (Thomas Nelson). Segundo César, o capítulo 5 da carta de Paulo aos Efésios -na qual ele ensina que, como cristãos, devemos nos submeter uns aos outros- é deturpado para justificar a frouxidão de líderes religiosos no tema. "Todo cristão deve ter uma atitude de disposição para servir o outro. É um chamado para todos, homens, mulheres, filhos, pais, servos, patrões. Todos. Só que as igrejas pregam Efésios 5 apenas na parte que fala 'mulheres, sejam submissas a seus maridos'. O resto fica de fora." Seu livro traz relatos como o da professora Regina, 45: "Durante 30 anos eu aprendi isso. Está no livro de Efésios -eles nunca ensinavam o texto inteiro, só esta parte [da subjugação feminina]. É a frase mais cruel da Bíblia". Regina tinha 16 anos e nenhum namoro prévio quando conheceu o homem que viraria um marido que "queria ser o senhor da casa, controlar tudo, mandar na minha roupa, nos meus horários, saber com quem estava falando, onde eu tinha ido". Uma história similar à de Quesia e à de tantas outras mulheres. "Uma vez chegou do trabalho e colocou a mão em cima da TV para ver se estava quente. 'Ficou na televisão o dia todo?' Chamava-me de burra, de idiota", ela contou à autora. Piorava na cama. "Fica sem falar comigo o dia inteiro, mas à noite chega com aquela mão pesada. E vai fazendo o que quer, como quer. Sem carinho, sem abraço. E me invade rispidamente, dolorosamente. Você quer gritar, mas não grita." Um clipe de Cassiane, cantora de alto quilate no segmento, virou amostra da evangélica que, nas palavras de César, "têm somente em Deus a esperança de escape de uma realidade de agressões físicas e psicológicas". Em "A Voz", uma mulher ora de joelhos pelo marido alcoólatra, que bate nela e furta seu dinheiro para gastar na jogatina. Embalada pela letra sobre um Deus que "faz demônios saírem", a sofredora sai de casa sem deixar de pedir a Deus pela conversão do marido, que por fim vem. O vídeo repercutiu mal, e Cassiane acabou produzindo nova versão em que a protagonista liga para o 180 (número para denunciar violência contra a mulher). A tradutora Silvia, 67, já viu esse filme antes. Casou em 1978 com outro evangélico. "Eu não percebia, ou não queria perceber, o quão machista ele era. Coisas do tipo: batom vermelho é muito chamativo, jeans de cintura baixa... Nada disso 'ficava bem' para uma moça crente", diz à reportagem. Ele passou a ser agressivo também com os dois filhos que tiveram. "Quando eu interferia para que não batesse nas crianças, ele me batia", conta Silvia (seu nome foi trocado a pedido dela). Mesmo cientes dos abusos, o pastor e os outros membros da igreja silenciaram. "Para o pessoal da igreja isso era normal. Acontecia com muitas jovens. E não havia lugar para este tipo de reclamações, que pareciam irrelevantes." A escalada de violência culminou no dia em que "ele chegou transtornado em casa, me bateu e começou a dizer que ia me matar, como que drogado". Silvia pegou os filhos e foi embora de vez. Ouviu recriminações do entorno religioso. "Se seu marido a trata mal é porque ela está errando em alguns coisa e não estava sendo uma esposa cristã", escutou. "Mais de uma 'irmã' da igreja chegou a me perguntar o que de tão sério eu havia feito para ele tentar me matar." Para a tradutora, quando a cultura religiosa (que ela prefere nem classificar como cristã) "se omite em relação à opressão do patriarcado, ela favorece, sim, a violência doméstica". Em "A Bastarda de Deus" (Editora Noir), Júlio Chiavenato afirma que estão na Bíblia todos os preconceitos contemporâneos contra a mulher, a começar por Adão e Eva. Em Gênesis, após o casal comer o fruto proibido, Deus castiga a mulher para a eternidade: "Com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará". O autor reproduz passagens bíblicas para recompor uma visão tirânica sobre as mulheres. "A ideia de que a 'filha mulher' é para casar é tão antiga quantos as velhas escrituras hebraicas", diz. Vide este trecho de Eclesiástico: "Casa a tua filha e terás concluído uma grande tarefa". O desprezo pela figura feminina era tamanho que personagens bíblicos ofereciam filhas virgens para salvar homens, aponta Chiavenato. É o que Ló faz quando uma turba bate à sua porta pedindo que entregue dois anjos que vieram lhe pedir abrigo: "Traga-os para nós aqui fora para que tenhamos rela­ções com eles". Ao que um dos protagonistas do Antigo Testamento propõe: "Olhem, tenho duas filhas que ainda são virgens. Vou trazê-las para que vocês façam com elas o que bem entenderem". Quesia, a cantora agredida no shopping, escolhe o Deus do amor para guiar sua vida. Com o irmão, idealizou o projeto Superei, "da qual sou apenas porta-voz de mulheres que trazem suas histórias". A artista diz que ajuda a conectar essas mulheres com quem pode ajudá-las, como empresários que dão oportunidades para elas terem autonomia financeira. Ela mesma, especialista em megahair, já deu cursos de graça para outras aprenderem o ofício. Folhapress

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Com avanço da vacinação, turismo inicia retomada no Nordeste

18 de julho de 2021, 16:57

Movimento ainda é baixo apesar de férias escolares, e viagens a negócios estão praticamente paradas (Foto: reprodução)

A chuva fina que persistiu por toda a semana enfim cessou na tarde de quinta-feira (15). Mas o frio de 25ºC --glacial para padrões baianos-- se une ao vento que vem do mar, gerando a sensação de uma temperatura mais baixa. Ainda assim, a praia do Porto da Barra, a mais cobiçada da costa de Salvador, está apinhada de gente na areia. No calçadão, mãe e filha caminhavam com braços pintados com símbolos da banda Timbalada. Dois irmãos de Juiz de Fora (MG) contavam, em frente ao Farol da Barra, os dias para o fim de semana, quando esticariam a viagem para a praia de Boipeba. A poucos metros, um casal de Brasília se espremia em frente à tela do celular para tirar uma foto no pôr do sol. Depois de um ano perdido em 2020, o turismo nos estados da região Nordeste começa a respirar e dar os primeiros sinais de retomada em meio ao avanço da vacinação contra a Covid-19 e a consequente diminuição do número de casos e óbitos em decorrência da doença. Dados da Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) apontam para um incremento na ocupação de leitos nos últimos meses. Em junho, a média foi de 43% em Fortaleza, 42% no Recife, 41% em Natal e 36% em Salvador. Os números ainda são tímidos, mas estão sendo vistos pelo setor como um alento diante do cenário do mesmo período do ano passado, quando a maioria dos hotéis da região estava de portas fechadas. A expectativa é de um cenário um pouco melhor em julho, mês marcado pelas férias escolares. A projeção da Abih para este mês é uma ocupação de 51% em Natal e de até 55% em Fortaleza. "Com o andamento da vacinação, a gente entra novamente em um caminho de crescimento", afirma o presidente da associação no Ceará, Regis Medeiros. Ele ressalta a recuperação lenta, mas consistente. "É mês a mês. Já temos sinais de um julho com ocupação bem melhor do que julho do ano passado. Teremos um agosto parecido com julho e um setembro com números crescentes." A retomada não é restrita ao Nordeste: de acordo com o IBGE, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 102% em maio, comparado ao mesmo mês em 2020. Houve crescimento nas 12 unidades da Federação onde a pesquisa é realizada, com destaque para Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul. O avanço gradual é impulsionado pelo turismo de lazer, conforme explica Luciano Lopes, da Abih na Bahia. Não à toa destinos como Porto Seguro e Praia do Forte estão entre os mais procurados no estado. "Uma das primeiras demandas após o isolamento é o lazer. Por isso, há uma procura maior por resorts e os destinos de praia, principalmente entre as pessoas que já foram vacinadas", afirma Lopes. Foi o caso da professora Bruna Silva, 27, e do enfermeiro Diangeles Chagas, 33, que vieram de Brasília para passar cinco dias entre Salvador e Praia do Forte. Ele já havia tomado as duas doses da vacina contra Covid, ela tomou a primeira. Por isso, dizem ter se sentido seguros para fazer uma viagem a lazer nas férias depois de um longo período de isolamento. "Finalmente nos sentimos seguros para viajar e está sendo tranquilo. Seguimos tomando os cuidados necessários", afirma Chagas. O movimento de turistas também cresceu em Pernambuco, onde os hotéis das praias de Porto de Galinhas e dos Carneiros já vislumbram os 70% de ocupação. "Estamos com taxa de ocupação acima de 70% em julho e ainda não estamos nem na metade do mês", afirma Danilo Oliveira Lima, vice-presidente da Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Praia dos Carneiros. Ele destaca que os finais de semana estão lotados até dezembro, considerando o período de sexta a domingo. O desafio é vender diárias para os dias de semana. Em Pipa, principal destino turístico do Rio Grande do Norte, a divulgação de festas privadas de fim de ano já foi iniciada. Por lá, as atividades turísticas também estão voltando aos poucos. A empresária Ludmila Abreu, dona de um dos maiores receptivos de passeios turísticos de Pipa, precisou demitir metade dos funcionários no ano passado. Agora, voltou a contratar: "O volume vem surpreendendo", avalia. Ela ainda não recuperou o que perdeu no período sem atividades, mas aproveitou o tempo para rever processos, fechar contratos terceirizados e avaliar quais serviços valia a pena manter. Em Maragogi, um dos locais mais procurados do litoral nordestino, em Alagoas, as piscinas naturais costumam ser um bom termômetro para medir a intensidade da atividade turística no local. Aos poucos, mesmo com o período chuvoso, o movimento dos catamarãs, que levam turistas para paisagens paradisíacas no meio do mar, tem aumentado. Assim como nos hotéis da região, as tarifas ainda são mais baixas do que os valores normais. Leonardo Silva, que ganha a vida levando de buggy turistas para conhecer as paisagens mais bonitas das praias alagoa- nas, diz que precisou trabalhar com vendas de roupas em 2020. "Agora, voltei. Ainda não é como gostaríamos, mas, se a vacina funcionar mesmo, vou ter que colocar mais gente para trabalhar para mim", brinca. Luciano Lopes, da Abih-BA, é cauteloso sobre a velocidade da retomada. Em sua avaliação, o setor de turismo só atingirá os índices de antes da pandemia no segundo semestre de 2022. E destaca que apenas o avanço da vacinação irá impulsionar o fluxo de turistas. O retorno a um patamar pré-pandemia dependerá também da retomada do turismo de negócios e dos grandes eventos festivos. O turismo de negócios, que costuma ser um alento para hotéis nos meses de baixa estação, ainda está praticamente parado: convenções e seminários presenciais estão suspensos, e parte das empresas ainda está em home office. No entanto, algumas capitais, como Recife e Fortaleza, já se preparam para receber as chamadas feiras de negócios. De 20 a 31 de julho, a capital pernambucana vai sediar uma feira de franquias com público reduzido. "O momento é muito desafiador. A gente organizou uma campanha para veicular no segundo semestre destacando a questão do turismo seguro", diz a secretária de Turismo do Recife, Cacau de Paula. Os eventos festivos, contudo, ainda estão suspensos em várias capitais. Mas prefeituras e governos estaduais já começam a se preparar para uma retomada gradual nos próximos meses. Em Salvador, a prefeitura prevê a retomada de evento festivos com público reduzido a partir de agosto. Um primeiro evento-teste foi marcado para 29 de julho, com público de 500 pessoas. A realização de Réveillon e o Carnaval, entretanto, ainda é uma incógnita. "Países que tinham declarado a extinção da máscara precisaram voltar atrás. Então, prefiro aguardar para anunciar uma posição mais segura. É cedo para falar de Carnaval e de Réveillon", disse o governador da Bahia, Rui Costa (PT).

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Bahia: SEC reúne gestores dos NTE e aborda protocolos para o ensino híbrido na rede estadual

17 de julho de 2021, 13:45

O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, falou sobre as expectativas. "Esta agenda nossa é para alinharmos as diretrizes desta nova fase do ano letivo continuum. Está chegando a hora de nos encontrarmos na escola" (Foto: Reprodução)

A Secretaria da Educação do Estado (SEC) promoveu, neste sabado (17), um encontro com gestores dos 27 Núcleos Territóriais de Educação (NTE), no auditório do Instituto Anísio Teixeira (IAT). O objetivo foi discutir a segunda fase do ano letivo continuum 2020/21 na rede estadual de ensino, que será iniciada no próximo dia 26 de julho. A atividade envolveu uma ampla pauta, a exemplo do pedagógico e a observância e cumprimento dos protocolos de segurança.  O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, falou sobre as expectativas. "Esta agenda nossa é para alinharmos as diretrizes desta nova fase do ano letivo continuum. Está chegando a hora de nos encontrarmos na escola, oferecendo todas as condições para que tudo ocorra com segurança e em um ambiente de acolhimento e zelo com toda a nossa comunidade escolar. E quando falamos deste momento, o nosso olhar também é para todas as redes de Educação e para fortalecer ainda mais o regime de colaboração com os municípios nesta missão grandiosa", afirmou.  A subsecretária da Saúde do Estado, Tereza Paim, fez uma apresentação sobre a situação epidemiológica da Covid-19 na Bahia. Ela apresentou indicadores, como os números de óbitos, de ocupação de UTI, de casos ativos e da vacinação, que são rigorosamente analisados para respaldar a tomada de decisão, como o das aulas semipresenciais. "Para além da vacina,  observamos que temos novos casos, mas não temos o aumento da mortalidade. A gente está em uma onda de decréscimo de pessoas testadas positivo para a Covid-19 e o número de taxa de ocupação de leitos, que chegou a mais de 90. Tereza Paim também falou sobre o trabalho  desenvolvido na Atenção Básica de Saúde, em parceria com as prefeituras e as secretarias municipais de Saúde. Ela também destacou o papel da escola e reiterou sobre os cuidados protocololares estabelecidos para o ensino semipresencial. "Eu não conheço ninguém que diga que a escola não fez falta para a família. Todos nós tivemos efeitos com esta pandemia e vocês têm um manual bem elaborado, em parceria com a SESAB e SEC, que deve ser observado e seguido. O mais importante é o uso da máscara, distanciamento e uso de álcool em gel. E a Saúde e a Educação estão  juntos neste trabalho".  O diretor do NTE de Vitória da Conquista, Ricardo Costa, falou sobre a importância deste encontro. "Esta atividade nos possibilita ter ações mais alinhadas, unir  forças e esclarecer dúvidas que possam existir nas nossas escolas. Ao retornar aos Núcleos, continuaremos nosso plantão permanente com as escolas e a agenda de organização para que tudo ocorra bem nesta nossa fase de aulas semipresenciais", afirmou.  Sobre o ensino híbrido -  Com o ensino híbrido, as turmas conciliarão os chamados Tempo Escola e Tempo Casa (continuando com as Atividades Curriculares Complementares). As turmas deverão ser divididas em duas. Desta forma, a cada dia, apenas metade das turmas comparecerá à escola, considerando que a semana letiva passa a ter seis dias, incluindo os sábados, alternando-se a sequência semanalmente. 

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Caém: Prefeito Arnaldinho discute elaboração do PPA com secretários e equipe técnica

17 de julho de 2021, 11:21

O encontro aconteceu na manhã desta sexta-feira (16), na Escolas Reunidas Otávio Mangabeira, onde foram externadas as ações que irão compor o planejamento para os próximos quatro anos (Foto: PMC)

Secretários, controladoria interna e equipe contábil de Caém se reuniram com o prefeito Arnaldo Oliveira (Arnaldinho) para discutir a elaboração do Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2022/2026. Durante o encontro que aconteceu na manhã desta sexta-feira (16), na Escolas Reunidas Otávio Mangabeira, foram externadas, além das ações que irão compor o planejamento para os próximos quatro anos, a definição do cronograma de trabalho para a confecção do documento que deverá está pronto no dia 30 de agosto deste ano. O prefeito Arnaldinho ressaltou a importância do debate, segundo ele, o PPA é um dos principais momentos de uma administração pública. “Precisamos discutir com muita inteligência, ouvir nossa equipe e a população para que possamos criar um planejamento estratégico que venha atender as necessidades de todos os moradores”, afirmou. PPA - O PPA é um plano de médio prazo e uma ferramenta de planejamento que estabelece diretrizes, objetivos e metas a serem seguidas pelo Governo para o período de quatro anos. A Prefeitura elabora o PPA junto com a comunidade para atender da melhor forma possível as necessidades da população. Além de declarar as escolhas do governo e da sociedade, o PPA deve indicar como serão executadas essas políticas públicas e os objetivos de cada ação, visando desenvolver melhorias em todas as áreas de atuação da Prefeitura, como educação, saúde, turismo, cultura, infraestrutura, meio ambiente, assistência social, entre outras.

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Ex-doméstica escravizada por 38 anos ganha apartamento de patrão como indenização

16 de julho de 2021, 21:16

Madalena Gordiano, de 48 anos, morava na casa dos patrões, não tinha registro em carteira, descanso remunerado e nem salário mínimo garantido (Foto: Reprodução)

A doméstica Madalena Gordiano diz que nunca esteve tão feliz. Ela, que se tornou símbolo da luta contra o trabalho escravo no Brasil, fechou há três dias um acordo com a família que a manteve por 38 anos em condições análogas à escravidão em sua residência, em Patos de Minas, região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais. Pelo acerto, Madalena já recebeu um apartamento, avaliado entre R$ 400 mil e R$ 600 mil, e um carro, no valor de R$ 70 mil, bens que pertenciam à família que é ré num processo aberto pelo Ministério Público do Trabalho no ano passado. O acordo prevê mais R$ 20 mil para pagamento de impostos dos bens em questão. Assim como Madalena, seus advogados, voluntários da Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), consideraram o acordo satisfatório - apesar de terem reivindicado R$ 2,2 milhões. Madalena, no entanto, disse ao Estadão que não vai ficar com os bens. Ela pretende vendê-los para construir ou comprar uma casa, ainda não sabe bem. A vítima pretende seguir morando em Uberaba, onde atualmente mora com uma assistente social. "Vou vender o apartamento. Não vou morar lá não, porque tenho muita recordação ruim. Mas vou ter de entrar, olhar. Agora é meu, né? As lembranças ela ainda não consegue apagar. "Eles me maltratavam muito, não me deixavam fazer nada. Eu queria ir na missa e não podia, ou tinha de voltar depressa. Me davam muita bronca", lembra. Esse sofrimento, porém, ficou para trás. Quando atendeu ao telefonema da reportagem, primeiro disse que não poderia falar porque estava indo para a academia. Mas logo começou a contar como tem sido a nova vida e a relação ainda recente com a liberdade. "Fui para a praia, entrei no mar, fizeram uma festinha de aniversário para mim, pequena, por causa da pandemia. Estou de cabelo novo", contou ela, rindo. "Estou feliz demais". Também está muito contente por ter voltado a estudar, está aprendendo Português e Matemática, e falou sobre o futuro. Trabalhar de doméstica, nunca mais. "Eu quero é estudar, virar enfermeira, ajudar a atender as pessoas", sonha. E passear. Depois de conhecer o mar de Paraty, o próximo destino será a cidade maravilhosa. "O Rio é muito lindo, quero ir lá." Sobre a família que a mantinha como escrava, ela diz que nunca mais se encontrou com eles. "Nem quero. De vez em quando eles aparecem em audiência, custaram a fazer o acordo, o advogado deles não aceitava nada. Ele também não", disse, referindo-se ao professor Dalton Cesar Milagres Rigueira, que está sendo processado junto com a mulher, Valdirene Rigueira. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Rigueira. Madalena Gordiano foi resgatada pelo MPT e Polícia Federal em Patos de Minas em 27 de novembro de 2020. A doméstica morava na casa dos patrões, não tinha registro em carteira, nem salário mínimo garantido ou descanso semanal remunerado. "Não foi um acordo fácil. As audiências foram muito longas. Reivindicamos tudo o que ela tinha direito, que somava esses R$ 2 milhões, mas o acordo foi muito bem-vindo, ela queria resolver isso", conta a advogada Márcia Leonora Santos Régis Orlandini, professora de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da UFU e coordenadora da Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da universidade. "Todos os advogados que atuaram no caso são voluntários. Foi um esforço muito grande. Por mais que se tenha indignação, foi muito rápido o acordo, foram sete meses", afirma Márcia Orlandini. Segundo ela, o MPT fez uma devassa no patrimônio da família e não foram encontrados outros bens além dos citados no acordo. A advogada também disse que um acordo foi fechado com cinco bancos onde os acusados fizeram empréstimos consignados em nome de Madalena, no valor estimado de R$ 50 mil. Todos os empréstimos serão cancelados.

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Estudo: 83% dos brasileiros continuarão usando máscara após a vacina

16 de julho de 2021, 21:06

(Foto: Reprodução)

Uma nova pesquisa, realizada pela empresa especializada em inteligência de mercado Ipsos, revelou que 83% dos brasileiros pretendem continuar usando máscaras em público mesmo depois de vacinados. Além disso, 84% têm planos de continuar praticando o distanciamento social. Nove países participaram do estudo, encomendado pelo Fórum Econômico Mundial. O único país onde partes maiores população planejam manter o uso de máscaras e o distanciamento mesmo após a vacinação do que os brasileiros é o México. Além disso, 67% dos participantes no Brasil disseram que, após a imunização, se sentirão confortáveis em comer em restaurantes, enquanto 59% terão confiança para utilizar transportes públicos. Contudo, apenas 44% constataram que, depois da vacina, pretendem ir a shows ou eventos esportivos. O levantamento contou com quase 12,5 mil entrevistados entre 16 e 74 anos. Os dados foram coletados entre os dias 3 e 6 de junho de 2021.

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Caém: Pequenos agricultores participam de palestra ‘Desafios da Cooperação’ em Várzea Queimada (Fotos)

16 de julho de 2021, 12:37

A ação sociocultural foi realizada na quadra poliesportiva da Escola Domingos Pereira dos Santos e teve como público alvo pequenos produtores rurais (Foto: Notícia Limpa)

A Prefeitura de Caém, através da Secretaria Municipal de Agricultura, em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), realizou na manhã desta quinta-feira (15), na comunidade de Várzea Queimada, a palestra ‘Desafios da Cooperação’, em concomitância com o espetáculo teatral ‘Somos todos José’. A ação sociocultural foi realizada na quadra poliesportiva da Escola Domingos Pereira dos Santos e teve como público alvo pequenos produtores rurais. Ministrada e apresentada pelo consultor e ator Manoel de Matos a ‘palestra show’ oportunizou aos participantes a ter um novo olhar para os processos de desenvolvimento da cooperação baseado na complexidade das relações humanas. “Através da arte é possível envolver os participantes em uma atmosfera leve e que os permitam diminuir resistências ao novo. Assim, estaremos oferecendo condições para o despertar da consciência e da importância da cooperação”, justifica Manoel de Matos, a inusitada forma de transmitir a importância da união entre os envolvidos em buscas das melhorias das mesmas causas. “Independentemente do local, da realidade, da atividade, dos costumes e muitos outros fatores, há uma repetição desses conceitos que nada contribuem para o desenvolvimento desses grupos”, completa. Conforme o gestor do Sebrae, Valdemir Matos, incentivar as diferentes formas de organizações, associações, cooperativas, entre outras, foi e continua sendo o foco do órgão. “Percebemos que o comportamento cooperativista é fundamental à sustentação destas entidades e através do espetáculo Somos Todos José proporcionamos uma reflexão acerca do papel que cabe a cada um desempenhar na sua organização, seja como líder ou como liderado", salientou. O secretário de Agricultura de Caém, Rafael Muricy destacou que um dos principais objetivos de eventos como o que aconteceu em Várzea Queimada é a oportunidade de compartilhamento de experiências e conhecimentos entre pequenos agricultores com atividades ocorridas nas comunidades rurais onde residem. “Trazer conhecimento para o campo, apresentando novas tecnologias e orientações melhora significante a qualidade de vida do agricultor, da agricultora e de suas famílias”, ressalta Rafael, destacando que a Prefeitura de Caém está trabalhando muito para organizar e viabilizar a criação de novas cooperativas e no fortalecimento do associativismo. Impossibilitado em participar da palestra em decorrência do falecimento de uma conterrânea que teve o velório e sepultamento no mesmo horário, o prefeito Arnaldo Oliveira (Arnaldinho), enviou mensagem para os participantes e moradores de Várzea Queimada e adjacências, conforme Arnaldinho, a Prefeitura de Caém, através de todas as suas secretarias está em busca constante para garantir à população caenense melhores condições de vida, com um olhar diferenciado para a zona rural onde as dificuldades ainda existem. “Buscamos o melhor para o nosso município e para isso não mediremos esforços para oferecer o melhor para toda a população, seja ela rural e urbana”, disse o prefeito. Estiveram prestigiando também o evento, o secretário municipal de Educação Ronaldo Alves de Oliveira e o chefe de gabinete Joilson Roque de Andrade.

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Estudo: Apenas 10% dos policiais apoiam totalmente a liberação de armas

15 de julho de 2021, 21:20

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 15, e integram o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020 (Foto: Reprodução)

Uma nova pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que somente 10,4% dos policiais do Brasil concordam com a liberação ampla de armas para a população. O levantamento faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020. Mais de 6,6 mil policiais foram entrevistados para a pesquisa. Entre eles, 16% afirmaram se opor totalmente à liberação. Por outro lado, mais de 73% apoiam o uso de armas por civis com algum nível de restrição. Entre os policiais militares, a parcela de apoiadores da liberação plena das armas de fogo é de 6,7%. Para a Polícia Civil, a taxa é de 9,4%. Nesta categoria, os policiais completamente contrários ao armamarmamento da população chegam aos 26,6%.

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Cabelos brancos causados por stress podem ser revertidos, diz estudo

15 de julho de 2021, 21:04

Veja o que dizem os especialistas da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, nos Estados Unidos (Foto: Reprodução)

Segundo uma nova pesquisa realizada por investigadores da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, divulgada na revista científica eLife, quando a fonte de stress é removida, o cabelo pode voltar à sua cor natural.  "Há décadas que tentamos entender a influência do stress no processo de aparecimento dos cabelos grisalhos, e este é o primeiro estudo que mostra uma ligação clara entre stress psicológico e cabelos brancos", conta à BBC News Martin Picard, professor em Medicina Comportamental do Colégio de Médicos e Cirurgiões Vagelos, da Universidade de Columbia, e coautor do estudo. A equipe de investigadores norte-americanos demonstrou a relação entre os dois elementos através da utilização de uma ferramenta que permite analisar a cor de cada fio de cabelo detalhadamente e calcular a perda de pigmentação. Os acadêmicos examinaram os fios de cabelos de múltiplas zonas do corpo de um grupo de 14 voluntários de faixas etárias distintas. No decorrer da experiência, foi solicitado aos indivíduos que registassem os índices semanais de stress num diário. Desta forma, revela a BBC, apuraram que, entre os voluntários mais jovens, quando o stress desaparecia, o cabelo recuperava a sua cor original.  Os investigadores revelaram o exemplo de um homem que recuperou a cor de cinco dos fios grisalhos analisados ​​após estar quinze dias de férias. Segundo Picard, a alteração de tonalidade não ocorre quando o cabelo está fora do folículo piloso, porém quando "está crescendo dentro desse tipo de mini-órgão que fica sob a pele". O especialista considera que a perda de cor se deve possivelmente a modificações nas mitocôndrias, organelas celulares que atribuem grande parte da energia para ativar as reações bioquímicas da célula. "O stress psicológico afeta os processos de energia nas mitocôndrias e, quando as mitocôndrias não funcionam bem, o cabelo perde pigmento", conta. Ainda assim, é relevante salientar que apesar de em alguns casos o cabelo pode recuperar temporariamente a cor, tal não sucede em todos os casos, sobretudo em indivíduos que já têm cabelos grisalhos há bastante tempo. "Existe uma espécie de limiar biológico e, quando o cabelo está próximo a esse limiar, o stress pode afetar o cabelo e torná-lo branco", partilha Picard. "Quando a fonte de stress é removida, o cabelo pode voltar e recuperar a cor anterior. Mas quando o cabelo ultrapassa esse limite há décadas, é altamente improvável que ele volte a ter outra cor", acrescenta. O que significa que os benefícios da diminuição do stress podem não ter efeito para que a tonalidade dos fios volte à cor dita normal. De acordo com a Picard, este estudo abre novas vias para investigar quais outros processos ligados ao envelhecimento são impactados pelo stress e sentimentos de ansiedade, e como estes podem ser revertidos.

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Jornalista que divulgou crônica sobre escolha de vacinas morre de Covid-19

15 de julho de 2021, 20:56

(Foto: Reprodução)

O jornalista, professor, escritor, historiador e psicólogo Marcus Vinicius Batista, de 46 anos, morreu na última quarta-feira (14), em Santos, no litoral de São Paulo, vítima da Covid-19. Dias antes de morrer, a vítima havia publicado uma crônica chamada ‘O especialista’, que fazia uma crítica a quem tentava escolher a fabricante da vacina contra a doença. Segundo o G1, Marcus estava internado devido a uma cirurgia no pé, que realizou como consequência de uma infecção causada pela diabetes. Durante a hospitalização, o jornalista acabou testando positivo para a doença e passou a fazer um tratamento intensivo para tentar se recuperar. A morte da vítima, que era muito conhecida e querida por profissionais com quem trabalhou, gerou comoção e diversas pessoas o homenagearam nas redes sociais. Ele deixa dois filhos. Veja abaixo a crônica elaborada por Marcus, intitulada como “O especialista”.  — Não tomo desta marca, moça! Ele se considerava um especialista. Sentia-se um homem bem informado, ainda mais agora com os grupos e as mensagens que recebia e repassava pelo WhatsApp. Era usuário de celular várias horas por dia. Ele ia mais longe. Pouco frequentava outras redes sociais, aparecia de vez em quando. Noticiário, só uma emissora, alinhada com a sua religião e os seus pontos-certezas de vista. Não acompanhava outros veículos de comunicação, que as mensagens de WhatsApp já provaram ser “vendidos”. Ele se orgulhava de ser convicto desde jovem. Tinha uma marca de refrigerante preferida. Não abria mão. Chegou a tomar água de torneira em lanchonete pé sujo para não fraquejar na fidelidade. Mais velho, se vangloriava no boteco perto de casa. Só tomava aquela marca de cerveja. Quantas e quantas vezes Seu Alírio, o dono, guardou aquela caixa só pra ele, ciente de que o freguês tinha sempre razão e o mesmo paladar. Comia sempre no mesmo restaurante com a esposa nas datas comemorativas. Repetia o mesmo prato. Uma vez, ela reclamou. Ele respondeu no ato: — Essa sociedade já tem valores invertidos. Temos que dar exemplo e seguir as tradições familiares. (A esposa se calou e nunca mais sugeriu comida alguma). Na semana passada, se sentiu irritado e contente. Irritado porque teve que sair de casa a contragosto. Não eram os amigos do boteco, os colegas do futebol de quarta à noite, a reunião na igreja, o supermercado lotado de final de tarde ou a farmácia às segundas. Só saía de casa com propósitos definidos. Nunca eram aglomerações. Dez pessoas no boteco. Vinte no futebol. Eram encontros, diferentemente da juventude que se aglomera em baladas ou da elite que se junta em pizzaria. Pizza se pede em casa. Resenha de futebol não funciona pela internet. E cerveja não se toma sozinho. Frases que sempre repetia antes que qualquer desavisado viesse a fazer discurso pronto durante a pandemia. Ele se sentiu contente quando pôde dizer novamente: — Não tomo desta marca, moça! Não havia fila no Ginásio Rebouças. Foi na hora do almoço, comecinho da tarde, com a certeza de que não haveria movimento. Perfeito. Uma pessoa na frente apenas. Entregou os seus documentos, sentou-se, levantou a manga da camisa quando ela se aproximou. Antes que ela pudesse encostar a agulha em seu braço, ele logo perguntou: — Moça, qual é a marca da vacina? — Marca? O senhor quer dizer o laboratório? — Isso, isso, a marca do laboratório. Com a resposta da enfermeira, ele foi taxativo: — Não tomo desta marca, moça! — Por quê? — Porque fiz o curso no último final de semana. Grátis, na internet. Sommelier de vacina! Sei as diferenças entre as marcas, a eficácia, os efeitos colaterais, tudo para me proteger de fraudes. — Sommelier de vacina? Hum… Tinha algum médico infectologista dando aula? Algum profissional da Saúde? — Não, imagina. Só gente especializada, indicações de amigos do grupo de WhatsApp. — Hum, entendi. Tudo bem, senhor. Pode se levantar. A sorte é que não está em São Bernardo do Campo. Lá, os sommeliers de vacina assinam um termo, com duas testemunhas, e vão para o final da fila da vacinação. — Deve ser coisa de comunista. Semana que vem, trago meu neto para tomar a primeira dose contra a pólio e também vou perguntar a marca. De peito cheio, deixou o ginásio com aquela velha opinião formada sobre tudo, inclusive sobre a música do Raul Seixas. Não gostava. Achava subversiva.  Veja

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Alto comando militar americano se preparou para impedir golpe de Trump

15 de julho de 2021, 20:48

Segundo livro de repórteres do Washington Post, chefes das Forças Armadas discutiram plano para se demitirem, um a um, ao invés de cumprirem ordens dadas pelo presidente que considerassem ilegais ou perigosas (Foto: Reprodução)

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley, cargo mais alto para um militar no país, planejou junto a outros militares maneiras informais de parar o presidente Trump caso ele tentasse aplicar um golpe após as eleições de novembro.  As revelações foram feitas a partir de trechos obtidos com exclusividade pela CNN de um novo livro que será lançado na próxima terça-feira, 15, por Carol Leonnig e Philip Rucker, repórteres do Washington Post. O livro revela detalhes de como Milley e outros militares discutiram um plano de demissão conjunta de maneira a não cumprir ordens consideradas perigosas ou ilegais do ex-presidente.  Segundo os autores, o sinal de alerta foi ligado quando o ex-presidente começou a colocar pessoas de sua confiança em posições estratégicas de poder logo após sua derrota nas eleições de 2020. Desse modo, o chefe do Estado-Maior teria dito a colegas que ficaria “em guarda” para impedir um possível golpe, afirmando que não seria possível tomar o país sem o apoio das “pessoas que têm as armas” — militares, CIA e FBI. Nos dias próximos de 6 de janeiro, Milley demonstrou preocupação com as ações de Trump. Para ele, as agitações causadas pelo ex-presidente eram um indicativo de que havia a tentativa de aplicar um golpe, uma vez que ele era um “líder autoritário clássico sem nada a perder”, além de enxergar paralelos entre a sua retórica e a de Adolf Hitler, se colocando em uma posição de vítima e de salvador.  Fontes próximas ao general afirmam que ele não irá comentar as declarações que serão divulgadas no livro, dizendo apenas que não chamou Trump de nazista, mas que se sentiu na obrigação de comparar as retóricas uma vez que se sentiu preocupado.  Nesta quinta-feira, o ex-presidente emitiu um longo comunicado no qual critica abertamente Milley e afirma que nunca falou ou tentou dar um golpe e que, se tentasse, definitivamente não seria com o general.  Entre os dias 6 de janeiro até o dia da posse do atual presidente Joe Biden, no dia 20 de janeiro, Milley se reuniu com uma série de militares e funcionários do alto escalão do governo de forma a analisar os possíveis cenários que poderiam acontecer. Ao final da cerimônia de posse de Biden, o general teria então dito estar extremamente feliz.  Apoio do Kremlin a Trump Ainda nesta quinta-feira, documentos vazados pelo Kremlin apontam que, durante uma reunião fechada do conselho de segurança da Rússia, o presidente Vladimir Putin teria autorizado pessoalmente uma agência de espionagem para apoiar o “candidato mentalmente instável Donald Trump” na eleição para presidente dos Estados Unidos de 2016. A reunião ocorreu em 22 de janeiro de 2016 e contou com funcionários de alto escalão do governo russo. Segundo os documentos, a presença de Trump na Casa Branca ajudaria a garantir os objetivos estratégicos de Moscou, entre eles a “turbulência social” nos EUA e o enfraquecimento da posição de negociação do novo chefe de estado.  As três agências de espionagem foram instruídas a encontrar todos os meios necessários para eleger Donald Trump, que na época liderava as primárias do Partido Republicano. As agências de inteligência sabiam da existência dos documentos há alguns meses, em um vazamento extremamente incomum de dentro do Kremlin.  Ao ser questionado sobre a veracidade dos papéis, o porta-voz do governo russo respondeu com desdém, afirmando se tratar de uma ficção elaborada pelo ocidente. No relatório, há uma breve avaliação psicológica de Trump, que o descreve como “impulsivo, mentalmente instável e desequilibrado que sofre de complexo de inferioridade”. Há ainda uma aparente confirmação de que o governo russo teria provas comprometedoras a respeito do ex-presidente referentes a viagens não oficiais dele à Rússia. Para os russos, sua eleição seria o cenário perfeito para a desestabilização dos EUA e de seu sistema sociopolítico.  Existem comprovações e fotos oficiais de que a reunião, de fato, ocorreu na data marcada. De acordo com um comunicado à imprensa, os assuntos discutidos foram referentes à economia do país e à Moldávia. No entanto, os documentos mostram que a conferência foi utilizada para citar todas as medidas que o Kremlin poderia tomar para eleger Trump.  Além disso, várias fraquezas do americanas são citadas, como o grande abismo político entre a esquerda e a direita, o espaço de informação da mídia nos EUA e um clima anti-establishment sob o presidente Barack Obama.  Há parágrafos que dizem, ainda, como a Rússia poderia inserir um “vírus de mídia” na vida pública americana, que poderiam se tornar autossustentáveis e auto-replicáveis, alterando a consciência de massa no país. Apesar de Putin negar repetidamente as acusações de ter interferido na democracia ocidental, os documentos vazados traçam um roteiro que realmente aconteceu em 2016. Poucas semanas após a reunião, os hackers do Departamento Central de Inteligência russo invadiram os servidores do Partido Democrata e vazaram uma série de e-mails privados que prejudicaram a campanha de Hillary Clinton. Segundo os vazamentos, a vitória de Trump faria com que Putin conseguisse dominar completamente as relações bilaterais entre EUA e Rússia, além de desconstruir a forte posição de negociação da Casa Branca, permitindo a seu país buscar iniciativas ousadas na política externa mundial.

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