‘Temos alunos com sofrimento psíquico em todas as salas’

27 de junho de 2022, 10:09

As evidentes crises de depressão e ansiedade que vivem crianças e adolescentes pós-isolamento social colocam as escolas, que encerram o semestre letivo, sob o árduo trabalho de resgatar a convivência para recuperar a saúde mental dos alunos (Foto: Reprodução)

Sabíamos, ou imaginávamos, que o isolamento social prolongado deixaria marcas em todos nós. Quais, não tínhamos ideia. Cientistas, neurologistas e psiquiatras se encarregaram de olhar com afinco para as sequelas que a pandemia provocou no sistema emocional do ser humano. Institutos e Fundações estiveram à frente de estudos e levantaram dados que foram importantíssimos para dimensionarmos o que, até então, era percepção. Passados 27 meses, temos números e pesquisas suficientes que provam e evidenciam o quanto a educação brasileira e a saúde mental de crianças e adolescentes vivem à beira do abismo neste país. A frase não é força de expressão, é fato. Um mapeamento feito pela Secretária da Educação do Estado e Instituto Ayrton Senna, revelou que 70% dos estudantes avaliados em contexto de pandemia relataram sintomas de depressão e ansiedade. Do grupo, um a cada três, afirmou ter dificuldades para conseguir se concentrar na proposta da sala de aula, outros 18,8% relataram se sentir totalmente esgotados e sob pressão, enquanto 18,1% disseram perder o sono por conta das preocupações e 13,6% afirmaram a perda da confiança em si. Estudos realizados pelo Conselho Nacional da Juventude, em maio de 2021, mostraram que 54% dos adolescentes passaram a sentir ansiedade, 56% utilizaram as redes sociais de forma exagerada e 48% reclamaram de exaustão e cansaço constante. Os números são expressivos e o dia a dia dentro das escolas, infelizmente, é a melhor amostra para justificá-los. Ao longo deste primeiro semestre letivo, professores e orientadores educacionais de escolas privadas e públicas se depararam com mudanças comportamentais expressivas entre alunos e a necessidade da busca por recursos e cuidados tornou-se primordial. Professores acreditam que os diferentes comportamentos apresentados pelos alunos têm explicação e são absolutamente compreensivos dado o contexto pandemia. Crianças e adolescentes passaram uma fase importante da construção das suas relações sociais, e da própria identidade, onde todo universo possível se reduziu a uma tela e as quatro paredes de casa. Impossível tal recolhimento, chamado por especialistas de atrofia social, não os colocar diante das próprias vulnerabilidades. Edneia Letícia Marguti, professora de educação infantil na EMEI Guilherme Rudge, conta que junto do comportamento eufórico de crianças entre 4 e 6 anos ao retornar ao ambiente escolar e reencontrar colegas, percebeu que algumas trouxeram traumas consigo. "Há aquelas que chegaram aqui e só conseguiam falar: 'água'. Só isso, sabe? Percebemos que elas chegaram não sabendo nada ou quase nada sobre o lugar escola", diz a educadora. "Identificamos também uma maior dificuldade de concentração. Eles estão muito inquietos e não prestam atenção no que a gente fala. Sentimos que algumas crianças estão mais egoístas e sentem dificuldade de compartilhar os brinquedos com os amigos," analisa Ednéia. Fernando Pimentel, coordenador do 7º, 8º e 9º ano do colégio Oswald de Andrade, concorda com o ponto de vista. Para ele, o desejo pessoal se tornou um imperativo mais urgente, o que dificulta a construção de um ambiente propício às aprendizagens escolares. "Além disso, os alunos do Ensino Fundamental 2 estão numa fase da vida em que o contato com os pares é imprescindível. Parecem estar com uma demanda represada para este contato, o que deixa as conversas paralelas mais frequentes em sala de aula", avalia. Para ele, essa geração também foi privada do acesso aos contextos culturais que são combustíveis em sala de aula e que, apesar de ter pleno acesso à informação, não sabe o que fazer diante de tantas informações. "O que vemos neste sentido é uma certa passividade, como se esperassem que alguém resolva os impasses típicos da aprendizagem, antes mesmo de dedicarem esforços à resolução dos mesmos", conta. Crianças e adolescentes voltaram sim mais passivos ao ambiente escolar. Em sua grande maioria, aguardam pelos comandos, não sabem muito como agir quando eles não são dados pelos professores e perderam parte importante do repertório cultural e social que era material de trabalho em sala de aula. Antes da pandemia, os alunos chegavam em sala de aula já com hipóteses e conhecimento prévio sobre determinados assuntos. Isso porque existia troca e diálogo dentro de casa, muitas vezes era algo que o irmão mais velho já tinha aprendido e comentava, além da existência da vida social. Idas a parques, exposições, clube, cinemas e shoppings eram programas que contribuíam para tal. Voltar a conviver neste espaço coletivo que é a escola tem sido bastante desafiador. Mariana Doneaux, orientadora educacional do 6o e 7o ano, do Colégio Equipe, diz que ainda estão em processo de retomada das relações de confiança. "Ninguém saiu ileso da pandemia, muita coisa mudou. Esses jovens passaram dois anos com suas referências estacionadas. A gente percebe que muitas crianças sofrem com a falta de interação e de aprendizado com o outro. Uma criança uma vez me falou que sentia falta de olhar para o colega do lado e ver a reação da cara dele com dúvida de alguma matéria, só pra sentir que era a mesma dúvida dela", exemplifica. Algo que parece muito simples, mas que é fundamental para a constituição seja da criança, seja do adolescente. Se reconhecer entre pares e poder validar os sentimentos são razões pelas quais as relações sociais são basais em ambas as fases, ainda que cada uma tenha suas particularidades. Agora é preciso reaprender a socializar e se apresentar diante dos colegas. Daniel Helene, coordenador dos Anos Finais do Fundamental, na Escola Vera Cruz, conta que junto com a alegria da volta, veio também a sensação de falta de privacidade, já que durante as aulas tinha quem pudesse fechar as câmeras, quando não quisesse ser visto, o que na visão dele, é uma atitude comum do adolescente. "Quando você está no presencial, não tem como fechar a câmera, né? Você não controla mais o olhar que o outro pode depositar sobre você. Ou pelo menos não há mais a ilusão de que você controla isso. E dessa maneira pode ficar insuportável para eles", argumenta. O coordenador conta que antes da pandemia, os conflitos existiam, mas hoje são mais frequentes. "A enfermaria da escola vive cheia. São problemas de convivência, pequenos conflitos entre eles e às vezes brigas mais sérias. Na verdade, não é só difícil para os alunos, mas acho que para todos da escola e toda a sociedade, que faz com que o nosso conviver também não seja exatamente fácil", avalia Daniel. Maria Aparecida Aguiar Correia da Rocha, diretora da EE Professora Maud Sá de Miranda Monteiro, diz a escola entende que esse processo de acolhimento acontece de modo individual e que não existem regras e por isso contam com a ajuda do Psicologia Viva, programa oferecido pelo Governo do Estado que contribui com profissionais que fazem palestras, trabalhos de escuta com pequenos grupos, justamente para tentar amenizar as questões. E também com a professora Cida que é terapeuta ocupacional e procura trazer atividades diferentes aos alunos. Com o suporte de materiais de circo e teatro, a professora Cida propõe atividades lúdicas e coletivas aos alunos na tentativa de trabalhar as emoções e os conflitos que têm aparecido na escola Segundo a diretora, eles têm percebido também alunos com crises evidentes de ansiedade e depressão. "O mais estranho é que os estudantes que aparentemente estavam bem, começaram a ter gatilhos por causa dos colegas doentes. Quando a gente se dava conta, a maioria estava com algum problema", conta ela que já tinha estruturado um planejamento prévio para acolher os estudantes com questões. Para Dr. Guilherme Polanczyk, psiquiatra da infância e adolescência, coordenador do Núcleo de Pesquisa em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental da USP e Chefe da Unidade de Internação do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria, no Hospital das Clínicas, os efeitos negativos do pós-isolamento também se relacionam com a falta de estímulos para criar experiências que é a base de todo desenvolvimento deles. "As crianças, por exemplo, não desenvolveram habilidades cognitivas ou sociais e os adolescentes também não tiveram as experiências e relações sociais esperada. Agora é como se tivessem que viver tudo aquilo que não viveram de uma forma mais intensa, com mais dificuldade de controlar impulsos e emoções", explica. Ele também enfatiza que é necessário pensar nas diferentes faixas etárias e sobre suas tarefas de desenvolvimento e como esse contexto pode ter afetado, sobretudo os adolescentes, já que eles foram privados de suas tarefas de criar intimidade com outros adolescentes e de desenvolver a sua identidade, o que difere das crianças menores, por exemplo. "Há uma grande variabilidade do efeito da pandemia e, que depende muito da própria saúde mental dos pais, da estrutura da família e das dificuldades que esses jovens já tinham antes disso", esclarece. O RESGATE DA CONVIVÊNCIA Diante das novas realidades que se apresentam, as instituições de ensino buscam desenvolver, e manter, ações em toda a rede. Antes do retorno, escolas públicas e privadas criaram planejamentos com estratégias pedagógicas para amenizar, acolher e intervir no sentido de coletivizar as questões que atravessam crianças e adolescentes, entendendo que o sofrimento não é uma questão individual, mas a consequência do momento histórico que o país inteiro viveu. "A sociedade sofre com este retorno ao coletivo tão fragilizado pelo isolamento, mas também pelo modo como temos lidado com a política da vida cotidiana e pública de nosso país. Até a reorganização do grêmio estudantil se transformou em conteúdo de discussão dentro e fora das salas de aula, assim como as discussões sobre como ocupamos coletivamente os espaços da escola e da cidade olhando para o entorno", conta Ana Cristina Bortoletto Dunker, diretora da escola Carandá. Na visão do coordenador Fernando Pimentel, do Oswald de Andrade, é importante fazer investimentos intencionais para permitir àqueles que se distanciaram na escola remota, refaçam o vínculo com os demais, tendo em vista que esses jovens foram privados de contatos com os pares. "Hoje há alunos em situações de sofrimento psíquico em todas as séries do Ensino Fundamental 2. Por isso, a flexibilidade na lida com questões escolares, as diferentes formas de avaliação e de apresentação dos conteúdos são estratégias que nos parecem importantes para lidar alguns alunos neste momento". "Em nossa escola, contamos com aulas de Orientação Educacional e o Projeto de Vida, espaços privilegiados para discutirmos o processo dos grupos. Temos nos dedicado às reflexões em torno do respeito ao coletivo, das posturas que contribuem ou conflitam com a sala de aula, bem como do que é esperado deles enquanto estudantes. Percebemos que tais esforços são necessários", avalia. Por outro lado, Edneia Marguti, da escola pública de educação infantil Guilherme Rudge, vê com otimismo e esperança a recuperação das crianças mais novas. "Apesar delas terem perdido muito com a pandemia, têm uma facilidade muito grande de aprendizado. São muito rápidas, então acreditamos que vão conseguir muito em breve recuperar tanto as questões de aprendizado, como também sociais". As escolas também têm trabalhado com espaços de descompressão e relaxamento como clubes de leitura, músicas e atividades dentro de projetos sociais. "O Equipe tem a tradição de trabalhar projetos sociais, então, pensamos em retomar as atividades para os nossos estudantes passarem por uma formação com educadores do instituto e atuar em creches, EMEIs com atividades lúdicas e brincadeiras com crianças da educação infantil e do ensino fundamental I", conta Mariana. Viagens e exposições também fazem parte do programa de resgate do repertório cultural como também das conexões das relações sociais. Na escola Vera Cruz, por exemplo, Daniel conta que eles têm promovido visitas a museus, exposições e até viagens já aconteceram. "Recentemente, o sétimo ano foi ao Museu Afro Brasil e o oitavo foi ao Theatro Municipal para ver a exposição Contramemória. Sexto, sétimo e nono ano já viajaram. A gente tem um conjunto de atividades que são extraescolares, mas que podem viabilizar certa reposição desse repertório", diz. Movimentos como estes são formas, não apenas de repertoriar os alunos novamente, como também de cuidar das questões sociais e emocionais que eles trazem. Originar momentos de socialização, conversas, debates e atividades que buscam o exercício das relações sociais têm se mostrado fundamental. Enquanto isso, a longo prazo, precisamos pensar em formas de prevenção e cuidados com a saúde mental dessas crianças e adolescentes. "É necessário uma reflexão mais ampla da sociedade para as questões que possam interferir no desenvolvimento de crianças e adolescentes, levando em conta o grande número de jovens com problemas e isso envolve escolas, famílias e Estado", finaliza Polanczyk. A pandemia expôs uma questão que já era viva e agora é preciso olhar com maior constância e gentileza. Sim, crianças e adolescentes precisam do olhar gentil do adulto. Porque o assunto não é passageiro, infelizmente. Estadão

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Ex-esposa de vereador Jo de Mô de Caém registra BO por agressão física

27 de junho de 2022, 09:08

Jo de Mô (PSD), está no seu segundo mandato como vereador de Caém (Foto: Reprodução)

O vereador de Caém, Joelson Silva Santos, conhecido como Jo de Mô (PSD), está sendo acusado de agredir fisicamente a sua ex-esposa. O fato aconteceu na madrugada  último dia 25, durante os festejos juninos na comunidade de Piabas, onde o edil reside. A vítima teria recebido socos e chutes. Informações dão conta que a Polícia Militar deu socorro à vítima e a encaminhado para a Delegacia Territorial de Jacobina, onde foi registrado um Boletim de Ocorrência (BO) e expedido uma guia para exame de corpo delito. Moradores de Piabas disseram que o vereador Jô de Mô, que é representante do povoado, após o ocorrido participou da festa junina como se nada tivesse acontecido. Jo de Mô tem um filho com a vítima. “Até quando vamos testemunhar agressões e crimes contra mulheres e seus autores saindo impunes, por causa dos seus cargos ou influência social?”, questionou uma moradora que pediu para não ser identificada. O Notícia Limpa não conseguiu contato com o acusado da agressão. Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano.

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Anvisa determina recolhimento de remédios à base de losartana

23 de junho de 2022, 12:53

Produtos devem ser retirados das farmácias em até 120 dias (Foto: Reprodução)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou, hoje, 23/6, a interdição e o recolhimento de lotes de medicamentos contendo o princípio ativo losartana, que é um anti-hipertensivo e um dos remédios para insuficiência cardíaca mais utilizado no Brasil. Segundo a agência, a decisão foi tomada em razão da presença da impureza “azido” em concentração acima do limite de segurança aceitável. O prazo máximo regulamentar para conclusão do recolhimento dos produtos das farmácias é de até 120 dias, contados a partir de hoje, data da publicação da resolução, para a qual a Anvisa avaliou o impacto no mercado brasileiro e a necessidade de continuidade dos tratamentos. A Anvisa orienta que pessoas que utilizam o remédio não devem interromper o seu tratamento. Acrescentou que a hipertensão e insuficiência cardíaca exigem acompanhamento constante e qualquer alteração no tratamento deve ser feita somente pelo médico que acompanha o paciente. Deixar de tomar o remédio pode trazer riscos para a saúde”. A medida preventiva foi adotada após a evolução do conhecimento sobre as impurezas e ela serve para adequar os produtos usados no Brasil aos limites técnicos previstos para a presença deste contaminante, explicou a Anvisa. Lotes afetados em uso Nos casos de pessoas que estejam usando lotes afetados do medicamento, a orientação da Anvisa é continuar o tratamento e conversar com o médico em caso de dúvida ou necessidade de orientação. Os pacientes podem, ainda, entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do laboratório para se informar sobre a troca do remédio por um lote que não tenha sido afetado pelo recolhimento ou interdição. Os meios para contato com as empresas estão disponíveis na embalagem e bula dos produtos. Por meio de nota, a Anvisa esclareceu que, desde a descoberta da possibilidade de presença do “azido” na losartana, em setembro de 2021, vem adotando medidas para garantir que os medicamentos disponíveis para a população brasileira estejam dentro dos padrões de qualidade. A Anvisa notificou os detentores de registro desses remédios para apresentarem os resultados da avaliação sobre a existência dessa impureza nos produtos. Fonte: Agência Brasil

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‘Defendo o direito à defesa’, diz Lula sobre prisão de Milton Ribeiro

23 de junho de 2022, 11:42

Ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro foi preso na quarta-feira por suspeitas de corrupção no MEC (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reprovou nesta quinta-feira a prisão do ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro, em razão de suspeitas de corrupção no ministério . A declaração foi dada durante entrevista à Rádio Difusora de Manaus (AM). Além de Ribeiro, os pastores lobistas Gilmar Santos e Arilton Moura também foram presos numa operação da Polícia Federal, na quarta-feira, que apura suspeitas de crimes na liberação de recursos do MEC para prefeituras. Em março, o ministério foi parar no centro de um escândalo após denúncias envolvendo atuação dos pastores como lobistas da pasta. Os religiosos prometiam a prefeitos facilitar a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante pagamento de propina. "A prisão depende de apuração, de prova. Você não pode prender porque vai prender. Não. Você tem prova contra o cidadão? Está provado que ele roubou? Você faz um processo e aí a Justiça decide se vai prender ou não. Eu defendo o direito à defesa para todo mundo. O direito à defesa é um valor monumental da democracia neste país. Eu não sei se (ele) já foi investigado, se tem uma autorização da Justiça para prender. Mas que ele foi um mal ministro da Educação, ele foi", declarou Lula ao ser questionado sobre o que achava da prisão de Ribeiro. Voltado para uma audiência local, o ex-presidente discorreu sobre temas como a Zona Franca de Manaus, que prometeu não alterar se for eleito em outubro, disse que "faria novamente a usina Belo Monte", obra questionada por ambientalistas, e criticou especialmente o desmonte da Fundação Nacional do Índio (Funai) e a gestão de Bolsonaro na região amazônica. Para Lula, Bolsonaro deveria ter visitado familiares do indigenista Bruno Pereira, assassinado no Vale do Javari junto do jornalista britânico Dom Phillips, e visitado a região, em vez de promover um passeio de moto durante visita a Manaus.

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Fachin e Barroso defendem urnas eletrônicas e liberdade de imprensa nas eleições

23 de junho de 2022, 11:35

Fachin afirmou que a Justiça Eleitoral está preparada para transpor de forma segura e transparente as eleições de outubro (Foto: Reprodução)

Os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltaram a defender a Justiça Eleitoral e o sistema eletrônico de votação, ao receberem um prêmio em nome do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta quarta-feira, 22, no Rio de Janeiro. Presidente do TSE, Fachin afirmou que os “cerca de 150 milhões de eleitores” dirão, nas eleições gerais de 2 de outubro, que “a democracia no Brasil é inegociável”. Barroso ressaltou que o sistema das urnas eletrônicas é “seguro, transparente e auditável”. Fachin começou o discurso alertando que ele e os demais ministros presentes estavam representando os 22 mil servidores da Justiça Eleitoral, que atuam no TSE e nos 2 tribunais regionais. O atual presidente do TSE afirmou que a Justiça Eleitoral está preparada para transpor de forma segura e transparente as eleições de outubro deste ano e disse que o TSE não “tombará de suas funções”. Ele ressaltou ainda o papel da imprensa na defesa da liberdade de expressão: “A erosão da imprensa livre é a erosão da própria democracia.” E afirmou: “O prêmio em si faz a diferença esta noite para que todos nós façamos a diferença para que este País não tenha outra noite e mais duas décadas de escuridão.” Ex-presidente do TSE, Barroso ressaltou o trabalho de servidores e juízes da Justiça Eleitoral na condução do processo eleitoral. O ministro criticou os ataques sofridos pelos colegas de tribunal e às urnas eletrônicas e disse que “é preciso atravessar esses tempos obscuros sem se deixar contaminar”. “É vão o esforço de deslealmente querer criar desconfianças infundadas (sobre as urnas eletrônicas). Enfrentamos a mentira e a desinformação sem jamais ceder a tentação de responder insultos com insultos”, afirmou Barroso, que defendeu o sistema eletrônico de votação e a liberdade de imprensa: “A liberdade de expressão não se confunde com a imoralidade da difamação. A mentira não é o outro lado da história, é apenas uma mentira.” E acrescentou: “Nosso sistema de votação é seguro, transparente e auditável. É nosso papel resistir a onda populista e autoritária que assola o mundo. É preciso atravessar esses tempos obscuros sem se deixar contaminar.” IstoÉ

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Dano psíquico é maior se menina grávida de estuprador mantiver gravidez, diz psicóloga

23 de junho de 2022, 11:26

Ela diz que o que mais a preocupa hoje são as histórias das meninas que não chegam aos serviços de aborto legal. "São meninas que estão se tornando mães. Crianças tendo crianças." (Foto: Reprodução)

Quando recebe no consultório meninas grávidas dos seus estupradores, como no caso de Santa Catarina, a psicóloga Daniela Pedroso, 48, vai para o chão com elas e começa a brincar. "É ludoterapia [psicoterapia voltada para o tratamento psicológico de crianças], como se eu estivesse diante de outra criança com qualquer outra queixa. São meninas que não entenderam o está acontecendo, que foram estupradas", diz ela. Há 25 anos no atendimento a vítimas de violência sexual no Hospital Pérola Byington, do governo paulista, Pedroso diz que os danos psíquicos serão mais severos se essas meninas levarem a gestação a termo por falta de acesso a um abortamento seguro e garantido por lei. Ela diz que o que mais a preocupa hoje são as histórias das meninas que não chegam aos serviços de aborto legal. "São meninas que estão se tornando mães. Crianças tendo crianças."*Pergunta: O caso da menina grávida de estuprador e que teve seus direitos violados em Santa Catarina chocou o país e expôs uma sucessão de entraves para fazer valer o direito ao aborto legal. Casos assim são frequentes? Daniela Pedroso: Atuo nessa área há 25 anos e já atendi cerca de 12 mil casos de violência sexual. Estupros de crianças não são histórias que a gente recebe todo dia, mas aparecem com uma certa frequência. O que mais me preocupa, porém, são as histórias que não chegam, meninas abusadas que estão se tornando mães. Crianças tendo crianças. Os estudos internacionais mostram que os danos psíquicos serão mais severos se essas meninas levarem a gestação a termo por não terem acesso a um abortamento seguro. A adoção também é mais prejudicial do ponto de vista psicológico do que interromper a gestação. P.: Por que esses casos não chegam aos serviços de aborto legal? DP: A população brasileira, de uma forma geral, ainda não sabe sobre o direito ao abortamento previsto em lei. Ela não sabe que não precisa de Boletim de Ocorrência ou de alvará judicial para fazer a interrupção. A gente está falando de um Brasil com mais de 17 mil meninas com menos de 14 anos estupradas por ano. Só 10% dos casos buscam ajuda. As pessoas precisam ser informadas de que os serviços existem, que é só ir até o SUS com o seu cartão e que basta a palavra da mulher. P.: É comum essas meninas chegarem aos serviços com a gestação mais avançada? DP: Sim. Porque não elas não têm conhecimento do seu próprio corpo. Não sabem que aquilo que sofreu foi um abuso sexual. Atendi uma vez uma menina de dez anos que chegou grávida ao serviço. Ela estava no banho e viu sair leite do seio e gritou pela mãe. Foi aí que ela conseguiu contar para a mãe que tinha sido estuprada pelo padrasto. Estava grávida de cerca de 20 semanas. P.: Como é o atendimento psicológico dessas meninas? DP: É sentar no chão e brincar com elas. É ludoterapia, como se eu estivesse diante de outra criança com qualquer outra queixa. O trabalho da psicologia é acolher essas meninas, dar voz ao sentimento delas. São meninas que não entenderam o está acontecendo, que foram estupradas. Tem toda a questão da vulnerabilidade delas. P.: O que mais te chocou nesse caso de Santa Catarina? DP: Foi lembrar de tantas outras crianças que já atendi, são seres humanos que não estão prontos para a maternidade, que não têm corpo biológico nem para gestar, muito menos para parir. Isso me choca e está me deixando duas noites sem dormir. A gente também não está falando dos danos psíquicos para essa menina. Ela foi estuprada, se descobriu grávida, sofreu pressão pela manutenção da gestação, foi afastada da mãe. Estão banalizando o estupro em nome da interrupção da gestação. P.: O caso expôs uma série de condutas equivocadas, do hospital, do Ministério Pública e da Justiça. O que leva todos esses entes a não cumprir o que é previsto em lei? DP: Eu fiquei pensando muito no julgamento em cima da médica da equipe do hospital. A gente está falando de uma profissional que está dentro de uma instituição e que tem regras e normas para cumprir, não tem liberdade. As pessoas entraram numa de julgar e eu acho complicado. A gente está falando também do emprego dessas pessoas. Um ponto que eu não vi discutido é que a norma técnica fala que é [permitida a interrupção da gestação dos casos previstos em lei] até em 22 semanas ou peso fetal inferior a 500 gramas. Uma menina de dez anos dificilmente terá um feto com mais de 500 gramas. Ali teria dado para resolver essa questão. P.: Após 25 anos de trabalho nessa área, qual a sua avaliação? DP: Houve muitos retrocessos. A gente vê a burocracia aumentando, novas normas técnicas sem amparo em evidências. Todas as semanas eu me deparo com mulheres vítimas de violência sexual que fizeram um périplo para chegar até aqui. Os postos de saúde ainda as mandam para a delegacia. E elas ainda são tratadas desrespeitosamente também por mulheres. Vejo que as pessoas não praticam empatia. Têm essa concepção desde a Idade Média de que a mulher mente, fantasia. Mas elas têm que imaginar que uma mulher não chega a um serviço de saúde desconhecido contando uma mentira, inventando uma violência sexual. P.: Durante o governo Bolsonaro, o Ministério da Saúde editou novas portarias com entraves ao acesso aos serviços de aborto legal. Qual o impacto disso na prática? DP: É para desestimular o trabalho. Lembro que depois de uma delas, em 2020, as pessoas que tinham passado pelo serviço ligavam aqui e perguntavam: "agora que mudou a lei vocês vão ter que contar o meu caso para a polícia?" Misturar o papel da polícia com o da saúde é muito prejudicial para essas mulheres, acabam empurrando-as para o abortamento clandestino e inseguro, aumentando a mortalidade materna. P.: Ainda acontece muito de as mulheres terem que sair de suas cidades para conseguir acesso a um serviço de aborto legal? DP: A gente recebe muitas mulheres do interior de São Paulo. De outros estados, deu uma diminuída. Mas às vezes ainda acontece de uma mulher precisar sair lá da região Norte para interromper uma gestação em São Paulo. É muito duro você ainda ouvir que a mulher vítima de violência sexual procurou um posto de saúde para fazer o teste de gravidez e, ao ter o resultado positivo, foi orientada a fazer o pré-natal e não recebeu nenhuma informação sobre o abortamento legal. A gente ainda precisa informar muito, falar muito, fazer muito barulho. P.: Uma questão que ainda divide muitas opiniões é a interrupção da gestação após as 22 semanas. Embora não haja estipulação de prazos pela lei, uma norma da Ministério da Saúde coloca esse limite. Isso é um entrave? DP: Sim, bagunça bem. A OMS [Organização Mundial da Saúde] publicou recentemente uma diretriz em que não estabelece limite gestacional para abortamentos previstos em lei. Mas é uma questão de foro íntimo do médico. Não podemos exigir que todo mundo faça. O aborto legal ainda causa muito temor aos profissionais de saúde, eles não são treinados para isso. P.: Depois de atender tantos casos escabrosos, a sra. consegue ir para casa todos os dias e se desligar do trabalho? DP: Desde que eu entrei aqui, com 22 anos, recém-saída da faculdade, para fazer um estágio, eu coloquei uma coisa para mim: que no fim da jornada de trabalho, o problema ficaria na porta do hospital e eu o pegaria no dia seguinte. Em geral, eu consigo. Mas não consigo em dias com casos como esse da menina de Santa Catarina. São histórias terríveis que te levam a refletir o que é ser mulher neste país, que não pode vestir a roupa que a gente quer, não pode sair na rua na hora que quiser. As crianças não são estupradas num beco escuro na rua. Elas são estupradas dentro de casa pelo pai, pelo padrasto, pelo tio, pelo avô, pelo irmão. Daí a importância da educação sexual. Se a gente explica para aquela menina que existem toques que não são permitidos, no primeiro que acontece, ela vai contar para alguém que confia. Mas a gente está falando de um país que confunde educação sexual com ensinar as crianças a fazer sexo. RAIO-XDaniela Pedroso, 48Possui graduação em psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e mestrado em saúde materno infantil pela Universidade de Santo Amaro. É psicóloga do Núcleo de Violência Sexual e Aborto Previsto em Lei do Centro de Referência da Saúde da Mulher - Hospital Pérola Byington e membro do Grupo de Estudos sobre Aborto (GEA) e do Núcleo de Sexualidade e Gênero do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP/SP). Folhapress

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Homem passa por cirurgia para retirar garrafa do ânus no Acre

23 de junho de 2022, 11:13

O Governo do Acre, em nota, afirmou que o paciente chegou à unidade de saúde "reclamando de dores, com um objeto na região anal" (Foto: Reprodução)

Na entrada de uma unidade de saúde, uma pessoa com dores pode ser apenas mais uma precisando de atendimento. Mas na cidade de Brasiléia, a 230 quilômetros de Rio Branco, uma em específico demandou maior atenção: um paciente deu entrada no Hospital Regional do Alto Acre se queixando de dores com uma garrafa introduzida no ânus no último domingo, dia 19. Medicado, ele precisou ser transferido e, após retirada do objeto, passa bem. O Governo do Acre, em nota, afirmou que o paciente chegou à unidade de saúde "reclamando de dores, com um objeto na região anal", e que, por conta da complexidade, ele foi medicado e, na segunda-feira, transferido para o Pronto Socorro de Rio Branco, a mais de três horas de carro de Brasiléia. O item que causou desconforto, identificado como uma garrafa, foi retirado na unidade de saúde da capital. O paciente, que não teve nome e idade revelados, passa bem. Também não foram informados detalhes sobre o material do objeto. Ainda de acordo com o Governo estadual, o quadro não foi um acontecimento isolado. "Outros casos semelhantes já foram atendidos nas unidades do Acre", concluiu a nota. Imagens do raio-x do paciente com o haltere preso dentro do corpo Relembre outro caso Em abril deste ano, também na região Norte do país, um homem de 54 anos introduziu um "peso" de academia (haltere) de dois quilos no ânus e chegou à unidade de saúde com náuseas, vômitos e se queixando de dores abdominais. O caso foi parar na plataforma científica International Journal of Surgery Case Reports (Revista Internacional de Relatos de Casos de Cirurgia, em português), em que foi detalhado o "relato de acidente com inserção de objeto via reto". Último Segundo

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Cruz de madeira permanece em pé após estrutura de igreja desmoronar durante incêndio

22 de junho de 2022, 14:24

Cruz se manteve em pé após estrutura de igreja desabar durante incêndio (Foto: Reprodução)

Um detalhe chamou a atenção após um incêndio atingir a Igreja Batista Balsora, em Bridgeport, no Texas (EUA), na sexta-feira (17). Uma cruz de madeira permaneceu em pé mesmo após o telhado desmoronar durante o combate às chamas. De acordo com o Corpo de Bombeiros Voluntários de Boonsville-Balsora, as equipes ainda estavam dentro do local quando a estrutura começou a desabar. Os feridos foram atendidos no local. “Uma perda devastadora para nossa comunidade, mas um espetáculo para ser visto. O fogo levou a estrutura, mas não a cruz. Um símbolo de que o edifício era apenas isso, um edifício. A Igreja é a congregação, e onde 2 ou mais se reunirem, lá estará ele também”, escreveu o Corpo de Bombeiros nas redes sociais. A causa do incêndio ainda está sob investigação. IstoÉ

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Astrônomos descobrem duas ‘Super Terras’ e se empolgam com possibilidade de vida alienígena

22 de junho de 2022, 14:12

Duas 'Super Terras' foram descobertas orbitando a mesma estrela (Foto: Reprodução)

Os astrônomos da Nasa fizeram a descoberta em um sistema multiplanetário localizados a 33 anos-luz de distância da Terra. Ambos os planetas – que foram nomeados como HD 260655 b e HD 260655 c - são maiores que o nosso planeta e um possível lar para formas de vida alienígenas, pois orbitam uma estrela anã vermelha. "Ambos os planetas neste sistema são considerados entre os melhores alvos para o estudo atmosférico devido ao brilho de sua estrela. Existe uma atmosfera rica em voláteis ao redor desses planetas? Há sinais de água ou espécies baseadas em carbono?’’ questionou Michelle Kunimoto, do Departamento Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. "Esses planetas são fantásticos bancos de teste para essas explorações", comemorou a especialista. A equipe descobriu as Super Terras – identificadas dessa forma por compartilharem características similares às do nosso planeta quando um telescópio da NASA as avistou através de leves quedas na luminosidade das estrelas ao redor enquanto os planetas passavam. MSN

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Janssen: Saúde amplia aplicação do reforço para quem recebeu vacina de dose única

22 de junho de 2022, 11:25

Pessoas com 18 anos ou mais estão aptas a receber o 2º reforço (terceira dose), e aqueles com 40 ou mais, para o 3º (quarta dose) (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde ampliou o público elegível para doses de reforço contra covid-19 entre aqueles que foram imunizados primariamente com a vacina da Janssen, nesta segunda-feira, 20. Pessoas com 18 anos ou mais estão aptas a receber o 2º reforço (terceira dose), e aqueles com 40 ou mais, para o 3º (quarta dose). Pessoas de 18 a 39 devem buscar o 2º reforço quatro meses após o 1º. E brasileiros com 40 ou mais podem atualizar a imunização quatro meses depois do 2º. Antes, a pasta recomendava o 2º apenas para pessoas com 5o anos ou mais. Aqueles entre 18 e 49 anos estavam aptos apenas para o 1º reforço, após dois meses da aplicação da dose única. No caso da vacinação de reforço para pessoas que receberam a dose única, a pasta recomenda uso de imunizantes Pfizer, AstraZeneca e Janssen. Na segunda, o ministério também liberou a quarta dose - ou 2º reforço - para pessoas com 40 ou mais que foram vacinadas inicialmente com Pfizer, Coronavac ou Astrazeneca. Também foi divulgado balanço da vacinação no País que indica que mais de 111 milhões de doses contra covid-19 já poderiam ter sido aplicadas em indivíduos aptos, mas que ainda não buscaram postos de saúde para atualizar a imunização. Especialistas dizem que o número preocupa. A aplicação de doses de reforço faz frente a estudos que demonstram que, ao longo do tempo, os níveis de anticorpos neutralizantes caem. "Temos verificado que se faz necessário, depois de aproximadamente quatro meses, ter uma dose de reforço para garantirmos a menor circulação do vírus e impedirmos cada vez mais que o paciente venha a ter o quadro mais grave da doença", explicou Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde da pasta, durante coletiva de imprensa na manhã de segunda. Notícias ao Minuto

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À PF, Ribeiro disse em março que apenas cumpria ordens de Bolsonaro

22 de junho de 2022, 11:10

Ex-ministro da Educação foi preso na manhã desta quarta-feira (22) após operação da Polícia Federal (Foto: Reprodução)

O  ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso na manhã desta quarta-feira (22) em uma operação da Polícia Federal por suspeitas de crimes na liberação de recursos da pasta a prefeituras. Em março deste ano, durante depoimento à PF, Ribeiro disse que apenas obedecia às ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, o ex-ministro disse que Bolsonaro pedia que o Ministério repassasse as verbas para os municípios indicados pelos pastores Gilmar Silva e Arilton Moura, que aparecem no centro do escândalo e que  também foram alvo da operação de hoje. No total, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisões preventivas nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal, além de medidas cautelares como a proibição do contato entre os investigados. Ribeiro deixou o cargo em março deste ano . O ex-ministro estava sendo pressionado por evangélicos para deixar o posto após o suposto favorecimento de pastores na distribuição de verbas do ministério . A pressão também vinha do Centrão, que alegava que a permanência dele à frente da pasta seria prejudicial ao governo Bolsonaro. O mandatário, no entanto, adiou a ideia pelo tempo que pôde e lamentou a demissão do ex-ministro à época, dizendo que ele "infelizmente" deixou o governo, mas que isso seria apenas de forma "temporária". Hoje, Bolsonaro recuou e afirmou que "a PF está agindo" . Durante entrevista à rádio Itatiaia , o presidente ainda aproveitou a oportunidade para dizer que a prisão prova que ele [Bolsonaro] não interfere na Polícia Federal. "Vai botar a culpa em mim? (...) Se fez algo que responda pelos seus atos", disse na ocasião. Último Segundo

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O jacobinense Nenen do Acordeon se destaca como um dos principais nomes do forró da Bahia

22 de junho de 2022, 10:55

Nenen do Acordeon é um dos principais nomes de festas juninas do interior da Bahia (Foto: Reprodução)

Em 1962 uma das mais completas, importantes e criativas da música brasileira, o cantor e compositor Luiz Gonzaga tinha como sua principal música de trabalho a canção ‘Sanfoneiro Zé Tatu’. Neste mesmo ano nascia aquele que viria a se tornar também um grande nome da sanfona da Bahia, Carlos Martins Silva, o agora conhecido e reconhecido “Nenen do Acordeon'. Já são 42 anos de estrada. O então jovem natural de Jacobina, na Bahia, inspirado na na carreira do sucesso do seu ídolo, o ‘Rei do Baião’, decidiu aprender a tocar sanfona. Apaixonado pelo gênero musical nordestino, mas precisamente o forró, xote, xaxado e baião, Nenen iniciou a carreira tocando em pequenos eventos no período junino com uma sanfona de quarenta e dois baixos presenteada por ‘Seu Gabriel Nunes’, o seu saudoso pai. Admirado e respeitado pelo profissionalismo e por sua humildade, o artista Nenen do Acordeon, ou Nenen Safoneiro, como também é conhecido, é figura marcante em grandes eventos da Bahia e de outros estados, como atração principal ou fazenda a abertura de shows de artistas como Flávio José, Alcimar Monteiro, Adelmário Coelho, Targino Godim, entre outros. Durante o período pandêmico o sanfoneiro jacobinense atraiu mais de cinquenta mil pessoas em um das lives mais elogiadas daquele momento, em 2021. A Banda Nenen do Acordeon atualmente é composta pelos músicos: Marcos (baterista), Kyara Ribeiro (vocalista), Valdir (contrabaixo), Valéria (triângulo) e Gideon (zabumbeiro). Nesta quarta-feira (22), Nenen do Acordeon estará se apresentando nos festejos juninos do Comércio em Jacobina e depois segue para Camamu (dias 23 e 26 de junho), Apoarema (24), Gandu (24) e Lagoa Grande (28).

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