Robô chinês é capaz de se transformar em líquido e voltar à forma original (Vídeo)

30 de janeiro de 2023, 12:09

Criado por pesquisadores chineses, robô consegue se transformar em líquido e depois se solidificar (Foto: Reprodução)

Inspirados em pepinos-do-mar, animais marinhos com corpos alongados e sem vértebras, uma equipe de cientistas da Universidade Sun Yat-sen, na China, desenvolveu um material capaz de mudar de fase, forma e estado de modo reversível, e construíram um mini robô humanoide com o material. Essencialmente, o robô sólido é capaz de se tornar líquido e retomar sua solidez em seguida, e o vídeo do teste relembra um incrível personagem do filme O Exterminador do Futuro 2.

O novo robô chinês, ainda atrás das grades, prestes a mudar de forma e atravessar a barreira

O registro mostra um pequeno robô prateado, semelhante a um boneco Playmobil,  “derretendo” para atravessar uma barreira de grades. Após superar o obstáculo, o humanoide se reconstrói no formato original: no filme de 1991, o robô T-1000 é feito de um metal líquido, capaz de tomar a forma humana, mas se liquefazer para, por exemplo, atravessar grades, retornando em seguida à solidez. Além de mudar de forma, a invenção chinesa é magnética e capaz de conduzir eletricidade.

O momento em que o material se transforma em líquido e atravessa as grades do experimento

O material foi desenvolvido a partir da incorporação de partículas magnéticas ao gálio, um tipo de metal com ponto de fusão especialmente baixo, em apenas 29,8ºC. De acordo com o engenheiro mecânico Carmel Majidi, autor sênior do trabalho, as partículas têm a função de tornar o material “responsivo a um campo magnético alternado, para que você possa, por indução, aquecer o equipamento e causar a mudança de fase”, e ainda dar “mobilidade aos robôs e a capacidade de se mover em resposta ao campo magnético”.

As partículas magnéticas tornam o material responsivo a um campo magnético alternado, capaz, por indução, de aquecer o material e provocar a mudança de fase. “Mas as partículas magnéticas também dão mobilidade aos robôs e a capacidade de se mover em resposta ao campo magnético”, explicou Majidi.

Além de aplicações mecânicas, como funcionar como um parafuso universal capaz de se moldar a superfícies de difícil alcance, a inovação foi pensada para ganhar função biomédica, como adentrar um órgão e realizar procedimentos, ou administrar medicamentos sob demanda neste mesmo modelo de funcionamento.

O robô humanóide após retomar a forma original depois de atravessar as grades

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