Professor preso por pornografia infantil fez mais de 300 vídeos de alunas, diz Polícia

19 de fevereiro de 2020, 18:51

Segundo investigação, professor usava caixas de remédio furadas para fotografar alunas (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Investigação da Polícia Civil aponta que o professor Ivan Secxo Falsztyn, de 54 anos, fez mais de 300 vídeos de estudantes da St. Nicholas School, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Preso em flagrante por suspeita de produzir e armazenar material pornográfico, ele teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em audiência de custódia nesta quarta-feira, 19.

Responsável por conduzir a investigação, a delegada Ivalda Aleixo, divisionária da Delegacia de Capturas, afirma que Falsztyn confessou usar caixas de remédio, com furos, para esconder uma câmera digital e assim filmar partes íntimas de alunas durante aulas de História e Teatro. Agora, investigadores querem saber se o conteúdo pornográfico era comercializado – o que Falsztyn teria negado durante o interrogatório.

“Só da escola, ele calcula que tem mais de 300 vídeos”, afirma Ivalda, que estima ao menos 200 horas de material ilícito. Imagens obtidas pela polícia variam de duração: há vídeos de poucos minutos e também gravações de aulas inteiras, com mais de 1h30. As vítimas expostas nos vídeos teriam entre 10 e 17 anos, segundo a delegada.

Os policiais descobriram parte do material após cumprir mandato de busca e apreensão, na manhã de terça-feira, 18. No local, os agentes apreenderam computadores, hds, pendrives, cds, além de uma câmera digital.

Parte das imagens passou por análise inicial da Polícia Civil e também foi enviada para perícia fazer laudos. Segundo a investigação, Falsztyn usava um computador pessoal para armazenar o material. Ele, no entanto, alega que apagava os vídeos – motivo pelo qual a polícia também vai tentar recuperar imagens possivelmente deletadas.

Nesta quarta, a St. Nicholas School divulgou nota informando que o professor está “definitivamente afastado do quadro docente”. No comunicado, a instituição afirma que “se sente surpreendida pelos acontecimentos uma vez que – assim como as demais – adota procedimentos e práticas criteriosas na contratação dos seus profissionais” e que pretende “rever seus processos internos e aferir suas possíveis falhas”.

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