Mundo celebra segunda Páscoa abalada pelo coronavírus
03 de abril de 2021, 20:52
(Foto: Reprodução)
Cristãos em todo o mundo voltam a celebrar este ano um fim de semana de Páscoa sob restrições contra o coronavírus, que mais de um ano após o início da pandemia, continua a se espalhar, especialmente na América Latina. A região já contabiliza mais de 25 milhões de infecções pela Covid-19.
O desafio dos governos pelo mundo é convencer as famílias a festejarem a data isoladas ou, no máximo, em pequenos grupos. Vários países europeus, que comemoram a data no domingo e na segunda-feira, iniciam neste período uma nova fase de lockdown, como a França e a Itália.
Na França, as missas do domingo de Páscoa estão autorizadas, ao contrário da celebração em 2020, em meio ao pico da primeira onda de contágios e o confinamento mais rigoroso adotado para conter a doença. Desta vez, um público limitado será permitido nas igrejas e um protocolo sanitário rígido será implementado.
Na Itália, um dos países europeus mais atingidos pelo vírus, todo o território passa a ser considerado “zona vermelha” de alto risco a partir deste sábado (3), o que privou as famílias de se encontrarem neste tradicional feriado cristão.
No Vaticano, o papa Francisco presidiu na sexta-feira à noite sua segunda Via Crúcis sem audiência na Praça de São Pedro devido à pandemia. Pelo segundo ano consecutivo, todos os eventos comemorando a morte de Jesus são celebrados sem a presença de multidões de fiéis.
Merkel pede reuniões “pequenas”
Na vizinha Alemanha, onde a refeições popular levou o governo a voltar atrás na decisão de adotar severas restrições para o fim de semana da Páscoa, a chanceler Angela Merkel pediu à população que limite suas reuniões o máximo possível. A líder pediu “uma celebração da Páscoa tranquila, em círculos pequenos, com contatos reduzidos”.
Do outro lado do Atlântico, a América Latina sofre duramente com a pandemia, ultrapassando, na sexta-feira, os 25 milhões de casos e contabilizando mais de 788.000 mortes por Covid-19, de acordo com uma contagem da AFP com base em dados oficiais.
Chile é exemplo de vacinação na região, mas registra alta inédita de contágios
O Chile, que já vacinou 24% de sua população com duas doses e progride mais rápido que qualquer outro país na região, registrou os piores números de infecções desde o início da pandemia, nos últimos dias. Neste contexto, as autoridades anunciaram o fechamento das fronteiras a partir de segunda-feira e por todo o mês de abril. No total, o país ultrapassou um milhão de infecções e 23.000 mortes.
A Argentina, com 44 milhões de habitantes, enfrenta uma segunda onda de coronavírus com uma escalada robusta de infecções, totalizando mais de 2,3 milhões de casos e 56.023 mortes. Em muitos países da região, a variante brasileira do coronavírus, que se acredita ser mais contagiosa, se espalha.
O Brasil, segundo país do mundo com mais mortes pelo vírus (321.000), viveu o pior mês da pandemia em março, com mais de 66.000 óbitos. Entre os estados que aplicam medidas sanitárias, o Rio de Janeiro anunciou na sexta-feira uma prorrogação parcial das restrições, inicialmente previstas para durar até domingo.
No mundo, o coronavírus matou mais de 2,8 milhões de pessoas e infectou mais de 130 milhões.
Com informações da AFP
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