Jornalistas repudiam exigência de antecedentes criminais em evento de Paulo Guedes

04 de setembro de 2019, 09:27

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, havia exigido atestado de antecedentes criminais para que jornalistas cobrissem sua agenda em Fortaleza.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) publicaram uma nota nesta terça-feira (3) repudiando a exigência do ministro da Economia Paulo Guedes para que jornalistas apresentassem “atestado de antecedentes criminais” para ter direito à credencial para cobrir a agenda do ministro em Fortaleza.

De acordo com as entidades, a exigência é “inédita e absurda” e representa uma cobrança “nunca antes apresentada para o acompanhamento de autoridades durante suas passagens pelo Ceará”.

“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará [Sindjorce] e a Federação Nacional dos Jornalistas [FENAJ] repudiam com veemência a exigência colocada pelo Ministério da Economia, chefiado pelo economista Paulo Guedes, de que jornalistas apresentem ‘atestado de antecedentes criminais’ para poderem obter credencial para a cobertura da agenda do ministro em Fortaleza”, diz a nota conjunta.

As organizações destacaram que “a medida do Ministério faz parte da cruzada liderada por Bolsonaro contra a imprensa, sobretudo contra os veículos e os profissionais que comentem o ‘pecado’ de fazer jornalismo em tempos de autoritarismo, de disseminação do ódio e de destruição de direitos sociais e trabalhistas”.

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