Mesma rua de Belo Horizonte teve duas quedas de avião em seis meses

21 de outubro de 2019, 12:25

Endereço em bairro residencial da capital mineira fica a cerca de mil metro de aeroporto usado por aeronaves de pequeno porte (Foto: Cristiane Mattos/Reuters)

A queda de um avião de pequeno porte no mesmo endereço em uma área residencial de Belo Horizonte ainda estava na viva na memória de Cristiana Pereira dos Santos, gerente de uma padaria no bairro Caiçaras, quando ela identificou o acidente desta segunda-feira só pelo barulho.

“A gente estava na produção quando ouvimos um barulho muito forte e, na sequência, uma explosão. Parecia que era dentro da padaria. Todo mundo saiu correndo para a rua, que ficou cheia de fumaça. Na hora eu sabia que era um avião e pedi para todo mundo sair”, conta, que trabalha a um quarteirão de distância do local da queda.

Em abril, uma aeronave de pequeno porte também caiu na mesma Rua Minerva e deixou uma vítima, o piloto Francisco Gontijo, que morreu carbonizado. No acidente desta segunda-feira, 21, no mesmo endereço, pelo menos três pessoas morreram e três ficaram feridas, segundo o Corpo de Bombeiros.

A aeronave havia decolado do aeroporto Carlos Prates, usado por empresas de táxi aéreo e escolas de aviação, e que fica a cerca de mil metros do local da queda. O acidente deixou três mortos, três feridos e atingiu três automóveis que estavam estacionados na rua.

O comerciante Francisco Simplício de Melo, que tem uma loja de ferragens a 500 metros do local da queda, conta a VEJA que tomou um susto com a explosão. “Foi um estrondo muito forte. Parece que o avião tinha algum problema ainda no ar e foi perdendo altitude. Ele quase atingiu um prédio e bateu na rede elétrica quando caiu”, afirma. Ele acrescenta que quem andava na rua tentou se esconder quando percebeu a aproximação da aeronave.

 

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