24 haitianos são encontrados vivos entre escombros mais de uma semana após terremoto

23 de agosto de 2021, 16:52

Ao menos 344 pessoas estão desaparecidas e outras 12.268, feridas (Foto: Reprodução)

Uma semana após um terremoto de magnitude 7,2 atingir a parte sudoeste do Haiti, 24 pessoas foram encontradas vivas na região montanhosa do Pic de Macaya, localizada entre as cidades de Les Cayes e Jérémie, duas das mais afetadas pelo sismo. Dos sobreviventes, quatro são crianças. Segundo informou a Proteção Civil haitiana neste domingo (22), o grupo foi transportado de helicóptero para a cidade de Camp-Perrin, a noroeste de Les Cayes, para receber assistência médica e alimentar. A contagem oficial de mortos após o abalo que atingiu o país em 14 de agosto subiu para 2.207 no último fim de semana. Ao menos 344 pessoas estão desaparecidas e outras 12.268, feridas. Mais danos materiais também são observados à medida que as autoridades locais conseguem avançar, lentamente, nos territórios afetados. Cerca de 130 mil casas tiveram a estrutura comprometida pelo tremor, e 600 mil haitianos foram diretamente afetados --o país tem pouco mais de 11 milhões de habitantes. Na noite de domingo, um tremor secundário, de magnitude 4,5, foi registrado pelo centro sismológico haitiano na cidade de Barradères, no departamento de Nipples. As autoridades não confirmaram novos estragos, mas a Proteção Civil pediu que os cidadãos tomem cuidado com prédios que já estejam rachados. De acordo com informações do jornal haitiano Le Nouvelliste, 266 escolas das redes pública e privada foram destruídas ou parcialmente danificadas durante o terremoto, sendo que muitas ainda estavam sendo reconstruídas após a passagem do furacão Matthew, que há cinco anos deixou mais de 800 mortos no país caribenho. Três estudantes morreram. Autoridades haitianas têm encontrado dificuldade para distribuir água e alimentos em lugares remotos devido à presença de gangues locais, que têm intensa atuação comunitária desde a década de 1990 e vêm bloqueando algumas vias. "Temos um problema de segurança que está cada vez mais evidente", disse à agência de notícias AFP o diretor da Proteção Civil, Jerry Chandler. Na sexta-feira (20), comboios humanitários da organização cristã Food for the Poor que rumavam para as cidades mais afetadas foram saqueados nas cidades de Camp-Perrin, Duchity e Riviere Glace. Outro desafio é o de não repetir as estratégias adotadas no terremoto de 2010 --que deixou mais de 220 mil vítimas-- e que, hoje, são consideradas malsucedidas. Uma delas culminou na concentração de pessoas em grandes acampamentos informais, os chamados campos de deslocados, que tomaram conta do país após a tragédia e a letárgica ajuda internacional. À AFP, a coordenadora da OIM (Organização Internacional para as Migrações), Federica Cecchet, disse que essa é uma prioridade. "Não haverá distribuição de barracas, nem criação de acampamentos", afirmou. "Vamos adotar estratégias que permitam às pessoas reparar e reconstruir suas casas." A destruição em larga escala de 2010 danificou 300 mil casas, deslocando mais de 1,6 milhão de haitianos. A situação agravou a insegurança alimentar no país --algo que, projeta-se, deve se repetir após o terremoto de 14 de agosto. A precariedade da infraestrutura urbana foi um dos fatores que agravaram os impactos do sismo. Somou-se a isso a passagem da tempestade tropical Grace um dia após o tremor, dificultando o resgate das vítimas do terremoto. A ajuda humanitária internacional continua a chegar no país. No domingo, chegaram as doações brasileiras: aproximadamente sete toneladas de equipamentos de emergência e 3,5 toneladas de medicamentos. O Brasil também enviou 32 bombeiros para ajudar no trabalho de resgate das vítimas. A Suiça doou 1 milhão de francos (R$ 5,9 milhões) para a Cruz Vermelha, que atua no país. Também enviou na quinta (19) uma equipe com dois especialistas em saneamento, dois engenheiros e um especialista em desastres naturais para ajudar na reconstrução das áreas destruídas. A União Europeia (UE), que mobilizou 3 milhões de euros (R$ 18,9 milhões) para o país, anunciou o envio de uma equipe de 12 especialistas e dois oficiais do Centro de Coordenação de Respostas a Emergência europeu. Folhapress

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Pesquisa mostra que 72% dos professores enfrentam problemas de saúde mental

23 de agosto de 2021, 10:06

Falta de estrutura educacional, conhecimento das ferramentas digitais e sobrecarga na rotina escolar agravou estado de saúde mental de 72% dos professores (Foto: Reprodução)

Muito se olhou para os professores durante a pandemia. Muito se elogiou a capacidade deles de superação das adversidades e a persistência em dar aulas. Fosse do jeito que fosse, eles não deixaram de comparecer em nenhum momento nesses últimos dezesseis meses. Segundo estudo recente da UNICEF Brasil, 79% dos alunos assistiram aula pelo whatsapp neste período e isto só foi possível porque professores da rede, cerca de 2,6 milhões, passaram horas do dia fotografando páginas de apostilha de atividades para mandar aos alunos, além de gravar pequenos vídeos com explicações de conteúdo, entre tantas outras coisas. Sem contar nos que foram bater na porta do aluno que não aparecia ou não dava sinais de fumaça. Os esforços foram estrondosos e o reconhecimento foi - e é - notável, tanto por parte das famílias dos alunos quanto da sociedade civil de forma geral. Mas é também incontestável a pressão que estes profissionais têm sofrido com todos os desafios que a pandemia impôs. Não à toa, 72% teve a saúde mental afetada e precisou buscar apoio, segundo pesquisa realizada com 9557 profissionais pela Nova Escola. A classe de trabalhadores é uma das que mais sofre do chamado burnout, síndrome de esgotamento físico e mental, ainda enfrenta as angustias, medos e ansiedades por uma pandemia tão cheia de incertezas e que não se encerra no momento em que as aulas retornam ao formato presencial. Os calendários das escolas exigem uma maleabilidade de todos. Das famílias que reorganizam com o leva-e-traz nem sempre diário e os horários alternativos de entrada e saída, da gestão escolar que precisa flexibilizar planejamentos e, claro, dos professores que enfrentam as incertezas de ambos os lados somadas ao contexto próprio de cada um. O resultado é um número alto de professores com problemas de saúde mental. Entre os fatores apontados está a dupla jornada, a falta de formação no ambiente remoto, o excesso de atividades e a insegurança do futuro. As mulheres, que representam 85% da classe, apresentaram um maior nível de estresse por conta da jornada extra com casa e filhos. Os responsáveis por resgatar muitos alunos da depressão, ansiedade e do estresse, se viram mergulhados no mesmo mar sem fim. E quem tanto cuidou, também precisou ser cuidado - o que era de se imaginar. Nas escolas privadas, o apoio e suporte vieram mais rápidos. A Escola Vera Cruz, por exemplo, organizou uma jornada de cursos e formações para que os professores, e também coordenadores, pudessem se familiarizar com metodologias digitais, além do próprio ambiente e as ferramentas mais específicas. O mesmo aconteceu no Colégio Santa Cruz, na zona oeste da capital. Ana Paula Gaspar, assessora de tecnologia educacional da escola Vera Cruz, conta que em uma semana a equipe dela organizou junto à gestão escolar um plano de contingência. "Quando a escola fechou totalmente ano passado, já tínhamos uma estrutura de apoio desenhada com equipes de atendimento e ações de suporte de tecnologia educacional". A escola também criou uma Jornada Digital que continua aberta e disponível a qualquer outra escola. Em um semestre, fizeram mais de 5mil atendimentos individuais de equipes. Com recursos financeiros e equipamentos tecnológicos, escolas como o Vera Cruz conseguiram rapidamente responder a uma demanda que era emergencial, mas mesmo sendo uma das queixas dos professores não foi o suficiente. Professores precisavam - e precisam - de apoio emocional, de escuta. De um espaço para que possam ser cuidados. Principalmente porque a demanda de trabalho é tamanha, que o esgotamento parece ser inexaurível. Foi exatamente o que sentiu a professora Tânia Sztutman. "O trabalho não tinha fim, os problemas não tinham fim", desabafa. "A gente estudou, adaptou aulas e atividades para o ambiente remoto, aprendeu a se vincular através da tela, a acolher à distância, e quando parecia que tudo iria ficar bem, que tínhamos uma rotina que funcionava, uma nova diretriz pública - pautadas nas normas de segurança da saúde - nos fazia refazer e começar mais uma vez do princípio". Para Tânia, a palavra "reinvenção" nunca fez tanto sentido e ela só foi perceber o tamanho do desgaste quando, no primeiro dia de retorno, foi colocar uma calça e se deu conta que nenhuma cabia. "Foram 12 quilos a mais e muito aprendizado acumulado". Na rede, obviamente, não foi diferente, mas quando estado e prefeitura se deram conta, rapidamente lançaram mão de programas e parcerias já existentes para expandir o atendimento aos educadores. No estado, o projeto Saúde Mental na Escola, em parceria com o Instituto Ame Sua Mente, envolveu 10 escolas estaduais da cidade de São Paulo com ações de sensibilização e rodas de acolhimento sobre as questões que envolveram a promoção da saúde mental, considerando o contexto crítico do início da pandemia e o momento delicado que os educadores se encontravam em meio a tantos desafios. Criado e presidido pelo psiquiatra Rodrigo Bressan, a equipe do Instituto vem trabalhando em estratégias que auxiliam a comunidade escolar, partindo do princípio de que a saúde mental é um elemento imprescindível na condução tanto do período de distanciamento social, como no momento da reabertura das escolas. Foram mais de 3200 profissionais atendidos. 97,5% deles dizem que o programa o ajudou a lidar com a própria saúde mental. 95% achou útil ou extremamente útil para compreender o impacto da pandemia e desenvolver estratégias de autocuidado, e outros 92.5% compreenderam a importância para vida pessoal. Segundo Fatima Santana de Almeida, gestora da escola estadual Dom Agnelo, o programa Ame já era corriqueiro nas escolas, mas com a pandemia ele se estruturou, além de dar voz e vez aos profissionais. "Alguns tiveram muito, muito, medo de voltar e houve uma perda de autoestima muito grande", conta. A gestora atribui a isto o longo período dentro casa, isolados dos colegas, sem ter com quem conversar e imersos nas próprias questões. "Alguns foram até o fundo do poço e precisaram de ajuda pra sair. Fizemos inúmeras reuniões, rodas de conversa e deixamos os canais com a gestão sempre abertos". O programa foi vital para recuperar os profissionais da educação. "Eu fico emocionada com os resultados porque eu vi a necessidade deste cuidado", conta. "Na escola, sempre pensamos no acolhimento, na ideia de cuidar de quem cuida e quando a gente cuida do professor e do funcionário, eles passam a cuidar mais dos alunos e o resultado aparece no desempenho geral da escola. Se eu não tenho um professor emocionalmente estável, eu não tenho uma sala emocionalmente estável e os índices começam a cair. É um ofício de formiguinha e fico muito feliz que as secretarias tenham se reunido pra desenvolver esse trabalho com especialistas". A meta agora é formar os educadores pra que identifiquem sinais de estresse mental entre seus alunos, em sala de aula, para que eles não cheguem a desenvolver doenças como síndrome do pânico, distúrbios alimentares entre outros. Razões pelas quais, alguns chegam a abandonar a escola e cometerem suicídio. "Temas como ansiedade e depressão já estão sendo trabalhados nos encontros formativos, tanto na turma de maio quanto na que teve iniciou agora em agosto. A perspectiva é atingir 70 escolas da Rede Estadual Paulista e beneficiar, aproximadamente, 300 educadores, entre lideranças escolares (diretores, vice-diretorias, supervisores de ensino), professores e núcleos pedagógicos", conta Rodrigo Bressan. Segundo ele, uma vez que os educadores recebem uma formação prática para lidar com alunos que já tenham algum tipo de transtorno ou que, eventualmente, possam desenvolver, os índices entre eles melhoram consideravelmente o que impacta, diretamente o desempenho escolar. E mais do que nota boa ou nota alta, estamos falando de aprendizado. Daquele que o aluno é realmente capaz de internalizar e carregar pela vida. Este ganho é saudável. Nas escolas municipais, o programa foi implementado em parceria com o NAAPA, Núcleo de Apoio e Acompanhamento para Aprendizagem que atua no desenvolvimento de práticas pedagógicas para para crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade de qualquer instância. E para este momento da pandemia, ampliou o atendimento aos professores e educadores da rede com um programa de olhar específico à saúde mental. Foram quase 3600 reuniões voltadas ao acolhimento dos profissionais com acompanhamento psicológico. Principal tema desenvolvido nas rodas de conversa? Medo. Medo de morrer, medo do futuro, medo das inúmeras possibilidades totalmente fora de controle. Professores sentiram - e sentem - medo. E para que a gente tenha, na ponta, alunos saudáveis, com capacidades plenas e integrais de aprendizado, é preciso cuidar deste sujeito que também cuida. O atendimento integral aos professores deve ser um olhar constante dentro das práticas educacionais e programas de formação continuada. É preciso pensar que, para além do intelectual, professores carregam um corpo físico e emocional que também precisam de atenção e cuidado. Eles se esgotam e têm os limites pessoais. Professores choram e isto está longe de ser uma frase piegas. É pra que a gente não esqueça de que na frente da sala de aula existe um ser humano capaz de sentir emoções e sensações como todos nós. A vulnerabilidade é intrínseca. Estadão

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Bebê de apenas dois meses morre de Covid-19

23 de agosto de 2021, 09:53

Criança já tinha 90% do pulmão comprometido (Foto: Reprodução)

Um bebê de apenas dois meses, infectado com Covid-19 e internado em estado grave, em Mato Grosso, acabou morrendo neste último fim de semana. A informação consta no painel epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde este domingo (23) e, segundo o G1, foi também foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. O menino estava internado há cerca de dez dias, depois de ser diagnosticado com a doença, e estava com 90% do pulmão comprometido. A criança tinha nascido prematura, mas saudável, após uma gravidez de risco. Há 20 dias começou a ter sintomas de tosse e, só ao terceiro teste, obteve diagnóstico positivo para a Covid-19. Os pais, que tinham criado uma conta para depósito de ajudas com as despesas médicas e tratamento do bebê, estiveram ausentes do trabalho para acompanhar o filho, internado a mais de 500 quilômetros de distância de casa. O casal tem ainda dois filhos, de 6 e 7 anos.

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MP-RJ denuncia líder religiosa que pregou contra posts ‘de gente preta, de gay

22 de agosto de 2021, 20:47

No fim do mês passado, em transmissão ao vivo na Igreja Sara Nossa Terra, em Nova Friburgo, Karla pregou contra pessoas que ficam 'postando coisa de gente preta, de gay' (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou, nesta sexta-feira, 20, a líder religiosa Karla Cordeiro dos Santos Tedim, por praticar, induzir e incitar o preconceito e a discriminação contra pessoas negras e pertencentes à comunidade LGBTQIA+. No fim do mês passado, em transmissão ao vivo na Igreja Sara Nossa Terra, em Nova Friburgo, Karla pregou contra pessoas que ficam 'postando coisa de gente preta, de gay'. De acordo com a denúncia, 'a pretexto de enaltecer sua 'bandeira', Karla induziu e incitou menosprezo pelas pessoas de cor preta e por aquelas integrantes da comunidade LGBTQIA+, praticando discriminação e preconceito contra aquelas e suas causas ao enfatizar a 'vergonha' que tais 'bandeiras' importariam se fizessem parte das manifestações sociais dos seus ouvintes'. As informações foram divulgadas pela Promotoria. "Karla agiu com menoscabo e preconceito contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queers, intersexuais, assexuais, não binários e pessoas com orientação sexual e identidade de gênero diversas, ao zombar da sigla representativa da comunidade que os agrega", diz o documento. Em nota, a Promotoria fluminense ressaltou ainda que 'a prática criminosa se deu através de discurso endereçado a jovens, destilando intolerância a pautas sociais de inclusão e cidadania com alcance presencial e remoto, potencializando o alcance da mensagem e, assim, o desvalor do resultado e as consequências do delito'. Na live, realizada no dia 31 de julho, Karla afirmou: "É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha. Desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi, é Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira. Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay. Para. Posta a palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta". O Ministério Público do Rio afirmou que não foi proposto acordo de não persecução penal, no caso, sob o entendimento de que Karla praticou crime violador da dignidade da pessoa humana, princípio fundamental da Constituição. Após a repercussão do vídeo, a pregadora divulgou nota em que pede desculpas 'pelos termos que usou' durante a transmissão ao vivo e dizendo que 'não tem preconceito com pessoas de outras raças'.

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Apresentador de rádio morre de covid aos 42 anos

22 de agosto de 2021, 20:38

O apresentador e produtor do programa Pretinho Básico, da Rádio Atlântida, tinha 42 anos. Infectado pelo coronavírus, ele estava internado em estado grave há duas semanas no CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Em janeiro deste ano, o comunicador revelou que enfrentava uma doença neurológica, impactando na fala e na mobilidade. Magro Lima deixou a esposa Lisangela Preissler e o filho Fernando, de 5 anos. (Foto: Reprodução)

O comunicador Marco Lazzarotto, conhecido como Magro Lima, morreu neste domingo (22) no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), em decorrência da Covid-19. O apresentador e produtor do programa Pretinho Básico, da Rádio Atlântida, tinha 42 anos.Infectado pelo coronavírus, ele estava internado em estado grave há duas semanas no CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Em janeiro deste ano, o comunicador revelou que enfrentava uma doença neurológica, impactando na fala e na mobilidade. Magro Lima deixou a esposa Lisangela Preissler e o filho Fernando, de 5 anos.

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Novo decreto estadual estabelece normas para flexibilização de medidas de prevenção ao coronavírus

21 de agosto de 2021, 08:43

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, Governo da Bahia flexibiliza medidas sanitárias. Na imagem, novas doses de vacina são armazenadas por equipe da SESAB para distribuição aos municípios (Foto: Reprodução)

O Governo da Bahia publica no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado (21), o decreto que estabelece normas para flexibilização das medidas de prevenção e controle da pandemia do coronavírus. A flexibilização das atividades acontece de acordo com a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 nos municípios. O decreto, com validade deste sábado (21) até 31 de agosto de 2021, autoriza eventos e atividades com público de até 500 pessoas, como cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, circos, parques de exposições, solenidades de formatura, passeatas, funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins. A realização de shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes, segue suspensa em todo território do Estado da Bahia, até 31 de agosto de 2021. Nos municípios integrantes de Regiões de Saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid se mantenha, por cinco dias consecutivos, superior a 50%, os eventos e atividades devem acontecer com público de até 100 pessoas. O decreto mantém a orientação relacionada à realização de atividades esportivas, que devem permanecer sem a presença de público. Espaços culturais como cinemas e teatros devem obedecer a limitação de 50% da capacidade de pessoas no local. Em museus, parques de exposições e afins deve ser garantido o distanciamento mínimo de um metro e meio entre os visitantes e a realização de excursões para visitações está proibida. Atos religiosos podem acontecer, desde que sejam respeitadas as orientações sanitárias de distanciamento e uso de máscaras, e a limitação da ocupação máxima de 50% da capacidade do local. O funcionamento de academias e estabelecimentos voltados para a realização de atividades físicas está autorizado em todo o estado, desde que também respeite a ocupação máxima de 50% da capacidade de pessoas no local. Excepcionalmente para realizar estudos sociais e diagnósticos, observados os protocolos sanitários estabelecidos, pode ser realizado evento monitorizado de avaliação, seguindo as normas dos municípios que mantenham a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid inferior a 50% por cinco dias consecutivos. Em relação às atividades letivas nas unidades de ensino públicas e particulares, as aulas poderão ocorrer de forma semipresencial nos municípios integrantes de Região de Saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid se mantenha, por cinco dias consecutivos, igual ou inferior a 75%, obedecendo a ocupação de 50% da capacidade das salas de aula.

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Bahia: Grupos produtivos do município de Saúde irão comercializar R$120 mil para o PNAE

19 de agosto de 2021, 17:51

Entre os itens que serão entregues para distribuição na merenda escolar do município estão hortaliças, frutas, verduras e produtos fabricados a partir do processamento da mandioca e de frutas cultivadas nos roçados e quintais das famílias agricultoras (Foto: SDR/CAR)

Os grupos produtivos Coisas dos Quintais e Doces das Oliveiras, do município de Saúde, apoiados pelo Governo do Estado, por meio do projeto Pró-Semiárido, irão comercializar R$120 mil em produtos da agricultura familiar para o Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE). Os grupos receberam investimentos para equipar as cozinhas comunitárias, em capacitações, aquisição de fardamentos, barracas para comercialização e são acompanhados continuamente pela equipe técnica do projeto e de Assessoramento Técnico Contínuo (ATC). Entre os itens que serão entregues para distribuição na merenda escolar do município estão hortaliças, frutas, verduras e produtos fabricados a partir do processamento da mandioca e de frutas cultivadas nos roçados e quintais das famílias agricultoras, como beijus, biscoito, farinha, polpas de frutas, dentre outros. A equipe técnica do Pró-Semiárido assessorou os grupos em todas as etapas do processo de seleção realizado pela prefeitura, por meio de edital público. “A participação e credenciamento das entidades conveniadas e representantes das comunidades foi uma conquista para os grupos e para nós, equipe do Pró-Semiárido, por meio da integração dos componentes produtivo e social, políticas públicas e agroindústria, com os agricultores e agricultoras”, destaca o técnico em agroindústria, Marcos Andrade. O acesso a mercados institucionais, a exemplo do PNAE, faz parte da estratégia de sustentabilidade do projeto Pró-Semiárido, com o objetivo de dar autonomia aos grupos para que as atividades desenvolvidas tenham continuidade após o fim do projeto. “Nós auxiliamos cada grupo na construção das propostas, para que eles pudessem participar da licitação de forma tranquila, e o resultado veio, serão 120 mil em produtos! Este é um trabalho que busca cumprir o objetivo do projeto, que é de ir além das metas estabelecidas nos planos e assegurar a sustentabilidade das ações desses grupos após a conclusão do projeto”, assinala o assessor de políticas públicas, Izaías Reis. A secretária da Associação Comunitária da Fazenda Mamão, representante do grupo Coisas dos Quintais, Sônia Maria Araújo, comemora a comercialização dos produtos e ressalta o quanto tem sido importante o apoio recebido do Governo do Estado para o fortalecimento da comunidade: “Essas pessoas são como anjos para nós, pois foi o apoio do Pró-Semiárido, da Cofaspi (entidade de ATC) e da prefeitura que nos motivaram a participar da licitação e a levar nossos produtos para população, produtos saudáveis, vindo direto da roça dos agricultores e agricultoras da nossa comunidade, dando a oportunidade a muitos em relação a renda. O acesso ao PNAE foi muito mais do que a gente planejou”. O Pró-Semiárido é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). Ascom SDR/CAR

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Bahia: Estudante de Medicina perde vaga por fraude nas cotas a 4 meses da formatura

18 de agosto de 2021, 14:58

O desligamento do estudante da UFRB acontece faltando apenas quatro meses para a realização da sua formatura, marcada para dezembro de 2021 (Foto: Reprodução)

O estudante de Medicina Jovelino Silva Barreto, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), quase conseguia seu tão sonhado diploma como médico. Mas os seis anos que ele passou no curso podem não servir de nada, já que o rapaz fraudou as cotas para negros e pessoas de baixa renda. Isso é o que ficou comprovado no processo administrativo instaurado para apurar a denúncia de irregularidade feita pelo movimento estudantil. “Com base nos fatos apurados, configurada a desobediência, decido pelo desligamento do discente Jovelino Silva Barreto do curso de Bacharelado em Medicina desta universidade”, disse o reitor Fábio Josué Souza em reunião extraordinária do Conselho Acadêmico (Conac), realizada na última sexta-feira (13). Os conselheiros homologaram a expulsão com 49 votos a favor, 17 abstenções e nenhum voto contrário. Jovelino entrou em Medicina em 2016, após ter se formado no Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (BIS), que permite a realização de uma outra graduação. Na migração dos cursos, ele optou pela aprovação no sistema de cotas para negros (pretos ou pardos), cuja renda familiar bruta é igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita. Os estudantes que fizeram a denúncia alegam que o rapaz não cumpria nenhum dos requisitos. Além de ser branco, ele tinha, no momento da inscrição, carro próprio e era funcionário da Prefeitura Municipal de Presidente Tancredo Neves, onde trabalhava na equipe de Vigilância Sanitária. “Na época que entrou no curso, ele tinha emprego formal, um cargo comissionado na prefeitura”, disse Antônio Bastos, dirigente regional do movimento negro unificado e estudante do curso de gestão pública da UFRB. “Fora o fato dele ser um homem branco. Ele não é preto ou pardo. É branco. E ao se declarar pardo, cometeu uma fraude. Ele fez estelionato, burlou dados”, afirma Bastos, que foi um dos que realizou denúncia contra o quase médico. Ele é apelidado por alguns na universidade como Jovelino Pérola Branca, uma referência ao nome da sambista Jovelina Pérola Negra, essa, sim, negra de verdade. Expulsão acontece faltando quatro meses para a formatura O desligamento do estudante da UFRB acontece faltando apenas quatro meses para a realização da sua formatura, marcada para dezembro de 2021. De acordo com o pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (Propaae), Carlos Alberto de Paulo, a demora foi causada pelo amplo direito de defesa dado ao estudante antes da sua expulsão. “A gente tem garantido o direito do contraditório para que não se torne uma prática punitiva, mas a expectativa é que os próximos processos sejam mais rápidos. Às vezes tratam-se de peças muito longas, mas estamos fazendo uma análise criteriosa e sabemos que não podemos procrastinar com isso”, explica. Segundo o professor, o objetivo desses julgamentos não é perseguir ou estabelecer um tribunal racial, mas fazer cumprir o que determina a política de cotas. “Uma vez configurado o ato fraudulento, é preciso buscar um remédio. Se não, aquilo que foi uma conquista perde a sua eficácia, pois qualquer um poderá fraudar”, explica. No entanto, ainda não está claro se Jovelino poderá reaproveitar, em outra faculdade, as disciplinas cursadas. Correio24horas

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Delta: Brasil supera mil casos confirmados, crescimento de 84% em uma semana

18 de agosto de 2021, 11:16

Houve alta de 84% em relação aos 570 diagnósticos positivos para a cepa divulgados em balanço de terça-feira da semana passada (Foto: Reprodução)

O Brasil chegou nesta terça-feira, 17, a 1.051 casos confirmados da variante Delta do novo coronavírus, apontam dados reunidos pelo Ministério da Saúde. Houve alta de 84% em relação aos 570 diagnósticos positivos para a cepa divulgados em balanço de terça-feira da semana passada, 10. Ao todo, são 41 vítimas da Delta no País, número que, por sua vez, é 13% maior do que os 36 óbitos registrados até uma semana atrás. Identificada originalmente na Índia, a cepa é mais transmissível e tem colocado especialistas em alerta. O Estado com o maior número de mortes segue sendo o Paraná, com 19, mas outros sete Estados também já contabilizam vítimas para a cepa: Rio Grande do Sul (8), Rio de Janeiro (7), Goiás (1), Maranhão (1), Pernambuco (1), Minas Gerais (1) e Santa Catarina (1). Além do Distrito Federal, com duas vítimas. O Estado do Rio continua liderando no número de diagnósticos positivos para Delta, com 431. Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), essa cepa já é responsável por 56,6% dos casos sequenciados geneticamente no Rio, o que pode resultar em alta de internações. Um estudo da Fiocruz divulgado pelo Estadão/Broadcast nesta terça-feira revela que os indicadores de casos e mortes pela covid-19 entre idosos estão subindo no Estado. Além do Rio, casos da Delta também foram registrados em: Alagoas (2), Ceará (16), Distrito Federal (87), Espírito Santo (7), Goiás (14), Maranhão (7), Mato Grosso (12), Minas Gerais (20), Pará (3), Paraná (56), Pernambuco (7), Rio Grande do Sul (119), Santa Catarina (38), São Paulo (231) e Tocantins (1). De acordo com o Ministério da Saúde, os dados são atualizados com base em notificações das secretarias estaduais de saúde e são dinâmicos. "Os números podem sofrer alterações após investigação feita pelas gestões locais", explicou a pasta. O ministério reforçou ainda que o avanço da vacinação é "essencial para reduzir o caráter pandêmico" da covid-19. Nesta terça-feira, o Brasil atingiu 117.699.389 pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19, o equivalente a 55,58% da população total. Já aqueles com imunização completa são 51,5 milhões, o que representa 24,36% da população.

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Levantamento: 84% são contra volta a ditadura e 75% a favor de democracia

18 de agosto de 2021, 11:04

83,6% dos brasileiros disseram que o Brasil não deveria deixar de ser um país democrático (Foto: Reprodução)

No dia em que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, se recusou a reconhecer que o País tenha vivido uma ditadura militar, entre 1964 e 1985, pesquisa do Instituto Opinião mostra que grande maioria dos brasileiros é contra o abandono do regime democrático em favor do retorno de um regime de exceção no País. Segundo o levantamento, apesar das demonstrações militares do presidente Jair Bolsonaro e dos atritos entre o comando das Forças Armadas e o Congresso, 83,6% dos brasileiros disseram que o Brasil não deveria deixar de ser um país democrático e 74,5% afirmaram que a democracia é sempre a melhor forma de governo. Durante audiência pública na Câmara dos Deputados nesta manhã, Baga Netto negou que o País tenha vivido uma ditadura militar. Para o general, houve no período um "regime forte", uma vez que, se tivesse havido ditadura, "talvez muitas pessoas não estariam aqui". Apesar da fala do ministro que minimizou o regime, 57,6% dos brasileiros avaliam que o presidente Bolsonaro anseia pela implementação de uma ditadura militar no Brasil e 21,1% que não. Segundo a pesquisa, 11,8% dos brasileiros são favoráveis ao retorno a uma ditadura militar e 4,6% não responderam. Os principais grupos favoráveis à volta de um regime de exceção são os de homens (13,6%), de 45 a 59 anos (15,6%), cuja renda mensal é inferior a um salário mínimo (13,8%), evangélicos (16,9%) e do Nordeste (15,5%). Entre os principais grupos defensores do regime democrático, estão os as mulheres (84,0%), de 25 a 34 anos (86,7%), com renda familiar mensal acima de cinco salários mínimos (90,0%), sem religião (89,9%) e do Sudeste (86,3%). O levantamento também mostra que, enquanto 74,5% dos brasileiros avaliam que democracia é a melhor forma de governo em qualquer situação, 10,3% consideram que há circunstâncias em que a ditadura é melhor do que um regime democrático. Dos entrevistados, 5,3% disseram ser indiferentes ao regime de governo e 9,9% não responderam. Aqueles que recebem mais de cinco salários mínimos em média de renda mensal familiar são os que mais optaram pelo regime democrático em qualquer ocasião (83,9%). Já a defesa da ditadura militar em certas situações foi defendida com maior prevalência entre os grupos que recebem de um a três salários mínimos (12,8%) e de três a cinco salários mínimos (12,9%). Evangélicos também compõem grupo que considera a possibilidade de um governo militar de exceção: 15,7%, contra 10,5% de católicos, 4,2% de outras religiões e 7,0% dos que não tem. A pesquisa do Instituto Opinião foi realizada entre sexta-feira, 13, e sábado, 14 e ouviu, por telefone, 1.500 brasileiros acima de 16 anos. A margem de erro é de 2,53% com 95% de confiabilidade.

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Brasileiros comem tubarão sem saber e ameaçam preservação da espécie

18 de agosto de 2021, 10:32

Brasil é maior importador e consumidor de carne de tubarão (Foto: Reprodução)

Dados preliminares de levantamento aos quais a BBC News Brasil teve acesso mostram que 69% "não sabem que carne de cação é de tubarão"; pesquisadores dizem que Brasil, maior consumidor e importador mundial da carne desse peixe, tem papel primordial na preservação da espécie. Você já comeu tubarão?/ Provavelmente, não. Mas, e "cação"? Se sim, você não está sozinho. Segundo dados preliminares de uma sondagem encomendada por pesquisadores brasileiros aos quais a BBC News Brasil teve acesso, praticamente sete em cada 10 brasileiros (69%) "não sabem que carne de cação é de tubarão". É aí que está o problema — sem saber, comemos tubarão, um peixe com alto nível de toxicidade e cuja população vem reduzindo em número ao redor do mundo nas últimas décadas. E não comemos pouco — o Brasil é o maior importador e consumidor de carne de tubarão do mundo, apesar de a grande maioria dos brasileiros não ter ideia disso "por falta de rotulagem adequada", alertam as pesquisadoras Bianca Rangel e Nathalie Gil em entrevista à BBC News Brasil. Essa rotulagem incorreta, aliada aos preços atraentes e à falta de uma política pública adequada, fazem do Brasil uma ameaça para a preservação da espécie — uma pesquisa estimou que a população de tubarões e arraias no mundo caiu 71% desde 1970, ao passo que a pesca predatória desses animais aumentou 18 vezes. Neste sentido, uma maior conscientização da população sobre o que vai parar em sua mesa "pode ajudar na preservação dos tubarões", diz Rangel, do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). "Em vez de ser embalada com rotulagem adequada, a carne de tubarão é vendida no Brasil normalmente como cação, um nome ambíguo usado para várias espécies", acrescenta Gil, da Sea Shepherd Brasil, ONG de conservação da vida marinha. "Ou seja, os brasileiros não sabem que estão comendo tubarão", ressaltam as pesquisadoras. Prova disso está nas conclusões iniciais do levantamento que abre esta reportagem. A pesquisa foi realizada pela agência independente de pesquisa Blend e comissionada pela Sea Sheperd Brasil com 5 mil brasileiros em todo o território nacional. Recentemente, Rangel e Gil, em conjunto com três outros pesquisadores, escreveram um artigo, publicado na prestigiada revista Science, em que alertam sobre essa situação e sugerem como o Brasil pode ajudar a proteger a população de tubarões. Importação e consumo Segundo explicam as pesquisadoras, o Brasil se tornou o principal destino de carcaças de tubarão sem barbatanas. Por ano, nosso consumo é de cerca de 45 mil toneladas. As barbatanas são uma iguaria no mercado asiático e podem alcançar valores astronômicos — seu quilo pode ultrapassar US$ 1,5 mil (cerca de R$ 8 mil). Mas há pouca demanda pela carne de tubarão. E, como a imensa maioria dos países proíbe a pesca do peixe apenas para o comércio exclusivo desse item — ou seja, retirando as nadadeiras e descartando a carcaça no mar (o chamado "finning") — o que sobra do animal acaba tendo desembarque certo: o Brasil. Curiosamente, o Brasil foi o primeiro país a assinar tratado ratificando a proibição dessa prática. "O Brasil, maior importador mundial de carne de tubarão, compra carcaças e bifes de tubarão sem barbatanas de países que atuam no comércio de barbatanas, como China e Espanha, e do Uruguai, que exporta carne processada de tubarão", diz o artigo. "No Brasil, embora tubarões protegidos não possam ser legalmente comercializados por pescadores ou empresários locais, eles podem ser importados sem quaisquer restrições". "Além disso, é obrigatório fornecer informações para uma rotulagem adequada apenas se o peixe congelado importado pertencer à família Salmonidae (que inclui o salmão e a truta) ou à família Gadidae (que inclui o bacalhau e a arinca)". Segundo os pesquisadores, "apesar do crescente debate sobre a rotulagem incorreta de tubarões entre organizações não governamentais e comunidades acadêmicas, nenhuma medida governamental foi implementada". "Como resultado, os consumidores no Brasil continuam sem saber que estão comprando carne de tubarão e contribuindo para o declínio de espécies vulneráveis de tubarão", afirmam. Grande predador, tubarão está no topo de cadeia alimentar e, por isso, nível de toxicidade de sua carne é maior Riscos para saúde Rangel e Gil alertam ainda para o risco à saúde relacionado ao consumo da carne de tubarão. "Como se trata de um grande predador, um animal topo de cadeia alimentar, o nível de toxicidade de sua carne é maior. Ou seja, existe um risco à saúde para quem come tubarão. E o pior: sem saber disso", diz Gil. Por um processo de bioacumulação, o tubarão agrega metais pesados, como mercúrio e arsênio, presentes nos organismos que lhe serviram de alimento. Ingeridas além da conta, essas substâncias podem causar danos cerebrais. Um parâmetro de consumo de mercúrio vem da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela preconiza o limite diário de 0,5 miligrama desse metal por quilo. Estudo publicado em 2008, porém, revela que, em amostras de Prionace glauca, ou tubarão-azul, a espécie de tubarão mais pescada no mundo, o índice presente excedeu em mais de duas vezes o limite diário. Não por menos, a Food and Drug Administration (FDA), agência federal americana que regula alimentos e medicamentos, não recomenda a inclusão de tubarão no cardápio de grávidas, de mulheres que estejam amamentando e de crianças, seja em que quantidade for. Ação urgente No artigo, os pesquisadores defendem uma "ação urgente em todo o mundo, especialmente no Brasil". "Como primeiro passo, o governo brasileiro deve divulgar amplamente o fato de que o cação pode se referir à carne de tubarão". "O país deve exigir que todos os produtos nacionais e importados sejam rotulados com seus nomes científicos em toda a cadeia de abastecimento, garantindo o monitoramento preciso das espécies no sistema e permitindo que os consumidores decidam se comem uma espécie em risco de extinção". "Como resultado de tais mudanças, a demanda provavelmente diminuiria, limitando o mercado de tubarões com barbatanas removidas ilegalmente. O Brasil também poderia proteger tubarões em todo o mundo proibindo a importação de espécies ameaçadas de extinção". "Por causa do papel descomunal do Brasil no comércio global de tubarões, essas mudanças podem melhorar muito os esforços de conservação", concluem. BBC News Brasil

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Prefeitura de Caém realiza a 13ª Conferência Municipal de Assistência Social no dia 25 de agosto

18 de agosto de 2021, 08:47

(Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Caém, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), realiza no próximo dia 25, durante todo o dia, a 13ª Conferência de Assistência Social. O evento que acontecerá no Colégio Padre Alfredo Haasler será aberto solenemente às 9 horas, em seguida acontecerá uma apresentação cultural e a leitura e aprovação do Regimento Interno. Na parte da manhã haverá ainda uma explanação sobre os avanços e desafios do SUAS e a gestão da política de Assistência Social no município, pela Secretaria Municipal de Assistência Social e logo depois a palestra magna com o tema “Assistência Social: Direito do povo e Dever do Estado, com financiamento público, para enfrentar as desigualdades e garantir proteção social", ministrada por Thaíse Viana, técnica da Secretaria de Assistência Social do Estado da Bahia (SAS). Na parte da tarde, a partir das 13h50, os trabalhos continuarão com as discussões dos eixos temáticos em grupos. ‘A proteção social não contributiva e o princípio da equidade como paradigma para a gestão dos direitos socioassistenciais no enfrentamento das desigualdades’; ‘Financiamento e orçamento como instrumento para uma gestão de compromissos e corresponsabilidades dos entes federativos para a garantia dos direitos socioassistenciais’; ‘Controle social: o lugar da sociedade civil no SUAS e a importância da participação dos usuários’; ‘Gestão e acesso às seguranças socioassistenciais e a articulação entre serviços, benefícios e transferência de renda como garantias de direitos socioassistenciais e proteção social’ e ‘Atuação do SUAS em Situações de Calamidade Pública e Emergências’, serão os cinco eixos dos grupos de trabalho. A conferência de assistência social é o espaço de caráter deliberativo que oportuniza o debate e avaliação da política de assistência social e a proposição de novas diretrizes, no sentido de consolidar e ampliar os direitos socioassistenciais dos seus usuários, enquanto o Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) é o órgão que reúne representantes do governo e da sociedade civil para discutir, estabelecer normas e fiscalizar a prestação de serviços sociais públicos e privados no município. Por conta da pandemia da Covid-19, foram feitas pré-inscrições para limitar o número de participantes. Durante a Conferência serão tomadas medidas se segurança sanitária, obedecendo protocolos de saúde como o distanciamento social e o uso do álcool em gel.

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