Jacobina: Com recursos próprios, vendedora de temperos adapta um local para higienização das mãos em sua barraca na feira livre (Fotos)
14 de junho de 2020, 13:57
Regina do Tempero disponibiliza água e sabão para a higienização das mãos para os frequentadores da feira livre (Foto: Notícia Limpa)
Com o aumento de casos confirmados e de óbitos por conta da Covid-19, o novo coronavírus, em todo o mundo, já é possível constatar também o envolvimento de forma mais efetiva das pessoas no cumprimento das medidas e orientações das autoridades de saúde, respeitando inclusive o distanciamento e o isolamento social quando possível, contrariando muitas vezes a opinião de seus representantes políticos.
A preocupação com a doença tem sido notadamente percebida através de simples atitudes oriundas de ações daqueles que teoricamente não esperasse que fosse tê-las. A criatividade do brasileiro, aliada às boas práticas e o sentimento nato de querer e gostar de ajudar e servir ao próximo, são responsáveis por um número incontável de atitudes que têm contribuído para a prevenção e a disseminação do coronavírus em diversas cidades do país.
Em Jacobina, uma vendedora de temperos adaptou uma espécie de pia para a higienização das mãos. Regina do Rosário Amorim, de 48 anos, tem uma pequena barraca no Centro de Estabelecimento da cidade (feira livre), onde comercializa condimentos como pimenta do reino, colorau, açafrão e outros. Mesmo sendo produtos de baixo custo, o que não lhe oferece um lucro substancialmente elevado, Regina do Tempero, como é conhecida, comprometeu parte de sua renda e adaptou um balde de 20 litros com uma torneira para que seus clientes e demais frequentadores do local possam higienizar as mãos, com água e sabão líquido disponíveis gratuitamente.
Regina, justifica a atitude como forma de prevenir a doença que ‘tá matando e deixando muita gente doente’:“Percebi que as pessoas não tinham um lugar para lavar as mãos no meio da feira. Os banheiros ficam distantes, dependendo do local onde a pessoa estiver, e não é sempre que a gente encontra sabão neles, por isso resolvi fazer um esforço e montei essa pia improvisada para a gente se cuidar e proteger o próximo”, disse. Segundo a feirante, o custo para montar a “pia” foi de cerca de 30 reais e que a água é fornecida por uma amiga que possui um box frigorífico próximo à sua barraca.
“A ideia é bem-vinda e bastante positiva, para prevenir-se contra o coronavírus. Está de parabéns esta mulher que além de lutadora demonstra possuir um nível elevado de consciência, cidadania e humanidade. Felizmente essas boas práticas vão na contra-mão da não presença dos que deveriam assumir tais responsabilidades”, salientou o técnico em segurança do trabalho, Edson Almeida.
No centro comercial da cidade nenhuma atitude parecida ainda foi tomada por comerciantes e ou as entidades que lhes representam, com exceção de uma loja de roupas e calçados, localizada na Praça Rio Branco.
Boas Festas!