Verba destinada à Covid-19 foi usada ilegalmente por militares para compra de salgadinhos e picanha, aponta TCU
03 de abril de 2023, 13:04
Entre 2020 e 2021, a Defesa e Forças Armadas receberam R$ 15,6 milhões do Ministério da Saúde (Foto: Reprodução)
Uma auditoria votada na última quarta-feira (29), pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mostra que o Ministério da Defesa junto com às Forças Armadas usaram de forma ilegal, os recursos destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid-19 para compararem salgadinhos e picanha, segundo documento obtido com exclusividade pelo jornal Folha de S.Paulo.
Ainda de acordo com a Folha, entre 2020 e 2021, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas receberam R$ 15,6 milhões do Ministério da Saúde a título de ressarcimento ao apoio logístico prestado em ações na pandemia,
Entre as irregularidades, o tribunal citou R$ 256 mil de gastos do Exército com salgados típicos para serem servidos em coquetel, sorvetes e refrigerantes.
Os auditores do TCU que, em razão de seu baixo valor nutritivo e sua finalidade habitual, os alimentos “muito provavelmente não teriam sido utilizadas para o reforço alimentar da tropa empregada na Operação Covid-19”.
Há também o registro de gasto no valor de R$ 447 mim para compra de 12 mil quilos de cortes nobres de carne bovina (filé mignon e picanha), feita por duas organizações militares.
De acordo com o documento o gasto representa 22% do total despendido por todas as unidades do Exército com carne bovina em geral, que foi de R$ 2 milhões adquiridos por 45 organizações militares.
UOL
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