Vivência não é experiência

29 de abril de 2021, 19:29

(Foto: Reprodução)

*Por Gervásio Lima

A frase atribuída ao jornalista Joelmir Betting e citada pelo ex-senador Lauro Campos no início da década de 1990, “Os problemas de hoje são as soluções de ontem, que não foram executadas”, é mais um exemplo de enunciado cuja interpretação demonstra justamente o que está vivendo a população brasileira.

Na verdade, o que o jornalista, corroborado pelo ex-senador, quis dizer é que toda a experiência pela qual passa uma sociedade é marcada de tal forma que no presente ou em algum momento pode contribuir ou prejudicar, a depender de determinados fatores, principalmente da atitude.

As consequências dos problemas não (ou mal) resolvidos, independente de sua época, podem causar prejuízos inimagináveis, principalmente contra a vida. Em qualquer tipo de trabalho, o profissional que não realiza as tarefas pertinentes a sua função ou o faz de maneira desleixada proporcionará danos que podem ser irreparáveis.

Como em uma empresa, quando os incentivos são relegados no momento que os resultados não são bons, diversos problemas podem ocorrer. Daí a importância da vivência e da convivência. Os que participam do processo saberão lidar com situações adversas, sempre buscando alternativas para conseguir melhores cenários futuros.

Defender o indefensável e, ainda pior, de maneira hostil, faltando com respeito ao direito do outro, principalmente o de se manifestar ou declarar uma posição ou lado político, tem sido uma prática comum, nos mais diversos ambientes, até mesmo nas próprias residências. Tais atitudes transcendem a racionalidade, numa clara demonstração de ‘subjugação consentida’ àquele ou aquilo que age como hipócrita.

Comportamentos truculentos, arrogantes e desrespeitosos têm desmascarado muitos que pregam moralidade, mas que na verdade não passam de falsos moralistas ou de falsos profetas.

Defender a morte ou desdenhar da tragédia alheia, negando a realidade, é um comportamento político monstruoso, típico da insensatez e da irracionalidade de um rebanho que não sabe nem que dia é hoje.

“…O povo foge da ignorância

Apesar de viver tão perto dela

E sonham com melhores tempos idos

Contemplam essa vida numa cela…”  – Admirável Gado Novo – Zé Ramalho

*Jornalista e historiador

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