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Brasileiro consome quase o dobro de sal recomendado pela OMS

27 de novembro de 2019, 06:39

Foto: Reprodução

Os brasileiros consomem, em média, 9,34 gramas de sal por dia, o que representa quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 5 gramas. Esta é uma das conclusões de levantamento feito com a análise de sangue e de urina com cerca de 9 mil brasileiros. A coleta foi feita entre 2013 e 2014 em 8.952 domicílios, durante a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa foi a primeira vez que um inquérito com representatividade nacional coletou nos domicílios amostras biológicas para realização de exames complementares, viabilizando que se estabeleçam parâmetros nacionais para valores de referência laboratoriais.

O estudo, que é uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fiocruz, do Ministério da Saúde, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Hospital Sírio-Libanês, apontou também que os homens e os jovens são a maior parte dos que abusam do sal. Mas indica ainda que a utilização elevada é de forma generalizada na população brasileira, em todas as faixas etárias e níveis de escolaridade.

A avaliação indicou que apenas 2,39% da pessoas pesquisadas estão dentro da faixa recomendada pela OMS e têm consumo inferior a 5 gramas por dia. A maioria deste grupo é de mulheres e de pessoas mais velhas. O consumo elevado de sal, mais de 12 gramas por dia, foi mais frequente em homens, 15,7% deles abusando do consumo, do que em mulheres (10,8%). No grupo com escolaridade mais alta, 11,35% das pessoas tem o consumo elevado de sal, a menor proporção.

O trabalho dos pesquisadores alerta para a necessidade dos programas de redução de consumo chegarem a todas as subcategorias e não somente grupos específicos, como portadores de hipertensão ou de doenças renais. O excesso de sal na alimentação está associado à hipertensão e às doenças cardiovasculares, por isso, um fator preocupante apontado na PNS é que a percepção do brasileiro sobre o consumo elevado de sal é baixa. Apenas 14,2% dos adultos se referiram a seu consumo como alto.

Os exames laboratoriais com as amostras de sangue foram: hemoglobina glicada; colesterol total e frações; sorologia para dengue; hemograma série vermelha (eritograma) e série branca (leucograma); cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) para diagnóstico de hemoglobinopatias; creatinina. E, com as amostras casuais de urina, estimativas de excreção de potássio, sódio e creatinina.

A coordenadora da PNS 2013 e integrante do Laboratório de Informação e Saúde (LIS), do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, Célia Landmann Szwarcwald, lembrou que o trabalho é importante também diante das características do Brasil, um país marcado pela miscigenação, com uma grande diversidade de raças, etnias, povos, segmentos sociais e econômicos. “Esses valores de referência se tornam muito importante não só para o diagnóstico mas também para o tratamento”, disse.

Para a coordenadora-geral de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Luciana Sardinha, o levantamento passa a definir os estudos com base em dados específicos de brasileiros. “Na área de exames bioquímicos para sangue e urina a gente usa referências de outros países e amostras pequenas. Agora a gente tem amostras do Brasil, então, acho que é muito relevante. Tem pesquisas que pegam dados de populações específicas como, por exemplo, estudantes de medicina. Tem assim que a gente usa como referência. Outra com pessoas de um certo local e a gente expande para o Brasil. É a primeira vez que a gente tem dados de Brasil”, observou.

Luciana Sardinha disse que o estudo permite também direcionar as políticas públicas para as necessidades apontadas pelas análises. “É importante para induzir as ações, fortalecer o que está se pensando como ações e programas do Ministério da Saúde. A gente consegue pegar as informações e ver o que tem de medicamentos, de preparar a atenção primária. Subsidia a ação do serviço público de saúde”, disse à Agência Brasil.

A professora e pesquisadora da UFMG, Deborah Malta, deu exemplos de efetividade das análises. Segundo ela, a PNDS de 2006 achou prevalência de 29% de anemia entre mulheres, mas na PNS de 2014/2015, a prevalência total era de 9,9% e em idade fértil em torno de 11%. “Em uma década nós mudamos. Praticamente reduziu para 1/3 a prevalência de anemia, em função de programas importantes que foram adotados, por exemplo a fortificação da farinha e a suplementação de ferro para crianças e gestantes. Esse é um exemplo muito prático de melhora de políticas públicas de que a PNS aborda”, revelou.

O trabalho realizado com a PNS 2013 tem perspectiva de ser ampliado. O vice-diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, disse que na Pesquisa Nacional de Demografia em Saúde (PNDS), que será colocada em campo em 2021 é provável que o IBGE junto com a Fiocruz, o Ministério da Saúde e consórcio de laboratórios que participaram do estudo, acrescentem a coleta de material biológico também nessa pesquisa. “Foi uma primeira experiência e o IBGE tem claro que na próxima investida, que deve acontecer por ocasião na PNDS, a gente vai ter que assumir essa operação, ainda que a coleta seja feita com a parceria de laboratórios, Ministério da Saúde, Fiocruz e UFMG. É importante que se leve a campo essa coleta de material biológico para que a gente possa ter marcadores mais precisos”, afirmou à Agência Brasil.

Segundo Cimar Azeredo, a inclusão de coletas de dados biológicos de sangue e urina na PNS era uma demanda antiga do IBGE. “Tentaram fazer isso com outras pesquisas menores, fora do IBGE, mas não é uma tarefa trivial. Não é coletar informação. É coletar material biológico das pessoas e elas têm que ter disponibilidade de participar do processo. A população participando acaba ganhando com isso, porque ao fazer exames passa a ter marcadores mais precisos”, destacou.

“O Brasil é um país rico em informação de saúde e agora com esse material se torna ainda mais rico”, pontuou.

Com informação: Agência Brasil

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Marca de móveis Etna troca palavra ‘criado-mudo’ por mesa de cabeceira (Vídeo)

26 de novembro de 2019, 13:30

Foto: Reprodução/Facebook

Você já parou pra pensar no significado e na origem da palavra criado-mudo? Se não pensou ainda, é hora de refletir. Também é bom saber que uma grande empresa do segmento, a Etna, fez isso e decidiu agir. Em nova campanha, a Etna anuncia o fim da palavra criado-mudo, considerada racista, em seus catálogos e site.

Em vídeo publicado em seu Facebook, os participantes, todos negros, leem uma carta contando a história da palavra racista. Depois de falar sobre a terrível história do termo, lançam a hashtag: #criadomudonuncamais. “A Etna está começando a abolir o termo criado-mudo de todas as suas lojas”, diz o vídeo. “Dois séculos depois, sem nos dar conta, ainda carregamos termos racistas como esse, mas sabemos que é sempre tempo de mudar e evoluir.”

No site da marca, a palavra criado-mudo já foi substituída por mesa de cabeceira. O DecorStyle apoia a ação e já havia começado a trocar o termo por mesa, mesinha, mesa de apoio ou mesa de cabeceira.

© Fornecido por Decor Style

Origem da palavra criado-mudo

A marca resgatou a origem do termo em vídeo publicado em seu Facebook. Os negros que participam do vídeo tiram uma carta do móvel e leem: “em 1820, os escravos que faziam os serviços domésticos eram chamados de criados. Alguns desses homens e mulheres passavam dia e noite imóveis ao lado da cama com um copo d’água, roupas ou o que mais fosse”.

“Porém, alguns senhores achavam incômodo o fato de eles falarem, e muitos chegavam a perder a língua. Outros sofreram duras punições para “aprender” a nunca se mexer quando houvesse alguém dormindo.”

“Um dia, surgiu a ideia de uma pequena mesinha para ficar ao lado da cama, usada basicamente para apoiar objetos. Esse móvel exercia a mesma função do escravo doméstico e foi chamado de criado. Então, para não confundir os dois, passaram a chamar o móvel de criado-mudo.”

Ao fim da história, os participantes do vídeo comentam: “história pesada, hein?”, “fiquei chocada”e “nunca iria imaginar que era referente aos escravos” foram alguns deles.

Confira o vídeo na íntegra:

 

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Após óleo, praia perde até 66% de animais

26 de novembro de 2019, 08:12

Foto: Simone Santos/ Projeto Praia Limpa

Um estudo feito pelo Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) apontou redução de quase 66% no número de invertebrados bentônicos vivos (como corais, moluscos, crustáceos, polvos e lagostas) em quatro praias do litoral do Bahia, após o derramamento de óleo na costa, neste segundo semestre. Os corais foram as espécies mais afetadas até agora.

Os dados do trabalho foram apresentados ontem. Os pesquisadores compararam as informações de abril e de outubro de quatro praias (Forte, Itacimirim, Guarajuba e Abaí), em uma área de 140 metros quadrados. A quantidade média de indivíduos caiu de 446 para 151. Ainda conforme a pesquisa, houve queda no número de espécies – de 88 para 47.

Branqueamento

As espécies mais afetadas foram os corais, que branquearam mais do que o normal. Desde 1995, quando o instituto da UFBA começou a acompanhar os recifes nas quatro praias, a taxa anual de branqueamento ficava entre 5% e 6%. Agora, o porcentual aumentou para 51,92%.

A cor dos corais é um fator para atestar a saúde dos invertebrados. O branqueamento pode levar à morte ou enfraquecer a estrutura reprodutiva das espécies.

O fenômeno pode aumentar, em condições naturais, se houver crescimento na temperatura da água ou aumento na incidência de radiação solar sobre os corais. Como não foi detectada nenhuma mudança considerável nesses fatores, a presença do óleo foi apontada como explicação para o fenômeno.

A possível perda de biodiversidade terá impacto na cadeia alimentar, segundo Francisco Kelmo, coordenador do estudo. “Esses números indicam que houve perda de patrimônio natural, redução no número de animais, na diversidade e aumento das doenças/mortalidade nos corais. Assim, compromete a cadeia alimentar, causa desequilíbrio”, aponta o estudo.

Um dos ingredientes para a situação é o fato de que o óleo chegou às praias no início de outubro, justamente no período reprodutivo dos animais. Entre os tipos perdidos estão crustáceos e moluscos – polvos e lagostas estão no grupo e são os mais pescados e consumidos na região, segundo o professor.

Para Kelmo, o ecossistema deve levar de 10 a 20 anos para conseguir se recuperar naturalmente, caso não haja novos desastres. “Esse fantasma do óleo vai nos assustar por muito tempo”, disse.

Consumo

Indagado sobre o perigo de consumo de animais pescados, o professor lembrou que análises recentes feitas pelo governo federal não apontaram riscos de contaminação por ingestão. Mas ponderou que o óleo consumido pelas espécies tem substâncias cancerígenas.

Kelmo foi autor de um estudo que mostrou vestígios de óleo nos aparelhos digestivo e respiratório de 50 animais. Procurado para comentar a pesquisa, o Ministério do Meio Ambiente informou que não poderia se posicionar ontem.

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Homem morre ao contrair infecção rara através de lambida de cachorro

26 de novembro de 2019, 08:01

Foto: Reprodução

Um homem de 63 anos morreu, na Alemanha, após contrair uma infecção rara através da lambida de seu cachorro. Segundo a CNN, a infecção foi causada pela bactéria Capnocytophaga canimorsus, comumente encontrada na boca de cães e gatos, mas muito raramente transmitida para humanos.

Anteriormente, os médicos acreditavam que a única forma dos animais passarem a bactéria para humanos era através de uma mordida. No entanto, o homem alemão do caso, detalhado em um artigo do European Journal of Case Reports, não havia sido mordido.

No começo, o homem apresentou sintomas similares a uma gripe. Poucos dias depois, a doença evoluiu com a aparição de hematomas por todo o corpo, acompanhados de descoloração e necrose de partes da pele.

Após o registro do caso, os médicos recomendaram no artigo que os donos de animais de estimação que apresentarem sintomas similares aos da gripe devem procurar atendimento hospitalar, ao invés de se medicar com antigripais comuns.

Fonte:Do UOL, em São Paulo 25/11/2019 12h05

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Após títulos, presidente de Portugal quer condecorar Jorge Jesus

25 de novembro de 2019, 14:50

Foto: Reprodução

As conquistas da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro pelo Flamengo neste final de semana elevaram muito o status do técnico Jorge Jesus. Nesta segunda-feira, em meio à festa rubro-negra, o treinador português será homenageado pela Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro com o título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro e foi lembrado também em sua terra natal.

Em entrevista a jornalistas em um evento em Lisboa, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou nesta segunda-feira que já felicitou Jorge Jesus pelas conquistas do Flamengo e que pensa em condecorá-lo pelo seu sucesso no Brasil.

“Enviei diretamente um abraço amigo e ele mostrou-se feliz pela lembrança dizendo que tinha Portugal sempre no pensamento”, afirmou o presidente português, que destacou que Jesus “leva Portugal mais além”, recordando que o treinador levou consigo a bandeira de Portugal durante grande parte das comemorações.

“Aí está a gratidão a Portugal. Estava representando um clube brasileiro, com jogadores de várias nacionalidades, em uma competição latino-americana, sempre dizendo ‘eu sou Português’, ‘onde eu estou está Portugal’. Sempre que um português é excelente em todos os domínios da atividade, ficamos orgulhosos em nome de Portugal”, completou Marcelo Rebelo de Sousa.

O presidente comentou ainda que estuda homenagear Jorge Jesus pelos feitos conquistados no Brasil. “Quero ter a certeza que não há injustiças e que outros portugueses que tenham vencido competições continentais como esta, mas que não esta (Libertadores), tenham sido condecorados”, acrescentou, relembrando “a generosidade” que tem mostrado, desde que tomou posse, a figuras do esporte de Portugal.

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Dia Nacional do Doador de Sangue 2019: tire dúvidas sobre a doação

25 de novembro de 2019, 14:44

Foto: Reprodução

Veja os critérios básicos para ser um doador de sangue e quais os impeditivos.

 

O Dia Nacional do Doador de Sangue é celebrado em 25 de novembro e tem o objetivo de agradecer aos doadores voluntários e sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de sangue. O penúltimo mês do ano foi escolhido para a data por preceder um período de baixos estoques nos bancos de sangue devido à aproximação das férias, comemorações de fim de ano e outros feriados prolongados.

A data é diferente do Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em todo 14 de junho, que foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2005.

Para a celebração brasileira, centros de hemoterapia em todo o País costumam fazer campanhas na semana de 25 de novembro para chamar a atenção da população a fim de tornar esse ato solidário frequente.

Reforça-se que a doação de sangue é um ato voluntário, ou seja, a pessoa doa o próprio sangue por livre e espontânea vontade, sem qualquer tipo de recompensa. Isso é importante para garantir a qualidade do material doado, uma vez que a pessoa pode ocultar alguma informação de saúde apenas para conseguir a retribuição.

Abaixo, listamos os critérios básicos para ser um doador de sangue e quais os impeditivos. Os requisitos, porém, não esgotam os motivos que podem barrar a doação de sangue. Outras informações prestadas pelo candidato na triagem clínica serão consideradas para definir se ele está apto ou não.

Quem pode doar?

Homens e mulheres entre 16 e 69 anos de idade, pesando mais de 50 quilos, podem doar sangue, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos. Pessoas com menos de 18 anos só podem fazer a doação mediante consentimento formal de um responsável. A Fundação Pró-Sangue, de São Paulo, informa os documentos necessários e o termo de autorização.

Sobre a permissão ou não para pessoas da comunidade LGBT+ doarem sangue, o Ministério da Saúde afirma que “a orientação sexual não é usada como critério para seleção de doadores de sangue por não constituir risco em si”. Porém, a prática sexual do possível doador pode ser um impeditivo.

Uma das determinações dos órgãos de saúde é que pessoas que tiveram contato sexual com outra que tem aids ou teste positivo para HIV não podem doar sangue por um período de 12 meses após a exposição. Nesse contexto, a OMS já alertou que homens que fazem sexo com homens têm 19,3 vezes mais chance de ser infectado pelo vírus HIV do que a população em geral.

Tatuagens e piercings

Pessoas tatuadas pode doar sangue desde que a tatuagem tenha sido feita há, pelo menos, 12 meses. O mesmo vale para quem colocou algum piercing no corpo, sendo que o intervalo de tempo pode ser de seis meses a um ano. Caso o piercing esteja na cavidade oral ou região genital, a pessoa pode ser impedida permanentemente de doar sangue devido ao risco permanente de infecção.

É necessário estar de jejum para doar sangue?

Não. A recomendação é que a pessoa esteja bem alimentada, descansada (dormir pelo menos seis horas na noite anterior à doação) e evite consumir produtos gordurosos três horas antes de doar sangue.

Qual o intervalo entre uma doação e outra?

Os homens devem esperar dois meses entre uma doação e outra, e as mulheres precisam aguardar três meses. Há também um limite de doações de sangue por ano: quatro para eles e três para elas.

Quais são os impedimentos temporários para doar sangue?

Pessoas com febre, gripe ou resfriado devem esperar sete dias após o desaparecimento dos sintomas para doar sangue. Mulheres no pós-parto devem esperar 90 dias no caso de parto normal e 180 dias depois de cesariana. Quem teve diarreia recente e grávidas ficam um período sem contribuir. Mulheres que amamentam devem aguardar até 12 meses após o parto.

No caso de transfusão de sangue, deve-se esperar um ano. Para quem se vacinou, o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina, então pergunte para um especialista. Pessoas que extraíram algum dente aguardam 72 horas e quem teve apendicite, hérnia, amigdalectomia ou varizes espera três meses.

Quais são os impedimentos definitivos para doar sangue?

Segundo o Ministério da Saúde, diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade consiste em recusa definitiva do doador. Outras proibições incluem evidência clínica ou laboratorial de aids, vírus HIV, doenças associadas aos vírus HTLV I e II e doença de Chagas, uso de drogas ilícitas injetáveis e malária.

Qual a quantidade de sangue por doação?

Uma pessoa adulta tem, em média, cinco litros de sangue. Em cada doação, o máximo de sangue retirado é 450 mililitros.

Quais precauções tomar após uma doação?

A recomendações do Ministério da Saúde são evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas, aumentar a ingestão de água, não fumar por duas horas, evitar bebidas alcoólicas por 12 horas, manter o curativo no local da punção por, pelo menos, quatro horas, não dirigir veículos de grande porte, não trabalhar em andaimes e não praticar paraquedismo ou mergulho. Logo após a doação, pode-se fazer um pequeno lanche.

Onde posso doar sangue?

Para doar sangue, basta procurar as unidades de coleta de sangue, como os hemocentros.

Atestado

Segundo as leis trabalhistas, o empregado que doa sangue pode deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, por um dia, a cada 12 meses, desde que a doação seja comprovada.

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Em carta, médicos dizem que Assange pode morrer na prisão

25 de novembro de 2019, 11:08

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Um grupo de 60 médicos de vários países enviou uma carta à secretária do Interior do Reino Unido, Priti Patel, alertando que o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, pode morrer na prisão caso não receba “cuidados urgentes”.

Segundo a rede “SkyNews”, a carta ressalta que Assange, de 48 anos, sofre de problemas físicos e psicológicos. “Do ponto de vista médico, e com base em informações atualmente disponíveis, nutrimos sérias preocupações em relação à idoneidade de Assange”, diz a carta assinada por médicos de países como Estados Unidos, Itália, Alemanha e Sri Lanka.

“A nossa opinião é a de que ele necessita de uma avaliação médica urgente por parte de especialistas sobre seu estado físico e psicológico. Temos sérias preocupações de que ele possa morrer na prisão”, alegou o documento, publicado pelo próprio WikiLeaks.

Os especialistas se basearam nas conclusões de Nils Melzer, relator especial das Nações Unidas sobre tortura e tratamentos cruéis, que analisou as audições de Assange de 21 de outubro e 1 de novembro no Reino Unido.

O australiano está detido na prisão de Belmarsh, no sul de Londres, desde maio, após o Equador revogar sua concessão de asilo – a qual permitiu que o jornalista vivesse por sete anos dentro da embaixada de Quito em Londres.

No próximo mês de fevereiro, devem começar as audiências sobre o pedido de extradição dos Estados Unidos, que acusam Assange de ser o responsável pelo vazamento de milhares de documentos sigilosos através do WikiLeaks. (ANSA)

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Afinal, fazer exercício só ao fim de semana tem benefícios?

25 de novembro de 2019, 07:45

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O periódico científico Journal of the American Medical Association Internal Medicine divulgou um estudo sobre pessoas que só realizam atividade física uma ou duas vezes por semana. E, temos boas notícias.

A pesquisa comparou os resultados de quem treina apenas ao sábado e domingo com os de sedentários. E surpreendentemente, aqueles que têm pouco espaço na agenda para qualquer prática desportiva apresentaram mais vantagens, como risco 30% menor de morrer por consequências de doenças, taxa 40% mais baixa para distúrbios cardiovasculares e risco 18% menor de morte por cancro.

Vale a pena praticar exercício apenas ao fim de semana?

É claro que colocar o corpo em movimento é sempre melhor do que deixá-lo parado. Outras pesquisas científicas apontam que um único treino de corrida ou de bicicleta bem feito, por exemplo, já é importante para agregar benefícios para a saúde, como melhoria da pressão arterial, dos níveis de açúcar no sangue, da qualidade do sono, do aumento da disposição, da redução do stress e da definição do corpo.

Como potencializar resultados?

Tente incluir o maior número de atividades no dia a dia para complementar o treino do fim de semana. Invista em coisas simples: aumente o tempo do passeio do cão, substitua o elevador pelas escadas e não fique tanto tempo sentado. Até arrumar a casa ajuda a manter o metabolismo acelerado, aumentando ainda o gasto de energia.

Deve ainda apostar na prática de exercícios aeróbicos com treinos de força (musculação) para adquirir maior capacidade cardiorrespiratória e ao mesmo tempo ganhar resistência e força. 

Adicionalmente, é essencial que opte por seguir uma alimentação equilibrada, pobre em açúcares e gorduras. 

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Criador do Telegram pede para deletarem o WhatsApp

25 de novembro de 2019, 07:38

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O criador da app de mensagens Telegram, Pavel Durov, publicou no respectivo canal do serviço uma mensagem pedindo que os seus seguidores desinstalassem o WhatsApp.

“A menos que não tenham problemas que todas as vossas fotografias e mensagens venham se tornar públicos um dia, devem apagar o WhatsApp dos smartphones de vocês”, escreveu Durov de acordo com a Fobes. “Para o WhatsApp se tornar um serviço orientado para a privacidade, correria o risco de perder mercados inteiros e desafiar as autoridades do seu próprio país”.

Durov informou ainda que o problema não se limita só ao WhatsApp mas sim ao próprio Facebook, que detém o app de mensagens. “Há muito tempo que o Facebook é parte de programas de vigilância, muito antes de adquirir o WhatsApp”, apontou Durov.

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Estudo de câncer reacende debate sobre quando iniciar mamografias

24 de novembro de 2019, 20:42

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O diagnóstico de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos é raro, representa em torno de 10% de todos os casos registrados. Mas, quando ocorre nessa faixa etária, a doença tende a ser mais agressiva. Nesse cenário, um novo estudo brasileiro reacende o debate sobre a partir de qual idade elas devem começar a fazer a mamografia periodicamente.

A pesquisa Amazona III foi feita com 2.950 mulheres, de 22 centros de saúde em nove Estados, que descobriram o tumor entre janeiro de 2016 e março de 2018. Os resultados mostram que 43% delas tinham idade inferior a 50 anos no momento do diagnóstico. Das que tinham menos de 40 anos, 36,9% estavam no estágio 3 da doença, considerado localmente avançado.

O estudo foi conduzido pelo Grupo Latino-Americano de Oncologia Cooperativa (Lacog, na sigla em inglês), organização não governamental que reúne 147 pesquisadores de 70 instituições, juntamente com o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama e apoio do Instituto Avon. O trabalho começou em 2016 e as participantes serão acompanhadas até 2021 para avaliação de tratamentos, cirurgias, possível retorno da doença e taxa de sobrevida.

O Ministério da Saúde recomenda a mamografia a partir dos 50 anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica o exame a partir dos 40 – antes disso, só para grupos de risco. “Se na consulta o médico perceber se tratar de caso familiar, que tem mutação genética, começamos o rastreamento a partir de 25 anos com mamografia e ressonância magnética”, afirma Vilmar Marques, vice-presidente da SBM. Ambas as orientações se baseiam na análise de estudos clínicos.

Em outros países, a recomendação também varia. A Sociedade Americana de Câncer, por exemplo, apontava a necessidade do exame a partir de 40 anos. Mas, em 2015, a entidade mudou esse patamar para 45 anos.

Segundo Gustavo Werutsky, diretor científico do Lacog, o problema é que pelo menos um terço dos casos de câncer de mama afeta mulheres antes dos 50 anos – 34,8% das participantes do estudo tinham entre 36 e 50 anos no momento do diagnóstico. “Essa população precisa de rastreamento. Estamos perdendo um terço das pacientes”, afirma ele, que também trabalha no setor de Oncologia do Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Arn Migowski alerta que a amostra do estudo é pequena e representa menos de 2% dos casos de câncer de mama no País, estimados em 60 mil por ano. Dados do Inca, ligado ao Ministério da Saúde, indicam leve tendência de queda na incidência da doença em mulheres de 40 a 49 anos, de 2000 a 2010. Na faixa etária de 20 a 39 anos, houve estabilidade.

De acordo com ele, existem riscos na indicação de rastreamento antes dos 40 anos, quando não há sintomas. “A mamografia é um exame de acurácia ruim para mulher jovem por causa da maior densidade da mama. Isso aumenta os resultados errados e acaba irradiando muito a mulher desnecessariamente”, diz Migowski.

Diagnóstico tardio

Além de recomendar o exame para mulheres entre 50 e 69 anos, o Ministério da Saúde orienta que ele seja feito a cada dois anos. Outro dado do estudo que chamou a atenção dos pesquisadores é que, do total de mulheres, 34% descobriram o câncer ao fazer exame de rotina, sem ter tido sinais ou sintomas prévios.

“É preocupante porque, com outros dados recentes, mostra que a gente, na verdade, não tem cobertura ideal de rastreamento do câncer de mama”, aponta Werutsky. Ele indica três razões: falha em educar as pacientes, dificuldade de acesso ao exame e não realização dos exames. O primeiro e terceiro motivos estão conectados, uma vez que, se a mulher desconhece a doença, tende a não dar importância ao diagnóstico precoce. E percepções equivocadas sobre o câncer de mama são expressivas.

Pesquisa deste ano, feita pelo Ibope Inteligência a pedido da Pfizer com 2 mil brasileiros, apontou que quase 80% das pessoas acreditam que o toque nas mamas é a principal medida para identificar a doença em estágios iniciais. Muitas vezes, porém, quando o tumor é palpável, já está em níveis avançados. Além disso, 25% das ouvidas estão convencidas de que a mamografia só é necessária se exames prévios indicarem alterações.

No caso da analista de vendas Fabiana Farias, de 40 anos, o câncer só foi detectado, há um ano e meio, porque ela realizava exames pré-operatórios para colocar prótese mamária. “No ultrassom não apareceu nada. Quando eu fiz a mamografia, apareceu calcificação suspeita. Era inicial, mas estava completamente espalhada na mama”, conta ela.

Ao saber que, no futuro, a outra mama até então saudável poderia ser afetada, Fabiana decidiu fazer uma adenomastectomia (remoção completa) nas duas mamas. O procedimento é preventivo e conserva pele, aréolas e mamilos. “Não era mais estética, era saúde.”

Na questão do acesso ao exame de mamografia, o Brasil tem cerca de 5 mil mamógrafos espalhados pelo território, mais do que a proporção recomendada que é de um para cada 240 mil habitantes. A desigualdade na distribuição dos equipamentos, porém, é um desafio.

Estudo publicado em fevereiro pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem mostra que, no Sistema Único de Saúde (SUS), com 2.102 aparelhos disponíveis no País, o Estado de São Paulo é o mais privilegiado (402 mamógrafos) enquanto o Amapá tem o maior déficit (com dois, sendo que o ideal seriam três). Soma-se a isso a demora em agendar consultas e exames no sistema público.

Rede de atendimento interfere no diagnóstico

Ser atendido no Sistema Único de Saúde (SUS, a rede pública) ou na área privada faz diferença quanto ao diagnóstico do câncer de mama. No SUS, 33% das mulheres foram diagnosticadas com estágio 3 da doença, considerado localmente avançado. Na rede privada, o número cai para 14%. Os dados são da pesquisa Amazona III.

Níveis mais leves do câncer foram mais prevalentes na rede privada de saúde (41% com estágio I). “Isso é universal. Em países desenvolvidos, há menos prevalência de câncer de mama avançado ou metástase. Em países pobres, a prevalência é de 30% a 40% de diagnóstico grave”, diz Débora Gagliato, oncologista da BP – a Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A especialista concorda que o acesso, não só à mamografia, é difícil em nações em desenvolvimento, como o Brasil. “Uma vez que a paciente tem alteração na mamografia, até ter biópsia realizada pode ter um tempo muito grande. E sabemos, claramente, que tempo para tratamento é igual à cura. Pacientes que demoram a começar quimioterapia preventiva têm maior chance de morte por causa da doença”, diz.

“Campanhas de educação são importantes para que a mulher tenha noção de que o exame salva vidas, mas é preciso ampliar a disponibilidade de acesso ao SUS”, complementa Débora.

Sabe-se que tumores em estágios mais avançados tendem a ter tratamento mais custoso. Além do maior uso de medicações, há maior probabilidade de efeitos colaterais.

Fabiana Farias não tinha casos de câncer de mama na família. Como trabalha em uma empresa que sempre orientava sobre a saúde feminina, ela decidiu iniciar o rastreamento anual por volta de 26 anos.

Quando o diagnóstico do câncer em estágio inicial veio aos 39 anos, ela teve de fazer apenas cirurgia. “Se eu não fizesse mamografia naquele tempo, se tivesse de esperar os 40 anos, poderia ser invasivo e com risco de metástase”, afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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