Pastor Valdemiro: MPF quer que religioso pague indenização por prometer cura da Covid-19
05 de agosto de 2020, 10:10
O MPF pede uma indenização de R$ 300 mil por danos sociais e coletivos que teriam sido causados pela prática (Foto: Reprodução)
Por meio de uma ação civil pública, o Ministério Público Federal (MPF) quer que o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, pastor Valdemiro Santiago, pague indenização por prometer cura da covid-19. O religioso vendia sementes de feijão com a falsa promessa que curariam a doença causada pelo novo coronavírus.
O MPF pede uma indenização de R$ 300 mil por danos sociais e coletivos que teriam sido causados pela prática. De acordo com o órgão, santiago divulgou vídeos em que afirma que ao plantar os feijões as pessoas seriam curadas da doença causada pelo coronavírus. Os grãos eram vendidos, ainda de acordo com a promotoria, por valores que variavam de R$ 100 a R$ 1 mil.
Em um trecho do vídeo, transcrito na ação, o pastor diz que laudos médicos comprovariam a eficácia dos feijões. “Você que me escuta aí e agora, cê viu na última reunião de bispos e pastores ? Apresentando com exame, um laudo médico, de gente curada de coronavírus, em estado terminal né, podemos dizer assim…gravíssimo, num estado muito avançado e Deus operou e fez maravilhas … E tá ali o exame para quem quiser”, diz Santiago, segundo transcrição de sua fala incluída na ação.
Para o Ministério Público, Santiago abusou da fé das pessoas para conseguir dinheiro. “No contexto em que foram proferidas as declarações resta evidente a prática abusiva da liberdade religiosa, na medida que incentiva os supostos fiéis ou interessados na aquisição das sementes de feijão, na crença de estarem curados, inclusive com o objetivo de angariar recursos financeiros dos fiéis”, diz o MPF.
A Agência Brasil não conseguiu contato com o pastor Valdemiro Santiago ou sua assessoria para comentar o caso.
Com informações da Agência Brasil
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