Um dos homens mais velhos do Brasil completa 117 anos

09 de março de 2018, 10:31

(Foto: © Reprodução/Arquivo Pessoal)

Moacir Gonçalves de Jesus é baiano e vive em Rio das Ostras, no Rio. Segundo a neta, ele tem ‘uma saúde perfeita‘.

Um dos homens mais velhos do Brasil acaba de completar 117 anos. Moacir Gonçalves de Jesus, baiano morador de Rio das Ostras, no estado do Rio, fez aniversário nessa quinta-feira (8). O idoso planeja chegar aos 120, mas não revela a receita da longevidade.

Uma neta de Moacir criada como filha, Auriene Reis de Jesus, de 46 anos, revelou ao Globo que o avô tomava uma dose diária de cachaça, catuaba e Jurubeba, além de esporádicas taças de vinho, até os seus 112 anos, quando se converteu à religião adventista e abandonou o hábito.

“Meu pai (como ela se refere ao avô que a criou) tem uma saúde perfeita. Com 46 anos nunca vi ele doente ou reclamar sequer de uma dor de cabeça ou resfriado. Dorme bem e come bem. Não tem tanta clareza na fala, mas está super bem — contou Auriene, que mora com o avô há cinco anos, desde que ele ficou viúvo de Maria Jovina de Jesus, que faleceu aos 83 anos.

Ainda segundo o texto, a família de Moacir tem mais de 70 integrantes, e é possível haver mais. Isto porque o idoso era um andarilho. Que ele tenha conhecimento, são 12 filhos, 28 netos, 32 bisnetos e uma tataraneta. Apenas quatro filhos de Moacir ainda estão vivos.

Em uma comemoração singela em Rio das Ostras, onde mora uma pequena parte da família, o aniversariante vestiu um uniforme militar, pois sempre sonhou em seguir a carreira. No entanto, ele é analfabeto e trabalhou a vida toda na lavoura.

Nascido em Porto Seguro, na Bahia, ao longos dos seus 117 anos de vida, Moacir testemunhou diversos acontecimentos da história, como as duas guerras mundiais e transformações políticas no Brasil, desde a proclamação da República. Para ele, a lembrança mais marcante foi a medalha que ele afirma ter ganhado do ex-presidente Getúlio Vargas.

Quando completou 114 anos, Moacir foi reconhecido pela Previdência Social como o brasileiro mais velho. Na época, ele ainda era ativo e exercia uma atividade informal como uma espécie de guarda de trânsito, orientando os motoristas com um apito.

Nos últimos tempos, o idoso trocou a muleta por uma cadeira de rodas por conta do agravamento de um problema no fêrmur, que o acompanha desde que sofreu uma fratura aos 90 anos.

Os hábitos alimentares dele também mudaram. O pirão de farinha com carne de porco e toucinho foi substituído por uma dieta balanceada orientada por uma nutricionista.

Boas Festas!

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