Homem que teve dedo amputado após ser picado por aranha venenosa irá à Justiça contra prefeitura e condomínio

18 de janeiro de 2024, 15:12

Garçom passou por cirurgia para amputação do dedo após ter sido picado por uma aranha-marrom enquanto dormia em Praia Grande, SP (Foto: Reprodução)

Wilker Guimarães, de 31 anos, foi picado por uma aranha-marrom enquanto dormia. Ele alega ter sido vítima de negligência médica após ter ido duas vezes a unidades de saúde em Praia Grande (SP) e não ter recebido soro antiaracnídico.

O homem, de 31 anos, que teve o dedo amputado em decorrência de uma necrose, causada pelo veneno de uma aranha-marrom, afirmou que vai acionar a Prefeitura de Praia Grande, no litoral de São Paulo, e o condomínio onde mora na Justiça. Ao g1, o garçom Wilker Guimarães alegou ter sido vítima de negligência médica e da falta de zeladoria do prédio.

Guimarães foi picado em 28 de dezembro, enquanto dormia. Ele contou à equipe de reportagem ter acordado com o dedo inchado, doendo e ido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia, onde um médico cogitou ser uma ferida causada por uma aranha, mas receitou remédios e o liberou.

O garçom passou por cirurgia de amputação no último sábado (13) e, embora afirme ter sido um procedimento tranquilo, diz sentir dores. Ele ainda relatou ocorrências da síndrome do membro fantasma. “Sinto coçar e nem tem o dedo. É muito estranho”.

Guimarães contou ao g1 que tomará as providências cabíveis em relação aos atendimentos recebidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia. “Por causa de negligência de dois médicos acabei amputando meu dedo. Não quero que ninguém passe pelo que estou passando”.

Ao falar sobre a ação que vai mover contra o condomínio, o garçom lembrou ter escutado do zelador que a picada da aranha foi um caso isolado no edifício. “A quantidade de aranhas que achamos foi absurda”, disse, ao justificar a decisão.

De acordo com Guimarães, a picada aconteceu dias depois de o prédio passar por dedetização. “O dono do apartamento [alugado por Guimarães] também não concorda que seja [um caso] isolado”.

Serviço prejudicado

O garçom contou que, embora seja destro, usa a mão esquerda para carregar as bandejas. Ele acredita que será prejudicado no serviço. “Vai me atrapalhar bastante. Querendo ou não vou ter que me adaptar”.

O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Praia Grande, mas não obteve resposta. O Condomínio Georgia também foi procurado, mas sem sucesso.

G1

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