O Santo do pau oco

28 de agosto de 2024, 15:28

(Foto: Gervásio Lima)

*Por Gervásio Lima –

A capacidade de determinados indivíduos de enganar, de mentir e de, consequentemente, ser e causar o mal, não os tornam mais safos ou mais inteligentes. A prática da crueldade e da malvadeza destes acontece quando um outro grupo de indivíduos é incapaz de compreender comportamentos maquiavélicos, portanto sem ter o cuidado de estar com um olho aberto e o outro fechado.

Todas as escolhas são individuais, enquanto suas consequências são coletivas. A conveniência. O comportamento pessoal é uma espécie de identidade moral utilizada para identificar principalmente a estirpe. Existem os coniventes, que fingem desconhecer ou acobertar o mal, e o conveniente, que opta pelo que lhe convém, sempre o mais cômodo e vantajoso.

O desapego pelo politicamente correto e o desrespeito às diferenças têm contribuído para uma mudança preocupante nas relações sociais; com um crescente e alarmante nível de atrocidades. E o pior, patrocinadas por quem deveria defender e disseminar as boas práticas.

O risível é também assustador, dado o cinismo comportamental.

Quem nunca ouviu a expressão popular ‘santo do pau oco’ não aperte o dedo, ou melhor, suspenda o dedo. Pois bem, é uma forma utilizada para classificar um indivíduo de caráter duvidoso, com ações fraudulentas; uma pessoa mentirosa, falsa ou hipócrita. No sentido figurado, esta expressão também serve para sugerir que determinada pessoa aparenta algo que não é, iludindo todos a sua volta.

“Mentes tão bem

Que parece verdade, o que você me fala

Vou acreditando

Mentes tão bem

Que até chego a imaginar, que não quer me enganar…”

Mentes tão bem – Luiz Cláudio

Forte é o povo!

*Jornalista e Historiador

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