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Câncer de pele corresponde a 3 em cada 10 casos no Brasil

14 de dezembro de 2020, 14:17

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Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD, o câncer de pele é o tipo mais frequente no mundo e corresponde a 27% de todas as neoplasias malignas no Brasil. Isso porque, de acordo com levantamento da entidade divulgado no final de 2019, mais de 60% dos brasileiros não usam nenhum tipo de proteção solar no dia a dia.

“A melhor forma de prevenção ao câncer de pele é evitar expor-se ao sol, especialmente das 10h às 16h, e fazer uso diário de protetor solar para pele e lábios”, alerta o radio-oncologista do Instituto de Radioterapia São Francisco, Rafael Salera.

O médico ainda lembra que quando a exposição ao sol for necessária, como no caso de pessoas que trabalham ao ar livre, é importante também a escolha de vestuário adequado.

Tipos de câncer de pele

Pode-se dividir o câncer de pele em dois grandes grupos: melanoma e não melanoma.

Os tumores não melanoma são constituídos principalmente pelo carcinoma basocelular (mais comum e menos agressivo) e o carcinoma epidermoide.

Já o melanoma tem origem nas células produtoras de melanina (substância responsável pela pigmentação da pele). Esse último é o subtipo mais agressivo, com maior propensão a causar metástases.

A exposição intensa ao sol, capaz de causar queimadura cutânea, parece contribuir mais para o surgimento do melanoma que outros tumores de pele. “Por esse motivo, é frequente que esse câncer se desenvolva em áreas como costas e pernas, que são usualmente protegidas do sol no dia a dia mas são regiões comumente acometidas por queimaduras graves em situações de exposição aguda e intensa à radiação solar”, explica o médico.

“A exposição crônica à radiação UVA e UVB no dia a dia, que não é tão intensa a ponto de causar queimadura aguda, está associada aos tumores não melanoma, motivo pelo qual essas lesões são comuns em face, orelhas, dorso das mãos e antebraços”, explica Rafael Salera.

Fatores de risco

Segundo o radio-oncologista, os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele são:

a exposição aos raios ultravioletas provenientes do sol ou câmaras de bronzeamento artificial (proibidas no Brasil desde 2009);

pele clara;

cicatrizes de queimadura;

doenças hereditárias, como albinismo e xeroderma pigmentoso;

imunossupressão;

história pessoal ou familiar de neoplasia de pele.

“Pesquisas científicas indicam que indivíduos com história de cinco ou mais queimaduras cutâneas graves causadas por raios solares na infância têm o dobro de chance de desenvolverem melanoma”, comenta Salera.

Sintomas

Dentre os principais sintomas do câncer de pele, os mais comuns são o surgimento de nódulos, manchas, feridas que não cicatrizam em mais de quatro semanas ou sangram com facilidade e lesões em forma de crosta ou de coloração escura.

“É fundamental citar que a suspeita do câncer de pele baseada apenas na aparência das lesões é um desafio para os próprios profissionais de saúde. Por esse motivo as pessoas devem ser encorajadas a conhecer o próprio corpo e buscarem atendimento médico especializado em caso de detecção de qualquer alteração cutânea nova”, alerta o médico. “As chances de cura, quando descoberto no início, são de 90%”.

“É extremamente importante que a população conheça as formas de prevenção e se atente para o diagnóstico precoce a fim de se evitar tratamentos agressivos e, por outro lado, aumentar as taxas de cura”, finaliza.

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Dinheiro da educação para cidades pobres, R$ 332 mi do Fundeb vão parar na mão de advogados

14 de dezembro de 2020, 12:58

Foto: Reprodução

Apesar da crônica falta de recursos para educação, pelo menos R$ 332 milhões de dinheiro público que deveria ter sido aplicado na manutenção e desenvolvimento da educação básica no país acabaram destinados a escritórios de advocacia contratados por prefeituras em vários estados.

O TCU (Tribunal de Contas da União) já identificou, em um conjunto de auditorias, pagamentos indevidos de honorários que somam R$ 254,6 milhões. No entendimento da corte, o dinheiro deveria ter sido destinado à educação básica, não a advogados.

Mais de cem tomadas de contas especiais foram instauradas para tentar reaver o dinheiro, 68 somente neste mês –esses processos buscam mapear o destino dos recursos para, no fim, tentar garantir seu uso na educação.

O valor apontado pelo TCU se refere a gastos até 2018. A Folha apurou que pelo menos R$ 61 milhões da educação básica se destinaram a advogados em 2019 e mais R$ 16 milhões até setembro deste ano, o que eleva os honorários indevidos a R$ 332 milhões.

Um único escritório é responsável por mais da metade dessa bolada, R$ 188 milhões.

TCU, PGR (Procuradoria-Geral da República) e decisões judiciais diversas, inclusive do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do STF (Supremo Tribunal Federal), já sacramentaram o entendimento de que os pagamentos são ilegais. Investigações apontam a existência de fraude, em razão da deliberada dispensa de licitação para a contratação dos escritórios.

O caso teve início no final dos anos 90 e envolve as bilionárias cifras do antigo Fundef, hoje Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), a principal fonte de financiamento da educação no Brasil.

O Ministério Público Federal moveu em 1999 ação apontando erro de cálculo do repasse das verbas do Fundef a estados e municípios, o que levou à condenação da União, em caráter definitivo, 16 anos depois, em 2015.

De acordo com cálculo atualizado para 2017, o passivo devido a governos e prefeituras chegava a R$ 95 bilhões. Já foram emitidos mais de R$ 9 bilhões em precatórios (o reconhecimento oficial da dívida, pelo Estado) para pagamento.

Mesmo antes da condenação da União, municípios do Norte e Nordeste, principalmente, firmaram contratos sem licitação com escritórios de advocacia para mover ações paralelas à do Ministério Público, embora baseadas nela, com vistas a receber a sua fatia. Na maioria foi estabelecido como honorários advocatícios uma taxa de sucesso em torno de 20% do valor a ser recebido.

Em outubro deste ano o TCU concluiu uma mega-auditoria que durou dois anos e envolveu mais de 300 municípios de 12 estados brasileiros, 11 deles de Nordeste e Norte: Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Pará, Amazonas e Minas Gerais. O acórdão aprovado, relatado pelo ministro Walton Alencar, fala em risco de desvio bilionário do dinheiro da educação.

Entre as principais irregularidades apontadas está o direcionamento de verba da educação para atividade estranha à área – “O pagamento de honorários de advogado com verbas constitucionalmente gravadas com finalidade específica é ilegal, imoral e inconstitucional”– e a dispensa de licitação, situação só permitida em situações excepcionalíssimas, em que é inviável haver concorrência pública.

A recomendação sempre foi para as prefeituras receberem as verbas por meio de ações movidas pelo Ministério Público ou por órgãos jurídicos próprios das cidades, sem gasto com honorários.

A fixação dos valores aos advogados também foi um ponto ressaltado, já que estão bem acima da realidade das pequenas prefeituras e do preço de mercado, em alguns casos superando em 2.000% os valores cobrados normalmente.

“Em uma estimativa conservadora, pequeno grupo de advogados poderá desviar cerca de R$ 14 bilhões da totalidade dos recursos dos precatórios do Fundef”, escreveu Walton Alencar no acórdão.

Em outubro de 2018, o STJ decidiu que os recursos da educação básica não podem remunerar escritórios de advocacia. Em janeiro do ano seguinte, o então presidente do STF, ministro Dias Toffoli, suspendeu decisões que autorizavam escritórios a receberem esses honorários. Depois, Toffoli atendeu a um recurso do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e disse que sua decisão não incluía execuções de ações individuais.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, contestou e lembrou em um agravo em setembro que o plenário do STF já decidiu serem inconstitucionais fatias do fundo da educação para honorários. Essa posição é a mesma externada pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no final de 2018. Centenas de pareceres, em casos individuais, foram proferidos pela PGR a favor da vedação do dinheiro aos escritórios.

Mesmo assim, advogados continuam sendo beneficiários de fatias do Fundeb em 2019 e em 2020. É o que mostram dados reunidos pelo Conselho da Justiça Federal e liberados pelo TCU num painel para consulta pública.

Isso ocorre em razão de decisões de juízes e tribunais estaduais favoráveis aos processos movidos pelas prefeituras em parceria com advogados.

Um único escritório, o João Azêdo e Brasileiro Sociedade de Advogados, foi contratado por mais de cem municípios que têm direito a receber bilhões de reais do Fundeb. O painel do TCU registra pagamentos de honorários de R$ 188 milhões ao escritório, entre 2016 e 2020. Tomadas de contas do TCU pedem a devolução de parte desse dinheiro.

À Folha, o advogado João Ulisses Azêdo disse que os dados são “falaciosos” e que se referem a precatórios expedidos, mas não necessariamente pagos. “É a única coisa que vou dizer nas tomadas de contas: não recebemos nada.”

O Ceará é o estado que mais direcionou dinheiro do Fundeb a advogados, de acordo com o TCU, em um total de quase R$ 100 milhões.

Prefeitos firmaram um convênio com a Aprece, a associação de municípios do Ceará, que contratou a Smart Consultoria e Representações e a PGA Assessoria Técnica Jurídica. Essas duas empresas subcontrataram escritórios de advocacia, alguns ligados a elas próprias, para moverem as ações em nome das prefeituras. Os honorários de 20% foram divididos entre os advogados (17%) e a Aprece (3%).

O relatório de auditoria do TCU aponta o pagamento de “quantias verdadeiramente extravagantes”, em “forte agressão a princípios constitucionais básicos, como os da razoabilidade e moralidade”.

Destinatário de honorários de R$ 25 milhões, de acordo com o TCU, o advogado Zuellington Queiroga

Freire, que figura como sócio-proprietário da Smart Consultoria, afirmou apenas que a o entendimento jurídico da época em que os pagamentos foram feitos não apontava restrições.

O advogado Thales Catunda de Castro figura como beneficiário de R$ 7 milhões, relativos a 16 precatórios. Ele disse que todo o dinheiro recebido foi regular, autorizado pela Justiça, e condizente com o serviço prestado.

“Trabalhamos com total boa fé nesse processo, demoramos 14, 15 anos para receber algum valor, pagos por meio de decisão judicial.”

Thales afirma que as ações foram protocoladas em 2004 e que durante vários anos não houve interpretação de que os precatórios estavam vinculados ao Fundeb, mas, sim, representavam dívida devida aos municípios, sem ligação específica com a educação.

Ele ressalta ainda que os valores recebidos foram justos porque se referem a um grupo de advogados que trabalhou para dezenas de municípios por mais de 15 anos.

José Irineu de Carvalho, consultor econômico e financeiro da Aprece, afirmou que o percentual da entidade foi retirado dos honorários dos advogados e que tudo foi feito de forma legal, sendo que os primeiros questionamentos só começaram a ocorrer 12 anos após o ingresso das ações. “Sem as ações, os municípios não teriam recebido nada. Sem os advogados, não haveria os recursos.”

O Fundeb foi renovado neste ano por meio de uma emenda constitucional que ampliou a previsão de recurso. O fundo reúne parcelas de impostos e recebe uma complementação da União. Hoje a complementação é de 10% e vai chegar, de modo escalonado, até 23%.

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Feira Baiana de Agricultura Familiar inova e encerra 11ª edição com sucesso

14 de dezembro de 2020, 12:28

Foto: SDR

(Da Assessoria) – A Feira Baiana de Agricultura Familiar e Economia Solidária já virou tradição e, nesse domingo (13), encerrou com sucesso a 11ª edição do evento, pela primeira vez foi realizado 100% online, reforçando a força e a diversidade do rural da Bahia. Toda a transmissão foi feita pelo site www.feiradaagriculturafamiliar.com.br.

A Feira movimentou a economia dos municípios. Por meio da loja virtual, foram comercializados mais de 600 produtos de todas as regiões da Bahia, gerando bom faturamento para a agricultura familiar de todo o estado. Foram realizados 65 eventos, dentre eles, capacitações para agricultores, representantes de organizações produtivas de áreas afins, por meio de palestras e workshops.

Pelo site, também foi realizada a Cozinha Show – Sabores e Saberes da Agricultura Familiar, que reuniu chefs da gastronomia baiana, com aulas práticas e debates com professores e pesquisadores das instituições de ensino superior e representações da agricultura familiar e povos e comunidades tradicionais.

A Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR), em parceria com União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e integra a estratégia do Governo do Estado de promover espaços de comercialização dos produtos da agricultura familiar.

Para o secretário da SDR, Josias Gomes, ganharam os agricultores familiare e suas associações e cooperativas: “Ao terem seus produtos comercializados dessa forma, ampliando o leque de comercialização e de conhecimento da produção agrícola, estamos criando um novo mecanismo para que a agricultura familiar possa chegar à mesa dos baianos”.

O presidente da CAR, Wilson Dias, comemora o sucesso do evento: “Aprendemos bastante para que possamos melhorar esse processo de adaptação das vendas on-line. A feira expressou a grandeza da agricultura familiar da Bahia . O ponto alto desse processo é que as cooperativas agroindustrializam sua produção, qualificam com selos, marca e embalagem e apresentam para que a população urbana possa aproveitar desses produtos saudáveis e de qualidade e, ao mesmo tempo, ajudar na dinamização da economia do nosso estado”

A programação cultural do evento contou com lives de artistas como Del Feliz, Margareth Menezes, Daniel Vieira, Magary Lord, Adelmo Casé e encerrou, nesse domingo (13), Dia Nacional do Forró, com Adelmario Coelho, que fechou com chave de ouro a Feira Os shows estão disponíveis no canal SDRBahia, no Youtube.

A presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), Regina Dantas, contou estar satisfeita com o resultado: “A nossa feira virtual foi construída por muitas pessoas que acreditaram na utopia. Os objetivos foram alcançados com seminários, oficinas, shows, trilhas, rotas e comercialização. Nos mostramos para o mundo, que nos acolheu. O sentimento que define é gratidão”.

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Os genes que ajudam a entender porque algumas pessoas ficam mais doentes que outras

13 de dezembro de 2020, 13:53

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Um dos maiores enigmas da pandemia é entender por que algumas pessoas com coronavírus não apresentam sintomas, enquanto outras ficam extremamente doentes.

Um estudo com mais de 2.200 pacientes de terapia intensiva publicado na revista Nature identificou genes específicos que podem trazer a resposta.

Eles tornam algumas pessoas mais suscetíveis aos sintomas graves de Covid-19.

As descobertas lançam luz sobre onde o sistema imunológico falha, o que pode ajudar a identificar novos tratamentos.

Os tratamentos continuarão a ser necessários mesmo com as vacinas sendo desenvolvidas, diz Kenneth Baillie, consultor em medicina da Royal Infirmary em Edimburgo, que liderou o projeto denominado Genomicc.

“As vacinas devem diminuir drasticamente o número de casos, mas é provável que os médicos ainda precisem tratar a doença em cuidados intensivos por vários anos em todo o mundo. Por isso existe uma necessidade urgente de encontrar novos tratamentos.”

Células ‘irritadas’

Os cientistas analisaram o DNA de pacientes em mais de 200 unidades de terapia intensiva em hospitais do Reino Unido.

Todos os pacientes tiveram análises minuciosas em seus genes, que por sua vez abrigam instruções para todos os processos biológicos – incluindo como combater um vírus.

Os genomas dessas pessoas foram então comparados com o DNA de pessoas saudáveis na tentativa de identificar diferenças. Algumas foram encontradas – a primeira delas em um gene chamado TYK2.

“Ele é parte do sistema que torna as células imunológicas mais irritadas e mais inflamatórias”, explicou o Baillie.

Se o gene estiver imperfeito, essa resposta imune pode entrar em exaustão, colocando os pacientes em risco de séria inflamação pulmonar.

Um tipo de medicamento anti-inflamatório já usado para doenças como a artrite reumatóide tem como alvo exatamente esse mecanismo biológico. É o caso de um remédio chamado Baricitinib.

“Isso o torna esse remédio candidato muito plausível para novos tratamentos”, disse Baillie. “Mas, é claro, precisamos fazer testes clínicos em grande escala para descobrir se isso se confirma ou não.”

Pouco ‘interferon’

Diferenças genéticas também foram encontradas em um gene chamado DPP9, que desempenha um papel em inflamações, e em um gene chamado OAS, que ajuda a impedir que o vírus se multiplique.

Além disso, variações em um gene chamado IFNAR2 também foram identificadas nos pacientes de terapia intensiva.

O IFNAR2 está ligado a uma molécula antiviral potente chamada interferon, que ajuda a ativar o sistema imunológico assim que uma infecção é detectada.

Acredita-se que a produção de pouco interferon pode dar ao vírus uma vantagem inicial, permitindo que ele se replique rapidamente, levando a quadros mais graves.

Dois outros estudos recentes publicados na revista Science também relacionaram o interferon a casos de Covid, por meio de mutações genéticas e um distúrbio autoimune que afeta sua produção.

O professor Jean-Laurent Casanova, que realizou a pesquisa, da Universidade Rockefeller em Nova York, disse: “[Interferon] foi responsável por quase 15% dos casos críticos de Covid-19 registrados internacionalmente segundo nosso estudo.”

O interferon poderia ser administrado como tratamento, mas um ensaio clínico da Organização Mundial da Saúde concluiu que ele não ajudou pacientes em estado grave. No entanto, o professor Casanova diz que o contexto é importante.

Ele explicou: “Eu espero que, se administrado nos primeiros dois, três, ou quatro dias de infecção, o interferon funcione, porque ele essencialmente forneceria a molécula que o [paciente] não produz por si mesmo”.

‘Quando as coisas dão errado’

Vanessa Sancho-Shimizu, uma geneticista do Imperial College de Londres, disse que as descobertas genéticas oferecem uma visão sem precedentes sobre a biologia da doença.

“É realmente um exemplo de medicina de precisão, no qual podemos realmente identificar o momento em que as coisas deram errado para aquele indivíduo”, disse ela à BBC News.

“As descobertas desses estudos genéticos nos ajudarão a identificar caminhos moleculares específicos que podem ser alvos de intervenção terapêutica”, disse ela.

Mas o genoma ainda guarda alguns mistérios.

O estudo Genomicc – e vários outros – revelou um grupo de genes no cromossomo 3 fortemente ligado a sintomas graves. No entanto, a biologia por trás disso ainda não é compreendida pelos cientistas.

Mais pacientes serão convidados a participar da pesquisa.

“Precisamos de todos, mas estamos particularmente interessados ​​em recrutar pessoas de grupos étnicos minoritários que aparecem de maneira mais ampla na população gravemente doente”, afirmou Baillie.

Ele acrescentou: “Ainda há uma necessidade urgente de encontrar novos tratamentos para esta doença e temos que fazer as escolhas certas sobre os próximos tratamentos, porque não temos tempo para cometer erros”.

Fonte: BBC News

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Dezembro Verde alerta sobre maus-tratos e abandono de animais

13 de dezembro de 2020, 13:36

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Durante todo este mês a campanha Dezembro Verde vai alertar a população sobre as graves consequências do abandono de animais e fomentar a guarda responsável dos bichinhos, geralmente cães e gatos que vagam nas ruas, após serem abandonados por seus tutores. Embora não haja estatísticas oficiais, uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 30 milhões de cães e gatos estejam em situação de abandono no Brasil. A campanha é promovida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP).

Abandonar ou maltratar animais é crime previsto pela Lei Federal nº 9.605/98. Vale lembrar que uma nova legislação, a Lei Federal nº 14.064/20, sancionada em setembro, aumentou a pena de detenção que era de até um ano para até cinco anos para quem cometer este crime. Além disso, o rito processual passa à vara criminal, não mais ao juizado especial.

“A maioria dos animais abandonados não é resgatada e sofre com fome, doenças, exposição ao tempo, riscos de atropelamento e traumas que interferem em seu bem-estar mental e comportamento”, alerta a médica-veterinária Cristiane Pizzutto, presidente da Comissão Técnica de Bem-estar Animal (CTBEA) do CRMV-SP.

Outra questão grave são os prejuízos à saúde pública. “O abandono impacta diretamente na vida das pessoas, pois animais nas ruas causam acidentes de trânsito, prejudicam o turismo e afetam a saúde pública – devido às doenças que afetam tanto humanos quanto animais”, diz a médica-veterinária Rosangela Gebara, que integra a CTBEA/CRMV-SP.

Abandonos aumentam em dezembro

A escolha deste mês para a campanha está relacionada ao fato de que, neste período do ano, os casos de abandono aumentam de forma expressiva. “Acontece de famílias deixarem seus animais nas ruas, isentando-se da responsabilidade quando vão se ausentar para as viagens de férias e festas de fim de ano”, sinaliza Cristiane.

Segundo Rosangela, “trabalhos internacionais mostram que as principais causas de abandono são, em primeiro lugar, problemas no comportamento dos animais e, em segundo lugar, alterações na rotina de casa – aí entra a questão das viagens e mudanças de endereço.”

Mas, a pandemia também ajudou a aumentar esse número, destaca Rosangela. “Infelizmente soubemos que houve um aumento do número de abandono no início da pandemia, as pessoas ficaram com medo de que os animais pudessem transmitir o coronavírus. Na verdade eles não transmitem, algumas espécies são tão vítimas quanto a gente, podem pegar o coronavírus da gente, mas não transmitem. Mas, por causa de algumas notícias sensacionalistas, as pessoas abandonaram os cães e gatos”

A médica veterinária destaca que atualmente o abandono tem acontecido por questões financeiras, as pessoas estão ficando sem recursos para cuidar dos animais domésticos. “Agora temos visto um maior número de abandono por conta da crise socioeconômica, as pessoas estão mudando de casa, de estado, perdendo seus empregos, e infelizmente isso acaba afetando e muitas pessoas abandonaram os animais por conta desta questão”, lamenta.

Animais nas ruas, sem os devidos cuidados de saúde e higiene, também podem desenvolver as zoonoses, ou seja, doenças infecciosas transmitidas de animais para seres humanos e vice-versa.

“Uma grande quantidade de animais nas rua pode aumentar a incidência de algumas doenças que são transmitidas por vetores, por mosquitos, como a leishmaniose, doenças fúngicas, como é o caso das esporotricose nos gatos e a raiva, apesar que o Brasil tem um ótimo controle da raiva através da vacinação anual. Mas, em países onde não tem essa vacinação e grande animais nas ruas, acabam transmitindo a doença entre eles e às pessoas”, detalha Rosângela.

A veterinária alerta sobre a importância de manter os animais seguros. “É preciso manter a guarda responsável, castrar os animais, mantê-los dentro de casa e nunca abandonar. Se o animal tiver qualquer problema de comportamento ou saúde procure ajuda, mas nunca abandone, porque o abandono causa um extremo sofrimento ao animal. Os animais, principalmente os cães, têm uma cognição de uma criança de três anos. Então imagina pegar uma criança de três anos e abandonar no meio de uma estrada, numa praça, imagina como é o sofrimento psicológico e físico desse animal diante do abandono!”, compara Rosângela.

Em seu papel social, os médicos-veterinários são agentes conscientizadores contra o abandono. Os profissionais devem dar orientação desde o momento da escolha do pet até os cuidados para a saúde e o bem-estar ao longo da vida do animal. “As famílias precisam buscar essas orientações antes e depois da adoção/aquisição do pet”, diz.

Cristiane compartilha desta opinião e enfatiza que “o médico-veterinário pode explicar sobre a lida com os pets no que diz respeito a comportamento e saúde, para ampliar o olhar dos tutores sobre a responsabilidade que é ter um animal de estimação.”

As especialistas recomendam uma reflexão antes de adotar ou comprar um animal doméstico. É importante fazer os seguintes questionamentos:

– Todos na família estão de acordo com a presença do animal?

– O animal terá onde ou com quem ficar quando o tutor for viajar?

– O animal terá um espaço adequado para dormir e brincar?

– O tutor terá tempo para fazer passeios e dar a atenção diária que o animal requer?

– Haverá condições de levar o animal regularmente ao médico-veterinário?

Quem presencia maus tratos com animais e deseja denunciar, deve seguir as seguintes recomendações: reunir todas as provas existentes (como fotos, vídeos, imagens de circuitos de condomínios, áudios) e com o material em mãos, ir até uma delegacia de polícia e registrar o boletim de ocorrência.

Segundo Rosangela, a fiscalização de maus tratos pode ser feita por qualquer cidadão. “Se uma pessoa vir alguém abandonando um animal no meio de uma estrada, essa pessoa pode filmar, fotografar, anotar a placa do carro e acionar de preferência a polícia ambiental. Quem abandonou vai ser indiciado e se for pego em flagrante, cometendo o crime de maus tratos, vai ser investigado e se houver uma denúncia vai ser instaurado um inquérito”.

A veterinária alerta também que, se possível, deve-se tentar resgatar o animal. “É muito importante também tentar salvar esse animal, se ele for abandonado no meio da estrada, tentar resgatar, quando é uma estrada que tem uma concessionária, avisar onde foi avistado esse animal, pois eles são extremamente vulneráveis, muitos são atropelados e acabam acontecendo muitos acidentes graves, até fatais, com pessoas que tentam desviar desses animais nas estradas”, finaliza.

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Padre que morreu com covid-19 planejava missa para queimar máscara

11 de dezembro de 2020, 23:50

Foto: Célia Prado/Diocese de Mogi das Cruzes

Um padre de Mogi das Cruzes (SP), que morreu na última terça-feira, 8, por complicações da covid-19, planejava realizar uma missa para queimar máscaras e comemorar o fim da pandemia.

Francisco Deragil de Souza, 53 anos, estava internado há cerca de 15 dias no Hospital Jardim Helena, em São Miguel Paulista, no extremo leste de São Paulo, com um quadro grave de pneumonia. As informações são do G1.

Os primeiros testes para verificar se o pároco estava infectado com o novo coronavírus deram negativo. O último exame que o padre Francisco fez, um dia antes de morrer, deu positivo.

A missa de despedida do padre, na quarta-feira, 9,   reuniu dezenas fiéis na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Roque, no distrito de Brás Cubas, onde era pároco. Sem a possibilidade de velório, o carro da funerária passou pela igreja e os fiéis se despediram com rosas e aplausos.

“Ele falou assim: ‘Gente, quando isso passar, vamos cada um trazer a sua máscara e nós vamos fazer uma missa especial para queimar todas, para mostrar que nós vencemos a covid-19’. Infelizmente, ele não conseguiu”, relatou José Luiz Felipe Santiago, que faz parte do grupo musical da paróquia.

Mortes por covid-19 no Brasil

O Brasil ultrapassou nesta sexta-feira, 11, a marca das 180 mil mortes desde o começo da pandemia. Nas últimas 24 horas foram registrados 652 novos óbitos.

Já os casos confirmados do novo coronavírus somam 6.836.313, com 52.770 desses confirmados no último dia.

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Feira Baiana da Agricultura Familiar traz cachaça premiada

10 de dezembro de 2020, 18:47

Foto: SDR

A Cachaça Abaíra é um dos mais de 600 produtos que estão sendo comercializados na loja virtual da 11ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que acontece até o próximo domingo (13), pelo site www.feiradaagriculturafamiliar.com.br

A bebida ganhou medalha de ouro com a Cachaça Abaíra Prata e medalha de prata, na categoria Madeiras Estrangeiras, com a Cachaça Abaíra envelhecida em Carvalho Francês, no mais importante Concurso Nacional de Cachaça, Bebidas Mistas e Outros Destilados, a Expocachaça, realizada em Belo Horizonte, neste mês de dezembro.

Produzida pela Cooperativa dos Produtores de Cana e seus derivados da Micro Região de Abaíra (Coopama), a cachaça possui registro de Indicação Geográfica (IG), conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem.

O presidente da Coopama, Evaristo Carneiro, enfatiza que é um produto feito por agricultores familiares da Chapada Diamantina: “Esse é o resultado do trabalho de agricultores dos municípios de Abaíra, Jussiape, Mucugê e Piatã. Além das cachaças, também produzimos açúcar mascavo e rapadura, que também estão sendo comercializados na feira”.

Os moradores de Salvador e de nove municípios da Região Metropolitana podem comprar esses e outros produtos e receber em casa, com entrega gratuita. Quem acessar o site vai poder navegar pelos territórios onde esses produtos são produzidos e conhecer sobre cada região, no espaço Trilhas, e conferir uma variada e rica programação.

A Feira é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR), em parceria com União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).

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Guarda o seu chocolate no geladeira? Não devia…

10 de dezembro de 2020, 10:54

Foto: Reprodução

“Uma das características do chocolate, que nos dá prazer, é que este se derrete facilmente na boca. Isso acontece se o chocolate for bem feito, bem conservado e o degustamos na temperatura certa. Além disso, quando derrete desprende todos os aromas e podemos apreciar o sabor no seu melhor”, afirma o especialista Luis Riera, à abc. Essa satisfaçãodeixa de existir se o chocolate for colocado a uma temperatura baixa.

O chocolate é feito de sólidos cacau e açúcar suspensos na manteiga de cacau: os sólidos fornecem o sabor e a manteiga de cacau a estrutura. Luis Riera diz que a manteiga de cacau que o chocolate contém, se bem cristalizada, tem um ponto de fusão muito semelhante à temperatura do nosso corpo e derrete facilmente.

“Se provarmos o chocolate frio, este não se derreterá tão facilmente na boca porque os aromas não se manifestarão tão facilmente e perderemos as nuances do sabore prazer”,reforça.

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MEC autoriza ensino remoto enquanto durar pandemia

10 de dezembro de 2020, 10:43

Foto: Reprodução

OMinistério da Educação (MEC) homologou a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) que afirma que as escolas públicas e particulares do País podem oferecer ensino remoto enquanto durar a pandemia. O documento foi motivo de intenso debate e esperava aprovação desde outubro. Depois de longa negociação com o ministro Milton Ribeiro, o CNE tirou a data “31 de dezembro de 2021” do texto.

O ministro chegou a dizer aos conselheiros do CNE que vetaria o artigo que mencionava a extensão do ensino remoto, o que causou preocupação entre secretários de educação. Sem a resolução, havia uma lacuna sobre como as escolas poderiam operar em 2021, o que levaria à judicialização, já que a continuidade das aulas e atividades online é dada como certa no ano que vem. A intenção do governo federal, segundo fontes, é a de estimular uma volta presencial das escolas.

Depois dos embates, a resolução diz agora que “as atividades pedagógicas não presenciais (…) poderão ser utilizadas em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas” quando houver “suspensão das atividades letivas presenciais por determinação das autoridades locais” e “condições sanitárias locais que tragam riscos à segurança”. O documento se torna a mais importante resolução nacional sobre o assunto.

Mesmo com uma eventual redução no número de casos, secretários de educação afirmam que vai ser preciso ao menos usar o ensino híbrido. Isso porque os protocolos exigem distanciamento nas salas de aula. Para que os alunos fiquem a 1,5 metro um do outro não é possível que todos estejam ao mesmo tempo presencialmente. Não há espaço suficiente na maioria das escolas.

O texto também se refere às universidades, mas esta semana o MEC editou portaria indicando que elas voltem ao ensino presencial em março de 2021. Segundo fontes, o governo pode, perto da data, prolongar esse prazo.

“Na prática, pode acontecer até dezembro, desde que as condições da pandemia exijam esse tipo de estratégia para garantir a aprendizagem para todos os alunos”, diz a presidente do CNE, Maria Helena Guimarães de Castro. Ela explica que a aprovação é importante para que as escolas organizem seu currículo contínuo, que leve em conta 2020 e 2021, já que muito deixou de ser aprendido durante a pandemia. “Isso só será cumprido se as escolas tiverem essa flexibilidade de poder também fazer o ensino remoto, para poder oferecer os conteúdos e habilidades. Podem até ampliar a carga horária e para isso precisavam ampliar a oferta de aprendizagens”, completa.

A resolução regulamenta a lei 14.040/2020 e não recomenda a reprovação este ano. Segundo o texto, as escolas devem “garantir critérios e mecanismos de avaliação ao final do ano letivo de 2020, considerando os objetivos de aprendizagem efetivamente cumpridos pelas escolas e redes de ensino, de modo a evitar o aumento da reprovação e do abandono escolar”.

Algumas redes públicas já anunciaram que juntarão os dois anos letivos, como forma de não penalizar estudantes que não puderam acompanhar o ensino online. Uma delas é a rede estadual de São Paulo, que abriu matrículas para um novo 4.º ano do ensino médio para os alunos que quiserem continuar estudando em 2021.

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo, a homologação da resolução do “é um avanço em relação à posição anterior do ministério”. “De um lado, porque garante autonomia às autoridades regionais e locais para decidir sobre a implementação do ensino remoto. De outro, porque, reconhecendo que a pandemia se estenderá por mais algum tempo, permite às redes estaduais e municipais um melhor planejamento de suas atividades para 2021, tanto do ponto de vista pedagógico como sanitário”, diz ele, que é secretário do Espírito Santo.

A resolução fala ainda que deve ser decisão dos pais ou responsáveis enviar ou não os alunos para aulas presenciais e que as avaliações são facultativas às escolas durante a pandemia. Mas os que decidirem manter os filhos em atividades remotas devem se comprometer em cumprir “atividades e avaliações”. Não recomenda ainda que os alunos recebam faltas já que é impossível checar a frequência durante o período de aulas remotas porque, muitas vezes, os estudantes recebem vídeos para estudar no horário que escolherem.

O texto menciona também que todos os recursos de tecnologia podem ser empregados no ensino e cita inclusive as redes sociais, como WhatsApp, Facebook, Instagram, “para estimular e orientar os estudos, pesquisas e projetos”.

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Jacobina registra 17 mortes e 2.415 casos de coronavírus até esta quarta-feira (9)

10 de dezembro de 2020, 10:32

Foto: Notícia Limpa

Do dia 1º de dezembro até esta quarta-feira (9), Jacobina registrou 556 novos casos de coronavírus, uma média diária de quase 62 contaminados. O número de infectados no município já chega a 2.415, com 17 mortes, uma taxa considerada muito alta pelos especialistas.

Após o período eleitoral, que se encerrou no último dia 15 de novembro, a curva manteve a tendência de alta e em alguns momentos a quantidade de contaminados passou dos 120 casos em um único dia. Até o momento o Poder Público Municipal ainda não se pronunciou a respeito do assunto. Enquanto isso, a cidade segue suas atividades normalmente, com aglomerações principalmente em agências bancárias e nos ambientes onde são realizadas as feiras livres.

De acordo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde Municipal, 1.321 pessoas estão curadas, 841 estão sendo monitoradas (ativos) e 200 testes estão sendo aguardados resultados do Laboratório Central da Bahia (Lacen).

Os bairros com mais positivados são o Félix Tomaz (224), Mundo Novo (183), Centro (173), Leader (161), Peru (126), Caeira (113) e Serrinha (109). Na zona rural o Distrito do Junco aparece com 74 casos, Lages do Batata com 40, Novo Paraíso 25 e Pé de Serra 15.

Nas faixas etárias entre 20 e 29 anos a mulheres superam os homens em contaminados (276 x 223), assim como entre 60 e 89 anos.

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