Meia palavra não basta

17 de janeiro de 2024, 13:19

(Foto: Gervásio Lima)

*Por Gervásio Lima –

Uma prática comum, também chamada de truque para entreter o leitor e fazer com que ele termine o que começou – ler um texto do início ao fim -, é não revelar o assunto principal logo de primeira, no primeiro parágrafo, ou no lide (do inglês lead), como é chamado no jornalismo a primeira parte da notícia.

Mesmo em um mundo onde a correria predomina e o tempo parece passar mais rápido que um feixe de luz, faz-se necessário transmitir a informação de maneira que o receptor a interprete da forma mais real possível, ‘não permitindo que a maldade do mundo pareça normal’.

A pressa é inimiga da perfeição. É opreciso ter paciência e fazer as coisas devagar para alcançar os objetivos. A ansiedade é a parente mais próxima do equívoco e um veneno para a serenidade. Portanto não adianta colocar a carroça na frente dos bois.

Para uma história ser bem contata ela precisa de conteúdos convincentes, a partir de um enredo que siga no mínimo a regra mais simples para uma boa redação: início, meio e fim, com as ideias se interligando.

Por maior que seja o esforço, determinadas mensagens não conseguem atingir seus objetivos quando se economiza palavras, daí os incompreensíveis e discriminados, mas indispensáveis, textões do ‘WhatsApp’.

‘Para um bom entendedor, meia palavra basta’? Esse ditado popular se refere a uma situação recorrente entre pessoas que não dispõem de muito tempo para ‘conversa fiada’. Acontece que, como já vem sendo defendido nas linhas acima, para ser bem sucedido na transmissão de uma mensagem é necessário enriquecer o discurso com exemplos e comparações, garantindo que aquele que está do outro lado compreenda corretamente e, assim, a mensagem atinja o efeito desejado. Isso comprova que quem está comunicando tem total clareza sobre o que está sendo exposto.

“… Dá pra viver

Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou mau

É só não permitir que a maldade do mundo te pareça normal

Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real

E entender que ela mora no caminho e não no final… ‘ – Era uma Vez (Kell Smith)

*Jornalista e Historiador

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