O que pode ter acontecido com o submarino indonésio desaparecido?

22 de abril de 2021, 15:50

Oficiais da Marinha da Indonésia trabalham com a possibilidade de que uma falha elétrica durante a submersão tenha causado o afundamento do submarino (Foto: Reprodução)

A Marinha da Indonésia continua, nesta quinta-feira (22), as buscas pelo submarino desaparecido em Bali ontem (21) com 53 pessoas a bordo, enquanto realizava manobras de treinamento nas águas da região. O KRI Nanggala-402 perdeu contato depois de receber autorização para mergulhar.

Lutando contra o tempo para encontrar a embarcação, uma vez que as reservas de oxigênio da tripulação só devem durar até as 3h de sábado (24) no horário local (16h de sexta-feira em Brasília), as autoridades tentam entender o que teria acontecido com o submarino indonésio.

Uma mancha de óleo avistada perto do local da submersão é a principal pista até o momento. Segundo o chefe do Estado-Maior da Marinha da Indonésia Yudo Margono, o vazamento pode ter sido causado por um mergulho muito profundo da embarcação ou estar acontecendo deliberadamente, com a tripulação liberando peso para tentar fazê-la flutuar até a superfície.

A área onde se encontra o derramamento de petróleo está sendo explorada por dois navios equipados com sonar de varredura lateral, equipamento capaz de mapear o fundo do mar. Uma outra embarcação, carregando um sonar mais sofisticado, que pode indicar a posição exata do submarino, já se dirigiu à região para ajudar nas buscas.

Submarino pode ter se partido

Oficiais da Marinha da Indonésia trabalham com a possibilidade de que uma falha elétrica durante a submersão tenha causado o afundamento do submarino. Diante do problema, a embarcação teria perdido o controle e mergulhado a até 600 ou 700 metros de profundidade, sem conseguir acionar os mecanismos de emergência.

Caso isto tenha acontecido, o especialista em resgates marítimos Frank Owen considera ser grande a chance de o KRI Nanggala-402 ter se partido em pedaços, uma vez que ele foi construído para suportar a pressão a uma profundidade máxima de 250 metros. Nestas condições, o resgate dos tripulantes seria complicado e pode demorar a acontecer.

Também não está descartada a possibilidade de que o submarino esteja operando normalmente e a tripulação enfrenta apenas alguma falha no sistema de comunicação, impossibilitando o contato com a Marinha temporariamente. Mas conforme Owen apontou ao The Guardian, esta hipótese é a menos provável no momento.

 

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