O que se sabe do relatório do Pentágono sobre OVNIS e por que pode ser prova de vida extraterrestre

25 de junho de 2021, 16:41

(Foto: Reprodução)

O relatório do Pentágono sobre a investigação que tem sido realizada sobre Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs ou UFO na sigla inglesa) está prestes a ser divulgado – segundo o New York Times, será já esta sexta-feira, 25. Apesar de ainda ser confidencial, várias informações têm vindo a público desde o ano passado, levando os defensores da existência de vida extraterrestre a encará-lo como uma prova que dá credibilidade às suas convicções.

As teorias sobre OVNIs e extraterrestres ganharam fôlego quando, em 2017, uma notícia do New York Times trouxe a público que o Departamento de Defesa norte-americano tinha gasto 22 milhões de dólares (18 milhões de euros) num programa que recolhia e analisava avistamentos de OVNIs. Chamava-se Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aéreas (Advanced Aerospace Threat Identification Program), iniciado em 2007 e dissolvido, alegadamente, em 2012, por falta de financiamento. O assunto ganhou ainda mais destaque quando Luis Elizondo, ex-diretor do programa, deu uma entrevista onde afirmou que este teria continuado até 2017.

O uso de fundos governamentais voltou à ordem do dia em plena pandemia, devido à necessidade de medidas de alívio relacionadas com a Covid-19. Em junho de 2020, o Congresso dos EUA realiza uma audiência de onde advém uma adenda que obriga as agências secretas a publicarem um relatório, não classificado, com informações sobre OVNIs e com a análise dos dados já recolhidos. É nessa audiência que se fica a conhecer a existência da Task Force de Fenómenos Aéreos Não Identificados (Unidentified Aerial Phenomena Task Force, UAPTF na sigla inglesa), um novo programa, com a mesma finalidade que o antecessor, que, embora não fosse confidencial, não tinha até então sido reportado.

É importante esclarecer que, ao contrário da conotação à qual é associada a palavra OVINI, esta apenas se refere a objetos voadores não identificados. Estes podem ter uma série de justificações, não tão interessantes como serem fenómenos extraterrestres, que podem ir desde balões a aviões militares. Foi por este motivo que foi utilizada a sigla UAP (Fenómenos Aéreos Não Identificados) para fugir ao estigma e à conotação associada a extraterrestres que tem a sigla OVNI/UFO.

A agosto de 2020, um comunicado de imprensa do Secretário Adjunto de Defesa, David Norquist, “aprova o estabelecimento” da Task Force e justifica a sua necessidade.  “O Departamento de Defesa estabeleceu a UAPTF para melhorar a sua compreensão e obter informações sobre a natureza e as origens dos UAPs. A missão da Task Force é detetar, analisar e catalogar UAPs, que podem representar uma ameaça à segurança nacional dos EUA”, pode ler-se.

O que já se sabe sobre o relatório

Muita expetativa tem sido criada à volta da divulgação do relatório do Pentágono, que terá de ser publicado até ao final deste mês. O próprio Barack Obama aumentou esta antecipação com uma entrevista que deu, no mês passado, no programa de entretenimento “The Late Late Show with James Corden”, do canal CBS. Quando confrontado com a questão o ex-presidente afirmou: “O que é verdade, e estou realmente a ser sério aqui, é que há filmagens e registos de objetos nos céus que não sabemos exatamente o que são”.

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