Por que celulares poderiam ser perigosos durante a pandemia?
26 de abril de 2020, 16:05
O uso de smartphones pode ser prejudicial no contexto da pandemia do novo coronavírus para a saúde física e mental (Foto: Reprodução)
Uso constante de smartphones durante o confinamento pode afetar a saúde de várias maneiras, bem como aumentar o risco de infecção por germes que se acumulam nos aparelhos, adverte professor universitário russo.
O uso de smartphones pode ser prejudicial no contexto da pandemia do novo coronavírus para a saúde física e mental, afirmou Timur Sadykov, diretor do Laboratório de Inteligência Artificial da Universidade de Economia Plekhanov da Rússia, em entrevista à agência Prime.
Riscos de contaminação
Sadykov garante que os aparelhos se tornam verdadeiros ninhos de germes:
“Quando o smartphone está constantemente nas mãos de seu proprietário, ele acumula bactérias, inclusive aquelas capazes de causar infecções. Além disso, o smartphone está em contato frequente com o rosto e ouvidos do usuário”.
O especialista aconselha a limpeza sistemática do aparelho enquanto durar a presente infecção viral altamente contagiosa. Toalhetes especialmente impregnados com álcool isopropílico concebidos para limpar telas, podem ser usados.
Outros riscos
Existem outros possíveis danos à saúde motivados pelo uso descontrolado de smartphones, tablets e computadores, nomeadamente problemas de acuidade visual e de postura, sobretudo entre as crianças, alertou o especialista.
A dependência psicológica destes meios de comunicação pode ser agravada em ambiente confinado. Como os humanos permanecem isolados em um espaço limitado por um longo período de tempo, para muitas pessoas o mundo exterior é reduzido a uma tela de celular, afetando a capacidade de pensamento e de raciocínio, alertou Sadykov.
“Artificialmente imposta pelos produtores de conteúdos digitais, a necessidade de se estar sempre conectado pode levar ao desenvolvimento de uma dependência do cada vez maior fluxo de notícias.
Essa dependência corre o risco de bloquear a capacidade do homem de analisar o que está acontecendo de forma crítica e criativa”, advertiu o especialista, chamando igualmente a atenção para o fato de “a pessoa não dever se tornar escrava dos equipamentos eletrônicos. Isso ficou claro há muito tempo, bem antes de o mundo ficar cercado por redes de computadores”.
Boas Festas!