OMS pede que países isolem infectados e comprometimento de líderes políticos
16 de março de 2020, 14:06
(Foto: Reprodução)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta segunda-feira, 16, que os países com casos do novo coronavírus isolem os infectados para prevenir o avanço da pandemia. A entidade enfatizou a necessidade de isolar os doentes de grupos de risco como pessoas acima de 60 anos, grávidas e crianças. A OMS disse ainda que o coronavírus é a crise de saúde global definidora dos nossos tempos.
“A mensagem central é: testar, testar e testar”, disse. Em sua fala, o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu a necessidade de as pessoas saberem que pessoa lhe transmitiu o vírus e de manter as estratégias de contenção do risco. “Esta é uma doença séria. Embora as evidências sugiram que aqueles com mais de 60 anos corram maior risco, jovens, incluindo crianças, morreram”, disse.
“Essa é a crise global definidora dos nossos tempos. Os próximos dias, semanas e meses serão um teste da nossa confiança na ciência e um teste de solidariedade”. Ele afirmou que crises como essa são um momento em que o melhor e o pior da humanidade afloram. “O espírito humano da solidariedade precisa se tornar mais infeccioso do que o vírus”.
A OMS lembrou ainda que mesmo que a pessoa não esteja se sentindo mal, pode infectar alguém por até 14 dias. Por isso, é preciso respeitar o período de duas semanas após o fim dos sintomas. Visitas não são permitidas. A instituição disse que as ações de contenção e medidas restritivas são fundamentais para reduzir a pandemia.
Questionadas sobre a ida do presidente Jair Bolsonaro a um protesto com apoiadores, as autoridades da OMS não responderam diretamente. “Precisamos de comprometimento político no maior nível porque essa pandemia não é só do setor da saúde, ela afeta todos os setores do governo. Os governos devem ser capazes de mobilizar a sociedade. Essa resposta depende de todos. É assim que podemos deter o vírus”.
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