Municípios

CRAS de Caém cria alternativas para seguir com as atividades do SCFV

05 de abril de 2022, 10:04

Foto: Reprodução

Com o cenário pandémico a equipe do Centro de Referência da Assistência Social de Caém (CRAS), precisou usar a criatividade para realizar atividades e atender as crianças, adolescentes e idosos participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), serviço ofertado de forma complementar ao trabalho social com as famílias.

Um dos objetivos do SCFV é assegurar espaços de convívio familiar e comunitário e o desenvolvimento de relações de afetividade e sociabilidade; a promoção da socialização e da convivência, assim como a buscar estimular e orientar os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências, individuais e coletivas, na família e no local onde vive.

Cumprindo os protocolos de segurança sanitária, grupos de WhatsApp, produção de vídeos e entrega de atividades impressas em domicílio estão entre as estratégias utilizadas para substituir as atividades que eram realizadas de forma presencial e em grupos. Os conteúdos visam a socialização entre os membros e familiares, trazendo sempre temáticas sobre que pregam  preservar os vínculos existentes e  cuidados consigo e com o outro. As atividades impressas são analisadas pela equipe técnica do CRAS, constando necessidade os beneficiários passam pelo atendimento individualizado com assistente social e psicólogo do município.

SCFV – O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é um dos pilares do conjunto de políticas públicas criado para atender principalmente crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

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Prefeitura de Caém abre consulta pública virtual para elaboração da LDO 2023

04 de abril de 2022, 10:19

Foto: Notícia Limpa

A Prefeitura de Caém, por meio da Secretaria de Administração e Planejamento, realizará até o próximo dia 14 de abril, consulta pública eletrônica para construção das diretrizes do orçamento público municipal.

A consulta será realizada por meio de formulário online e receberá sugestões de políticas públicas para a elaboração do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO de 2023.

A LDO estabelece as diretrizes e metas para o exercício financeiro seguinte e orienta a elaboração da Lei Orçamentária, orientando a elaboração e execução do orçamento com base no planejamento aprovado pelo Legislativo. A ação tem como objetivo fortalecer a participação dos cidadãos nas definições das ações da gestão municipal.

Garantindo a participação popular, a consulta é aberta a cidadãos, entidades e instituições da sociedade civil, como sindicatos, associações, cooperativas e entidades religiosas. Podem ser apresentadas propostas para as áreas de saúde, educação, assistência social, cultura, turismo, esporte, lazer, infra-estrutura, meio ambiente, agricultura, obras e urbanismo, saneamento, segurança pública, entre outras.

Conforme o secretário de Administração e Planejamento de Caém, Creso Júnior, o orçamento anual visa concretizar os objetivos e metas propostas no Plano Plurianual (PPA), seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.”A consulta pública é um dos mecanismos adotados o para compreender as necessidades dos munícipes e promover a efetiva participação da comunidade, por meio do processo de escuta popular, respeitando o princípio da transparência”, destaca Creso.

O formulário eletrônico estará disponível até 14 de abril no site da Prefeitura. O questionário é um instrumento de participação popular, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), aberto a todos os cidadãos, que poderão participar e compartilhar sugestões.

O formulário eletrônico estará disponível até 14 de abril no site oficial da Prefeitura (www.caem.ba.gov.br), ou através do link:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSet23-8AHrKtcyfCtqyozsaEu0JhMToTgABzg4q8X39XRjs1w/viewform

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Ótica Realce chega em Mirangaba (Fotos)

01 de abril de 2022, 11:53

Foto: Notícia Limpa

O 1º de abril é um dia de verdade para Mirangaba, um momento marcante para os seus moradores. Presente no mercado há 30 anos, a Ótica Realce, líder no segmento de óculos na região, inaugura nesta data a sua primeira ótica na cidade.

A Realce chega em Mirangaba com uma linha de produtos exclusivos e atendimento personalizado, com a proposta de oferecer ao cliente uma experiência de compra mais técnica, especializada e aliada à tecnologia, com qualidade e variedade em armações e lentes das principais marcas do mercado, acompanhando as tendências de moda e preços acessíveis.

Os sócios do empreendimento, Creso Júnior, Fernando Carneiro e Graciete Carneiro, destacam a presença da Ótica Realce em Mirangaba. Segundo os mesmos, este é o primeiro passo para o projeto de expansão da empresa.

“Escolher Mirangaba para ser o primeiro município a receber a expansão da nossa empresa é uma oportunidade que vai além da realização financeira, o de melhorar a qualidade de vida das pessoas, oferecendo o melhor em saúde visual, através das armações e lentes adequadas para cada um”. Disse Graciete Carneiro.

Conforme Creso Júnior, além do conceito de excelência em saúde visual e qualidade no atendimento aos clientes, o mais novo empreendimento de Mirangaba e região tem como objetivo fazer todo o diferencial no mercado no segmento ótico. “Para comemorarmos juntos com nossos clientes, disponibilizamos o que há de melhor no ramo ótico. A Ótica Realce está trazendo novidades que vão além de um novo espaço, mas principalmente preço, diversidade de armações, lentes de grau e óculos de sol”, destacou Creso Júnior.

Para Fernando Carneiro, ser cliente Realce é uma oportunidade que vai além da busca de economia, qualidade e bom atendimento, é o de ser sempre uma parceira de primeira hora. “Trabalhamos para melhorar a qualidade de vida das pessoas, oferecendo o melhor em saúde visual, através das armações e lentes adequadas para cada gosto e necessidade, mas também como parceiras”, ressaltou Fernando Carneiro.

A Ótica Realce de Mirangaba fica na Avenida Jonas Carvalho, 92, Centro. Próximo a sede da Prefeitura Municipal.

A Realce chega em Mirangaba com uma linha de produtos exclusivos e atendimento personalizado, com qualidade e variedade em armações e lentes das principais marcas do mercado, acompanhando as tendências de moda e preços acessíveis

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Por falta de recursos, o Serviço de Equoterapia da APAE/Jacobina encerra suas atividades (Vídeo)

30 de março de 2022, 16:27

Foto: Reprodução

No dia 9 de abril do ano passado, o Núcleo de Atenção ao Transtorno do Espectro Autista (NATEA), da Associação Pais e Amigos dos Excepcionais de Jacobina (APAE), com apoio do empresário Adriano Mota, proprietário do Haras Cidade do Ouro, iniciou a implantação do projeto do Serviço Apaeano de Equoterapia (SETA).

Um feito comemorado e elogiado por toda a sociedade, principalmente pelas famílias dos pacientes que acreditavam e apostavam que o importante projeto receberia o apoio necessário para sobreviver.

Após um ano de funcionamento, infelizmente, por falta de recursos financeiros, chega ao fim o SETA,

A diretora administrativa da APAE/Jacobina, Kátia Leite lamenta o encerramento das atividades do SETA, pela importância no tratamento na vida dos 32 pacientes que eram atendidos. “Não envidamos esforços para conseguir financiamento, porém não obtivemos êxito. Fica a certeza de um trabalho necessário, que tem uma efetividade e sucesso garantido na reabilitação de nossos pacientes. Fica a vontade de continuar e o desejo que esse não seja um adeus, seja somente um até logo”, se despede Kátia, agradecendo o apoio de Adriano Mota “Agradecemos ao empresário Adriano Mota do Haras Cidade do Ouro, por ter acolhido o serviço em sua propriedade e custeado as despesas do local e com os animais”.

O SETA atendia, além de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), deficiência intelectual e Síndrome Congênita do vírus Zika (SCVZ). Uma equipe composta por duas fisioterapeutas, uma psicóloga, um guia, pessoal de apoio e coordenação estava envolvida no projeto.

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Prefeitura confirma programação para os 3 dias de comemorações pelo aniversário de Caém

30 de março de 2022, 10:15

Foto: Divulgação

Dia 8 de abril o município de Caém estará em festa. A terra do povo mais alegre da Bahia estará completando 60 anos de emancipação administrativa.

Para festejar este grande dia a Prefeitura, através da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Turismo, com apoio de todos os órgãos da gestão municipal, está preparando uma grande programação:

Eventos cívicos, feira de artesanato, apresentações culturais, shows musicais, futebol, passeio ciclístico, corrida rústica, entre outras atrações estão confirmadas.

Vamos comemorar juntos o aniversário de nossa querida Caém, nossa terra, nossa gente!

CONFIRA ABAIXO A PROGRAMAÇÃO:

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SALVADOR É OUTRA HISTÓRIA

29 de março de 2022, 10:45

Foto: Notícia Limpa

Texto em baianês de Louti Bahia

Modéstia à parte, que horas são? Já tá na hora de comemorar o aniversário de Salvador? Foi mal aí, não dei o migué não! Quase que eu me passo mermo: juro que eu pensei que era de hoje a oito, mas agora tô de boa. Borimbora que eu preciso contar essa história direito.

Né querendo me gabar não, vú, mas Salvador é a primeira da porra toda: primeira capital do Brasil, primeira cidade do Brasil e primeira cidade planejada do Brasil. Né não, é? A história é essa, mô pai. Se não gostô, venha dá seu jeito.

Tanto é verdade que ela já nasceu com nome de cidade: Cidade do Salvador, uma homenagem a Ele, Ele mermo, Jesus Cristo. De lenhar, né? Por isso que a gente é soteropolitano: o habitante da cidade (politano) do Cristo (sotero vem do grego sotêr, que quer dizer salvador).

Massa, né? É é por isso que tem aquele Cristo ali no morro da Barra. Colé de mermo? Você pensa que a gente imitou o do Rio, foi? Aooooonde!!! O nosso Cristo foi esculpido 11 anos antes em homenagem ao nome original da nossa cidade. Se ligue: Salvador não imita ninguém não, Salvador é boca de zero nove.

Se plante, deixe de bestagem, deixe picuinha e aprenda a história verdadeira. Que Salvador foi a primeira capital do Brasil, tá de boa, todo mundo tá ligado. Mas, meu nego, tá rebocado que você não sabe que ela também foi a primeira cidade do Brasil. Agora eu vou me amostrar: antes de 1549 aqui no Brasil só tinha vila, vilarejo, povoado, mato, onça, cobra, sariguê e aranha. Receeeeeba!!!

Aí, Tomé de Sousa chegô chegano e tirou onda: já veio de Portugal como primeiro governador geral do Brasil e trouxe as plantas da primeira cidade desenhadas em linho. Nossa cidade não foi feita a migué não, pai: Salvador já nasceu brocano!!!

Pire aí: ela foi planejada em Lisboa com o que havia de mais moderno na época, o Tratado do Desenho Italiano. Eita!!! Brocô de novo!!! Pelas regras desse tratado, tinha que ser construída “em acrópole”. Agora fui eu que broquei: falei pouco mas falei difícil. Acrópole quer dizer na parte alta. E tá ligado que lá atrás (lá ele) tinha um rio onde hoje tem a Baixa dos Sapateiros, né?

Vou te dar a real: Tomé de Sousa trouxe mais de 1.000 homens em seis embarcações: uma aglomeração da porra!!! E um passarinho me contou que ninguém tava usando máscara. Um terço era de soldado, um terço era de marceneiro, carpinteiro, pedreiro e mais gente de construção. Além deles, vieram os degredados que tiveram que trabalhar pesado aqui pra ganhar a liberdade.

Junto com essa galera também veio o Mestre das Obras, Luis Dias, o arquiteto da época. O cara era retado, trabalhava várias horas de relógio e se fulano ou sicrano fizesse armengue, tomava baculejo. Foi ele que comandou a grande obra, fez as primeiras ladeiras (Conceição e Preguiça), a Casa de Câmara e Cadeia (atual Câmara Municipal), o Palácio do Governo (atual Palácio Rio Branco) e a principal rua da cidade, a Rua Direita do Palácio que hoje é a Rua Chile.

Mas se ligue: a Cidade do Salvador nasceu toda feita de madeira e palha. Aqui não tinha pedra não, pai. Malmente tinha barro pra fazer casa de taipa. E os portugueses tiveram que levantar um muro de madeira cercano tudo com medo do ataque dos índios. Quem manda invadir as terras duzôto? E dijunto do muro fizeram um fosso de água por fora das duas portas de entrada que tinham ponte levadiça. A Cidade do Salvador não era pouca merda não. Parecia uma superprodução de Hollywood, né não? E era mesmo. Já imaginou quanto Portugal investiu pra construir uma cidade do lado de cá do oceano? Foi dinheiro comaporra. Salvador já nasceu tirando onda.

Né culhuda não que eu não sou garganteiro. Salvador continuou brocando em alta ao longo da história. Até o século XIX, era o principal porto do hemisfério sul do planeta! O mundo todo passava por aqui: gente da Zoropa, da África, da Índia, da casa da porra. Até Charles Darwin veio por essas bandas. Em 1832, ele ficou na dele e pesquisou nossa fauna e flora para a sua Teoria da Evolução das Espécies. Moral da porra, vú? Mas no ano seguinte ele olhou de novo pra Salvador e disse “é pra lá que eu vou”. Apareceu aqui e ficou solto na buraqueira: Charles Darwin pulou o nosso carnaval!!! É mole? Onde hoje é a Praça Castro Alves, no século XIX era o Largo do Theatro São João. Lá rolava o carnaval da elite baiana imitando o de Veneza. Aí, Charles Darwin não guentô e ficô todo se bulino.

Que mal lhe pergunte, sabe qual foi o primeiro carnaval do Brasil? Nem lhe conto. Como eu disse no começo, Salvador foi a primeira da porra toda: o primeiro carnaval do Brasil aconteceu aqui em 1549. Êta lasqueira. Os padres jesuítas que chegaram com Tomé de Sousa realizaram a festa nas aldeias indígenas pra facilitar a catequização. Hoje em dia não parece, mas o Carnaval é um evento do calendário católico.

Já viu, né: quanto mais eu escrevo, mais tem coisa pra escrever. É por que Salvador é o ouro, é barril dobrado. Mas chega de bolodório senão você vai dizer que eu falo mais que a nega do leite.

E se você não é daqui e ficou com inveja, né comigo não! Não me conte seus problemas. Só te digo uma coisa: se não guenta vara, peça cacetinho porque Salvador é outra história.

Texto em baianês de Louti Bahia, da Amo a História de Salvador

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Encontro de conselheiros municipais de educação debate a ‘educação do Piemonte da Diamantina’

28 de março de 2022, 14:27

Foto: Reprodução

O município de Jacobina sediou no último dia 24, o 1º Encontro Territorial de conselheiros municipais. O evento que aconteceu na sede da APLB/Sindicato, teve como objetivo debater experiências e ações que visam o atendimento educacional de qualidade no Piemonte da Diamantina.

Participaram do encontro os conselheiros das cidades de Ourolândia, Caém, Jacobina, Várzea Nova e Serrolândia. A anfitriã, Joelma Alves falou da importância do encontro, “estamos a cada dia fortalecendo a educação pública no nosso território e o resultado dessa articulação é a melhoria da educação municipal, onde todos poderão atender ao que lhe é peculiar e aquilo que nos une territorialmente”, salientou.

A representante da cidade de Caém, Ana Lúcia Loula Moreira, destaca que os conselhos, quando são atuantes, ajudam a alavancar os indicadores educacionais dos municípios.  “Os Conselhos não são opositores, ao contrário, são parceiros na condução da educação municipal. Portanto, discutir o funcionamento deles é de fundamental importância”, disse Ana Lúcia, representante de Caém.

Responsáveis pelo acompanhamento, fiscalização e monitoramento das políticas educacionais em âmbito municipal, os Conselhos Municipais de Educação (CME) tem como atribuições estabelecer diretrizes, acompanhar o funcionamento das escolas, normatizar os conselhos escolares e analisar as questões relativas à educação e à aplicação da legislação, dentre outras.

O próximo encontro deverá acontecer no próximo mês de abril, com as presenças, além dos conselheiros, de representantes de secretarias de Educação e do Ministério Público.

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Cacau, aliado ao meio ambiente, ensaia retomada no Sul da Bahia

28 de março de 2022, 10:45

Foto: Reprodução

Os tempos dos coronéis do cacau, como registrou a prosa de Jorge Amado há quase 90 anos, estão praticamente enterrados desde o início deste século, quando o fungo vassoura de bruxa quase acabou com a cacauicultura baiana. A incrível história de superação vivida nas últimas duas décadas, tem em seu enredo muito de ciência e de empirismo, mas é consequência principalmente de uma reorganização do setor, formado hoje basicamente por pequenos produtores.

“Se fosse resumir tudo em uma palavra, seria cabruca”, afirma Gonçalo Pereira, professor da Unicamp que desde o início dos anos 2000 decidiu focar parte de sua carreira científica em estudos genômicos sobre o cacau e o fungo que dizimou toda a produção durante os anos 1990 em várias partes do mundo. A Bahia foi especialmente atingida.

O termo que vem à mente do pesquisador faz referência a uma das formas com que o cacau pode ser cultivado. Em harmonia com a Mata Atlântica, ou melhor, na sombra das árvores nativas do bioma. “A cabruca é a melhor forma de produzir, além de proteger o meio ambiente. Esse caminho tem ajudado a preservar a floresta atlântica na região do sul da Bahia”, afirma Pereira.

Existem estudos, inclusive, que dão lastro ao ponto de vista apresentado pelo cientista. Entre os 26 municípios que produzem o grosso do cacau baiano no sul do Estado – a Ilhéus alardeada desde os tempos de Gabriela Cravo e Canela está entre eles –, a abertura de grandes áreas de monocultura ou voltada para a pecuária, por exemplo, não tem ocorrido de forma generalizada, segundo as análises de imagens de satélite.

Relatórios sobre o panorama do setor do cacau, como o publicado por iniciativa do Instituto Arapyaú, também reforçam o fato de que as grandes propriedades chefiadas pelos coronéis ficaram no passado. São aproximadamente 3 mil produtores dedicados ao cultivo do cacau atualmente. Entre os 150 setores censitários avaliados pela pesquisa que engloba dados de 2015 a 2019, 55% das propriedades rurais têm menos do que 20 hectares. Enquanto 18,6% encontram-se na categoria entre 50 e 300 hectares.

O perfil socioeconômico dos produtores de cacau também não lembra em nada a opulência das fazendas descritas por Jorge Amado. A média de idade de quem produz agora é 62 anos. A escolaridade, também em média, é de sete anos. O cacau representa 79% da renda dos estabelecimentos rurais, sendo que 50% dessa amostragem possui renda mensal abaixo dos R$ 1.606.

“Um dos grandes problemas que existem hoje é conseguir fixar as futuras gerações no campo”, afirma Ricardo Gomes, do Instituto Arapyaú. “Sou da chamada geração da vassoura de bruxa (que cresceu sob o fantasma da queda abrupta de produção). Desde os meus bisavós a família produz cacau”, explica Gomes. O apelido que o fungo ganhou é consequência do estrago que ele faz no fruto da planta de cacau. O ressecamento causado pela doença gera o aspecto de uma vassoura de bruxa.

Não existe dúvida, afirma Gomes, que o cacau é um modelo moderno de desenvolvimento viável para a região tanto do ponto vista econômico quanto ambiental. “O potencial é incrível. A cabruca hoje é a maior tecnologia da região. Com políticas públicas bem conduzidas é uma atividade que pode fixar não apenas as futuras gerações, mas também as mulheres no campo”, afirma o representante do Arapyaú, instituição que nasceu exatamente com o intuito de ajudar na consolidação de redes locais de produção, como ocorre com o cacau da Bahia.

Quando se fala em crescimento do setor, a questão é tanto qualitativa quanto quantitativa, afirmam os especialistas. Em média, hoje, por meio do sistema das cabrucas, um cacauicultor trabalha com 300 árvores por hectare, mas as pesquisas mostram que se poderia chegar até 1000. A produção anual nos 26 municípios avaliados está na casa das 40 mil toneladas, ante 390 mil em 1988 (na obra Cacau, de 1933, escrita por Jorge Amado, o tropeiro Antônio Barriguinha, um dos personagens do livro que trabalha na fazenda de um dos coronéis da época, afirma: “Esse ano o home colhe oitenta mil (arrobas)”, o que equivaleria hoje a 1,2 milhão de toneladas).

Um sistema agroflorestal bem azeitado, e isso já vem ocorrendo com várias propriedades do Sul da Bahia, também pode alterar o destino de sua produção. O que significa deixar de fazer um produto commodity para transformá-lo em premium e vendê-lo mais caro no mercado, por exemplo, para a indústria de chocolates gourmets.

“Além de ver sua renda aumentar, essa espécie de resgate da cultura do cacau nestes últimos dez anos, tem gerado um sentimento de pertencimento ao produtor, que ainda está ajudando na preservação ambiental”, analisa Gomes, do Arapyaú. Apesar da convivência com a vassoura da bruxa ser mais pacífica hoje, avanços científicos em curso, segundo Pereira, vão melhorar ainda mais a situação. Após muita pesquisa básica, desenvolvida por quase duas décadas, descobriu-se uma molécula, já existente, que pode ser empregada também contra o fungo que tanto tirou o sono dos produtores de cacau. “É algo que deve ocorrer em breve”, afirma o cientista da Unicamp que se envolveu tanto com o tema a ponto de também ser um produtor de cacau no sul da Bahia.

Estadão

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Unidade de beneficiamento de buriti é inaugurada na região dos Brejos em Pilão Arcado

28 de março de 2022, 10:31

Foto: André Frutuôso/SDR_GovBA e Fábio Arruda

O Governo da Bahia tem chegado com ações em todos os cantos do Estado. Um bom exemplo é a recente inauguração da agroindústria de beneficiamento de buriti na comunidade Brejo Dois Irmãos. A unidade beneficia diretamente famílias de 5 comunidades que vivem numa das regiões mais remotas do município de Pilão Arcado.

O empreendimento no valor R$ 438 mil foi inaugurado, nesta sexta-feira (25), e integra as ações do Pró-Semiarido, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) com co-financimento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

Na ocasião, o diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, parabenizou e agradeceu a comunidade pelo empenho e sinalizou que o Governo está trabalhando na renovação da parceria com o Fida para chegada de mais recursos para fortalecer a agricultura familiar e falou ainda, do compromisso de investir no beneficiamento da cana-de-açúcar na região dos Brejos.

“Nosso desafio é fazer uma planta de uma agroindústria de cana do tamanho adequado à capacidade gerencial da comunidade. Nos queremos colocar o açúcar mascavo, a rapadura, os subprodutos da cana no mercado, como o buriti e o mel”, salientou Wilson Dias.

Para a presidenta da Associação Comunitária e Beneficente Brejo Dois Irmãos, Eliane das Virgens, esta unidade de beneficiamento de buriti tem uma grande relevância para o desenvolvimento dos Brejos de Pilão Arcado. “Tem uma grande importância aqui na nossa comunidade: primeiro que é valorizar o produto da agricultura familiar, o extrativismo do Buriti que é o carro-chefe da produção das famílias. Tem uma grande importância econômica e social na vida das famílias brejeiras. E a gente pretende alcançar mercados mais longe. A gente sabe que nosso produto de qualidade e isso agrega um valor muito grande”.

O evento de inauguração reuniu centenas de pessoas, entre pessoas das comunidades, lideranças comunitárias e autoridades políticas.

SDR/CAR

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Prefeitura de Caém está substituindo lâmpadas por led em vários pontos da cidade

28 de março de 2022, 10:17

Foto: Ascom/PMC

Com o objetivo de embelezar as áreas urbanas, destacar e valorizar as ruas e avenidas, possibilitar um melhor aproveitamento das áreas de lazer e ainda gerar economia aos cofres públicos, a Prefeitura de Caém, através da Secretaria Municipal de Infrestrutura está realizando a modernização da iluminação pública do município. Neste primeiro momento estão sendo trocadas as lâmpadas dos postes de iluminação pública às margens da BA 131 (entrada da cidade) e de algumas ruas da área urbana.

A ação consiste na substituição das lâmpadas comuns amarelas (lâmpadas de vapor de sódio e de mercúrio) por novas lâmpadas brancas de tecnologia LED (Light Emitting Diode).

Além de padronizar e modernizar o sistema de iluminação pública, a nova tecnologia possibilita um consumo de energia 5 vezes menor em relação à iluminação tradicional, gerando uma grande economia aos cofres públicos. As lâmpadas de LED também possuem vida útil mais longa, reduzindo custos com trocas e, consequentemente, reduzindo também a poluição ambiental. As lâmpadas de LED instaladas possuem ainda uma melhor eficiência de iluminação se comparadas às lâmpadas comuns, valorizando os espaços urbanos e aumentando a segurança da população no período noturno.

Um caminhão com plataforma articulada está sendo utilizado no serviço de troca de lâmpadas, relés e reatores queimados, o que possibilita a realização do trabalho com segurança.

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Boas Festas!

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